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A discussão sobre conteúdo pago ou gratuito teve seu auge em 2002 e 2003 e gerou enorme debate sobre o que aconteceria no futuro. Chegamos ao futuro (2005), mas ainda não temos uma resposta definitiva e as mesmas discussões continuam. Afinal, as pessoas pagariam por um conteúdo sabendo que existe o mesmo conteúdo gratuitamente? E se fosse um conteúdo de muita importância para elas?

Quatro fatores colocam mais fogo nessa discussão, e vamos apresentar aqui quais são eles.

O primeiro fator, favorável ao conteúdo pago, foi a iTunes Music Store. Em pouco mais de dois anos, a loja de músicas para download vendeu cerca de 500 milhões de músicas. A loja uniu o preço baixo (US$ 0,99 por música) à consciência limpa das pessoas, que podem baixar músicas sem o perigo de problemas legais e ainda, mesmo que de maneira ilusória, apoiar financeiramente seus artistas favoritos.

O segundo fator é uma solução muito criativa para um problema difícil. O provedor inglês Playlouder MSP, especializado em música, fez um acordo com a Sony BMG que permite que seus assinantes compartilhem arquivos de música legalmente em redes P2P. E não pense que são músicas alternativas: são artistas como Beyonce, Bruce Springsteen, David Bowie, George Michael, Groove Armada, Jamiroquai, Macy Gray, Manic Street Preachers, Oasis, The Clash, Travis, Jennifer Lopez, Elvis Presley, Pink, Will Young, Outkast, Alicia Keys e Dido. A assinatura da conexão de 1Mbps, que dá direito a trocar músicas, custa aproximadamente 116 reais por mês.

O terceiro fator, desta vez contrário ao conteúdo pago, foi a abertura do conteúdo da AOL. Antigo símbolo de conteúdo pago, o portal pretende agora obter receita, ao invés de conteúdo, por meio da publicidade. É uma decisão que, mesmo feita nos EUA, afeta os principais portais brasileiros que, assim como a AOL, baseiam a sua cobrança pelo conteúdo na venda conjunta de acesso e conteúdo. As contas são complicadas: se você cobra por conteúdo, fecha algumas páginas e perde em impressões de publicidade. Até pouco tempo atrás perdia também por não ser achado nas buscas, até a criação de buscas em conteúdos pagos.

O quarto fator, também favorável ao conteúdo pago, é a nova busca do Yahoo nesse tipo de conteúdo. Em pouco tempo, outros mecanismos de busca oferecerão também essa ferramenta, fazendo com que essas informações deixem de ficar escondidas. Resta saber se as pessoas que encontrarem resultados nesse tipo de busca pagarão para acessar aqueles conteúdos.

Por tudo o que foi apresentado e pelas novidades que aparecem todos os dias, parece que a discussão vai se prolongar por muito mais tempo. Afinal, a tecnologia evoluiu tanto que permite transmitir pela internet conteúdos complexos como um filme em DVD. Se apenas com textos o assunto conteúdo pago já gerava discussão, imagine agora com os mais variados tipos de conteúdo. Pelo menos uma notícia é boa: existem várias iniciativas, principalmente na área de música e jogos, que provaram que dá para ganhar dinheiro com isso. Quem sabe você não encontra a sua. [Webinsider]



Avatar de Cezar Calligaris

Cezar Calligaris (cezar@gmail.com) é consultor de projetos digitais no Reino Unido.

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