Se há 10, lá no começo do turbilhão tecnológico digital, falássemos que a melhor forma de uma revista potencializar e criar novos negócios através do mundo online seria fazer uma réplica exata do impresso para colocar na tela do computador dos leitores, muita gente, eu inclusive, daria risada.
E chegaria a desfiar longos discursos fundamentalistas sobre a mídia interativa: tudo tem que ser novo! Eles estão com preguiça de criar o novo! Abaixo a mídia morta!
Mas como quem define as tendências é o leitor, de uns anos para cá vem crescendo o número de adeptos às chamadas Edições Digitais de várias revistas em todo mundo. Muitas editoras disponibilizam réplicas exatas de suas edições impressas em plataformas digitais que já podem ser auditadas para circulação.
A primeira impressão é de que a leitura de uma revista na tela do computador é complicada, afinal de contas a revista não foi diagramada para ser vista daquela maneira. Para caber uma página dupla na tela toda, o texto não é legível, sendo necessário zoom, mover a página, etc.
Mas o vilão se torna o grande aliado! A diagramação é a alma da revista, e acaba atraindo os leitores para onde for, seja na revista impressa da banca, seja na banca digital da internet, ou como dizem algumas cláusulas de contrato, seja em qualquer meio eletrônico ou físico que venha a ser inventado no futuro, entregue a MESMA revista. As cores, os tamanhos da imagens, as fontes, tudo fala pela revista.
Talvez seja o meio eletrônico se adaptando ao conteúdo, e não o contrário como muitos esperam. Através de browsers e softwares especiais tenta–se criar a melhor experiência de leitura na tela do computador, mantendo a revista em seu formato original.
Além disso, outras vantagens do meio digital, como armazenamento sem papel e recursos de busca, passam a fazer mais sentido e mostrar seu real valor aos leitores. Para as editoras, é significativo o corte de custos com produção e distribuição, principalmente no âmbito internacional.
A princípio, a versão digital está sendo utilizada pelas editoras como uma forma adicional de leitura da revista impressa, criando um mix de leitores em papel e digital. A grande pergunta, porém não é se a conversão irá acontecer, mas sim em qual velocidade.
Pode não depender apenas da vontade dos leitores, mas também dos recursos naturais disponíveis no planeta, que num futuro não muito distante poderão jogar o custo de produção de uma revista em papel para cifras impraticáveis. [Webinsider]
Guilherme Coelho
<strong>Guilherme Coelho</strong> (coelho@zeroum.com.br) é sócio da <a href="http://www.zeroum.com.br" rel="externo">ZeroUm Digital</a> e CEO do <a href="http://www.aprex.com.br" rel="externo">Aprex</a>.
Uma resposta
Acho que é a melhor solução para o mundo da publicidade e principalmente para a mídia impressa. Porém os que oferecem esse tipo de ferramenta não personalizam as revistas de acordo com as empresas que compram o produto…