A internet é uma rede em evolução que a cada dia nos apresenta algo novo: navegadores, dispositivos, tecnologias, conceitos… Sem um padrão estabelecido seria díficil atender esta demanda.
Interoperabilidade é o que o futuro nos reserva. Hoje o usuário trabalha sentado em frente ao PC, onde realiza as mais diversas tarefas; amanhã, quando mais dispositivos chegarem ao mercado brasileiro e as taxas de acesso ficarem mais baratas, o panorama será outro.
A abordagem dos padrões web não é uma alternativa, é uma necessidade, é olhar pro horizonte e admitir que mudanças estão por vir. Novos dispositivos, diferentes perfis de acesso (cada um com a sua necessidade específica) e a perspectiva da web 2.0 contribuirão para o amadurecimento desta abordagem.
Soma–se a isso o poder de produzir conteúdo que seja acessível, onde o tempo de download das páginas se torna menor e conseqüentemente o consumo de banda declina – ambos os lados ficam satisfeitos, usuários e clientes. Os códigos gerados são melhor estruturados, escreve–se menos e atualiza–se com agilidade.
Há também o potencial da web semântica como agente qualificador da informação, tanto para homens quanto para máquinas. Os conteúdos são facilmente indexados pelos mecanismos de busca e têm seu page rank melhorado. Políticas de SEM (Search Engine Marketing) e SEO (Search Engine Optimization) podem ser privilegiadas através do uso destes padrões.
Há uma outra propriedade cujos benefícios são indiscutíveis: acessibilidade. Oferecer conteúdo acessível permite aos usuários utilizar as ferramentas que melhor lhes convêm; a ausência de restrição a uma determinada tecnologia, plataforma, navegador, resolução, ou qualquer outro fator limitador; e possibilita dar suporte aos usuários com necessidades mais acentuadas, dessa forma, garantindo uma experiência mais satisfatória ao se navegar. Como bem falou Bruno Torres – “acessibilidade não é altruísmo”.
Se muito já foi dito a esse respeito, até agora pouco foi feito. A abordagem aos padrões web é uma fase significativa no escopo de um projeto, portanto não deve ser negligenciada. Infelizmente muitas cabeças ainda precisam ser convencidas de tais práticas – profissionais do meio e clientes. Por favor, essa abordagem é uma commodity, não se esqueçam disso. Sua adoção é quase que uma obrigação (não quero ser muito incisivo, paro por aqui).
É preciso estudar mais, olhar para fora e analisar as novidades do mercado internacional e adaptar os novos modelos de acordo com a realidade da web brasileira. Não podemos ficar para trás. É tempo de mudanças, pois que mudemos também. [Webinsider]
João Pereira
<strong>João Pereira</strong> (joao.pereira@addcomm.com.br) é profissional de usabilidade e arquitetura de informação junto à <strong><a href="http://www.addcomm.com.br" rel="externo">Addcomm</strong></a>