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Cezar Calligaris

Até hoje, a maior polêmica que os números da internet provocaram no Brasil foi a briga entre os portais para ver quem era o mais acessado, como se esse fosse o dado mais importante na hora de investir na internet.

Depois de anos de espera, finalmente chegaram informações que permitem a tomada de decisões muito mais relevantes, como as classes as quais podemos nos comunicar melhor usando a web.

O Comitê Gestor da Internet no Brasil se uniu ao IBGE, ao Instituto Ipsos–Opinion e ao Ibope/NetRatings para construir e apresentar indicadores sobre o uso da internet no país. A primeira pesquisa está publicada no endereço www.cgi.br e é dividida em duas partes – uma analisa domicílios e outra, empresas.

O resultado não poderia ser diferente: o uso da internet no país, de acordo com esse primeiro grande estudo, reflete todas as variações sócio–econômicas, territoriais e contrastes do Brasil. E, infelizmente, reflete a falta de acesso dos brasileiros a uma tecnologia cara e que necessita de conhecimento como a internet, tornando–a uma ferramenta extremamente elitizada.

Se você ainda não viu o estudo, a seguir estão resumidos alguns pontos que chamam a atenção nessas pesquisas. Veja a pesquisa completa, pois existem informações valiosas que você pode garimpar e usar em sua próxima apresentação.

– A internet no Brasil, considerando o uso domiciliar, é mesmo elitizada. As classes C e D ainda não têm tanto peso quanto se especulava;

– O custo do computador e do acesso são as principais barreiras;

– O uso domiciliar da web é o predominante;

– Um número espantoso no comércio eletrônico: 80% dos usuários de internet no último ano afirmaram nunca ter feito uma compra online;

– A variação territorial dos índices de uso de computador e de internet é muito grande, mesmo entre os grandes centros urbanos.

– A internet está longe de se tornar uma mídia de massa: 68% da população brasileira nunca utilizou a internet. Número totalmente justificável quando 55% da população brasileira nunca utilizou um computador;

– 9,6% da população brasileira usa a internet diariamente – um número longe de ser massa, mas que já é considerável;

– Depois do uso de e–mails, o maior índice de uso é o educativo. Aliado ao maior uso nas faixas de menor idade, isso indica que podemos prever um crescimento do uso da web nos próximos anos;

– 45% das empresas usaram conexão dial–up no último ano. Considerando também o índice de uso domiciliar, a conexão dial–up é maioria absoluta;

– O uso corporativo da internet é praticamente total, ou seja, quase todas as empresas consultadas, de todos os portes, afirmaram usar a internet.

Olhando para todos os dados apresentados, concluímos que o Brasil é mesmo um grande quebra–cabeça. Se de um lado mais da metade da população nunca usou um computador, do outro uma minoria usa os recursos de vídeo e áudio de um iPod. Ao mesmo tempo em que os brasileiros são recordistas no uso da internet, 68% da população nunca acessou a rede.

Com certeza essas pesquisas têm muito a evoluir, mas sua divulgação já merece muitos méritos em um mercado com falta de informações como o da internet brasileira. Além de dar credibilidade ao meio, as pesquisas apontam os verdadeiros problemas da web e oferecem importantes ferramentas para dar base a ações e planejamentos. E, mesmo que não esteja disponível à maioria da população, mostra que de alguma maneira a internet já faz parte da vida e da rotina de muitos brasileiros.[Webinsider]

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Cezar Calligaris (cezar@gmail.com) é consultor de projetos digitais no Reino Unido.

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