Os efeitos das novas ferramentas de busca em livros

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Sabemos que a missão do Google é organizar a informação do mundo. Portanto está claro para todos porque existe a busca de livros do Google. Já com a Microsoft, a impressão que o lançamento da sua nova busca de livros, Live Search Books, passa é de que eles não querem correr o risco de perder mais um grande mercado, como perderam o da busca, para o Google.

Microsoft x Google

Veja uma comparação de vários produtos que a Microsoft lançou correndo atrás do Google:

  • O Google lançou o Earth, a Microsoft correu atrás com o Virtual Earth.
  • O Google lançou o AdWords, a Microsoft correu atrás com o AdCenter.
  • Google lançou o documents and spreadsheets, a Microsoft correu atrás com o Office Live.
  • Google investe pesado no Firefox, a Microsoft correu atrás com o Internet Explorer 7.
  • Google lançou o Book Search, a Microsoft agora está correndo atrás com o Live Search Books.

O fim do livro de papel?

Toda esta corrida em direção à busca perfeita e à digitalização de todos os livros que já foram escritos nos leva a pensar sobre o futuro do livro de papel.

O mais interessante da internet é poder ter tanto conteúdo de boa qualidade quase de graça. Mas o livro ainda é, como modelo de negócio, um modo de vender um pouco mais caro o papel comprado. Geralmente os livros não são mais caros ou mais baratos de acordo com a qualidade do conteúdo, mas de acordo com a quantidade e qualidade do papel e tinta usados na impressão.

Eliminado o papel, toda a informação de um livro estaria livre para ser copiada e aproveitada à vontade. Mas já que ainda não há tecnologia que chegue perto da facilidade e conforto de ler um livro de papel, o livro digital ainda não ameaça o de papel. Mas não demorará até chegarmos neste ponto.

Então acontecerá com os livros o mesmo que está contecendo hoje com a música, será necessário buscar novos modelos de negócio para aproveitar a distribuição digital.

O que se perde oferecendo o livro num formato digital?

Eu penso que o formato digital não tira público do formato tradicional, veja porque:

  • A maioria dos que baixam um e-book não iria comprar de qualquer jeito, o autor ganha mais exposição.
  • Alguns realmente deixarão de comprar porque baixaram a versão digital, o autor perde dinheiro mas ganha exposição.
  • Mas alguns comprarão o livro de papel justamente porque leram uns pedaços da versão digital, o autor ganha.
  • Desde que a quantidade de pessoas que compram porque leram a versão digital seja maior do que as que deixam de comprar por este motivo, distribuir a obra de graça é um bom negócio.

Ponto para a Microsoft

De qualquer maneira, todos os esforços para melhorar o aproveitamento de todo este riquíssimo conteúdo que está nas bibliotecas do mundo são muito louváveis e a Microsoft já provou várias vezes que, embora às vezes chegue mais tarde, é muito competente.

E você, costuma ler livros, pelo menos em parte, em versões digitais? Comente… [Webinsider]

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Leia mais sobre sobre ferramentas úteis no W2BR, blog sobre web 2.0

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Avatar de Gilberto Alves Jr.

Gilberto Jr (gilbertojr@gmail.com) tem experiência no mercado digital como designer de produtos, fundador de duas startups, gerente de projetos em agências digitais e gerente de produto no Scup. Agora procura um novo desafio. Veja mais no Linkedin.

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8 respostas

  1. Olá Gilberto,
    Sou escritor e editor do Jornal O Brasileirinho voltado para o público jovem. Este seu artigo Os efeitos das novas ferramentas de busca em livros deixa-nos na dúvida se é bom ou ruim esta disputa e os avanços da tecnologia em e-books. Pessoalmente acredito que é bom, porque é uma forma de democratizar a cultura e de tornar um autor conhecido mundialmente. Atualmente não ficamos mais a mercê de distribuidoras que fazem charme para receber um livro em consignação. Qualquer pessoa pode escrever e publicar um e-book. Quanto a divulgá-lo na web, aconselho a todos lerem seus artigos.
    Parabéns.
    Abraços da equipe de O Brasileirinho http://www.obrasileirinho.com.br

  2. Com relação à extinção do livro impresso, acho praticamente impossível que isso aconteça. Não parece (para nós que vivemos e respiramos tecnologia), mas há uma parcela imensa (não sei mensurar) da população do planeta que não sabe nem o que é uma e-mail. Eu trabalho em uma editora universitária, publicamos obras para os cursos a distância da instituição que são por tele-salas. Os alunos são, em grande parte, de cidades do interior, onde, muitas vezes, nem rede elétrica tem e eles se deslocam para uma cidade visinha para estudar. E o material deles é impresso. Para mim, como profissional, os livros disponíveis na web facilitam o meu trabalho, pois assim consigo caçar os plágios que ocorrem, e muito, no meio editorial. Vcs não imaginam o quanto de teses e dissertações que existem por aí que são puro plágio de livros! Estão com os dias contados…

  3. Acho que pode ser um modelo de negócio viável, contanto que o preço seja insignificante para o comprador. Imagino que o autor do livro deve ganhar parcos lucros e que deixando o preço mais acessível, poderia ganhar muito mais na escala.
    Imagine, por exemplo, que um livro custe hoje, digamos R$ 100,00 o impresso e o autor receba R$ 5,00… porque não facilitar e ele ganhar os mesmos R$ 5,00 diretamente do comprador? Ou melhor, se ele custasse R$ 1,00, com certeza eu nem me daria ao trabalho de procurá-lo no emule. 🙂

  4. Existe duas dificuldades para a popularização do E-book

    1 – Cultural: Crescemos manuseando o livro de papel… e mudar este hábito levará tempo!

    2 – Falta de um padrão para e-books. O PDF não é bom para ler em dispositivos móveis (pdas, telefones inteligentes, etc). Existem outros formatos melhores, mas sem muita divulgação e/ou universalização!

  5. realmente fico feliz em saber que esta se tendo uma preocupação em organizar a busca de e books na rede. gosto de ler e books e o advento dessas ferramentas facilitara muito a minha vida e de outros leitores virtuais

  6. Esse negócio de ebooks na verdade vai muito mais além.

    Eu por exemplo sou alguém que, devido a motivos específicos (deficiência visual) somente leio ebooks, pois a produção, manutenção, gerenciamento e leitura de um livro em braille é algo, em todos esses aspéctos bastante caro e demorado.
    Com a legalização em maior escala dos ebooks haverá não somente um novo mercado consumidor como também um mercado, e aqui acho importante resaltar a parte mercado, mais inclusivo.
    Séries de outros mercados ocultos surgiriam para o mundo dos ebooks, mas isso já é tema para um outro comentário.

  7. Como vc mesmo citou, sou da turma que baixa o e-book pq nao iria mesmo comprar em papel. E tambem, obviamente, como uma forma de avaliar. Se eu gostar do que estou lendo, sem dúvida compro o livro, como ja fiz diversas vezes.

  8. Como você disse, ainda estamos presos ao conforto que o papel nos dá. Creio que no momento em que os dispositivos de leituras digitais estiverem tão confortavéis quanto o material impresso, sem dúvida vai haver uma maior procura por e-book.
    E particularmente gosto do formato digital, é mais prático de trabalhar, mas sem dúvida ler um livro encostado na cabeceira da cama é bem melhor!

    Abraços!

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