Antes de começar esse artigo, já lhe digo: eu mesmo não conhecia/estabelecia corretamente os meus potenciais, tive muitos problemas com remunerações inadequadas e vivi por muito tempo desmotivado.
Sim, eu sou uma pessoa como qualquer outra! Gosto sempre de quebrar o mito do “articulista perfeito”, pois, de fato, esse não existe.
Por muitos anos trabalhei com desenvolvimento web – sites, aplicativos, etc. – a minha formação acadêmica, inclusive, é na área de análise de sistemas.
Entretanto, apesar de executar os projetos com competência e qualidade, essa nunca foi a minha paixão: sempre estive mais voltado para o lado das palavras.
Ou seja, por diversas vezes, a falta de motivação prejudicou algumas escolhas e acarretou diversas perdas.
Eu sabia que desejava mudar de área, mas sair da zona de conforto não é simples, certo?
Todo aprendizado tem valor
Durante os anos trabalhando com desenvolvimento, aprendi muitas coisas e convivi com profissionais exemplares. E conhecer bem esse ambiente, as possibilidades e as dificuldades foi importantíssimo para transição da minha carreira: dos projetos de TI para o planejamento estratégico da informação e edição de conteúdos.
Ao invés de simplesmente negar o passado, usei todas as experiências vividas como diferencial competitivo: muitos jornalistas e profissionais de conteúdo têm habilidades com as palavras, mas dificuldades com a tecnologia.
No meu caso, essas duas etapas profissionais se complementaram e hoje interajo com programadores, designers e DBAs para criarmos soluções interessantes e muito bem engrenadas. Ou seja, sei os pesos e medidas de cada uma das áreas, por isso, ao gerir um projeto, sempre busco o equilíbrio em prol do resultado final.
Mesmo quando o job é somente de edição de textos, consigo aplicar muitas métricas e padrões de organização aprendidos lá atrás, a fim de proporcionar a melhor experiência de conteúdo possível.
Cada profissional tem seus potenciais e explorá-los corretamente é o melhor caminho para a evolução
Tenho amigos e colegas que possuem ótimas habilidades em áreas distintas da sua profissão. E muitos ficam com vergonha de expô-las, de investir nelas. Já ouvi coisas do tipo: Eduardo, como você tem coragem de publicar um livro de fantasia histórica medieval?
Acredito muito que os limites da nossa vida e carreira não vêm de fora, mas da nossa própria postura e visões.
E assim como eu, conheço desenhistas que se tornaram designers maravilhosos, músicos que hoje trabalham com desenvolvimentos de aplicativos cujo som é a base e por aí vai.
Todo conhecimento tem valor. E a aplicação das energias e esforços nos potenciais certos é trabalhosa, nem sempre é simples, mas vale muito.
Fazer o que se gosta, aprender, interagir e proporcionar soluções excelentes por meio da sua expertise é a melhor forma de ser bem visto pelo mercado, pelos colegas de profissão e clientes. É uma postura de valor.
Então, ao invés de simplesmente reclamar, que tal analisar seus potenciais, seus diferenciais e habilidades e usá-los a favor da sua carreira?
Prosperidade e até mais! [Webinsider]
…………………………
Leia também:
- Vamos trabalhar menos e com satisfação?
- Perfil profissional: talento sem trabalho não é nada
- O robô e o poeta: para ser um profissional completo, vá além
…………………………
Acompanhe o Webinsider no Twitter e no Facebook.
Assine nossa newsletter e não perca nenhum conteúdo.
Acesse a iStockphoto. O maior banco de imagens royalty free do mundo.
Eduardo Kasse
Eduardo Massami Kasse (@edkasse) é escritor, palestrante e analista de conteúdo. Subeditor do Webinsider. Mais em onlineplanets.com.br e eduardokasse.com.br.