Dizem por aí que “com a experiência vem a excelência”, o que é totalmente correto.
Hoje aprendi coisas valiosas sobre o design, coisas que já ouvi na faculdade, em livros e de vários profissionais do mercado – para fazer design de verdade é necessário gastar tempo; é preciso parar e pensar, pesquisar, reunir conteúdos, imagens e inspirações.
Não comece errado
É fácil começar errado: sente na frente de um computador, abra uma ferramenta gráfica e comece a criar efeitos e vetores. Comece a escolher a tipografia que vem em sua mente ou aquela que parece ser mais adequada – pronto, certamente você já se perdeu no caminho.
O mais engraçado disso tudo é que esta acaba sendo a atitude mais comum em empresas, já que os prazos são curtos e parece que o pessoal do comercial e atendimento não se importa com os quês e porquês do design, mais sim em receber rápido algo que seja aceito pelo cliente e pronto.
Diante dessa situação, o designer enfrenta o que posso chamar de design sem conceito; ou seja, rabiscos aleatórios sem sentido tentando dar vida ao produto que precisa se destacar e chamar a atenção das pessoas.
Quando se faz esse tipo de “design” estamos esquecendo da essência, da excelência que o produto precisa ter para conquistar seu espaço dentre tantos outros.
O conceito por trás da criação gera curiosidade, desperta lembranças e associações de aspectos emocionais ao seres humanos e tira a sensação de cansaço visual. Mostra uma nova identidade a qual não se viu antes, apenas referências a partir de outros objetos ou abstrações da realidade física.
A palavra Conceito propriamente dita vem do latim conceptus, do verbo concipere, que significa “conter completamente”, “formar dentro de si”, é aquilo que a mente concebe ou entende: uma ideia ou noção, representação geral e abstrata de uma realidade.
A partir disto o designer deve antes de tudo saber escutar, observar e questionar coisas que pessoas comuns não percebem. Antes de responder é necessário fazer as perguntas, para que o conceito seja moldado.
Design com conceito
É criar estabelecendo condições de argumentos e defesas, mostrando porque se chegou ao resultado, qual foi o caminho e toda a importância de cada cor, tipografia, imagens, frases, curvas e tamanhos.
E tantas outras coisas que fazem um site ou uma arte gráfica ter a importância que tem – e o resultado e benefícios que trarão para os negócios da empresa responsável pelo produto.
Criar um conceito para um determinado projeto é difícil? Sim, certamente essa é a tarefa mais complexa, da qual muitos fogem. Às vezes a necessidade de ver um resultado o mais rápido possível se torna prioridade e esquece que a paciência nesses casos deve ser uma amiga constante.
Estabelecer um conceito que fará o cliente dizer “é disso que precisávamos” é uma tarefa que requer muita observação e interpretação dos requisitos entregues. [Webinsider]
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Robson Moulin
Robson Moulin (@RobsonMoulin) é Designer de Interação pós-graduado em Arquitetura de Informação. Trabalha com internet desde 2002 e mantém o Design Interativo.
4 respostas
Robson,
Poderias me indicar uma bibliografia em que eu possa me aprofundar sobre “conceito”?
Então Giovanni Sonnberger,
é complicado mesmo esta situação, esse corre corre obriga os designer trabalharem arte como se fosse “pastel” e nem sempre se tem um resultado exemplar quando se faz desta maneira, mas tudo ira depender do job.
Valeu!
Verdade Robson Moulin,
Mas acredito que todo esse “corre-corre” que acaba com o tempo para a busca de referências vem do tipo de mídia que o desing está se referindo….
Já participei de ações e campanhas (geralmente para m´dia social) que deveriam estar prontas em 4 horas… o tempo para um designer entregar um trabalho mega conceitual…
Parabéns pelo post…
MUITO bom esse artigo… simples, direto e interessante. Design é muito mais do que efeitos semi-prontos do photoshop, brushes e cores bonitinhas. O grande desafio do designer é olhar uma folha em branco e transformar em “mensagens” visuais que transmita algo de verdade!