A ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) divulgou algumas semanas atrás um estudo, encomendado ao Ipsos. O estudo mostra que, das famílias que compraram um PC do programa PC para Todos, uma parcela imensa (73%, pelo menos) trocou o sistema original por um Windows.
Isso não me espantou. Afinal, um Windows XP pirata custa R$ 10 no camelô da esquina. O mesmo preço que o Office, o Photoshop ou o Windows 2003 Server.
Na verdade, sou capaz de apostar que um monte deles nem chegou a bootar o Linux que veio instalado para saber a cara dele.
Avestruzes
O que me espantou não foi o “índice de desistência” dos usuários. O que me espantou foi a inocência na interpretação de alguns dos dados da pesquisa.
Por exemplo, dizer que 47% são usuários de Windows pirata é ser muito inocente.
Quem é que compra um computador em parcelas de menos de R$ 90 por mês e gasta R$ 469 em um sistema operacional? Aliás, um sistema que vem quase sem nenhum programa e que vai precisar que gastem, no mínimo, R$ 369 (que é o preço do Office 2003 para estudantes) para poder abrir um arquivo do Word ou Excel.
Acreditar que só 47% dos usuários de Windows são piratas praticamente justifica o diagnóstico de um “Complexo de Polyanna”.
A solução proposta pela ABES
Eu gosto sempre de lembrar as pessoas de que todo problema tem uma solução simples, elegante e errada.
É claro que a ABES propõe que o governo relaxe em sua postura de não admitir software proprietário no pacote. É disso que a ABES vive — das contribuições de empresas de software. Dando nomes aos bois, a ABES propõe que o governo permita o uso de recursos públicos para financiar a compra do sistema Windows Starter Edition. Isso mesmo: Aquele que só deixa você abrir três programas.
Dizem eles que o governo impõe o uso do Linux. Isso é bobagem — o governo apenas exige que o software seja livre. Os fabricantes podem atender a exigência usando Linux, BSD, ReactOS, Darwin, Oberon ou qualquer outra coisa com a licença de uso correta.
Sejamos sinceros: quanto tempo um usuário mediano aguentaria um Windows que não o deixa abrir mais do que três janelas? Que tipo de usuário acredita que o computador não deixa ele abrir mais de três janelas porque o computador dele é “fraquinho”?
Isso sim é um incentivo à pirataria: pagar por um software com uma limitação arbitrária imbecil como essa.
Quem ainda acredita, de verdade, que a oferta de Windows XP a R$ 10 vai desaparecer com isso levante o braço.
Mais Polyannas.
Monopólios
O mercado de software é um mercado propenso à formação natural de monopólios. Quanto mais usado é um produto, mais útil é usá-lo também. É por isso que tanta gente usa Windows — muita gente usa porque muita gente usa. Como muita gente usa, é mais fácil encontrar produtos para ele.
Como software pirata, por exemplo.
É incrivelmente difícil encontrar nos camelôs, por exemplo, um AIX 5L Expansion Pack, um OS/2 para PowerPC ou um BeOS. Ocasionalmente eu me divirto perguntando por algo assim e observando que o rapaz, diligentemente, anota o meu pedido. Não tenho qualquer intenção de ir buscar o CD se, depois de porcos voarem e do inferno congelar, ele os conseguir.
Discriminação de preços
Discriminação de preços é quando você vende o mesmo item a preços diferentes para mercados diferentes. No caso do Windows, a Microsoft vende o mesmo Windows XP por um preço para os lojistas. É da Kalunga que eu peguei o preço de R$ 470 (469, na verdade). A Microsoft também vende o mesmo Windows XP para grandes clientes a preços menores (uma empresa que tenha 1000 desktops Windows não vai precisar desembolsar R$ 470 mil para instalar XP em seus computadores — e pode gastar a diferença nos necessários anti-vírus, anti-spyware, anti-malware e anti-tudo). A Microsoft também vende o mesmo Windows XP para os fabricantes de computadores, nas chamadas licenças OEM, por um preço muito menor — o preço de um XP nessas condições está perto de R$ 100.
A isso, combina-se a ação da ABES em conjunto com as polícias, para encontrar as empresas que usam software pirata e, possivelmente, oferecer a opção de legalizar seu uso do software pirata, pagando por ele. Com isso, temos mais uma categoria de preços — que permite praticar preços limitados apenas ao preço da multa combinada ao incômodo de se ir pra cadeia.
Assim a Microsoft (e outras, claro) pode vender seus produtos pelo maior preço admissível para cada tipo diferente de cliente, do fabricante, que vende milhares de unidades, ao geek, que monta seu próprio computador, passando pelo empresário que não sabe direito o que tem nos próprios computadores e será ajudado nisso pelos nossos amigos da ABES em um processo doloroso e potencialmente fatal para a empresa, mas muito educativo para quem participa dele.
Até aqui, isso é natural e não é exclusividade da Microsoft. Qualquer empresa que procure lucros vai fazer isso.
O maior mercado de todos
O software dela compete em mais um mercado.
Ao dar as costas ao pequeno pirata — o camelô, o adolescente espinhento que montou seu micro e instalou um Windows pirata, o médico que trocou seu Windows 98 por um XP ou o trabalhador que comprou um PC Conectado e pagou R$ 50 para um picareta sem-vergonha instalar um Windows e cometer um crime pelo qual o dono do micro pode ter que pagar — a Microsoft compete em mais uma categoria de preços — os preços do camelô.
Sim, porque embora ela não tenha lucro com esse comércio, os prejuízos dela são mínimos. É um mercado em que ela escolhe não participar oficialmente.
Quem realmente perde com a pirataria?
Os prejuízos para os fornecedores que dominam seus segmentos (Adobe, Microsoft, Autodesk) podem ser mínimos face ao seu faturamento total, mas, para os fabricantes que oferecem alternativas, que frequentemente praticam preços baixos para ganhar mercado, essa competição é devastadora.
E tudo o que é devastador para o pequeno concorrente é vantajoso para o fornecedor dominante.
Você já se perguntou por que ninguém lança uma planilha eletrônica proprietária nova desde 1995? Por que ninguém faz um editor de textos para concorrer com o Word? Ou um editor de imagens como o Photoshop? Já se perguntou por que as únicas alternativas a esses produtos são livres, gratuitas (ou muito baratas) ou ambos?
É porque você precisaria bater o preço não do fornecedor dominante, mas do camelô.
Isso torna quase impossível ganhar dinheiro com a venda de software nesses segmentos. Esses fabricantes, aliados aos piratas, devastaram o mercado para todos os outros. Só eles lucram. Para os outros, sobram os nichos. Sobra o mercado de software feito sob-medida (que é grande — muitas empresas vivem muito bem nele), ou aqueles mercados minúsculos, como software para filatelia ou corretores de imóveis.
Para os demais, o único jeito de se ganhar dinheiro é em contratos de suporte, garantias ou serviços atrelados. É por isso que a Apple dá o iTunes — para você comprar músicas na loja deles. É por isso que a Red Hat, a Canonical, a Novell e a Insigne (empresa nacional que fornece Linux a vários fabricantes do PC Conectado) deixam que você baixe o Linux do site deles — porque, dependendo do seu uso, você vai contratar um serviço de suporte ou consultoria e é disso que eles vivem. Nenhum deles ganha dinheiro com a venda de caixinhas.
A verdade, triste, é que muito poucas pessoas procuram alternativas legais aos programas pelos quais não querem pagar. Em vez de usar um Linux ou um BSD, preferem comprar um Windows pirata. Em vez de um GIMP ou um PhotoPaint, usam Photoshop pirata.
Um beco com poucas saídas
Diversidade e competição são irmãs. Juntas, elas são a mão da Evolução — aquela mesma que nos tirou de uma gosma marrom da beira dos oceanos primitivos e permitiu que você e eu, descendentes de macacos, conversássemos por meio desse artigo. Isso e mais um monte de outras coisas.
Ao eliminar uma, pagamos o preço das outras. Sem diversidade não existe competição. Sem competição, não existe evolução.
O pior de tudo é que muitos desses acham que está tudo bem. [Webinsider]
.
Ricardo Bánffy
Ricardo Bánffy (ricardo@dieblinkenlights.com) é engenheiro, desenvolvedor, palestrante e consultor.
88 respostas
30. fino | 18/02/2009 at 10:34É cada uma…E os anjos?São meoinns? Ou são meninas?ONDÉ Q EU ASSINO, PRESIDENTE??
Pirataria ainda é crime sim, concordo.
O problema é que o povo esquece a força que tem e esquece também seus direitos.
Não podemos esquecer que vivemos num pais democrático, o mundo caminha para a democracia, onde “Todo poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido”, esta na constituição de muitos países, inclusive na Constituição Federal do Brasil em seu artigo primeiro.
Se a população se acha no direito de copiar conteúdo da internet (Filmes, músicas, etc), assim como programas de modo geral, já está mais do que hora da legislação ser alterada para permitir isto. As corporações é que tem que adequar as demandas da população.
Imagem senhores e senhoras, se estivéssemos no tempo dos senhores da terra, na idade média e na primeira noite do nosso casamento, nossas esposas fossem violentadas e esse absurdo seria dentro da lei. Se isso não basta-se os ricos e poderosos ficavam com boa parte da produção, sem ter plantado nada. Se a população não se rebelasse, ainda estaríamos vivendo neste cenário.
Na história da humanidade, as vontades da grande maioria população sempre eram desprezadas em favor de uma pequena minoria privilegiada.
Se pesquisarmos a história encontraremos muitos absurdos, que na época era considerado pelos “carneirinhos de plantão” como normais ou um direito adquirido sabe-se la de quem. Por isso nunca faltou gente que ateasse fogo nas bruxas, queimasse livros “do contra”, escravizassem os mais fracos ou despreparados, chamassem de ladrões as pessoas que nem conhecem, etc.
Quem sabe um dia, e espero num futuro bem próximo, a população acorde como um todo e combata ainda mais os abusos praticados por uma minoria que pensão que são donas do mundo.
Este texto defende as pessoas que utilizam o conteúdo da internet sem fins lucrativos. Lembrando que um computador não funciona sem um sistema operacional, seja ele gratuito ou pago.
Nossa, até um fanático religioso apareceu por aqui… negar a teoria de Darwin é coisa da Idade Média. A teocracia morreu há algum tempo, mas tudo bem, dentro da sua cápsula não poderia saber disso mesmo.
Pirataria é crime sim, e eu quero mesmo que as novas armas da Microsoft contra ela funcionem (a despeito dos vários RemoveWGA que possam surgir). Muita gente não pensa que, se a pirataria não existisse, o preço dos produtos no mercado formal não seriam tão altos, e estariam mais acessíveis. O preço sobe justamente para compensar o baixo faturamento.
Eu parei de disseminar software pirata. Quando alguém me pede para reinstalar o Windows, ou Office ou qualquer outra coisa proprietária que possua cópia alternativa, eu digo que não tenho mais as cópias (e não tenho mesmo) ou dou outra desculpa qualquer. Já fiz muita gente usar Ubuntu (bem configurado, fica melhor que um Windows) e muitas dessas pessoas ficaram plenamente satisfeitas.
Infelizmente, no Brasil, só se dá bem quem é esperto e dá um jeitinho de fazer as coisas funcionarem. Merecemos os políticos que temos. Eles são o retrato da nossa cultura (se é que podemos chamar isso de cultura).
Éder,
Que a Microsoft não se preocupa com você, isso não é bem verdade. Ela se preocupa em não ficar muito no seu caminho, porque dar as costas à sua parte da pirataria (essa de varejo, pequena) é equivalente a vender no mercado de preço ultra-baixo e sem suporte sem se dar ao trabalho (e correr os riscos) de fazê-lo oficialmente.
Mas é importante fazer o certo, mesmo que seja mais fácil, agradável e lucrativo fazer o errado-mas-conveniente. Pirataria de software continua sendo um crime, que você comete e induz seus clientes a cometer.
Mesmo que a dona do tal programa não se importe tanto assim.
A Microsoft ganha rios de dinheiro por causa disso, e os técnico como nós que precisamos instalar windows para os nosso clientes vamos oferecer serviços de instalação windows, corel, photoshop, office por R$ 2.000,00?
A microsoft não se preocupa comigo que se sou técnico então vou usar softwares piratas mesmo e isso vale para todos.
Quer me prender por isso? Prenda, mas faço um escandulo na mída por causa disso.
E eu não sou descentende de macaco não, sou home, vim do pó e pelas mãos de DEUS.
Vamos esclarecer umas coisas. Aqui em casa e no meu trabalho há anos que não uso o windows. A minha mulher usa o linux em casa e eu o solaris no meu trabalho.
Se vc quer fazer de tudo num pc pode ser com linux tranquilamente. Não fará falta em nada, tem todas as ferramentas que vc necessita: gráficos, textos, jogos etc, web etc. Dizer que o linux é limitado é asneira.
Se tem jogos que não roda no linux e vc quer dar uma estação de jogos para seus filhos td bem, a escolha é sua, mas não pq o linux é limitado.
Quem é profissional de editoração gráfica prefere o Mac ou Silicon graphics que são UNIX (como o linux).
Muito pelo contrário para a maioria da população o linux ou unix com interface gráfica é o suficiente, pois tem web, editor textos, alguns jogos, editores gráficos (a maioria não é profissional gráfico), multimidia etc.
E não venham dizer que o linux, unix não são fáceis de usar. Se vem configurado de fábrica já vem com todos os drivers e vem um manual. A configuração da net é automática via dhcp que o usuário final nem precisa saber. O resto é pura intuição e bom senso. O linux não precisa ter cara do windows.
O que muitos usuários windows usam claramente é coberto pelo linux. Eu tiro por todos que conheço que usam windows os papos e dúvidas são os mesmos para quem usam linux. Os meus sobrinhos passam o dia no orkut e não precisam estar no windows para esse fim.
Quantas vezes eles vem aqui em casa e ficam no linux da minha mulher e jogam pela web, entran no amsn (ou kopete) , vão ao orkut e nem chiam. Se o sr que preferiu um starter edition com apenas três janelas e acha que foi o correto, ai sim é meter windows goela abaixo.
Escrevo no meu laptop com solaris enquanto minha mulher está num desktop com linux na web e ouvindo música no vagalume ( ela só tem o segundo grau).
O software livre funcionalmente é um software como qualquer outro. O computador não se importa muito em saber se ele é Open Source, Freeware, pago em 10 vezes, 12 vezes etc.
Deste mesmo modo, o software livre pode se encaixar como boa opção para o consumidor e às vezes ser questão de preferência. O Gimp, por exemplo, nem se compara ao Photoshop, mas o OpenOffice, se comparado ao da Microsoft é esxcelente. Não tem aquele clip horroroso oferecendo ajuda e tem um editor de equaçnao integrado muito bom (além de ser mais leve).
Entre um software livre bom e um pirata de um software ruim, todos preferirão o livre.
Mas sobre a pirataria, duvido muito que ass empresas se incomodem com pirataria doméstica ou de muito pequeno porte. A Adobe, por exemplo, prefere cobrar milhares de vezes (literalmente) a multa em empresas de grande porte (para quem o custo do software não é nada) a deixar de ser conhecida por todos. Se a Microsoft apertar a fiscalização, todos migram para o Linux, se esforçam para conhecer este negócio e nem empresa usa mais o Linux…
Uso Mac OS que veio imbutido no meu mini. Lembro quando liguei para a Velox pedindo suporte e eles disseram que só dão ssuporte para Windows. O operador teve a cara de pau de chamar o Windows de universal. Putz… O Windows não é o melhor sistema nem é o mais barato. Por que universal?… Ah…
Esse é um assunto muito sério que deve ser tratado com delicadeza.
Posso afirmar-lhes que jé me deparei com certas situações em que o software pirata é (e com certeza é) mais atrativo para o usuário do que um software original.
Nesse angu de caroço, existe o software livre, o qual uso a alguns anos e que, diga-se de passagem, mostram melhores soluções do que o software proprietário, não somente restringido ao Windows ou os outros softwares da Microsoft.
Temos que ver também o seguinte ponto de vista: o software livre, não generalizando, tem muito o que evoluir em relação a um Adobe Photoshop ou a um Microsoft Office, mas se temos uma alternativa livre, mesmo que não esteja em seu pleno estágio de evolução, devemos para e analisar duas variáveis que em toda nossa vida vamos encarar: os Prós e Contras.
Ponderados estes, devemos fazer a escolha que melhor se assimilar a proposta de solução para o nosso problema, seja ela favorável ao Software Proprietário ou ao Software Livre.
Mais arriscar com o Software Livre não faz mal a niguém e, como já dizia o velho ditado, aprendemos mais com os erros do que com os acertos.
Lembrando que pirataria de software no Brasil ou em qualquer lugar do mundo é crime.
Olá. Linus.
Sinta-se à vontade em expor seu ponto de vista. O artigo foi sim motivado não por paixão, mas por indignação.
Eu uso Linux não por paixão, mas porque, para o que eu faço com meu computador, ele é a solução mais barata, prática e estável. Se não usasse Linux no meu notebook, usaria MacOS (em um notebook Apple). Eu uso o Linux em servidores precisamente pelos mesmos motivos. Se não usasse Linux, provavelmente usaria BSD ou Solaris (agora que é livre). Com eles, conseguimos níveis de segurança, desempenho e confiabilidade que são simplesmente impossíveis de se conseguir com Windows.
Quanto aos piratas que usam Windows, eles saem perdendo por vários motivos – por cometerem um crime, por reforçarem um monopólio que prejudica o mercado de software, por incentivarem, com o market-share artificialmente inflado, outros a cometerem o mesmo crime e, finalmente, por estarem usando um sistema menos seguro do que a concorrência. Quem usa Windows não tem idéia do que está perdendo.
É mais um artigo infelizmente, motivado pela paixão e não pela razão. vi comentários sensatos, e outros sobre nacionalismo… tá então vamos para de consumir tbm coca-cola ou macdonalds e tudo que é de fora, começar um xenefobia a software agora!! ah, faça-me um favor, vamos ser mais racionais e deixar nossa paixão por MS, linux ou seja lá oq for de lado.
Ah Pirataria sempre vai ser crime e deve ser tratada como tal. O que existe é um problema cultural, pois como ninguém recebe punição todos querem fazer, precisamos é mudar a educação e não ver isso como uma coisa natural e aceitável.
Sou camelo e vivo dos meu produtos!!!sim e crime mas eis a questão. Meu pai é (VEREADOR) se ele respeitase alguma lei,teria me proibido quando eu era de menor de idade hoje tenho 25 anos sou dono de 3salas e devo tudo o meu pai que sempre me livrou da fiscalização,me ajudou finaceiramente.Hoje ele tabém e dono de um comercio, e duas loja no centro,agora que ninquem sabia até agora, e que ele tabém foi vendedor ambolulante,e ele sepre me diz… suborno compra desde um simples policial até o presidente… crime é pagar tantos empostos e não ver nada principalmente na segurança,saúde,educação, e na infra estrutura deste pais brasil mas conhecido como pais dos impostos…
Li aqui muitos comentários falando mal do Windows e outros tantos falando mal do Linux. A minha opinião é de que os dois sistemas são ótimos. Mas cada um tem um público-alvo diferente.
Trabalho em uma empresa que é parceira da Microsoft, mas em casa eu também uso Linux. Por que? Porque eu prefiro extrair o melhor dos dois mundos.
Eu não tenho preconceitos, e acho que as pessoas também não deveriam ter em relação a sistemas operacionais.
O Windows eu uso por ser muito estável nos programas feitos pela Microsoft (MSN, Office) e também porque a maioria dos fabricantes de jogos sempre trabalharam para rodar seus programas no Linux (o ideal seriam os jogos serem independentes de Sistema Operacional, mas acho que isso ainda não foi pensado).
Porém, o Linux é melhor para quem quer ter mais segurança, mais opções, e não usa muito jogos ou programas para Windows (arquivos exe). E principalmente, é bom para quem não gosta de ficar na ignorância. O Linux só peca naquilo que tenta copiar a Microsoft (MSN, documentos xls, doc, ppt) pois a própria Microsoft cria mecanismos para que seus programas não rodem no Linux. Afinal, ela não quer perder mercado. Mas o pessoal de Linux, que trabalha em sua maioria de forma voluntária, faz um ótimo trabalho, e a cada dia vejo melhoras no sistema, e não a cada 5 anos.
Matt,
Na verdade, eu teria gostado se ele tivesse ficado. Nunca tive a chance de debater com ele e, a despeito dele ser um pentelho, ele tem opiniões bastante opostas.
Teria sido uma boa discussão se ele não a tivesse abandonado.
Quanto ao Linux ser marginalizado, não sei em que planeta você vive, mas no meu, ele é uma plataforma de servidor respeitada, que não para de ganhar mercado por ser eficiente, simples e estável. Só não existem mais servidores rodando Linux porque uma máquina Unix (não é só o Linux que consegue isso) costuma fazer o trabalho de três ou quatro servidores Windows.
Eu acho interessante essa paixão em um debate profundamente técnico (esse post é mais sobre Windows e Linux do que sobre pirataria). Sistemas operacionais são apenas isso – sistemas operacionais.
A discussão sobre algum assunto sempre é valida, podemos observar vários pontos de vista de um mesmo assunto. Foi dito aqui um pouco de cada coisa.
O grande lance está na valorização da propriedade intelectual, acredito que muitos aqui gostariam de ganhar um valor justo por seu trabalho.
Mas e se você ganhasse mais do que o justo e sempre sobrasse dinheiro no final do mês? Será que você compraria algo original ou compraria algo mais barato?
Sim, você compraria o mais barato, independente se é ou não original. Afinal você quer fazer o seu dinheiro render.
Da mesma forma as empresas querem um maior lucro. Para quê? Para ter mais dinheiro e sustentar o seu poder. Isso é bem norte-americano mesmo, porém se tornou globalizado.
Eu sempre usei software proprietário. Pirata? Algumas vezes precisei. Mas também já usei software livre e atualmente no meu emprego desenvolvo soluções pagas com ferramentas livres, SO pago, servidores livres e servidores pagos.
Parece uma grande salada de coisas não? De fato, mas está saindo serviço e a empresa está lucrando. O preço é justo? Não sei, não tenho muito acesso as cifras. Mas analisando o curriculum e o empenho dos profissionais aqui eu acho que deve ser um valor justo.
Acredito que há 10 anos atrás eu usei um SO muito feio, o DOS. Era proprietário, porém havia muitas cópias piratas, assim como todas as aplicações disponíveis para ele.
Depois de tanto tempo as coisas continuam as mesmas, diferenciando um pouco o foco das empresas. Antes eram as vendas, hoje são os serviços.
Em 10 anos as coisas evoluíram e muito, inclusive o software livre. Mas não houve uma mudança tão grande da cultura na utilização dos computadores.
Não é dificil hoje em dia associarem o computador ao Windows, achando que só pelo fato de ter o WindowsXP é melhor, sem dar a importância devida a configuração do computador, tal como processador, memória e outros itens.
Também é dificil algum vendedor dizer que além da opção do Windows ser instalado no computador exista a opção de outro(s) SOs serem instalados. O máximo que existe é o vendedor dizer que o Windows original custa tanto, por isso o computador tem tal preço. O consumidor questiona: Tem como ficar mais barato? e o vendedor: Sim, mas aí você estará usando o Windows pirata..
Popularizar o software livre não está apenas fazendo o que a Microsoft fez anos atrás, enfiar garganta abaixo.
O software livre não é nenhum patinho feio, é muito funcional e estável, só faltava uma cara bonitinha. Agora já está criando essa carinha bonitinha. Porém muitos torcem o nariz por não conhecê-lo.
Acredito que as distribuições que rodam a partir do próprio CD são excelentes para difundir o software livre. Nós os profissionais da área de tecnologia somos parte de um time que tem a responsabilidade de fazer isso.
Já sugeri a muitas pessoas o uso do GIMP, do Kurumin, Mysql, PHP, Blender (3D), Inkscape (Corel Draw) e entre outros.
Acredito também que não adianta apenas vender um computador mais barato porque ele vem com o Linux se a pessoa que compra não ganha seilá um curso grátis de Linux. Sendo que é dificil ver isso acontecendo com o Windows.
Tá certo, eu não precisei de curso para aprender a usar o Windows, mas também não precisei de curso para usar o Kurumin e Suse, pois são tão intuitivos quanto o Windows.
Mas da mesma forma que algumas pessoas tem receio de mexer no Windows, terão receio de mexer no Linux. E vai de cada indivíduo a forma como aprender, se vai pagar um curso ou se vai buscar tutoriais grátis na Internet.
Sempre há alternativas, pagando ou não. Mas o mais importante é que hoje há muitas alternativas, o que ajuda no desenvolvimento tecnológico. Precisamos apenas a divulgar melhor as alternativas, deixando as coisas mais transparentes.
Tentei expor o que tinha em mente nesse momento, posso ter escrito algumas besteiras, mas tive a oportunidade de dizer o que penso e fico satisfeito. Se existir críticas construtivas absorverei e procurarei compreender melhor o assunto.
Afinal estamos sempre aprendendo. Espero ter contribuido um pouco para a discussão.
Engraçado foi o autor do artigo convocando os amiguinhos na lista da SL pq nao consegue nem argumentar com o Baboo.
Ainda bem que Linux permanece na marginalidade, e pessoas como o autor do tópico só contribuem para que assim continue.
Não é preciso piratear nada. Quem acha que precisa software não livre precisa pagar sim: Prisão aos picaretas que ensinam usar software pirata e outras tolices ditas aquí.
A tendência é aumentar o número de empresas que mudem a forma de trabalho para Software Livre, isto ainda é uma novidade incompreensível para muitas. Quando inventaram o motor à jato, muitas grandes empresas relutaram em abandonar as hélices e quebraram.
Profissionais competentes são bem informados e já sabem que usuários não mais precisam compilar nada nem de linha de comandos pra trabalhar em Linux. O problema também é darem dicas furadas pra iniciantes.
A grande verdade é que o licenciamentos GPL (e compatíveis) foi uma idéia genial, que ao mesmo tempo que o torna um bem público, incentiva que empresas, profissionais e voluntários os mantenham sempre atualizados e em constante evolução.
Olha, resumo de tudo isso aí, não precisaríamos piratear tanto se o governo não inserisse um imposto que (no caso de jogos por exemplo) chega a 240%. O usuário instala o Windows XP pirata mesmo, porque a faxineira que paga o micro em parcelas de R$ 80,00 não quer saber de aprender a compilar um simples instant messenger, não adianta espernear, mas até eu que estou acostumado, fico de saco cheio de ter que correr atrás da biblioteca certa para a minha distribuição, compilar o programa usando o gcc e o escambau a quatro, não tem como discutir, tudo no Windows se resolve em 3 cliques no máximo e pronto! o suporte de programas é gigantesco, e não é só porque o Windows domina o mercado, é porque programar para Linux é um pesadelo, você não tem como criar um instalador que funcione em todos os linux (com a mesma versão de Kernel inclusive) e se conseguir essa proeza, ela não vai durar mais que 2 semanas. Falta padronização no Linux, falta seriedade ao software livre, não falta potencial, mas esse potencial talvez nunca deixe de ser apenas potencial. As pessoas querem que o SO seja um meio, não um fim em sí, o médico quer rodar seus programas sem aprender muito sobre o SO assim como quer dirigir seu carro sem aprender mecânica.
PIRATARIA É CRIME SIM….
Após ler inúmeras besteiras dos comentaristas aqui, sobre a matéria, me senti na nescessidade de escrever esse e-mail…..
1º – Concordando ou não é uma resolução prevista em lei. Quem não concorda com isso, deve batalhar para que mude esse cenário. Enquanto isso:
PRENDA OS PIRATAS E DESTRUAM SUAS MERCADORIAS POIS É ILEGAL A PIRATARIA.
2º – Vocês, não trabalham na área de desinvolvimento, não é mesmo.
O produto poderia custar R$ 1000,00 valendo isso ou não. Se não fosse tão bom, o mundo inteiro quase (inclusos digitais) não estaria usando.
NÃO CONCORDANDO COM O PREÇO, NÃO COMPRE… BUSQUE UMA ALTERNATIVA QUE CAIBA AO SEU BOLSO (Rs).
é só por enquanto !!;O)
Gostaria de agradecer aos defensores (ou funcionarios da MS, não sei) pois apartir da leitura dos post destes, vi que trabalhar com Windows é uma perfeita idiotice. (afinal, alegar que o linux tem mais requisitos de hardware do que o windows, ou eles tem amor a camisa ou estes fizeram cursos tecnicos na bit company, help byte e afins ….)
Suporte do windows incluso ?
Como trabalho com comunicações, vejo estes casos com frequencia.
CLIENTE: o windows não aceita a atualização (veja bem, atualização, pois o usuario não tem nem ideia que ja foi lançado a nova versão)
para o IE 7, pois alega que não é compativel com o idioma do SO.
EU: Mas qual idioma do IE que vc tenta instalar?
CLIENTE: portugues.
EU: em qual idioma esta o seu windows.
CLIENTE: portugues!
O suporte da MS é por telefone ??
Grande auxilio ….
A maioria dos usuarios não sabem utilizar o CTRL+C CTRL+V …..
ai que odio
oia genti, pirataria é crime mermo hein. Mas quem nao vive sem um cd pirata
Eu como a grande maioria dos Brasileiros, já utilizei software pirata, Gastei aproximadamente em segunda fase, já contrariando meu bolso R$ 5.500,00 reais com softwares, ainda guardo as notais fiscais até hoje para possíveis contradições, memória, etc. FUI MOTIVO DE GOZAÇÃO VÁRIAS VEZES por pensar honestamente! Hoje utilizo somente software livre em todas as instâncias. Já prospectei vários softwares para os meus clientes/usuários, todos livres em substituição aos proprietários. Estes vão deste, suites de escritório, gerenciamento de projetos, animação 3D, diversos softwares multimídia, etc. A ruína ética de nós brasileiros está em nosso místico antepassado de safadeza/robalheira. E a maioria dos pirateiros ainda tem a cara de pau de falar, ou cobrar ética de seus governantes. Até quando irão acreditar no seu reflexo!
Parabens pela discussão, está em excelente nível. Principalmente quando funcionarios da grande empresa apelam e caem fora 🙂
Em momento algum o artigo referencia como um ou outro sistema melhor, foi inteiramente sobre pirataria, mas quando começa a se falar sobre segurança, estabilidade e principalmente PRIVACIDADE… eles ficam perdidos.
Parabens novamente
Gente, dêem um pulinho em http://cronica-politica.blogspot.com/ e comentem a minha modesta opinião sobre pirataria…
Um abraço.
Alex
O Linux é um bem público, e isto é o benefício essencial de todo software livre: é meu, seu, da Microsoft ou quem queira respeitar isto. Hoje até a Microsoft tem interesse em dizer que trabalha com Linux e respeito esta evolução.
Gosto de tomar suco de laranja, pois é mais saudável que refrigerantes e seu DNA é público, e vez que outra tomo também refrigerantes sobre os quais pouco temos benefício e direito: Mas não sou estúpido de sair defendendo que o governo deva custear estes refrigerantes artificiais nas escolas ou seja onde for pois as pessoas deveriam poder optar.
Lamento a ingenuidade dos usuários que não recebem informações suficientes para terem capacidade de escolha, mas lamento muito mais a ingenuidade de quem se diz estudante de computação: Está aprendendo o que ? Se realmente prendessem os piratas o mercado iria evoluir rapidamente.
Fernando,
Sinto ter incomodado você a ponto de você estar tirando as luvas. Acho que talvez seja melhor pararmos nossa conversa por aqui.
E eu não acusei a MS de manipular pesquisas, apenas de divulgá-las seletivamente. Você agora afirmou que a Microsoft divulga todos os estudos que comissiona, independente de um resultado favorável ou não.
Bom… Eu truco. De novo, não foi o que eu ouvi. Nunca me dei o trabalho de baixar todos os whitepapers do Get The Facts, porque, no fundo, toda essa história de estudos seletivamente divulgados é bastante tola. Só um idiota confia cegamente em um estudo que foi comissionado por uma parte interessada.
Existem muitos idiotas em posições de autoridade por aí, mas isso é assunto para outro artigo, num outro dia.
Eu encaro qualquer estudo bancado pela Microsoft mostrando como os produtos dela são maravilhosos com exatamente o mesmo ceticismo que eu encararia um estudo bancado pelo Vaticano que dissesse que apenas católicos que vão à missa todo domingo vão para o céu.
Eu acredito em mercados livres e abomino aqueles que tentam manipulá-los. Abomino o comportamento anti-ético de pressionar fabricantes de computadores. Abomino. Abomino monopólios pelo dano que eles causam à competição e, por consequência, à evolução da tecnologia e lamento profundamente que a empresa inovadora de 90 tenha se tornado o peso morto da indústria nas décadas seguintes. Não sou eu quem acusa a MS de práticas anti-competitivas, de usar lobbies para proteger interesses próprios em detrimento dos da maioria, entre outros vários comportamentos repreensíveis. É o DOJ dos EUA, que a considerou culpada de abuso de monopólio. É a Comissão Européia, que desaprova a sabotagem continuada contra a interoperabilidade entre sistemas. É o estado de Massachussetts, cansado de formatos fechados. E tantos outros indo na mesma direção.
Do outro lado, tem o Ministro da Educação da Tailândia pós-golpe, que repudia software livre.
Outro dia, um outro amigo meu (que também vai ficar anônimo a menos que ele próprio queira se manifestar), fã de carteirinha da Microsoft, afirmou que ela é grande demais para que alguém consiga se interpor a ela e que ela vai reinar absoluta com seu virtual monopólio por muitas décadas ainda.
Eu lembrei a ele que os dinossauros dominaram a Terra por 160 milhões de anos. Nós estamos aqui fazem uns 5 milhões e, que naquele dia, eu tinha comido frango no almoço. Da minha janela, enquanto eu escrevo, eu posso ouvir o canto de pássaros em gaiolas. Eles, que têm os mesmos pés com escamas e garras dos seus poderosos ancestrais, hoje, vivem em gaiolas, alimentados pelos descendentes de suas presas.
Tudo passa e tudo muda. Tamanho não é sinal de invulnerabilidade.
Até porque são as regras que mudam.
E, quanto ao meu uso, eu sou muito feliz sem Windows no meu dia-a-dia. Recomendo a todos que tentem. É como dar uma limpada no guarda-roupa, como se livrar da geladeira velha. Viajar leve, com pouca bagagem é sempre melhor.
Caro Bánffy,
É uma pena que você primeiro nos acuse de manipular pesquisas, e depois tenha que recorrer a um insider fictício para tentar substanciar o seu argumento. Lamentável.
A Microsoft tem publicado todos os estudos de TCO comissionados, inclusive um que – o horror! – mostrou em 2002 o Linux como tendo menor TCO como Web server (http://www.microsoft.com/presspass/features/2002/dec02/12-17TCOstudy.mspx). Este estudo do IDC foi o que motivou a criação do Windows 2003 Web Edition.
Mas não deixemos a realidade atrapalhar as suas certezas. Seja Feliz,
– Fernando Cima
Fernando,
Qual parte de eu não odeio a Microsoft você não entendeu? Verdade. Juro. Não odeio.
Mas tudo bem. A pior coisa que pode acontecer se você continuar achando que eu odeio a Microsoft é… Nada.
Linux pode até nem sempre ser tecnicamente melhor (embora eu nunca tenha encontrado essa condição-limite pessoalmente), mas, para o usuário, o melhor mesmo é ter um mercado em que várias soluções competem e, pela pressão competitiva, evoluem. Para que isso volte a acontecer no segmento de sistemas operacionais, como nos anos em que o Windows mais evoluiu (baixos 90), é preciso que outras alternativas atinjam massa crítica. Só por isso eu já recomendo que não se use Windows – é pelo bem comum.
Diversidade e competição são os dois pilares da evolução, não só com software, mas com todo o resto. Remova um e a evolução puxa o freio de mão. 5 anos entre XP e Vista é um bom indicador disso.
Outro sinal dessa necessidade de diversidade é o próprio fato de haver mais pessoas rodando OpenOffice em Windows do que em Linux. Muitos não tem, ou não sabem que tem, escolha de sistema operacional mas, felizmente, sabem que podem ter escolha quando o assunto é aplicativos.
E que bom, para a competição, que ele não venha embutido no Windows.
Não que estabilidade não seja algo bom, mas a isso chamamos estagnação.
E é muito fácil para a MS (verdade, é mesmo) baixar o preço da licença OEM para zero ou menos – não é ela que dá suporte. Considere isso como mais um custo para promover o Office e pronto. Não será nem o primeiro nem o último caso de dumping na indústria.
Mas, ao contrário da pirataria, esse seria mais pela frente.
E me desculpe se eu não dedurar ninguém. O cartão está comigo, em uma pasta de cartões, em uma gaveta, no meu escritório em casa. Conheci a pessoa em um almoço de trabalho em um evento que eu estava cobrindo. Jogamos conversa fora por algum tempo e eu ouvi dele que isso é prática comum, o que faz muito sentido – se eu comissionar 10 relatórios e 3 deles pintarem meu produto sob uma luz favorável, é óbvio que eu vou divulgar aqueles 3 e fingir para o mundo que os outros 7 nunca existiram (ainda que, internamente, eles me sejam úteis). Você não vai me dizer que a Microsoft divulgou todos os estudos comparativos que ela contratou, vai?
Porque, se você disser isso aqui, eu acredito.
E, se você me dissesse em particular e pedisse para não ser mencionado, eu jamais entregaria você.
Baboo,
Sei que apesar de sua nota logo acima, continua lendo este tópico, assim como um bom intusiasta da informação e que contém um site bastante acessado que a maioria de nós conhecemos.
Pois bem, para tudo existem regras de negócios, o governo conversou com diversas empresas que vendem computadores para chegar ao preço médio de 1000 reais, e a grande maioria das empresas aceitaram e concordaram com o plano proposto.
Pois bem, mediante sua citação de enfiar goela a baixo o Linux na população digo o mesmo de seu site, pois para abrir discussão filosófica o cidadão cadastrado tem que postar pelo menos 100 vezes!!! Pelo amor de Deus!
Tentei, juro que tentei postar. Se não me engano umas 30 vezes, mas o que eu ví foi horrorizante! 90% dos posts eram de perguntas do estilo: Como faço para abrir o Word (ótimo para novatos) fora que uma das regras impostas é de que não se pode citar qualquer outro S.O. que não seja Microsoft Windows e inclusive soltou uma nota explicando o porque correto? Explicou que seu patrocinador é a Microsoft e pois isso a regra!
Pois bem, assim como você faz o que acha melhor para SEU site, e cria as SUAS regras, o Governo faz o que acha melhor para os cidadãos com as regras definida por ele, e pela população que o elegeu.
Quanto ao PT, nem vou discutir, não é assunto partidário, um peso e duas medidas, quer dizer que votou no PSDB / PFL porque apoiam a propriedade intelectual, inclusive da empresa que te patrocina? Dinheiro não é tudo, conhecimento sim!
Quanto a pirataria, também é facil manter um site tendo todas suas licenças gratuitas além de patrocício oficial (se eu estiver errado por favor me corrija).
Estes dias visitando um site de Warez destes milhares espalhados pela internet e muitos deles bancados por um grupo pequeno de pessoas (que não tem nada a ganhar, pagam a hospedagem, designers, etc, mas que se sentem felizes por compartilhar material inútil) eu lí um artigo interessante sobre defesa da pirataria, e não que eu concorde com tudo mas sim com a essência do que é ou não informação útil:
É raro ver alguém que defenda com unhas e dentes a pirataria. No máximo as pessoas a justificam com alguma desculpa esfarrapada, dizendo que é um sintoma da desigualdade social. E o caso não se restringe aos pobres camelôs. Até mesmo quem pratica a pirataria ?mais sofisticada?, catando uma MP3 aqui e crackeando um Windows acolá, não consegue se livrar de um certo complexo de culpa quando escuta o discurso lamurioso da indústria fonográfica e dos fabricantes de software: ?A pirataria não gera empregos! A pirataria não paga impostos!?.
Pois eu digo que o crescimento nos últimos anos dos mais diversos tipos de pirataria, seja graças à internet ou aos bons e velhos chineses, é a maior arma que a sociedade possui para conseguirmos passar ilesos por esta dita ?era da informação?.
Houve uma época onde a coisa mais importante na economia era comida (bons tempos feudais que não voltam mais). Tão importante que a maioria das teorias econômicas se baseavam em grãos de trigo. Uma delas, muito legal por sinal, era a de Thomas Malthus. Para simplificar, ela dizia o seguinte: a população cresce em progressão geométrica (2, 4, 8, 16, 32..) ? afinal, fazer filho é muito gostoso (ele realmente diz isso); já as reservas de comida crescem em progressão aritmética (1, 2, 3, 4…) ? a produtividade das terras é limitada e seus recursos são escassos. Conclui-se então que um dia este sistema vai dar merda. Muita boca para pouca comida. Mas aí tudo bem, Deus é um cara sábio, mata 90% da população de fome e o ciclo começa novamente. Uma guerra de vez em quando para matar geral também é bem vinda.
Hoje o que movimenta a economia é conhecimento, tecnologia, informação, cultura, diversão… Ninguém sabe mais se trigo nasce em árvore ou se vem da galinha. E isso só foi possível porque o problema do crescimento populacional foi resolvido (na parte do mundo que vale a pena, esquece essas merdas debaixo do equador) e as pessoas descobriram que ver televisão e jogar video-game é muito mais gostoso e prático do que fazer filhos.
Nesse cenário, o discurso de Malthus se inverte. A quantidade de imbecis produzindo informação cresce em progressão geométrica (músicos pagodeiros, atualizações do Windows, escritores, revistas, programas de TV…) – afinal, viver vida de celebridade é mais gostoso; já a nossa capacidade de assimilar toda esta nova informação cresce apenas em progressão aritmética (afinal, só temos um cérebro). Não é preciso ser nenhum gênio para descobrir que, se ficarmos de braços cruzados, um dia Deus vai ter que baixar na área e matar 90% da galera que insiste em nos entupir com cada vez mais informação.
Afinal, de quantas bandas de New Metal nós precisamos? Quantas celebridades se revezando semanalmente em fofoquinhas mostradas pelos programas de TV são necessárias para nos entreter? Uma nova versão do Photoshop a cada 4 meses não é um pouco de exagero? Uma banca de jornal hoje em dia possui mais títulos do que a biblioteca do meu colégio tinha quando eu cursava o ginásio!
É nesse ponto que a pirataria entra para nos salvar. A cada MP3 que baixamos, mais miserável fica aquele maldito grupo de Axé. A cada software pirata que instalamos, um programador sueco fica sem dinheiro para comprar Prozac e se suicida. A cada camisa da Nike falsificada que vestimos (marca também é informação), menos jogadores de futebol vão ostentar carrões importados. Com esta escassez de recursos forma-se um ciclo virtuoso e, pouco a pouco, aquele sonhado ponto de equilíbrio onde apenas ?informação relevante? é produzida vai se aproximando. O mundo poderá se ver livre de quem só quer alugar um espacinho no nosso cérebro para faturar mais dinheiro e ostentar uma vida de luxo e riqueza. O caminho fica livre para aqueles que querem apenas passar a sua mensagem e receber o que é justo por isso.
Fique satisfeito por cada ato de pirataria que você já cometeu (e vai cometer ainda mais a partir de hoje). Você está contribuindo para que o joio deixe de ser irrigado e no final só reste o bom e velho trigo, que a era da informação está quase nos fazendo esquecer de onde ele vem.
—
MrManson
É isso, não leve pelo lado pessoal são apenas negócios, assim como os seus.
Abraços
Caro Bánffy,
BTW, a coisa dos vários estudos e da divulgação seletiva eu ouvi de uma pessoa que, na época, trabalhava para um dos think-tanks que divulgou estudos de TCO. Eu prometi para ele que não diria nomes.
Ah não! Não faça isso. Não use um argumento covarde como esse. Isto é truque de debate de nível estudantil.
Primeiro você invoca a autoridade (trabalhava para um dos think-thanks), e depois nega o direito de resposta ao oponente (prometi para ele que não diria nomes).
Vamos por favor conversar aqui como adultos. Se você quer comprovar uma tese, cite fontes que possam ser checadas.
– Fernando Cima
Caro Bánffy,
Não achava que iríamos mesmo concordar, mas pelo menos está cada vez mais claro onde divergimos:
Você *sabe* o que é melhor para os usuários; eu acho que as pessoas tem a capacidade de escolher por si só.
No seu mundo o Windows é sempre pior. No meu mundo existem situações onde ele se adequa melhor e outras onde não. Para o estudante de computação, eu recomendaria que ele olhasse trabalhasse e aprendesse com o FreeBSD, como eu mesmo fiz no meu tempo de faculdade (o código comentado pelo John Lions do UNIX 6th Edition ainda está aqui na minha estante). Em outros casos recomendaria o uso do Windows. Mas sempre a escolha final é do usuário. Não me julgo melhor do que ele.
Espero que um dia a maturidade diminua a raiva que você tem da Microsoft. Por enquanto pelo menos podemos ter um debate mais racional agora:
Se alguém era contra o uso do Windows por causa do preço, já sabe agora que um PC com Windows custa o mesmo ou menos que um PC com o Linux, e computador poderia vir com os mesmos 26 softwares se desejado. (Na verdade existem mais usuários de OpenOffice rodando Windows do que rodando Linux).
Se alguém era contra o uso do Windows no Computador para Todos para não dar subsídio fiscal a corporação-monopolista-malvada-que-eu-tanto-odeio, entende agora que o incentivo financeiro é dado diretamente ao consumidor via crédito.
A pergunta real é se o governo deve continuar impondo o sistema operacional aos usuários, e financiando o mercado que vive da pirataria, ou se deve deixar as pessoas comprarem o sistema que elas desejam.
Fica com Deus, e um abraço de quem você considera ser do mal,
– Fernando Cima
BTW, a coisa dos vários estudos e da divulgação seletiva eu ouvi de uma pessoa que, na época, trabalhava para um dos think-tanks que divulgou estudos de TCO. Eu prometi para ele que não diria nomes.
A história oficial da mudança de política da Forrester, no entanto, é pública e está aqui:
http://www.infoworld.com/article/03/10/06/HNforresterchange_1.html
The policy change was announced in a letter written by George Colony, the CEO of the Cambridge, Massachusetts, company, and posted to the Forrester Web site late last week.
We will no longer accept paid for, publicized product comparisons, Colony said in an interview. The best example of that would be the Microsoft report.
É necessário perguntar que comportamento do contratante faz com que uma empresa mude dessa forma sua política de divulgação.
E, embora eu dificilmente recomende Java como solução hoje em dia, ele pelo menos reduz o vendor lock-in. É assim: se você faz a coisa em Java, pode rodar em Solaris, Linux, Windows, MacOS, NetBSD e, se quiser mesmo, até direto no metal. Pode escolher entre desde servidores uniprocessados a máquinas como as da Azul, com centenas de processadores dedicados. Pode escolher entre x86, Power, Itanium ou qualquer outra que convier. Se fizer em .Net, muito provavelmente só vai rodar em Windows e estar limitado ao tipo de hardware em que Windows roda. Nada de superservidores pra você. Bad server, no donut for you.
Mesmo que, de imediato, seja até mais caro (e esse relatório foi muito questionado), a vida das aplicações tende a ser muito longa e o custo de manutenção delas ao longo de vários anos sempre deve ser levado em conta.
Que o digam todos os programas Cobol ainda rodando debaixo de MVS.
O programa que onde o uso do Windows é proibido é o ?Computador para Todos?, e nele o incentivo não é fiscal, e sim um financiamento com taxa de juros mais baixa para o consumidor. Ou seja,o subsídio é feito *diretamente ao consumidor*, que paga menos juros se desejar financiar o equipamento, e não aos fabricantes.
OK. Obrigado por corrigir isso. De qualquer modo, é dinheiro público sendo usado para fomentar a competição. O programa é falho em vários pontos (por exemplo, a falta de garantias de qualidade do suporte), mas isso não quer dizer que seja correto o uso de dinheiro público em ações que, a rigor, prejudicariam a competição ao ajudar o que já é, por todos os aspectos práticos, um monopólio.
Você é claro tem todo o direito de odiar a Microsoft como odeia
As pessoas vivem confundindo isso. Eu não odeio a Microsoft. Muitos amigos muito queridos trabalham para ela (do outro lado da Força, como brincamos). Eu era fã de carteirinha (aquela bonitinha, de MCP) por boa parte dos anos 90. Não faz sentido odiá-la: a Microsoft é apenas uma empresa. E já foi bem legal. Com o passar dos anos, ela se tornou grande, confusa e ineficiente e hoje, para não perder mercados estratégicos, ela precisa adotar práticas anti-competitivas. Os competidores dela frequentemente são ainda mais ineptos e confusos e isso ajuda, mas não podemos desconsiderar a forma e a extensão com que o poder dela é usado. Como diria Tio Ben, com grande poder vem grande responsabilidade. É talvez tempo da MS entrar com a segunda parte.
Você não discrimina uma empresa só porque você não vai com a cara dela.
Não se trata de ir ou não com a cara de uma empresa. trata-se aqui de incentivar valores como diversidade, abertura e competição que são impossíveis de conciliar com a Microsoft de hoje.
Um estudante de Ciência da Computação pode olhar dentro de um Tomcat, de um Zope, de um FreeBSD ou de um PostgreSQL. Pode olhar como funciona o journaling do ext4. Até vocês, da Microsoft, podem. Se não copiarem código, podem até usar o que aprenderam fazendo produtos melhores.
A natureza da Microsoft impede que estes mesmos estudantes façam o mesmo com os produtos dela. Ao menos, não sem assinar com sangue um NDA cheio de espinhos.
Eu quero que meus impostos sejam gastos de formas que ajudem a próxima geração a aprender a fazer, não apenas a usar o que vem de fora.
Meu ponto é que o modelo de negócios delas só se sustenta se a grande maioria dos seus usuários mudar de sistema operacional.
Essas regras valem pros dois lados. Do mesmo jeito, a pirataria ajuda o fabricante que instala o Windows Starter Edition, pois quando o coitado ligar com um problema no Windows XP ou no Office pirata, vai dar com a cara na porta (ou a orelha no sinal de desconexão).
Onde existe um risco no PC para Todos é que o público a que ele se destina talvez origine mais chamados de suporte do que a média do mercado. É necessário que seja feito um ótimo trabalho nessa área mas isso, de maneira alguma, indica que se deva abandonar o esforço de capacitação de profissionais locais na estruturação de sistemas de suporte ao usuário. Este é um conhecimento muito útil. Mesmo que até custe mais caro, eu prefiro ver o dinheiro dos meus impostos gerando empregos aqui do que em Redmond.
E é aqui que a nossa diferença de opinião fica clara, claríssima: você acha que a solução para isso é fiscalização, polícia. Eu acho que a solução é dar ao usuário liberdade de escolha.
Liberdade de escolha é o que se está tentando criar, Fernando. Quando eu comprava um micro, até pouco tempo atrás, eu comprava uma licença de Windows, usasse ou não. Até pouco tempo atrás, para poder declarar meu imposto de renda pela internet, eu precisava de um Windows. Para usar internet banking empresarial do Unibanco, eu preciso manter uma máquina Windows na minha rede. Eu não quero, mas eu não tenho escolha.
E vamos deixar muito claro que pirataria de software é sim caso de polícia. Independente de quem é beneficiado por ela, não podemos dar as costas e racionalizar dizendo que é porque o outro é ruim. E, pessoalmente, acho que ela até merece a mesma atenção dada a outros crimes contra a economia, porque ela cria barreiras artificiais de entrada que impedem a livre competição.
É também uma questão da qualidade do produto ofertado. Vender um Windows genuíno não resolve o problema porque é apenas meio caminho andado: Para chegar ao mesmo nível de funcionalidade proposto para o PC para Todos, o pobre comprador de Windows iria precisar comprar, no mínimo, um Office Professional. É claro que, mesmo com Windows, ele pode usar Gaim, Thunderbird, Firefox e OpenOffice – eu até recomendo isso aos usuários de Windows, porque facilita a migração depois – eu não perdi nenhuma mensagem do Gaim quando finalmente migrei de vez do Windows pro Linux.
Duvido que a Microsoft vá oferecer um Windows XP Professional com Office e mais todos programas equivalentes aos da lista de requerimentos do PC para Todos pelo preço que é possível atingir usando software livre. Eu posso pegar um micro com Insigne Linux, espetar mais um monitor, um teclado e um mouse e colocar duas pessoas trabalhando no mesmo computador. Que versão de Windows permitiria isso? Com um pouco mais de esforço, eu coloco 10 pessoas fazendo isso. Qual versão de Windows deixa isso?
Eu gosto de mercados competitivos e prefiro eles desregulados, mas monopólios excluem essa possibilidade. Quando eles existem, é necessária a regulamentação do mercado, para prevenir e corrigir abusos.
E qualquer análise da história recente mostra que a Microsoft é propensa a cometê-los.
Acho que nunca vamos concordar, mas ficam pelo menos as posições claras.
O tempo passa e as pessoas mudam. Eu já achei a Microsoft a melhor coisa desde o pão fatiado. Não mais. Você também pode mudar.
Para todos há esperança.
Caro Bánffy,
Obrigado pela resposta. Seus pontos de vista são interessantes, mesmo que você as vezes recorra no FUD como no caso da Forrester*. Vou me ater ao ponto principal do seu argumento, e a um outro em que provavelmente eu nao me expressei bem.
Vamos esclarecer primeiro como funcionam os programas de PCs mais baratos do governo:
Só não acho legal usar o dinheiro dos meus impostos para dar incentivos fiscais a uma empresa condenada em 3 continentes por abuso de monopólio e, além disso, ajudá-la a extender seu monopólio a novos mercados.
Lamento te dizer, mas os PCs com Windows recebem os incentivos fiscais. Pela chamada MP do Bem (MP 252/2005), todos os PCs abaixo de R$ 2500 reais tem isenção de PIS e Cofins, independente da sistema operacional utilizado.
O programa que onde o uso do Windows é proibido é o Computador para Todos, e nele o incentivo não é fiscal, e sim um financiamento com taxa de juros mais baixa para o consumidor. Ou seja,o subsídio é feito *diretamente ao consumidor*, que paga menos juros se desejar financiar o equipamento, e não aos fabricantes.
Você é claro tem todo o direito de odiar a Microsoft como odeia, mas não é assim que se fazem políticas públicas. Você não discrimina uma empresa só porque você não vai com a cara dela. Eu por exemplo não gosto do Vasco da Gama, mas não fico revoltado quando o clube refinancia com desconto sua dívida previdenciária usando o meu dinheiro – a lei existe para todos, até para quem eu não tenho simpatias.
Você também não entendeu o meu ponto sobre algumas distribuições Linux. Mea culpa, o que eu escrevi não estava claro:
Aí é que está a beleza. Ninguém está chupando ou fazendo nada errado – as licenças envolvidas permitem – e incentivam – trabalhos derivados. Sejam elas sub ou superconjuntos das distros mais usadas, elas são perfeitamente legais e moralmente corretas.
E são mesmo legais, mas não era isso que eu me referia. Meu ponto é que o modelo de negócios delas só se sustenta se a grande maioria dos seus usuários mudar de sistema operacional. Se elas tiverem que suportar metade que seja dos seus clientes, quebram.
Caímos então no velho pacto da mediocridade – a empresa finge que vende sistema operacional, e o usuário finge usa.
E é aqui que a nossa diferença de opinião fica clara, claríssima: você acha que a solução para isso é fiscalização, polícia. Eu acho que a solução é dar ao usuário liberdade de escolha.
Acho que nunca vamos concordar, mas ficam pelo menos as posições claras.
Abraços
– Fernando Cima
* Sobre a Forrester, verifique os seus fatos. O relatório citado está publicado integralmente em http://www.microsoft.com/windowsserver/facts/analyses/msnetdev.mspx. A Forrester fez depois um estudo de TCO Linux x Windows não comissionado pela Microsoft, com resultados semelhantes (http://www.microsoft.com/windowsserver/facts/analyses/opencost.mspx). Mas eu gostei dos 30% divulgados e 70% divulgados, é realmente impressionante a facilidade como você cria números e estatísticas.
Pirataria é crime. No entanto, pirataria é também fazer um social para quem não pode comprar o software original. Acredito que por ser software, um produto intangível, se menospreze o real valor do seu desenvolvimento. Acredito que as pessoas pensem da seguinte maneira: Com os R$ 1.000,00 de um Office, poderia comprar um computador ou uma impressora com uma boa câmera fotográfica. Fazendo essa relação (bastante natural), é óbvio que ninguém é louco de comprar o software original, já que posso comprar por R$ 10,00 um CD com tudo o que preciso.
Uma pergunta que eu faço é: será que os fabricantes poderiam reduzir os preços de seus softwares? Acredito que a redução do custo de alguns softwares de uso comum (digo Office, Windows, etc.), poderia contribuir para diminuir a pirataria. Basta que a Microsoft (e outras fabricantes de software) lance uma versão standard de seus produtos. Só com o básico, o que todo mundo usa. Já imaginou, pagar só R$ 29,90 pelo Word? E R$ 49,90 por um Windows Basic? Quem quiser acrescentar outros módulos deveria pagar por eles. Fácil.
Enquanto isso não ocorre, viva os piratas! Sem eles, poucos saberiam realmente trabalhar com o Windows, Word e outros programas porque não teria como ter acesso. E acesso é tudo. Por isso, imploro: FABRICANTES DE SOFTWARE, DÊEM ACESSO AOS SEUS PROGRAMAS PARA AQUELES QUE REALMENTE PRECISAM! E deixem de falsas políticas de cunho social.
Oi Fernando. Obrigado pelo post. Vamos por partes.
Primeiro para mim é incompreensível você defender o direito de escolha do usuário, e ao mesmo impedir o usuário de escolher Windows no seu Computador para Todos. Que liberdade é essa onde todo mundo é livre para escolher, desde que seja o que *você* quiser?
Na verdade, você pode comprar seu PC conectado, ir até a Kalunga, comprar seu Windows, seu Office Professional, seu Visual Studio 2005 (ou pegar os CDs/DVDs do seu Technet/MSDN) e instalá-los que, por mim, está tudo bem. Só não acho legal usar o dinheiro dos meus impostos para dar incentivos fiscais a uma empresa condenada em 3 continentes por abuso de monopólio e, além disso, ajudá-la a extender seu monopólio a novos mercados.
Isso, definitivamente, é uma péssima idéia.
Mas o meu ponto principal não é esse. Como você toca bastante na questão preço, me permita te contradizer frontalmente: **o PC Windows sai mais barato que o PC com Linux**. Na prática e não só na teoria, como foi demonstrado sobejamente quando algumas empresas ofereceram máquinas no Computador para Todos com uma licença de Windows ao mesmo preço ou mais barato que o Linux, o que o governo depois vetou.
Eu me lembro que a Forrester Research mudou sua política de permitir que o contratante divulgasse estudos seletivamente depois que a Microsoft, que encomendou 11 comparativos de TCO entre Linux e Windows em várias categorias e divulgou apenas os 3 deles, nos 3 nichos estreitos em que o Windows era mais barato (uns bons 4 anos atrás). Isso deixou a Forrester com a cara de um think-tank de aluguel, coisa que eles não acharam nada divertido. Tanto não acharam que tomaram providências.
Mas think-tanks de aluguel não faltam e, se mantendo a proporção, a MS deve divulgar mais ou menos 30% dos comparativos que contrata. O interessante é notar que, mantida a mesma proporção, IBM, Red Hat, Mandriva, Novell e Canonical podem divulgar mais de 70% deles, conseguindo um retorno sobre o investimento em estudos mais de 100% superior ao da MS. Até nisso o ROI do Linux é melhor.
– A licença OEM está atrelado a aquele hardware específico, e a licença não pode ser transferida para outro PC.
Deve ser uma delícia ter que comprar uma nova licença de software porque o computador quebrou de um jeito não coberto pelo EULA.
Suportar um usuário com Windows custa bem menos do que suportar um usuário com Linux. O número de chamadas por usuário é menor e o tempo médio por chamado é mais curto. Se quiser não aceite a minha palavra, e pergunte a qualquer fabricante de PCs.
A maioria dos fabricantes mainstream de PC nem mesmo vende PCs com Linux. Só isso já vicia a amostra e destrói qualquer possibilidade de se fazer boas análises sobre essa massa de dados. Fora isso, o perfil sócio-cultural dos usuários do PC para Todos é diferente da clientela mediana da Dell, o que, de novo, detona qualquer chance de alguém que não seja faixa-preta em estatística usar esses números.
Isso é resultado de investimento em usabilidade, documentação, ferramentas de teste e de diagnóstico de hardware, kits de desenvolvimento de drivers, kits de customização para os OEMs, envio para os OEMs dos erros coletados via Windows Error Reporting, atualização dos drivers via Windows Update, treinamento para o Help Desk, e outros. A Microsoft tem o incentivo econômico para reduzir as chamadas de suporte e faz muitas coisas que você não vê, mas que existem.
Eu acredito nisso tudo. Eles fazem um trabalho legal pro fabricante – eu já vi esse lado da coisa. Fui 100% Microsoft por um tempo razoável, desde o Windows 3 até, mais ou menos o NT4. Enchi muito o saco dos meus amigos que usavam Macintosh. Depois disso, ficou muito claro que, apesar do fundo de tela Teletubies do XP, a grama é bem mais verde do outro lado da cerca. Hoje olho pra minha única máquina Windows e só lamento que o Unibanco ainda me prende a ele.
O irônico é que ao distorcer o mercado beneficiando um sistema operacional específico, o governo além de aumentar a pirataria criou uma aberração: a distribuição Linux ?tabajara?.
O irônico é que obrigar o uso de um OS vendor-neutral é chamado de distorcer o mercado. Isso é que é distorção.
Ela primeiro chupa uma distribuição Linux estabelecida como Debian ou Fedora, e depois chega para o OEM com uma oferta irresistível: o fabricante paga 30 ou 40 reais pela licença, e a distribuição assume todo o suporte ao usuário.
Aí é que está a beleza. Ninguém está chupando ou fazendo nada errado – as licenças envolvidas permitem – e incentivam – trabalhos derivados. Sejam elas sub ou superconjuntos das distros mais usadas, elas são perfeitamente legais e moralmente corretas. É o oposto do Windows Starter, cheio de limitações artificialmente impostas, ou do XP pirata instalado pelo técnico picareta.
E a MS pode fazer ofertas mais irresistíveis que essa. Na verdade, já fez várias vezes.
Claro que a conta só fecha se a grande maioria dos usuários se tornar pirata, e para estas distribuições não faz o menor sentido do ponto de vista econômico incentivar o usuário a permanecer na sua plataforma. Ao contrário, quando mais gente se tornar pirata, melhor para ela.
É por isso que eu defendo (e não sou só eu – pelo menos um desses fabricantes já se manifestou nessa direção) que seja feita uma rigorosa fiscalização sobre a qualidade do suporte prestado. Como é todo um mercado novo que está renascendo, no sentido de Renascimento pós-Idade-Média mesmo, temos que dar um pequeno desconto. Em pouco tempo a dinâmica dos mercados, se protegida dos monopolistas, vai se estabelecer e regular isso sozinha.
Este é o triste estado do Computador para Todos hoje: o usuário fica entre uma distribuição Linux ruim ou um Windows pirata.
Mania do pessoal chamar de ruim tudo aquilo que não conhece… Mesmo o Fedora (que eu detesto) ou o Slackware (do qual não chego a menos de 5 metros) têm menos problemas com vírus e malware do que o Windows mais reforçado. AIGLX e Beryl fazem Windows Vista e MacOS parecerem primitivos e inacabados. A escolha de ferramentas de trabalho pra mim (que lido com desenvolvimento de web, software e afins) é infinitamente superior nos Unix-like do que no Windows. O pessoal que faz um dos frameworks que mais cresce hoje, o Rails, é Unix e Macintosh roxo. Pra eles, Windows nem pensar.
De novo, não existe bom ou ruim. Existem características e requerimentos. Se jogar joguinhos é mais importante do que estar seguro de vírus, Windows é pra você. Se dar o boot no servidor é aceitável, Windows é pra você. Se você precisa realmente saber o que acontece dentro do computador ou da aplicação e não quer ou não pode saber de caixas-pretas, Windows não é de jeito nenhum pra você.
O sensato seria o governo deixar a ideologia de lado, e permitir que o usuário possa escolher o que ele acha melhor.
O usuário já pode. Sempre pôde. Os piratas continuam por aí.
E os maiores beneficiados são os de sempre.
Temos que ver não somente a questão ideolóciga ou tecnologica da coisa, mas sim a questão financeira, eu não acho certo o governo ficar dando insentivos fiscais para que o homem mais rico do mundo venda seus produtos e leve para fora do pais mais uma pequena fortuna.
Aurélio Baboo Minerbo (que tipo de nome é esse gente?): aqui você não pode banir o Bánffy simplesmente porque ele discorda de você garoto.
Não adianta me culpar pela sua reputação, Baboo. Você trabalhou duro por ela.
Quanto à discussão ser interessante, ela não estava há vários posts. Você insiste em afirmar, contra toda a lógica e evidências, que Windows é a melhor coisa desde a invenção do pão fatiado.
Faz tempo que não é mais assim.
O artigo é sobre pirataria, barreiras de entrada e comportamento ético, não sobre a adequação do Windows aos usuários sempistas.
E anime-se. Eu já fui chamado de coisa muito pior.
Eu achei que teríamos uma discussão interessante, mas depois de ler que vc postou Eu sei que é feio ficar me promovendo, mas está uma discussão divertida com o pentelho do Baboo (www.baboo.com.br) em http://www.mail-archive.com/psl-brasil@listas.softwarelivre.org/msg04486.html, eu vi que me enganei. Eu não perco tempo discutindo com profissionais que têm esse tipo de comportamento infantil. Cresça. Até mais !
O problema é outro: os seres humanos (pelo menos a maioria deles) são hostis com a mudança. Tente fazer com quem usa certo produto passar a usar outro e verás: dificilmente irá conseguir. Mesmo provando que o produto seja melhor.
Há também os que adoram atualizar seu anti-vírus, seu anti-spyware, rodar os limpadores de registro, de arquivos temporários, de log, rodar o defrag, usar o Norton para corrigir defeitos, nossa, que agitação. Formatar a HD e instalar tudo de novo então, é a glória. Só não gostam da tela azul, poderia ser verde e amarela.
Outra coisa: por que usar Linux, que é gratuito, se podes usar o Windows, como disse o Ricardo, por $10,00. Quando a resposta for: se te pegarem, passará o resto da vida na cadeia, ou, terá que pagar uma multa grande (que já existe, aliás), daí as coisas mudarão mais rápido.
Mas não sejam tão pessimistas.
Tem muita gente (abençoados) usando Linux, e a maioria nem precisaria. Ou achas que a Casas Bahia, por exemplo, não tem condições de pagar licenças de todos os seus computadores (todos mesmo) ao invés de utilizar Linux?
Caro Bánffy,
Primeiro para mim é incompreensível você defender o direito de escolha do usuário, e ao mesmo impedir o usuário de escolher Windows no seu Computador para Todos. Que liberdade é essa onde todo mundo é livre para escolher, desde que seja o que *você* quiser?
Mas o meu ponto principal não é esse. Como você toca bastante na questão preço, me permita te contradizer frontalmente: **o PC Windows sai mais barato que o PC com Linux**. Na prática e não só na teoria, como foi demonstrado sobejamente quando algumas empresas ofereceram máquinas no Computador para Todos com uma licença de Windows ao mesmo preço ou mais barato que o Linux, o que o governo depois vetou.
Esqueça os R$ 479 da Kalunga. O Windows custa para o fabricante do PC (a chamada licença OEM) muito, mas muito mais barato do que isso. E são quatro os motivos:
– A licença OEM é vendido em grandes volumes, o que gera um desconto natural em relação a cópia isolada.
– A licença OEM é vendida no atacado e não tem custos de embalagem, distribuição, estocagem, varejo, etc.
– A licença OEM está atrelado a aquele hardware específico, e a licença não pode ser transferida para outro PC.
– A licença OEM é suportada pelo fabricante do hardware e não pela Microsoft.
Este último ponto é o mais importante. O fabricante do PC tem que dar suporte ao usuário, e como não existe almoço grátis embute no preço do PC o custo deste suporte. Dentro do preço do PC está o preço da licença do SO mais o custo do suporte ao usuário final.
Aí a equação de preços se inverte. Suportar um usuário com Windows custa bem menos do que suportar um usuário com Linux. O número de chamadas por usuário é menor e o tempo médio por chamado é mais curto. Se quiser não aceite a minha palavra, e pergunte a qualquer fabricante de PCs.
Isso é resultado de investimento em usabilidade, documentação, ferramentas de teste e de diagnóstico de hardware, kits de desenvolvimento de drivers, kits de customização para os OEMs, envio para os OEMs dos erros coletados via Windows Error Reporting, atualização dos drivers via Windows Update, treinamento para o Help Desk, e outros. A Microsoft tem o incentivo econômico para reduzir as chamadas de suporte e faz muitas coisas que você não vê, mas que existem.
O irônico é que ao distorcer o mercado beneficiando um sistema operacional específico, o governo além de aumentar a pirataria criou uma aberração: a distribuição Linux tabajara. Ela primeiro chupa uma distribuição Linux estabelecida como Debian ou Fedora, e depois chega para o OEM com uma oferta irresistível: o fabricante paga 30 ou 40 reais pela licença, e a distribuição assume todo o suporte ao usuário. Claro que a conta só fecha se a grande maioria dos usuários se tornar pirata, e para estas distribuições não faz o menor sentido do ponto de vista econômico incentivar o usuário a permanecer na sua plataforma. Ao contrário, quando mais gente se tornar pirata, melhor para ela.
Este é o triste estado do Computador para Todos hoje: o usuário fica entre uma distribuição Linux ruim ou um Windows pirata. O sensato seria o governo deixar a ideologia de lado, e permitir que o usuário possa escolher o que ele acha melhor.
Quando me perguntam sobre usar Windows ou Linux eu digo: Use os dois e escolha mediante suas necessidades, mas nao esqueça de que tudo tem seu preço, seja pelo produto, seja pelo suporte, seja pela satisfação. Tente vc mesmo instalar, contrate alguém especializado, alguém que faça por vc, ou algum centro de inclusão digital – infelizmente ainda poucos.
Quer piratear? Não seria o único, se é certo ou não, siga seus princípios do que compreende por certo ou errado.
Mas se perguntou-me qual instalar é porque está interessado em conhecer, então use-os. Se vai ser Windows ou Linux, se vai querer se divertir com jogos maneiros ou deixar de jogar pirateando ou não; se vai desenvolver em dotNet ou Java vc terá opção. Existe grande possibildade de vc ficar com os dois no seu computador.
Quem sabe faça parte da comunidade open que contribui para novos e melhores produtos para a sociedade, como tb quem sabe faça parte de uma equipe numa empresa que tenha somente produtos pagos e também possa contribuir de alguma maneira com a sociedade, seja com tecnologias, seja com conteúdos informativos etc.
Avalio a importância do conhecimento, sociedade mais valorizada e participativa. Que tal um computador conectado?
José Lopez
Baboo,
Você tem seu ponto-de-vista, que você já deixou muito claro, no seu site (e em todos os outros em que você posta).
Supondo, claro, que você seja o Baboo.
Você curte Windows. Isso vai além da razão desde o tempo em que seu passatempo parecia ser criticar o Macintosh. Eu devo ter em algum lugar os e-mails da lista de colaboradores da Macmania (eu era um) em que discorríamos em longos threads sobre uma ou outra linha particularmente divertida de argumentação.
De novo – governo nenhum está empurrando nada pela sua goela. Se você não quer comprar um PC do programa PC Conectado (que nem são os mais baratos – a vantagem do programa de incentivo está nos financiamentos), tudo bem.
Eu comprei meu telefone que roda Symbian sem reclamar de não ter escolha de sistema operacional. Se não achasse o Symbian bom, compraria de outra marca.
Quanto à questão da inutilidade a que você tanto se apega, o conjunto de software que vem neles costuma ser bastante funcional – saindo da caixa eles fazem muito mais do que um Windows XP Professional – são o equivalente de uma máquina que viesse com Windows e Office, com a vantagem de dispensarem os anti-vírus, anti-spyware, anti-malware e todo o tipo de vacina digitial que ajuda a proteger a saúde sempre frágil de um computador com Windows.
Vamos dizer com todas as letras:
Máquinas Linux (qualquer Unix, na verdade) são virtualmente imunes a vírus. São assim porque segurança e estabilidade foram embutidos desde o primeiro dia.
Eu concordo que muitas das máquinas vendidas dentro do programa parecem ter sido montadas às pressas, de forma irresponsável, com distribuições sem suporte adequado. Pra esse pessoal eu recomendo instalar um Ubuntu, que vem em um CD, leva uns 15 minutos pra instalar e, em condições normais, reconhece mais hardware do que um Windows XP. No meu notebook, que deu um trabalhão pra funcionar com XP, funcionou de primeira com o Ubuntu. Do som ao wireless.
Quanto à pirataria, conveniência nunca foi justificativa para se cometer crimes. Pirataria, na presente forma da lei, é um. Não é porque você quer um carro pelo qual não pode pagar que você vai roubar.
Espero.
Até porque, mantidas as analogias, tem veículos muito melhores sendo dados de graça.
Quanto a empurrarem coisas goela abaixo, outro dia eu conversei com representantes da Dell, que vende alguns modelos de desktop e servidor sem sistema operacional, e fiquei pasmo ao saber que eles não vendem nenhum notebook sem algum sabor de Windows XP. Se a Dell insiste em me vender um Windows, eu compro de outro fornecedor. É fácil assim.
Isso é meio chato porque eu não tenho nenhum uso pra um Windows. Pra mim, um Windows é tão útil quanto um escafandro é para um canário. Não serviria nem para segurar uma porta, porque não viria numa caixinha – quando muito, um CD num envelope.
Já discorri longamente aqui (http://webinsider.uol.com.br/index.php/2006/03/18/o-windows-esta-o-pronto-para-o-usuario-experiente/) e aqui ( http://webinsider.uol.com.br/index.php/2006/10/09/super-poderes-uteis/) sobre como o Windows fracassa miseravelmente em atender minhas necessidades mais simples e sobre como existem alternativas muito melhores no mercado.
Mas esse artigo aqui não é tanto sobre a adequação do software às necessidades de quem não entende absolutamente nada de computador. O artigo é sobre e questão moral entre conveniência e pirataria e as consequências dela em um mercado propenso à formação de monopólios naturais habitado por um monopolista afeito a abusar dele.
A conveniência empurra o novato na direção da bicicleta com rodinhas, do andador, da coisa velha e conhecida.
E é uma pena que a maioria desses piratas nem mesmo saibam que estão cometendo crimes e que, independentemente disso ser conveniente ou de se permanecer impune (como os policiais piratas do primeiro post), é errado.
A vida é repleta de exemplos de pessoas que fazem a coisa errada porque é mais fácil, mais conveniente ou porque sabe que vai ficar impune.
Minha família não me criou assim.
O governo tenta enfiar goela abaixo o Linux e os softwares livres no PC Conectado: basta vc ler os pré-requisitos do programa PC Conectado e vc verá que aquilo parece uma cartilha de alguma organização de Software Livre.
Na minha opinião vc e o governo cometem o mesmo erro: vcs querem transformar a simples compra de um produto (um computador barato) em uma defesa de ideologia – e essa é uma das óbvias causas da pirataria.
Enquanto vcs não entenderem que o comprador quer apenas ligar o micro e rodar o que ele quiser ali (pirata ou não), não estando interessado na politicagem que obrigou-o a usar software inútil, esse erro vai se perdurar. E a pirataria vai continuar.
Se pouquíssimas pessoas comuns teriam interesse em discutir padrões abertos, imagine o usuário comum!
Eu reafirmo que o programa PC Conectado serve apenas para tentar enfiar goela abaixo o Linux e um monte de programinhas livres que não têm muita utilidade p/ o comprador. Se o governo quisesse REALMENTE incentivar a inclusão digital, os computadores viriam com Windows Home original ao invés de vir com algo que será obviamente substituído pelo Windows.
O PC Conectado é muito mais um produto maquiado para divulgar a ideologia do software livre do que uma solução real para o comprador.
A questão por trás da pirataria é a mesma que aflige as demais relações de comércio: a busca insaciável pelo maior benefício possível ao menor custo possível. Nessa luta, consumidores e fabricantes praticam as mesmas táticas e retribuem na mesma moeda. Daí surge a questão: o preço é alto por causa da pirataria, ou por causa desta eleva-se o preço? Creio que a falta de ética/moralidade na prática da relação de consumo conduz a uma guerra na qual ambos os lados se acham vitimados.
Da parte do consumidor, ele quer jogar ou produzir o seu trabalho mas não está disposto a pagar pelo preço. O que é mais vantajoso, comprar um software original por 100 reais, ou 10 piratas por 10 reais cada? A questão é ainda mais assustadora quando considerada as alternativas: existe linux, jogos e utilitários gratuitos.
Concentrar o debate na questão do custo do software e na prática comercial da empresa produtora ajuda mas não resolve a questão, na medida em que apenas cria mais justificativas para a falta de ética da parte do consumidor.
É óbvio que a opção pela ética/moral sempre trará um custo que o egoísmo não está disposto a pagar. Enquanto a busca pela satisfação pessoal for encarada como prioridade de vida, sempre conseguiremos achar justificativas para qualquer ato que praticarmos, seja pirateando programas de computador (é muito caro), seja fraudando nos impostos (é muito alto), seja roubando aos outros (eles têm mais do que eu).
A prática da ética/moral é um fim em si mesmo, e não meios para se atingir um alvo. Caso contrário, corre-se o risco de abandoná-la quando se mostra como um obstáculo à realização pessoal e, por fim, ocorrerá exatamente o que o Ricardo predisse… a pirataria sempre existirá, entre outras coisas.
Baboo,
Aparentemente, você e o artigo estão falando coisas diferentes.
Ninguém enfia nada goela abaixo de ninguém. Quer comprar um micro com isenção de impostos, as regras são claras e são essas. Mais importante, são regras projetadas para se estimular a competição. Permitir produtos que criem vendor lock-in dentro desse programa seria trair um de seus objetivos mais importantes.
Mais uma vez, para quem não entendeu: Não se trata de agredir a MS. Se trata de promover o uso de padrões abertos (e não me diga que o OpenXML é um padrão aberto porque ele admite blocos binários fechados na especificação e basta mover partes importantes da informação para eles que o formato volta a ser tao fechado quanto era antes)
Todo mundo pode ir ao site da Dell comprar um micro com Windows. Qualquer um pode ir ao supermercado mais próximo e comprar um micro da HP com Windows. Ninguém obrigou você a usar Linux, Solaris, MacOS ou *BSD. Se você gosta do Windows, pode ficar com ele.
Por mim, eu simplesmente não conseguiria trabalhar direito com ele. Eu usei e defendi muito Windows e produtos da Microsoft até mais ou menos 99 ou 2000, mas hoje eu não penso em voltar para aquele mundo fechado e limitado.
Ter escolha é essencial e desse lado da cerca temos muito mais do que do outro.
Alex,
Bom você trazer pra cá o O Direito de Ler. É um excelente texto e mais pessoas deveriam lê-lo. Só não podemos nos esquecer que ele se aplica, principalmente, a trabalhos literários e/ou artísticos.
A diferença entre software pirata e software livre é que o primeiro é copiado contra a vontade do autor (o que pode ser questionado) e, no caso do segundo, o autor incentiva a cópia e manipulação, incentivando a colaboração em torno do produto.
Outra diferença importante entre o nosso caso aqui e o do texto do Stallman é que no software proprietário com formatos e protocolos fechados, existe um valor tanto maior quanto mais usado ele é. Nesse caso, a pirataria agrega valor a ele. Simplesmente copiá-lo livremente tem, no mercado, o mesmo efeito da prática de dumping. É, no fundo, um crime contra a ordem econômica, cometido pelo pirata e, não raro, beneficiando o fornecedor do software pirateado.
No caso de trabalhos literários ou artísticos, a mesma regra não vale – o benefício de se ler um livro não é necessáriamente proporcional ao número de pessoas que o leram. As imensas tiragens de Paulo Coelho não me animam a sequer tocar sua obra.
O texto do Stallman é muito bom e, de novo, mais pessoas deveriam lê-lo, mas a decisão de compartilhar a obra deve sempre vir dos seus autores. Não podemos simplesmente nos apropriar delas conforme nossa conveniência. É errado.
E, no caso de fazermos isso com software proprietário, além de errado, estamos dando tiros nos nossos próprios pés e nos pés dos nossos filhos e netos.
Vc diz que Quando há falta de competição, quem perde é o consumidor, mas o problema é que a competição existe: Linux, OpenOffice e outros. E a realidade (mercado) mostra que nem de graça o usuário quer usá-los.
De nada adianta enfiar goela abaixo esses programas no PC Conectado e impedir o uso do Windows (exceto o Starter Edition), pois o resultado é óbvio: pirataria. Se o governo estivesse REALMENTE interessado em ajudar o mercado e as pessoas, ele criaria um plano especial de isenção de imposto para o Windows e assim resolveria o problema.
Os gênios do PT pensaram que o Linux seria uma boa alternativa para quem nunca teve um computador, ignorando as diversas limitações desse sistema operacional para o usuário não-profissional (99% do mercado).
Ao investirem na *ideologia de um produto* ao invés de entregarem uma *solução ao comprador*, o resultado era óbvio – e como era de se esperar, o mercado saiu perdendo.
Ao menos com o Windows pirata o usuário tem a liberdade de escolha de instalar o que ele quer ali (pirata ou não), ao invés de utilizar programas abertos só porque o governo gosta da ideologia deles e obriga a todos a usá-los.
Impressionante
Li todas as mensagens acimas. Gostei de umas, concordei em partes com outras e até odiei algumas.
Quando comprei meu primeiro PC há dez anos, ele veio com o Windows 3.11 instalado e sem o disco de instalação à época uns dez disquetes, Naquela ocasião a pirataria já vinha da loja.
Hoje no meu PC é tudo legal com o Windows XP e veio com o WindowsPack (cho que é isso), que é um Office reduzido com as principais funções, porém um lixo. Como não queria gastar dinheiro com o MS Office, baixei na Internet o OppenOffice.
No início ele é um pouco diferete, mas depois ele faz qualquer coisa que o MS Office faria. e até em alguns casos chega a ser melhor que o MS Office. Instalei também o Firefox, puxa ele está anos-luz a frente do IE sem comparação.
Comprei na banca o Cd de instalação do Ubuntu (Linux) e inicilamente pretendo ter o dois sistema no meu PC, até me adaptar-me ao Linux. E no dia em que me sentir seguro, migrarei de vez para o Linux.
Portanto, não uso nada pirata e não indico a ninguém, pois se existe uma alternativa de usar um programa gratuito Bom e alguns casos de qualidade superior, por que não usá-lo?
Também acho tolice no caso de empresa se sujeitar ser pega na irregularidade, com risco de ser fechada, a instalar a alternativa que é boa e não acarreta ônus algum.
Acredito que essas pessoas que usam o Windows ou os programas da MicroSoft piratas são acomodadas. Pois os programas do Linux são bons e eles exigem uma adaptação. É ter que reaprender a usar, agora com outros programas.
Do contrário, deve-se pagar pelo altos preços dos produtos, pois eles realmente valem o que é cobrado, porém é incompatível com a realidade brasileira.
As pessoas que comentaram dizendo que Linux é bosta, é porque nunca usaram o mesmo. Windows é fácil porque é costume usar, graças ao crime de venda casada que ocorre no Brasil. Além de achar que pirataria é um ato social, a venda casada de produtos diferentes deve ser um ato de boa fé por parte dos vendedores. A próprias ABES defende a venda casada, mas diz que a pirataria é crime. Resumindo tanto usuários do Windows quanto ABES aceitam o crime como se fosse algo natural e bom para a sociedade toda. Então assassinatos, estupros, seqüestros e outros tipos de crimes deveriam ser também considerados atos bons e naturais para a sociedade.
Muito boa a matéria que reduz a ABES a simples vendedores da Microsoft.
E não é que usa-se mais porque é o melhor, o melhor está a Milhas da Microsoft, mas usa-se mais porque o vizinho,amigo,chefe,etc..etc.. também usa e precisamos estar conectados a estes. Se houvesse uma comvergencia para qualquer outro SO o mundo iria atrás dele.
Imaginem se não houvessem Windows pirata e outros softs. Como seria para uma empresa contratar um novo profissonal onde este nem se quer tivesse visto um Windows, um Office, entre outros softs. Imagine fazer um treinamento de autocad e não poder treinar em sua casa. Imaginem como seria o Brasil com um total desconhecimento de novas tecnologias. Como nós seriamos?
Estes softs deveriam ter versões de graça para uso domiciliar, mas com recursos menores. Isto iria resultar num aperfeiçoamento da população aos novos recursos tecnológicos.
tenho que concordar com você, Ricardo, que realmente a pirataria é uma questão de cultura.
Aqui onde trabalho, apenas eu e mais um rapaz do TI temos conhecimento em linux. A unica máquina linux que temos trabalhando aqui é um servidor de telefonia, que para os usuários é 100% transparente. Já sugeri o uso de desktops linux aqui, e o dono da empresa simplesmente desaprova: Deixemos o linux apenas nos servidores. Ele prefere pagar pelas licenças dos softwares a serem utilizados aqui (windows, office e anti-virus) do que investir em um pouco de treinamento para as vendedoras que utilizam as máquinas. Se elas tivessem um pouco de mente aberta, capaz de desvendar novos softwares (pois nem a utilização do firefox não consegui implementar devido as vendas culturais que elas utilizam) seríamos capazes de investir esse dinheiro de licenças em atualização dessas máquinas, que são tão modernas quanto um forno a lenha.
Infelizmente não é tão fácil assim mudar esse paradigma social. Não é só a questão de popularidade do software, mas também de preguiça e falta de cultura dos usuários.
Pessoal,
Achei excelente o artigo do Ricardo, traz novas luzes para o debate combate à pirataria X software livre. Abaixo, relaciono minha experiência sobre o assunto – porém já adianto, que sou um entusiasta dos programas de código aberto.
Acho hoje desnecessário usar software pirata. Uso o Ubuntu Linux há um ano e já consegui me adaptar 100% à todas ferramentas de uso livre. A maioria dos usuários, se conhecesse, certamente deixaria de ser ilegal – passaria a ser livre. Em tese, ninguém quer fazer nada de errado, nem ser criminoso, como é proclamados nas campanhas publicitárias.
Sobre a Microsoft e suas intenções monopolistas: acho um erro estratégico querer vender Windows e Office para consumidores pessoa física. A melhor saída, acredito, é oferecer os programas gratuitamente para os estudantes e demais usuários. E cobrar somente de empresas (pessoas jurídicas), que podem pagar e vir a ter lucro com os programas.
Que tal inserir anúncios nas versões de uso livre dos programas? Essa saída é conhecida há muito tempo no mundo da informática e fez do Google a marca mais valiosa do mundo hoje. Quer não quiser vê-los que compre a versão paga. Simples, não?
Outro detalhe: a maioria dos usuários usa o computador para navegar na Internet, trocar e-mails, redigir trabalhos e conversar on-line. Para atender a esta necessidade, a instalação básica do Ubuntu funciona muitíssimo bem.
São poucos os usuários que usam softwares proprietários como Photoshop, Corel e Autocad. A melhor solução, acredito, seria conceder a permissão de uso para fins não comerciais. Caso o usuário comece a trabalhar com os programas, aí sim vai precisar comprar a licença de uso.
Lembro, que quanto mais usuários utilizem um programa, ou ainda, escutem uma música ou assistam a um filme, mais popular ele se torna. Que tal descobrir novos meios para continuar lucrando com essa valiosa preferência?
Acho inútil tentar impedir cópias de conteúdo. Sempre haverá gente disposta e remover as travas e ensinar os demais usuários a fazer isso. É como enxugar gelo. Estamos na era da informação e da liberdade.
PS – quem precisar de ajuda para migrar para o Linux, tem inúmeras opções de ajuda pela web:
http://www.ubuntubrasil.org
http://wiki.ubuntubrasil.org/GuiaDapper
Abraços em todos,
Rogério Mascia Silveira
Jornalista e Webdesigner
http://www.rogeriosilveira.jor.br
Cel. (11) 9845-9197
Skype – rogeriomascia
GoogleTalk – rogeriomascia@gmail.com
MSN – rogeriomascia@hotmail.com
Acredito que essas pessoas ingênuas que após a compra
de um PC com linux e que trocam por windows no primeiro momento como o autor citou que nem chegam a olhar a cara do linux ja mandam instalar o windows pirata por sinal, desconhecem vários conceitos.
Será que se algum profissional chegar ao usuario e dizer que com o linux iria acabar em quase 100% dos problemas com virus, slywares, trojan e etc.. ele não ia parar um pouco e pensar sobre o assunto ?
na minha opnião falta dizer as vantagens do software livre.
Usu linux porque gosto e incentivo meus amigos a usarem.
seja livre use opensource
Só para quem não quer ter que se dar ao trabalho de copiar o endereço e colar na janela do navegador:
O Direito de Ler
por Richard Stallman
[Imagem de um GNU filosófico] (jpeg 7k) (jpeg 141k) não usamos imagens gif por problemas de patentes
[ Espanhol | Francês | Inglês | Polonês | Português | Russo ]
Índice
* Nota do autor
* Referências
* Outros textos
Este artigo foi publicado na edição de fevereiro de 1997 de Communications of the ACM (Volume 40, Number 2)
(de The Road to Tycho , uma coleção de artigos sobre os antecedentes da Revolução Lunar, publicado em Luna City, em 2096)
Para Dan Halbert, o caminho para Tycho começou na faculdade, quando Lissa Lenz pediu seu computador emprestado. O dela havia quebrado, e, a não ser que ela conseguisse um outro emprestado, ela não conseguiria terminar seu projeto bimestral. E não havia ninguém a quem ela ousasse pedir isso, exceto Dan.
Isso deixou Dan num dilema. Ele tinha que ajuda-la, mas se emprestasse seu computador, ela poderia ler seus livros. Além do fato de que você pode ir para a prisão por muitos anos por deixar alguém ler seus livros, a própria idéia o chocou a príncipio. Como todos mais, lhe tinham ensinado desde o primário que emprestar livros era algo terrível e errado, algo que só piratas fariam.
E não havia muita chance de que a SPA – Software Protection Authority – não o descubrisse. Na sua aula de software, Dan havi aprendido que cada livro tinha embutido um monitor de copyright que informava quando e onde ele era lido, e por quem, para a Central de Licenciamento. (Eles usavam essa informação para pegar piratas de leitura, mas também para vender perfis de preferência de leitura para vendedores.) Na próxima vez em que seu computador estivesse conectado à rede, a Central de Licenciamento iria saber. Ele, como dono do computador, receberia a dura punição, por não ter feito os sacrifícios necessários para evitar o crime.
Claro que Lissa não pretendia, necessariamente, ler seus livros. Ele poderia quer o computador apenas para escrever seu projeto. Mas Dan sabia que ela vinha de uma família de classe média e mal podia arcar com as mensalidades, quanto mais suas taxas de leitura. Ler os livros de Dan poderia ser a única forma dela terminar o curso. (10% dessas taxas iam para os pesquisadores que escreviam os artigos; uma vez que Dan pensava em seguir carreira acadêmica, ele tinha esperanças de que seus próprios artigos de pesquisa, se fossem citados constantemente, renderiam o suficiente para pagar seu financiamento.)
Mais tarde, Dan aprenderia que havia um tempo em que qualquer pessoa poderia ir à biblioteca e ler artigos de periódicos, e até mesmo livros, sem ter que pagar. Haviam estudiosos independentes que liam milhares de páginas sem permissões governamentais para uso de biblioteca. Mas nos idos de 1990, editores tanto comerciais quanto institucionais de periódicos começaram a cobrar pelo acesso. Em 2047, bibliotecas oferecendo acesso gratuito ao público para artigos acadêmicos eram uma lembrança distante.
Havia formas, claro, de contornar a SPA e a Central de Licenciamento. Eram, eles mesmos, ilegais. Dan havia tido um colega na aula de software, Frank Martucci, que havia obtido uma ferramenta ilegal de depuração, a usava para pular o código monitor de copyright quando lia livros. Mas ele contou a muitos amigos sobre isso, e um deles o entregou à SPA por uma recompensa (estudantes devedores eram facilmente tentados pela traição). Em 2047, Frank estava na prisão, não por leitura pirata, mas por possuir um depurador.
Dan iria aprender depois que havia um tempo em qualquer pessoa podia ter ferramentas depuradoras. Havia até mesmo ferramentas depuradoras gratuitas disponíveis em CD, ou que podiam ser baixadas da rede. Mas usuários normais começaram a usa-las para passar por cima dos monitores de copyright, e, eventualmente, um juíz declarou que isso havia se tornado seu uso principal na prática. Isso significava que elas se tornaram ilegais. Os desenvolvedores de ferramentas de depuração foram enviados para a prisão.
Programadores ainda precisavam de ferramentas de depuração, claro, mas vendedores de depuradores em 2047 distribuiam apenas cópias numeradas, e apenas para programadores oficialmente licenciados e juramentados. O depurador que Dan usou na aula de software era mantido atrás de uma firewall especial, de forma que podia ser usado somente para os exercícios da aula.
Também era possível passar por cima dos monitores de copyright instalando um kernel modificado do sistema operacional. Dan eventualmente descobriu sobre os kernels livres, e mesmo sistemas operacionais inteiros livres, que haviam existido por volta da virada do século. Mas eles não eram somente ilegais, como os depuradores, você não poderia instalar um mesmo que tivesse um, sem saber a senha do administrador do seu computador. E nem o FBI nem o Suporte da Microsoft lhe diriam qual ela é.
Dan concluiu que ele simplesmente não podia emprestar seu computador para Lissa. Mas ele não podia se recusar a ajuda-la, por que ele a amava. Cada chance de falar com ela o deixava em êstase. E já que ela o havia escolhido para ajuda-la, isso poderia significar que ela o amava também.
Dan resolveu o dilema fazendo algo ainda mais impensável: ele emprestou seu computador a ela, e lhe disse sua senha. Dessa forma, se Lissa lesse seus livros, a Central de Licenciamento pensaria que ele os estava lendo. Isso ainda era um crime, mas a SPA não ficaria sabendo automaticamente sobre ele. Eles só saberiam se Lissa o entregasse.
Claro, se a faculdade descobrisse que ele tinha dado a Lissa sua própria senha, seria o fim para ambos enquanto estudantes, não importa para que ela tivesse usado essa senha. A política da faculdade era que qualquer interferência com as formas que ela tinha de monitorar o uso que os estudantes faziam do computador era o suficiente para ação disciplinar. Não importava se você havia feito qualquer coisa danosa, a ofensa tornava difícil que os administradores verificassem o que você estava fazendo. Eles assumiam que você estava fazendo alguma outra coisa que era proibida, e eles não precisavam saber o que era.
Alunos não eram expulsos por isso normalmente – não diretamente. Ao invés disso eles eram banidos do sistema de computadores da faculdade, e iriam, inevitavelmente, ser reprovados em seus cursos.
Depois, Dan aprenderia que esse tipo de política universitária havia começado apenas por volta dos anos 1980, quando mais alunos começaram a usar os computadores. Anteriormente, as universidades tinham uma abordagem diferente para a disciplina; eles puniam atividades que eram danosas, não aquelas que meramente levantavam suspeitas.
Lissa não denunciou Dan para a SPA. Sua decisão de ajuda-la levou ao casamento dos dois, e também os levou a questionar o que eles tinham aprendido sobre pirataria enquanto crianças. O casal começou a aprender sobre a história do copyright, sobre a União Soviética e suas restrições para cópias, e mesmo sobre a Constituição original dos Estados Unidos. Eles se mudaram para Luna, onde eles encontraram outros que, da mesma forma, haviam gravitado para longe do longo braço da SPA. Quando o Levante de Tycho começou em 2062, o direito universal de leitura rapidamente se tornou um de seus objetivos centrais.
Nota do autor
Esta nota foi atualizada em 2002.
O direito de leitura é uma batalha que está sendo travada hoje. Embora ainda possa levar 50 anos para nossa forma corrente de vida desaparecer na obscuridade, a maior parte das leis e práticas descritas acima já foram propostas – Ou pela administração Clinton, ou por editores.
Há uma excessão: a idéia de que o FBI e a Microsoft terão a senha de administrador (root) dos computadores pessoais. Isso é uma extrapolação do Clipper chip e propostas similares da Administração Clinton, em conjunto com uma tendência a longo prazo: sistemas de computador estão mais e mais propensos a deixar o controle a operadores remotos do que a pessoas propriamente usando o sustema.
Mas nós estamos chegando muito próximos deste ponto. Em 2001, o senador Hollings, bancado pela Disney, propôs uma lei chamada SSSCA que exigiria de cada novo computador um sistema de restrição de cópias, o qual o usuário não poderia ultrapassar.
Em 2001, os Estados Unidos propuseram que no tratado da área de livre comércio das Américas (FTAA, Federal Trade Area of the Americas) as mesmas regras fossem impostas a todos os países do hemisfério ocidental. O FTAA é um dos assim chamados tratados de livre comércio que na verdade são desenvolvidos para dar às empresas mais poder sobre governos democráticos; impôr leis como o Ato do Copyright é típico de tal espírito. A Electronic Frotnier Foundation pede às pessoas que expliquem para outros governos porque deveriam se opor ao plano.
A SPA, que na verdade quer dizer Software Publishers Association (Associação dos Editores de Software), não é, hoje, uma força policial oficial. Extra-oficialmente, ela age como uma. Ela convida as pessoas a delatarem seus colegas de trabalho e amigos; como a Administração Clinton, ela advoga uma política de responsablidade coletiva na qual donos de computadores devem ativamente endossar os copyrights ou serem punidos.
A SPA está presentemente ameaçando pequenos provedores de serviço para a Internet, exigindo que eles permitam que a SPA monitore todos os usuários. A maioria dos provedores se rende quando ameaçada, por que eles não podem arcar com a batalha judicial. (Atlanta Journal-Constitution, 1 Oct 96, D3.) Pelo menos um provedor, Community ConneXion em Oakland CA, recusou a exigência e foi processado. Diz-se que a SPA desistiu desse processo recentemente, mas eles certamente continuarão sua campanha de várias outras formas.
As políticas de segurança de universidades descritas acima não são imaginárias. Por exemplo, um computador numa universidade na área de Chigago imprime esta mensagem quando você efetua o log in (as aspas estão no original):
¨Este sistema é para uso apenas de usuários autorizados. Indivíduos usando este sistema de computação sem permissão, ou excedendo sua permissão estão sujeitos a terem toda a sua atividade neste sistema monitorada e gravada pelo pessoal da administração. No caso de monitoramento de individuos fazendo uso incorreto desse sistema, ou no caso de manutenção do sistema, as atividades de usuários autorizados também poderá ser monitorada. Qualquer um usando o sistema expressamente consente com tal monitoramento, e é avisado de que tal se monitoramento revelar possíveis evidências de atividades ilegais, ou violação dos regulamentos da Universidade, a administração pode fornecer a evidência de tais atividades para autoridades da Universidade e/ou oficiais da lei. ¨
Esta é uma abordagem interessante para a Quarta Emenda [da constituição dos EUA]: pressiona quase todas as pessoas a concordarem, antecipadamente, a abdicar de seus direitos sob a mesma.
O Rick Stallman não se importa de eu copiar isso aqui, desde que eu cite a fonte (o que fiz no post acima).
Excelente artigo. Mas ainda sou da opinião do velho Richard Stallman quando ele diz que pirataria é um termo muito pesado para a cópia de software ou mídia.
Vejo umas propagandas que saem antes da exibição de alguns filmes em DVD, e fico atemorizado com o exagero. Mostra o pirata como criminoso, ladrão, etc. Exagero.
Na faculdade, quem não estudou por textos copiados, até por dificuldade da disponibilização dos livros para compra?
Acho que a cópia não autorizada (termo mais adequado do que pirataria) reflete um impasse social, como disse bem quem lembrou dos fabricantes de gravadoras de CD/DVD. O Próprio Windows Media Player pergunta se você quer adicionar proteção ao mp3 que está ripando, com o blá blá blá de que você sabe que essa ação tem conseqüências, e etc…
Mas o que seria do mercado de tocadores de mp3 se não fosse assim? acho que o cabeça-dura do Stallman está com a razão no ótimo artigo O Direito de Ler (http://www.gnu.org/philosophy/right-to-read.pt.html), quando defende um modelo aberto, onde propriedade intelectual seja coisa do passado, porque é entrave para novos modelos transacionais que já estão em operação no momento, só não vê quem não quer.
É crime copiar sem autorização? a legislação diz que sim. Mas a tecnologia viabilizou isso, as mesmas empresas que fazem um discurso duro contra essa prática – por um lado – e são complacentes com ela em países como o Brasil, onde ela ajuda a derrubar competidores que implementam soluções open-source (ou free software).
O que é legal numa época, deixa de ser em outra, na medida em que os valores sociais se modificam para que o que era marginal, geek, diferente, esquisito, torne-se mainstream com a evolução da humanidade.
Não haveriam cadeias disponíveis para tantos piratas, caso quem diz que pirataria é crime atacasse os piratas como criminosos.
Apesar do clipe do ladrão no DVD, muita gente assiste o mesmo clipe – facilmente, quase de graça – numa cópia pirata comprada na esquina ou ripada de um aluguel, gente que faz isso, mas não rouba, não mata, definitivamente não deixa de ser um cidadão de bem, ou se torna um picareta porque copiou um DVD.
Leiam o Direito de Ler e vejam que tipo de sociedade pode, num futuro próximo, se tornar a nossa, caso levemos a sério o slogan pirataria é crime.
Ah, eu uso Linux desde 1998, já fui slacker por puro esporte, não trabalho com tecnologia, mas hoje uso Mandriva Linux 2007 Free (One instalado) no meu Sony Vaio VGN-FS920 importado. Dual boot com O XP cujo preço não é zero, como disse alguém mais acima, mas foi embutido no custo total da máquina.
Baboo (e outros, que vieram primeiro),
É óbvio que as pessoas usam Windows pirata porque é fácil. Basta pagar R$10 por ele com a certeza de virtual impunidade – ninguém corre atrás dos pequenos piratas porque isso não interessa a quem poderia correr.
O problema – e isso é fácil de ver – é que, ao fazer isso, o consumidor ajuda a destruir mais ainda o mercado que permitiu que soluções como o Windows surgissem de uma competição construtiva com outros produtos que não existem mais. E, enquanto o mercado continuar assim, não existirão.
O único competidor relevante do Windows, do Office hoje são coisas como o GNU/Linux ou o OpenOffice, que só existem por causa do modelo inovador de criação de valor do qual eles são resultado. Quando há falta de competição, quem perde é o consumidor.
Leia-se todos nós.
** Coorreções
A pirataria é uma situação lamentável, em vários aspectos já comentados por todos aqui. Infelizmente, moramos em um país, que a falta de posturas éticas, sociais, culturais e econômicas jorram toda essa estória. Eu sou contra a pirataria, como sou contra o monopólio que é crime também e ninguem fala nada – nesse mundo globalizado e cheio de vícios. Lembrem-se da evoluçao dos tempos?!!!? pois é – mas mesmo assim, vivenciamos hoje em dia situações do passado identicas e por incrivel que pareça até pior: crimes bárbaros, currupção, faz de conta, falta de ética, falta de educação e a pobreza imperando e as leis so pra beneficiar os errados… e por ai vai. Bem? como é que queremos que no país como o nosso, não haja pirataria?.. Um povo que vive de um mísero salário mínimo – enquanto aqueles que estão no poder ganham horrores? Qual a moral? Qual a ética? – realmente concordo que devemos partir para os softwares livres, principlamente na nossa situação, porém não é justo uma empresa investir alto em desenvolvimento de sistemas e ver seu produto sendo pirateado – uma empresa tem que investir e possuir lucro, essa é a natureza do negocio. Não existe nada gratis, tudo movimenta capital e interesses; uma troca de satisfações – do ir e vir, ser ou não ser, ter ou não ter, viver!.Nesse embrólio… cadê as nossas universidades federais e tantas outras que deveriam estar informando a população.. principalmente nas escolas publicas, a evolução dos softwares livres e tantas outras informações????. É triste mas é verdade – se existe nao vejo e se tem – é uma pulga no oceano.
Creio que se as gigantes dos softwares como a microsoft desejassem vender seus programas mais encontra nos paises em desenvolvimento, incentivando essa alternativa, estaríamos em um bom termo, não de terminar com a pirataria mas de diminuí-la, em conjunto com programas alternativos livres e com uma boa divulgação pra população ( a mais carente), teríamos um desenvolvimento nessa área.
O mesmo intrave está nos DVD?s e CD?s, pq tão caros? Incompatível um cd do U2 (por exemplo) de 1984 custar nas lojas R$ 28,00 a R$ 35,00 é um absurdo.. pra quem ganha um salário mínimo nem se fala. Haja pirataria. E os cds atuais quase um preço de um dvd (não há lógica).
E as gravadoras e os artistas o que dizem disso? Só reclamam! e as alternativas?
Será que desde do tempo do ?venil? tudo que fora gasto, os custos e tals com a obra já não pagou e lucraram o bastante? Será se o referido CD estivessem nas lojas por R$ 6,00 alguem ia atrás de piratex????. Creio que não.
É por isso que a pirataria não acaba, enquanto todos só pensarem em altos lucros e não no meio social de cada lugar.
Diante da preferência do original e do pirata vai ficar a velha estória:: Se correr o bicho pega e se ficar o bicho come…. Ploft!!!
Li todos o s comentarios e adorei a opinião de
todos
Aprendi na vida que todos tem Razão
Existe so 2 verdades a minha e a sua
A opinião de todos so enriqueceu ainda mais as minhas duvidas .
Bobagem é achar que alguém vai querer usar o Linux, BSD, ReactOS, Darwin, Oberon ou qualquer outra coisa que não seja Windows. As pessoas usam Windows pirata pois por R$ 10 ele permite que o usuário rode tudo que ele quiser sem as limitações de outros sistemas operacionais. 99% dos usuários dos computadores estão se lixando para o sistema operacional, desde que ele possa rodar os games e programas que ele quer. E somente o Windows faz isso.
Quando se fala em pirataria a primeira coisa que vem a mente são CD e DVDs queimados, mas se fossemos listar tudo que se refere a copias ilegais, elas incluiriam até aquela Xerox que foi tirada de um livro de receitas.
Se for assim então podemos dizer que quase todo mundo já fez algo ilegal.
O que causa tanta polemica com a pirataria é que ela sustenta um mercado muito poderoso, o que seria dos gravadores de CD e DVD, dos aparelhos de MP3, MP4 e outros formatos que venham a existir?
O que seria da Microsoft se todos que usam Windows pirata usassem Linux?
Não curto produtos piratas, dizer que compra pirata porque o original é caro é o mesmo que dizer que anda com carro roubado porque um na loja é muito caro.
Se não posso comprar um carro ando de ônibus, se não posso comprar um DVD, alugo se não pudesse alugar nem compraria aparelho de DVD. É assim que procuro fazer minha parte.
Mas as leis são dificeis de serem cumpridas:
Sabia que se você tiver um CD original, converter uma musica em MP3 e salvar em seu celular é um ato ilegal?
A desculpa para venda de gravadoras é para uso de Back up, mas a cópia total ou parcial de um CD ou DVD é ilegal, independende de para que seja.
Se você fizer uma festa para seu sobrinho e deixar um desenho em DVD rolando, pra garotada assistir você está sendo ilegal.
Sabiam que uma loja não pode deixar uma TV ligada em canal fechado?
Estes são alguns exemplos do que também é ilegal, Acho que o problema não está em criar uma fórmula mágica contra a pirataria, ela existe e sempre existirá, acho que seria interessante e mais barato investir em quem compra artigos legais, afinal esse é o publico que paga impostos, gera lucros e dão discos de ouro aos artistas.
Muito se fala em usar Linux, que é de graça, é independência tecnológica, que a Microsoft é o grande vilão, etc. e tal.
E o hardware?, tudo é importado, nos processadores, que custam o olho da cara, dois fabricantes dominam o mercado e não se houve um pio, nem dos nerds e nem dos esquerdistas de plantão.
Em matéria de monopólio a Microsoft não está sozinha no pedaço, mas é a mais visada, pois o seu logo é o que todos vêem ao ligar o micro
O governo exige que o software seja livre no computador popular, porquê não exigiu que o hardware também fosse?
Não é para ter independência tecnológica?
A Microsoft e tantas outras lucram com a pirataria com certeza!!! Tentei usar o Linux uma vez e não fui capaz de ir adiante porque ele exige que o usuário saiba demais(algumas distribuições). Soube que o Ubuntu é muito bom, mas minha decepção foi grande e não pretendo voltar ao Linux. Meu sinho é um dia poder me livrar do Windows também, mas dessa vez usando um Mac OS X, isso sim é que é um Sistema Operacional de verdade, não tenho que adquirir depois anti-tudo. []s
Tenho visto muito na midia, o problema dos piratas ou genéricos com outros gostam de chamar. Hoje em dia temos de A a Z todas as especies de clonados, CDs e DVDs musicais então nem se fala.
A rua 25 de março esta repleta de piratas, isto só para citar um ponto. Ai o governo vem atraz dizendo que pirata financia o crime, tira emprego dos brasileiros e vai por ai afora, só que ele se esquece de um detalhe, quando se compra um objeto qualquer no mercado formal, seguramente esta embutido um percentual de pelo menos 40% de imposto( e que na verdade não recebemos nada em troca). Então porque o governo não reduz os imposto, porque os artistas não cobrem menos pelos seus milionarios contratos. Como vamos conseguir convencer alguem a comprar um cd do Zezé di Camargo por R$40,00 se ele pode pagar R$5,00, fica dificil não é. Eu me lembro da decada 70 que ter uma filmadora ou video cassete era Status porque comprar no mercado formal Deus nos livre, e ai onde comprar no senão no Paraquai onde tudo começou. Eu me proporia a fazer minha parte desde que o governo seja o primeiro a dar incentivo para nós, mais pelo jeito com 100% de aumento aos nossos deputados sabe quando isto vai aconter, N U N C A
A pirataria é uma situação lamentável, em varios aspectos já comentados por varias pessoas. Infelismente, moramos em um país que a falta de posturas éticas, sociais, culturais e econômicas jorram toda essa estória. Eu sou contra a pirataria, como sou contra o monopólio que é crime também e ninguem fala nada – nesse mundo globalizado e cheio de vicios. Lembrem-se da evoluçao dos tempos?!!!… pois é – mas mesmo assim vivemos em muitos lugares situações do passado vem identicas e por incrivel que pareça até pior: crimes bárbaros, currupção, faz de conta, falta de ética, falta de educação e a pobreza imperando e por ai vai. Bem… como é que queremos que no pís como o nosso, não haja pirataria?.. um povo que vive de um mísero salario mínimo – enquanto aqueles que estão no poder ganham horrores? Qual a moral? Qual a ética? – relamente concordo que devemos partir para os softwares livres, principlamente na nossa situação; mas… e cadê as nossa universidades federais e tantas outras que deveriam estar informando a população.. principalmente nas escolas publicas e evolução dos softwares livres e tantas outras informações????. É tridste mais é verdade – se existe nao vejo e se tem é uma pulga no oceano.
Creio que se as gigantes dos softwares como a microsoft desejasem vender seus programs mais encontra nos paises em desenvolvimento e incentivando essa alternativa, estaríamos em um bom termo, não de terminar com a pirataria mas de diminuí-la e com programas alternativos livres e com uma boa divulgação pra população ( a mais carente) teriamos um desenvolvimento nessa área.
O mesmo intrave está nos DVDs e CDs, pq tão caros. Incompatével um cd do U2 (por exemplo) de 1984 custar nas lojas R$28,00 a R$ 35,00 é um absurdo.. pra quem ganha um salário mínimo nem se fala. Haja pirataria.
E as gravadoras e tantos o que dizem disso?
Será que desde do tempo do venil tudo que fora gasto, os custos e tals com a obra já não pagou? Será se o referido CD estivessem nas lojas por R$ 6,00 alguem ia atras de piratex????
Parece a estoria: quem nasceu primeiro o ovo ou a galhinha.
Bom Pessoal ai vai:
Tem grana: Compra original.
Não tem: Usa Livre.
Microsoft: Melhores Produtos atualmente no mercado e Vanguarda Histórica em desenvolvimento.
Mundo Linux: Provavelmente daqui a 10 anos Dominará mais da metade do mercado (principalmente o mercado Governamental)por ser Di grátis.
Tem Programas que são FERAS
Corel, Autocad, Pagemaker, Flash, Office, Photoshop…
Tem os simulacros que só os NERDS usam:
gimp, O kebra-galho doado pela Sun (open office), e as milhares versões do inusável por iniciantes de linux… Pelo menos 100… Cada um ker ter o seu… Foco=0%.
Moral da estória – Linux e MAc so são FORTES pq ninguem usa … Quando todo mundo usar ai se vai ver os Engenheiros de viruz arregaçarem tudo…
Apartir do WIn XP a MICROSOFT mostrou compretência pois é o ke menos trava e o que menos me deu dor de cabeça…
Ja usei linux, de uma empresa brasileira…. Suporte de 150 por ano… Ligava la e sempre o mesmo cara me atendia … Incrível, devia ter jogado na loteria… 1 versao do softer carniça deles… Nao entrava na net… depois de umas 2 horas mandaram eu baixar nova versao… Depois de 4 horas de instalaçao e baixando… Nova versao nao entrava em ADSL over and over again…
Linux: Fabricantes de ponta NÃO FAZEM DRIVERS…
WIN: Drivers a la voltê
Quer ter um servidor: USA UNIX… Muito caro? POe o irmao caçula do linux, de preferencia um RED HAT… Isso mesmo, aquele que vende a invenção do Linus Tovard, toward.. ah, sei lá o nome do cara…
Um cpd com Linux: Manutenção da hora 400 reias…
com WIn: Paga um mané uns 500 conto que ele resolve…
Estabilidade? Pra kê… Dá um boot que tá valenduuuuuuu….
No Momento:
Gabinete: Black (normal, Usb (espelho) e som frontal)
Fonte: fast Hung (450 W (Real))
Placa Mãe: NENHUMA (pro futuro: Asus A8N32-SLI Deluxe OFFBOARD + Dual SLI x16)
Processador: Nenhum (Pro Futuro: (Processador Athlon64 X2 4600+ 939 -BOX)
Memória: TWIN Corsair PC 3200 DDR 400 MHZ 2 GIGA(Dual-Channel)
HD: Sata 80 Giga (Pro futuro: SATA 2 – WD 500 GIGA)
Gravador de DVD: HP Dual Layer and Lightscribble 16x.
Floppy: Sonny 1,44 (black)
Som: Soudblaster 7.1
Rede: 3com 10-100 (para o futuro: 3com 10-100-1000)
VGA: Nenhuma (Pro Futuro: Placa de video XFX GeForce 6800XT XXX SLI 256Mb – PCI-E – DUAS)
Softwares: FUTURO
Sistema Operacional: WIndows Vista ULTIMATE e FREEDOWS OS DUAL SOFTWARE.
Aplicativos: Office 2007 Professional (estudante) e porrada de freewares pra windows …
Tudo isso parcelado no visa (limite de 1000), sempre comprando aos poucos …
No momento trabalhando em suporte (Hardware) e montagem de computadores Zerados e Crus , sem sistema….
Como diria o Lulla: – É só vc kerer….
Realmente existe uma questão cultural no sentido das pessoas, ainda que um DVD original custe R$50, procurarem a sua versão alternativa. Mas eu não arriscaria comparar os benefícios que o DVD de um sistema operacional poderia trazer (manual, suporte, garantia, …) em comparação a um filminho hollywoodiano de 2 horas de duração. Enfim, particularmente, se uma cópia original custasse R$50, sem dúvida eu compraria! E conheço muita gente que faria o mesmo.
Uma pequena dúvida: supondo essa situação acima, será que a própria Microsoft teria capacidade para ampliar fisicamente e tecnicamente sua equipe de suporte?
Enfim, não é de hoje que eu tenho a idéia de que, se não fosse pela pirataria, a tecnologia mundial não estaria aonde está hoje.
É verdade Marcelo, a Wikipedia é um dos pilares dessa revolução 🙂
Luciano, eu também concordo contigo. O Linux lidera muitas das inovações que foram levadas para outras plataformas, principalmente no assunto da Web. Agora temos mais uma inovação aparecendo aí, o Wii-Linux.
Essa coisa de qualidade é até engraçada. Programação para Web por exemplo é quase massacrante a favor do ambiente Open Source. Eu uso GViM e me pergunta se eu o troco pelo VisualStudio.Net por algum preço? 😉
É muito mais rico e apropriado desenvolver para Web em Linux, do que no Windows. O mesmo vale para o Java – os javeiros podem me corrigir se eu estiver errado. O Linux também é muito mais poderoso como estação de trabalho – principalmente nos aspectos de controle, segurança e possibilidades de customização – que o digam os gerentes ávidos por bloquear o MSN para os subordinados!
O Firefox já perdeu até a graça falar, ele está tão à frente do IE que hoje é a Microsoft quem tenta correr atrás do prejuízo. O mesmo vale para o PHP, Apache, MySQL, Python, Rails, Django, Java e tudo mais relacionado a isso.
O OpenOffice já tem uns cases interessantes. Lembra que eu falei sobre o mouse USB? No mesmo caso, o apresentador passou um frio na barriga por ter levado uma apresentação feita em PowerPoint, sendo que na máquina só tinha OpenOffice. Sorte dele que o arquivo rodou 100% no Presentation.
É esso tipo de informação que precisa aparecer mais para quem anda achando que o mainstream é a única via da informática.
🙂
Foi uma ótima análise do mercado de software. Realmente achei alguém que concorde comigo.
Gostaria que você escrevesse sobre o laptop de $100.
Abraços,
Norton Luiz.
O Marcelo Spinner sugeriu a redução do preço de venda do Windows para R$50,00!!! Será que isso resolve mesmo hein!? Tem DVD no Submarino que custa o mesmo preço, mas, neguinho prefere comprar o piratê…
Sei lá!! Acho que isso é cultural. Enquanto neguinho puder ir na banca do camelô e escolher seu Windows piratão sem nenhum tipo de punição, neguinho vai continuar usando o piratóvski mesmo!!
Agora, vai fazer isso na Inglaterra lá!!
Vai comprar um piratão no Canada pra ver filhote!!
É processo, acusação, mão-na-parede, cala-boca, cocão-baiano e cia ltda!! Aqui, a polícia super pançuda tá nem aí pra situação… compra até, junto com você!! Hehehehe
Vi na Folha esses dias que neguinho já tá vendendo Windows Vista (Inglês) Versão Final já!! Que mais cê quer??? Os evangelistas radicais ae que me desculpem, mas, Microsoft impera mesmo!! É 97 ~ 98 porceto do mercado… e deixa ser!! Se for deixar de comprar só pq o dinheiro vai pra terra do Tio Sam… ai meu próximo carro será um Mini Bug de fabricação nacional, só vou tomar Baré-Cola ao invés de Coca-Cola e vou trocar meu Dell por um Positivo!!
Aff… fala sério né?!
Caro Fabio,
Faço minhas as palavras do Marinho Brandão.
Gostaria de adicionar mais algumas coisas:
Então pq ninguem tentou fazer um sistema operacional com a cara e o jeito do windows???????? Poderia fazer como o Oppen Office?
Existe (ou pelo menos existiu) uma versão de Linux que era idêntica à interface do Windows XP. Mas não foi para a frente. E por que? Uma questão meramente cultural. As pessoas criam barreiras em torno de si e não gostam de mudanças. Poderia ter até a cara do Vista que não daria certo.
Acreio q não o fizeram pelo prazer de ir contra op q todo mundo usa? E ao invés de ajudar, querem só fazer barulho?
Não é verdade. Se informe, existem milhares de comunidades Linux que se prestam a ajudar quem estiver disposto a simplesmente testar, e se gostar, mudar. Veja bem, eu disse COMUNIDADES, pessoas que ajudam por prazer, não buscam retorno financeiro com isso.
Ou por acaso o linux nasceu pra ajudar alguem????????
Veja, infelizmente, muitas pessoas pensam como você. Se metade das pessoas que pensam assim resolvessem abrir a mente para novos paradigmas, a competitividade tecnológica e o avanço seriam incríveis!
Vamos pegar um exemplo mais recente? Você já viu a nova interface do Vista, chamada Aero? Claro que sim, quem não ouviu falar, ela se tornou bem famosa, tanto pela beleza quanto pela exigência de hardware (uma placa de vídeo bem poderosa e cara, e pelo menos 2Gb de Ram no micro). Pois bem, saiba que antes de seu lançamento, já existia uma interface no Linux, a famosa Cube, da Novell. Sua área de trabalho se transforma em cubo, que pode ser girado em qualquer direção. Quer mais liberdade que isso? Lembre, um cubo tem 4 lados na horizontal, ou seja, 4 áreas de trabalho distintas para você usar. E isso ANTES do famoso Aero entrar na mídia.
Sim, sou fã do Linux, uso o Ubuntu como meu colega acima, fazem dois anos que não uso windows em meu micro. Abandonei o windows? Não, não abandonei, trabalho em uma empresa que depende de determinados programas em windows cujo custo de migração para plataforma open-source inviabiliza o projeto. Mas novas soluções estão sendo cogitadas, porque quem vive no mundo de hoje precisa ter a mente aberta para novas possibilidades.
Pense, se não fossem as mentes abertas, ainda usaríamos interface texto, seja DOS, UNIX, OS/2, Linux…. Se não fossem mentes abertas a novas possibilidades, nenhuma interface gráfica teria sido criada!
Pense diferente… abra sua mente… isso vale para todos.
Como o Marinho disse, Este é um caminho que toda a sociedade percorre – inclusive a própria Microsoft tem participado disso de seu proprio jeito – e é um passo da evolução: ou você participa dele sabendo ou participa sem saber.
A diferença é que sabendo é mais divertido 😉
Então vamos para o lado divertido! Para que ser um mero coadjuvante se podemos estrelar?
Abraços!
Eu estaria cometendo a maior das incoerencias se defendesse a pirataria de qualquer produto, uma vez que sou autor de livro publicado; no entando a questão do Windows(R) tem algums detalhes que precisam ser observados :
1- Pirataria é crime.
2- Formação de Cartel também é.
3- Preços abusivos também é crime( C.D.C. )
4- Venda casada de produto também é crime ( C.D.C )
Só que aqui no Brasil existem Leis que precisam ser rigorosamente seguidas e leis que são consideradas anacrônicas e fora de moda.
Isto ao sabor do interesse de quem as interpreta.
Por exemplo a CLT é desprezada vergonhosamente por alguns grupos de empresários. Temos que concordar que, por outro lado, a galera também ama uma vendazinha sem nota, ou uma comprinha s/n, se houver desconto.
Ou seja enquanto neste país existir esse clima de salve-se sem puder, a Microsoft(R) que me desculpe, mas salve-se quem puder !
PS. Sou usuario de LINUX. e desenvolvedor Java
Cara tem também a Wikipédia.
Segundo o Gartner esse modelo de negócios do Windows pode ser o último da série. Vai virar coisa do passado, demorou.
Fábio Reis,
olha, eu utilizo o Ubuntu Linux. Ele é tão fácil e amigável quanto o Windows. E em algumas coisas ele é até mais fácil.
Vou te contar um case meu de hj de manhã: tive problemas para instalar um mouse usb numa máquina que tinha urgência de ser usada para uma apresentação. Eu prontamente o troquei pelo meu PS/2 e trouxe o mouse problemático para o meu PC. Ele demorou uns instantes para funcionar no Windows, dependendo de um ajustezinho. No Ubuntu foi automático.
Já passei por isso também com placas de som, vídeo, gravadora de DVD, etc. O Ubuntu é simplismente fantástico. Tem um atualizador automático de pacotes e o apt-get que estão anos-luz à frente do Windows Update e do arcaico MSI.
O que falta é informação, já que, como o Linux é gratuito, não existe propaganda em torno dele senão a dos próprios entusiastas.
O Linux não nasceu como filantropia. Ele é fruto de um movimento da sociedade que permeia tudo o que tem a ver com pantentes e direitos autorais. A sociedade clama hoje por produzir em conjunto aquilo que ela precisa. Essa é a base de todos os software livres em geral, do Orkut, do Google, de toda a Web2.0, da TV Digital, da nova publicidade, da música e da literatura.
Este é um caminho que toda a sociedade percorre – inclusive a própria Microsoft tem participado disso de seu proprio jeito – e é um passo da evolução: ou você participa dele sabendo ou participa sem saber.
A diferença é que sabendo é mais divertido 😉
Eu concordo totalmente com o Ricardo.
A Microsoft não é abusiva nos preços, aliás, muuuuito longe disso, vejam os produtos da Borland, Primavera, Oracle e outros concorrentes dela. São às vezes 10 ou 20 vezes mais caros.
Mas a causa disso é exatamente a base instalada a que o Ricardo cita: o software pirata na casa de cada um de nós.
Acontece que o raciocínio que deve ser tomado – e que é difícil num país onde todo mundo vota no presidente omisso e nos parlamentares ladrões – é o da ética e honestidade acima da comodidade.
E é aí que tá a coisa. Você não roubaria um carro simplismente porque ele é mais produtivo, porque sabe que é errado e pronto. É óbvio que o Photoshop é superior ao Gimp, que o Office é superior ao OpenOffice e que no aspecto de games, usabilidade e suporte o WindowsXP é superior ao Linux, tal quanto a Ferrari é superior ao Gol e a Kawasaki é superior à Titan.
Mas mesmo assim nos contentamos com produtos inferiores, relativos à necessidade que temos: eu não preciso duma Ferrari e, se não tenho dinheiro para comprá-la, eu simplismente me contento com o que eu posso.
O mesmo deve valer para o software. O Gimp é bom sim. E pra quem ganha DINHEIRO e TRABALHA com imagens ou design tem que pagar por um software do nível do Photoshop, pois afinal é o JUSTO. A menos que prefira conhecer o Gimp em profundidade a ponto de preferi-lo ao invés de gastar dinheiro.
Mas quem não depende *daquele* recurso especial que só o Photoshop, o CorelDraw ou o Office tem, pode se contentar fazendo suas tarefas básicas no Gimp, Inkscape ou OpenOffice – como é o meu caso. E os contratempos podem ser facilmente aceitos, considerando que é melhor ser honesto do que roubar.
Isso sem dizer que muitos dos que defendem a maioria dos softwares proprietários como indispensáveis são apenas acomodados, sem interesse em conhecer alternativas.
Mas, como eu disse: num país onde subornar o guarda de trânsito é coisa de gente esperta e que votamos nos mesmos bandidos de sempre, falar de honestidade e ética é ser careta.
É a verdade.
Sacanagem distribuir Windows grátis e depois cobrar. Ninguém barrou o monopólio do Windows.
Lançaram o Windows gratuito para PC novos. Feito isto, destruiram o mercado de SO.
Depois lançaram o IE grátis. Com isso destruíram o mercado de navegadores. Adeus Netscape.
Lançaram Media Player grátis. Com isso destruíram o mercado de players.
Lançaram o MSN. Acabou com o ICQ.
Lançaram assistência remota. Adeus VNC, PC anywhere etc.
Windows XP com suporte a arquivo compactado. Está acabando com os compactadores de arquivos Winzip etc…
Agora estão tentando destruir os anti-vírus.
Caramba?! Ninguém vai fazer nada?
Com tanto dinheiro os caras tem até patente do clique duplo. putz!
Nós que não temos para onde correr é que somos bandidos?
E a amarração que estão fazendo?
Nada apartir de 2006 da Microsoft roda em versão 2000 e anteriores. Windows Live, Office, jogos (DirectX 10) etc… E olha q não tem nada a ver com compatibilidade. O programa olha a versão e sai dizendo que não é compatível.
Cito como exemplo o Age of Empires III. Dei um jeito de rodar ele no 2000, apesar dele dizer q é incompatível (pura mentira).
Caro Ricardo Bánffy,
Achei bem interessante seu texto. Concordei com
você em muitos aspectos, porém discordei quando você
disse: ou o trabalhador que comprou um PC Conectado e
pagou R$ 50 para um picareta sem-vergonha instalar um
Windows e cometer um crime pelo qual o dono do micro
pode ter que pagar.
Sou estudante de Ciência da Computação em uma
Universidade Federal, passei muitos apertos
financeiros e somente com a minha total dedicação e
esforço consegui ser aprovado para cursar na
Universidade.
Atualmente, devido a ausência de recursos para me
manter nos estudos, faço diversos trabalhos paralelos
(na área de informática mesmo) afim de arrecadar algum
dinheiro e continuar a seguir o meu sonho e construir
meu futuro.
Uma delas é a manutenção de computadores, o qual
clientes que não querem (ou não podem) pagar por
softwares originais me procuram para que eu possa, por
exemplo, formatar seus computadores e reinstalar o
Windows (tenho um cd PIRATA).
Como você mesmo questionou: Quem é que compra um
computador em parcelas de menos de R$ 90 por mês e
gasta R$ 469 em um sistema operacional?
Podemos dizer que quem não tem cão caça com gato.
Eu não me considero nenhum picareta sem-vergonha
só porque faço esse tipo de serviço o qual meus
clientes sabem o que estão pagando (minha
mão-de-obra). Ninguém em sã conciência vai adquirir
alguma coisa ou serviço sem sequer saber o que é. Por
acaso se você fosse comprar alguma coisa no camelô
você realmente iria comprar achando que adquiriu um
produto original, com nota fiscal e um ano de garantia
do fabricante?????
ps: Espero que não APAGUEM DE NOVO o meu post, afinal acho que aqui é um espaço democrático e estou apenas discordando em partes do autor, expondo somente a minha opinão e em momento algum fazendo algum tipo de agressão ao mesmo.
Então pq ninguem tentou fazer um sistema operacional com a cara e o jeito do windows???????? Poderia fazer como o Oppen Office…
Acreio q não o fizeram pelo prazer de ir contra op q todo mundo usa… E ao invés de ajudar, querem só fazer barulho…
Ou por acaso o linux nasceu pra ajudar alguem????????
Suponha que você, na melhor das intenções, deu de presente de natal um game de última geração para seu filho, um garoto de 13 anos. Suponha ainda que ele chamou um amiguinho para jogar com ele e ao final do jogo, seu amigo diz:
– Cara, que jogo maneiro! Me dá uma cópia?
Tchan! Tchan! Tchan! Danou-se! como seu filho foi educado nos preceitos de honestidade, neste momento ele se encontra em uma encruzilhada podre da vida: tornar-se um criminoso ou perder um grande amigo.
O que ele irá deduzir com esta estória? É simples, não use software proprietário ou não tenha amigos.
É impressionante como a classe média brasileira prefere, e mantem, a indiferença que ronda, estraga e corrompe a nossa sociedade…. Há… não gosto do Linux, comprei um computador para minha filha com Linux, e claro vou instalar o windows Stater… pra que elas precisam de mais de 3 janelas…? … Porque manter esse tipo de comportamento? Isso é ruim para a educação das suas filhas como para toda a sociedade, pois você alimenta uma indústria multinacional que não gera lucro nenhum para o Brasil, não há lucro nenhum para nossa pobreza! Software Livre, Linux, é uma válvula de escape para nossa sociedade, para cortar gastos, incentivar a produção nacional, equipar escolas e telecentros, incluir a população carente em projetos de tecnologia, enfim, é uma forma de crescimento tecnológico e liberdade, que as pessoas, os pobres, ao nosso contrário, precisam, pois não existe outra forma de incluí-los na nossa sociedade digital. Mas vc, como muitos milhares de outros, optam por utilizar um produto pirata, que sempre acaba dando lucro pra Microsoft e outras empresas. Precisamos mudar esse quadro, é como no filme V de Vingança basta uma idéia para derrubar um monopólio, quando cada um começar a fazer a sua parte, passaremos a ter uma sociedade melhor e mais justa e um país mais digno! É preciso incentivar o Software Livre, para que ele ganhe mercado e possa atingir uma maior parcela da população que não tem dinheiro para bancar licenças de software. Não basta apenas criticar tudo, falar mal do governo – ele lançou um projeto bom, mas nossa classe média imbecíl e cega, não consegue dar dimensões e os impulsos necessários – É preciso atingir nossa independência tecnológica, e o software livre é o caminho. Chega de tanta ipocrisia e indiferença, vamos começar a agir. Roubar um pote de manteiga não é normal, assim como um banco, ou toda a corrupção. Também não é normal alimentar, com milhões de reais, piratas ou não, uma empresa que não traz solução nenhuma para todos nós! É sim, ser nacionalista e preocupado com a gravidade de toda a nossa situação. O conselho vale para todos. Grato.
Salve amigo Banffy !
A pirataria é o melhor material de divulgação do planeta ! Na época em que comprei meu 1o PC quando tinha 16 ou 17 anos não sobrou dinheiro para eu colocar um HD nele.Comprei sem HD e da-lhe disketes de 1,44 ! Agora imagina para um cara como eu que que não tinha condições de comprar um HD de 10 megas pro meu 286 iria gastar dinheiro com softwares ? Sim, pirateei claro !
Copia pirata do Windows…do Visual Basic..e de muitos softwares.Só que passei a ter intimidade com esses softwares e acabei influenciando muitas empresas a adquirir tais softwares.
Moral da história: Pirataria é o crime que compensa tanto para o lado de quem pirateia como para quem produz o software.
E de tanto comecar a curtir os softwares da MS naquela época passei a ser adepto a MS.Em uma empresa que trabalhei consegui colocar o MSSQL lá dentro que também teve o efeito de adquitir 2 licenças full do produto,contratarem 2 DBAs MSSQL e um contrato de Premiere Support com a MS no valor de 50k USD/Ano ! Será q a MS ainda está brava comigo ?
Caro Ricardo Bánffy,
Achei bem interessante seu texto. Concordei com você em muitos aspectos, porém discordei quando você disse: ou o trabalhador que comprou um PC Conectado e pagou R$ 50 para um picareta sem-vergonha instalar um Windows e cometer um crime pelo qual o dono do micro pode ter que pagar.
Sou estudante de Ciência da Computação em uma Universidade Federal, passei muitos apertos financeiros e somente com a minha total dedicação e esforço consegui ser aprovado para cursar na Universidade.
Atualmente, devido a ausência de recursos para me manter nos estudos, faço diversos trabalhos paralelos (na área de informática mesmo) afim de arrecadar algum dinheiro e continuar a seguir o meu sonho e construir meu futuro.
Uma delas é a manutenção de computadores, o qual clientes que não querem (ou não podem) pagar por softwares originais me procuram para que eu possa, por exemplo, formatar seus computadores e reinstalar o Windows (tenho um cd PIRATA).
Como você mesmo questionou: Quem é que compra um computador em parcelas de menos de R$ 90 por mês e gasta R$ 469 em um sistema operacional?
Podemos dizer que quem não tem cão caça com gato.
Eu não me considero nenhum picareta sem-vergonha só porque faço esse tipo de serviço o qual meus clientes sabem o que estão pagando (minha mão-de-obra). Ninguém em sã conciência vai adquirir alguma coisa ou serviço sem sequer saber o que é. Por acaso se você fosse comprar alguma coisa no camelô você realmente iria comprar achando que adquiriu um produto original, com nota fiscal e um ano de garantia do fabricante?????
ótimo artigo. O que fica claro e ja era evidente para mim é que a Microsoft entre outras empresas não tem interesse.
Vamos fazer uma conta de padeiro:
Existe um mercado de 90% ou superior de usuários de computador pirata, se esse mercado for de 10 milhões de usuários e se a Microsoft que não vende nada para esse mercado resolver ganhar dinheiro, poderá vender a digamos R$ 50,00 preço ao usuário final que seria dizer 500 milhões de Reais a mais no cofrinho.
Ora isso não seria tomar prejuízo seria? nao haveria necessidade de criar sistemas de segurança, controle de pirataria, etc… ou seja, gastar menos tempo no que não interessa e gastar mais tempo desenvolvendo um software que não da PAU o tempo todo, e ainda ter que pagar um absurdo… RESPONSABILIDADE NEM PENSAR, MAS PREÇO ALTO…
E tudo muito simples… baixa o preço e vende pra todo mundo… PONTO. pra que comprar software pirata, se você pode ir na lojinha da esquina, pagar por software legal, com garantia de suporte, em 12 vezes?
Mas não, a Microsoft joga esse mercado no lixo e fica inventando um monte de travas que são quebradas minutos depois do lançamento do produto.
TEM MAIS É QUE SE…
Concordo em partes com o seu artigo. Não gosto do Linux, mas tb não sou a favor da pirataria.
Quanto ao preço do Windows e o modelo de negócio da Microsoft, acho normal, afinal ela é uma empresa AMERICANA e SELVAGEM como qualquer outra do mundo capitalista.
Eu vc acho normal pagar R$ 12,00 por lanche medíocre do McDonalds? E o modelo de negócio deles? O que me diria?
Eu acabei de comprar um micro e vou dar de presente para as minhas filhas. O Micro veio com Linux e evidentemente vou colocar o Windows nele. Então, comprei o Windows XP Starter Edition e vou instalar para elas.
O limite dele e três aplicativos e 9 janelas, ou seja, vc pode abrir 5 sites, o windows media player e o MSN… O que mais elas querem? Quando eu começei a usar informática só tinha uma janela! E feia ainda!
E no meu micro em casa eu ainda uso uma versão pirata, mas estou esperando chegar o vista e vou comprar uma versão básica dele que por sinal tá bem barata.
Pirataria é crime – disso não podemos duvidar. Como o próprio artigo descreve, o maior prejudicado com a pirataria são os pequenos produtores, pois não tem como competir com as gigantes e têm o mercado estraçalhado pelos piratas.
Com certeza aqui no Brasil a maioria usa software pirata. Eu mesmo comecei assim, pois não tinha (e não tenho) condições de bancar R$30mil para montar uma estação com tudo o que eu preciso, mas há uma hora em que precisamos crescer e mudar de vida.
Durante um processo longo (durou mais ou menos 4 anos) eu fui me adaptando homeopaticamente ao mundo do software livre. Hoje o meu computador e o meu trabalho em design é feito totalmente com ferramentas livres. Não vou mentir e dizer que tudo são mil maravilhas, mas aí é uma questão de adaptação a um novo paradigma.
Prefiro sofrer hoje para fechar um arquivo dentro o Linux, para poder amanhã, ao ampliar o meu negócio, investir o meu capital aonde realmente necessita: em recursos humanos.
Não é Windows/Linux, Photoshop/GIMP, Office/Open Office que faz uma empresa crescer e gerar empregos (dentro das dificuldades da nossa terra brasílica), mas sim as pessoas que trabalham.
Será que deixaríamos de escrever só porque nossos lápis mão são Carandash?
Pirataria não é crime. se vista pelo lado social. é sim uam maneira de liberdade do sub mundo do não desenvolvimento.
Brasil por ex: O que fazer se os melhores softwares são os mais caros. tentar comparar o gimp ao photoshop é de rir. photoshop bem melhor. e como ter produtividade. somente usando o melhor que ha no mercado.
qualquer pessoa em sã conciencia vai comprar um Photoshop de 10 reais. já achei por 5 reais até. doque pagar 1700 numa versão original, que fornece os mesmos recursos que a pirata.
Ele faz a cota. com os 1695 reais de diferença eu compro outro computador.
hoje em dia. no brasil é impossivel se ter um computador. com todos os programas queridos e originais…
Windows XP – 600
Office 2003 300 e pouco
Photoshop – 1000 e la vai.
COrel Draw – 1000 e la vai.
Ninguem é doido. porque no brasil se ganha pouco.
Eu uso linux. porque gosto e sei usar. mas de todas as pessoas que conheço 99% não sabem nem o que é linux.
Uso windows também. e desculpa alegar. mas pirata.
porque um amigo me deu um CD. e eu num ia jogar fora. alias juntando os DVDs que tenho e os CDS. 90% pirata também…
outro dia fui na casa de um amigo policial e tudo pirata.
Para completar fui numa faculdade aqui da cidade. e os pcs. tudo usando softwre pirata… se forem prender por pirataria, vão prender a 90% da cidade.