Bruce Chizen, o principal executivo da Adobe, afirmou em entrevista recente que três fatores foram determinantes para a aquisição da Macromedia pela sua empresa: o sucesso dos produtos para desenvolvimento web, a vasta comunidade fiel e a nova especificação da plataforma Flash para dispositivos móveis, denominada Flash Lite.
Fusões de empresas dessa magnitude possuem geralmente o ojetivo de aumentar a participação no mercado e obviamente maximizar os lucros. Em 2005, a Macromedia faturou 50 milhões de dólares com o Flash Lite, principalmente com o licenciamento de uso por parte de operadoras e fabricantes de aparelhos celulares e eletrônicos. O resultado foram aproximadamente 45 milhões de dispositivos com o Flash Lite player em todo mundo. A previsão é que em 2006 esse negócio gere o dobro do lucro do ano passado.
J2ME e Flash Lite, Davi vs. Golias
O mercado de desenvolvimento para dispositivos móveis é a nova corrida do ouro na área de tecnologia da informação, principalmente nos países ocidentais.
Dentre as tecnologias vigentes, é indiscutível a liderança do J2ME (Java 2 Micro Edition), plataforma Java para criação de conteúdo móvel. Com o advento da versão 2.0 do Flash Lite, a briga promete ser acirrada durante os próximos anos, principalmente pela escassez de mão–de–obra especializada em J2ME, problema inexistente para o Flash.
Novidades Flash Lite 2.0
A segunda versão do Flash Lite player traz como novidades o suporte ao Flash player 7, ou seja, toda a API oferecida pela ferramenta Flash compatível com o Flash player 7 pode ser usada para produção de conteúdo mobile. Traz também suporte ao ActionScript 2.0; a XML, escrita de dados diretamente no celular, carregamento dinâmico de imagens e som, além de suporte a vídeo.
Cada um na sua
Os desenvolvedores J2ME podem ficar tranqüilos. Apesar do Flash Lite ter se reforçado na versão 2, ainda é de consenso geral de que em projetos de médio e grande porte com complexidade elevada, Java ainda representa a melhor alternativa. Enquanto isso, o Flash Lite vai assumindo a dianteira na criação de mini–games e animações, em razão da maior velocidade de desenvolvimento inerente da tecnologia.
Desvantagens
Um aspecto que dificulta uma maior popularização do Flash Lite é o fato dos dispositivos oferecidos pelas operadoras ocidentais não possuírem o player da Adobe pré–instalado em 90% dos casos. Essa, por sinal, é a maior preocupação da Adobe no momento, que busca fechar acordos como o que foi feito com a Nokia no último semestre de 2005. A Nokia vai passar a distribuir celulares com o player pré–instalado a partir do segundo semestre de 2006.
Oportunidades
O Flash Lite chega ao ocidente no momento em que as operadoras buscam alternativas para suprir a progressiva redução de lucros com os serviços de voz. A nova tecnologia abre oportunidades em todas as camadas do mercado. As operadoras têm o potencial de agregar valor aos seus atuais serviços ao oferecer conteúdo multimídia aos usuários; os desenvolvedores podem aproveitar sua experiência com o Flash para web para produzir aplicações e jogos destinados a dispositivos móveis. [Webinsider]
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Página da Adobe Mobile
Descrição técnica do Flash Lite
Luciano Ayres
Luciano Ayres é engenheiro de software, pós-graduando em Marketing pela FGV e co-fundador da i2 Mobile Solutions. Mantém o #OrangeBlog.
3 respostas
SE com flash lite instalado? Tá louco? onde? Somente alguns aparelhos da serie Pxxx (que são symbian) vem com Flash lite…. Informe-se melhor…Os symbians da Nokia ainda estão na frente da SE por isso…Symbian em todos os aparelhos SE é o que falta para a mesma se tornar a melhor marca de celular.
No que diz respeito ao player incorporado, a Sony Ericsson está bem a frente da Nokia. Praticamente, todos os aparelhos da SE vêm com FL player instalado (nem todo usuário sabe).
Eu quero um celular!!!