Há tempos, equipamentos, meios e teorias inovacionistas de tecnologia têm causado uma verdadeira revolução na sociedade, no mercado e, consequentemente, no consumidor, afinal, a vida das pessoas está concentrada em dispositivos que cabem na palma da mão, com uma capacidade imensurável de armazenamento de informações. Diante dessa realidade, o marketing como conhecemos sofreu algumas alterações, exigindo de seus profissionais uma postura mais complexa e abrangente.
Consumidores e clientes passaram a oscilar em suas escolhas, porque, hoje, as opções são inúmeras e distintas, criando no público uma cultura de experimentação ampla e volátil. Em outras palavras, o target quer cada vez mais ser surpreendido, tendo satisfeitas necessidades que nem ele sabia que tinha. Necessidades estas intimamente relacionadas à tecnologia, seja em termos de consulta, seja em termos de performance, seja em termos de status. Neste cenário, altamente mutável e evolutivo, está o novo profissional de marketing, que precisa se adaptar para manter-se ativo no concorrido mercado de trabalho.
Hoje, além de entender e atender as necessidades do seu público, esse profissional precisa lidar com o novo perfil de consumidor, presente em diversas plataformas digitais, que vive a maior parte do seu dia online e que detém o poder de elevar ou rebaixar uma marca ao expressar sua opinião em redes sociais, de modo altamente dinâmico. Assim, os dois principais desafios podem ser assim definidos:
- Acompanhar e compreender as transformações nos comportamentos e desejos do target;
- Estar familiarizado com as múltiplas plataformas tecnológicas para desenvolver e aplicar estratégias de comunicação no mercado, engajando esse público.
Por tudo isso, o profissional de marketing precisa mudar sua postura e desempenhar um papel que, até algum tempo atrás, não era de sua competência, mas que hoje representa um grande diferencial de excelência e competitividade. A começar pelo fato de que precisa ser 360º, detentor de altos níveis de conhecimento e capaz de filtrar informações que recebe diariamente, aplicando-as no negócio que conduz, afinal, ele vive o Marketing de Diálogo, no qual multiespecialistas apresentam suas impressões sobre um fato, serviço ou produto. Essas impressões devem ser captadas e transformadas em insights de comunicação.
O consumidor está atento a tudo, tem informação e sabe o que quer. Ele está mais sensível à satisfação de seus desejos, compartilhados em redes sociais e em canais de reclamação ou sugestão. Por isso, o profissional de marketing precisa ser mais humano, mais psicólogo e sociólogo, falar uma linguagem adequada a cada stakeholder e de maneira única, criando conexão com seu público.
Não basta seguir ordens, tem que acreditar no objetivo. Diante disso, precisa ser ousado, curioso, questionador, articulador. Com a quantidade exorbitante de informação e oportunidades de comunicação, ele assume uma posição de gerente de projetos, curador – e não produtor – de conteúdo, confortável com mudanças constantes e pressão, íntimo das novas tecnologias e plataformas digitais, e defensor do Marketing Colaborativo (integrando profissionais de outras áreas e especialidades para melhor atender sua demanda).
Outra tendência é o surgimento do “Matemarketing”, profissional que domina análise de dados, capacidade analítica e combinação de ideias, transformando estatística em insight. Além disso, precisa estar atento ao ROI de qualquer ação implantada, trazendo inteligência, competitividade, rentabilidade e responsabilidade da área em qualquer corporação.
O mercado está em constante transformação. O profissional de marketing também, sob pena de viver no ostracismo mercadológico. [Webinsider]
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