Anteriormente, escrevi um artigo sobre o tema e sugiro a leitura: Aprenda administrar equipes com o seu cão.
Há algum tempo, apareceu na porta de casa uma cachorrinha filhote perdida. Tinha aproximadamente três meses de vida. Minha esposa e eu procuramos seus donos, anunciamos, enfim, fizemos de tudo, mas no final, ela ficou conosco e passou a fazer parte da nossa matilha.
Como em todo início de convivência, tivemos alegrias e muitos percalços. A fase de adaptação sempre é delicada e o resultado positivo de longo prazo depende estritamente desses primeiros passos.
Temos dois outros cães – um viralatinha e uma pastor alemão – já acostumados com a rotina e as regras da casa. Porém, com a chegada da filhote, tivemos de recomeçar o trabalho.
São seres com perfis diferentes, com necessidades e motivações diferentes, ou seja, a estratégia para alcançar os resultados esperados primeiro foca no individual, depois no coletivo.
E esse novo desafio foi ótimo, pois reavivou em minha mente diversos conceitos de gestão de pessoas que são a base desse texto.
Seja um exemplo antes de exigir qualquer coisa
No meio profissional, muitos veem – ou têm – o líder, o chefe, o superior, como uma figura ditatorial rígida e inflexível. Entretanto, esse modelo baseado no medo ou em uma postura rude, é pouco eficiente e gera mais insatisfação do que soluções inovadoras.
Uma pessoa com o chicote no lombo ou berros no ouvido, até pode fazer o serviço, mas esse será mecânico, sem satisfação e sem a proatividade necessária para a prosperidade no mercado moderno.
Quem vê a liderança como um posto de status ou de poder, tem uma visão ultrapassada, pois o bom líder é assim considerado devido ao exemplo, à experiência e acima de tudo, pela parceria com sua equipe.
Desde o profissional mais novo, até o sênior, todos são importantes para criar um ambiente harmônico e agradável, necessário para o trabalho com excelência.
Voltando à matilha – mas sempre com a analogia da equipe: como eu posso exigir do meu cão que ele seja calmo, não pule nas pessoas e espere a comida sentado se eu mesmo chego com uma energia agitada ou nervosa?
Ou ainda, como eu quero que meus cães me obedeçam se eu nunca lhe ensinei as regras, proporcionei uma disciplina adequada ou mesmo recompensas pelo mérito?
Veja: quem interage em harmonia com os cães não precisa gritar as ordens “senta”, “deita”… Muitas vezes, um gesto sutil já basta.
Isso é ter uma equipe em sintonia e em sinergia, afinal, respeito e confiança são essenciais.
A evolução
Pessoas ou cães, não importa, é preciso dar chances ao novo membro para errar, acertar e aprender. Aliás, errar – quando não proposital – não é incompetência, é um processo natural e o gestor de equipes precisa saber lidar com isso e motivar o profissional para a busca do conhecimento e consequente evolução na carreira.
É uma ótima prática investir nos potenciais individuais e nas características exclusivas de cada membro.
Respeitar os perfis e o tempo de cada um é muito importante para evitar frustrações, uma pressão exagerada e atritos desnecessários. Ou até mesmo uma “mordida”, um pedido de demissão ocasionado pela falta de tato gerencial.
E não se esqueça, nesse processo, todos aprendem com esses conhecimentos compartilhados e esse é o maior valor da equipe e da matilha.
Até mais! [Webinsider]
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Leia também:
- Aprenda administrar equipes com os seus cães: novas regras
- Aprenda a administrar equipes com o seu cão
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Eduardo Kasse
Eduardo Massami Kasse (@edkasse) é escritor, palestrante e analista de conteúdo. Subeditor do Webinsider. Mais em onlineplanets.com.br e eduardokasse.com.br.
Uma resposta
Muito interessante a analogia. No fim, tanto na visão gerencial quanto na operacional fazer parte do processo ajuda com resultados mais eficientes.
Parabéns!