Henry W. Chesbrough e Andrew R. Garman afirmam* “que a história mostra que empresas que seguem investindo na capacidade de inovar durante momentos econômicos difíceis se saem melhor lá na frente, quando o crescimento é retomado. Foi assim que a indústria química americana passou à frente da britânica após a 1ª. Guerra Mundial, que a Sears derrubou a Montgomery Ward do posto de maior varejista nos Estados Unidos após a 2ª. Guerra Mundial e que fabricantes japonesas de semicondutores ultrapassaram as rivais americanas na esteira da crise de princípios da década de 1980”.
Os autores defendem “que em uma conjuntura econômica difícil, foco é crucial. Mas muitas empresas enfrentam um verdadeiro dilema: como manter o foco e controlar estritamente os custos e manter abertas, ao mesmo tempo, as opções de crescimento para o futuro”?
Por isso, recomendam que quando o momento econômico é ruim, colocar certos ativos e projetos nas mãos de terceiros, pode servir para manter abertas oportunidades de crescimento futuras enquanto a empresa trata de sobreviver.
A inovação aberta de dentro para fora pode envolver a participação de outras empresas no investimento e no desenvolvimento de projetos. Outra saída é desmembrar certas iniciativas e ficar apenas com participação nelas.
E ainda, os desafios culturais, políticos e organizacionais dessa modalidade de inovação aberta, podem ser superados com uma abordagem holística e o apoio de altos executivos em postos estratégicos.
Inovar na ação
Por outro lado, Larry Bossidy e Ram Charan** afirmam “que atualmente, a diferença entre uma empresa e sua concorrente é cada vez mais a habilidade de executar. Se seus concorrentes estão executando os planos melhor do que você, estão derrotando você aqui e agora: os mercados financeiros não irão esperar para ver se sua complexa estratégia vai dar errado”.
Para Bossidy e Charan, os líderes que não conseguem executar não tem mais uma chance grátis. A execução é a grande questão que ainda não foi abordada no mundo dos negócios. Sua ausência é o único grande obstáculo ao sucesso e a razão da maioria dos fracassos, que são, erroneamente, atribuídos a outras causas.
As estratégias dão errado mais frequentemente porque não são bem executadas.
E para executar, todo líder precisa ter sete comportamentos essenciais:
- Conhecer seu pessoal e a empresa.
- Insistir no realismo.
- Estabelecer metas e prioridades claras.
- Concluir o que foi planejado.
- Recompensar quem faz.
- Ampliar as habilidades das pessoas pela orientação.
- Conhecer a si próprio.
Agora é com você. Qual é o perfil da sua empresa? Inovação aberta ou inovar na ação?
* Henry W.Chesbrough e Andrew R. Garman. Como a inovação aberta pode ajudar em tempos difíceis. Harvard Business Review, dezembro 2009.
** Larry Bossidy e Ram Charan. Execução. Editora Campus. [Webinsider]
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Alfredo Passos
Alfredo Passos - (@profdrpassos) Partner da Knowledge Management Company, Professor ESPM, Membro da Society of Competitive Intelligence Professionals - SCIP, autor de diversos livros sobre Inteligência Competitiva.