Há sete anos nascia o Twitter. O microblog que faz com que pessoas se conectem por meio de 140 caracteres. O Twitter é a maturação da rede mundial de computadores em seu estado mais pleno, pois faz com que consigamos ser lidos e ouvidos por usuários que nunca imaginávamos ter contato um dia na vida.
Por exemplo, eu, um mero professor universitário brasileiro, já troquei tweets com Marc Gobé (@mgobe), o autor do “Emotional Branding” um das maiores autoridades mundiais no assunto marca. Gobé foi quem criou as emblemáticas bolinhas de gás no logo da Coca-Cola e foi também um dos responsáveis pela campanha Dove Real Beauty. Outro dia, também conversei com Jennifer Aaker (@aaker), renomada autora de marca e filha de David Aaker, hoje professor emérito da Universidade de Berkeley, e um dos primeiros autores no mundo a escrever sobre o tema. Quando que eu imaginei conversar e me conectar com esses grandes pensadores? Nunca! Mas a potência midiática do Twitter me proporciona isso hoje, e eu adoro.
A chamada era da informação é, na realidade, a era do excesso de informação. Nesse sentido, o Twitter me cai como uma luva. Somos bombardeados com um volume de conteúdos que nunca presenciamos, e simplesmente nosso cérebro não dá conta de absorver e decodificar tudo. Mas no Twitter, eu seleciono (sigo) apenas aqueles perfis que fazem parte do meu interesse. E recebo o dia inteiro informações na minha time exclusivamente daqueles perfis que fazem parte do meu interesse de conhecimento. E que são diferentes dos interesses do fulano e do beltrano. Para mim, disparado, esse é o grande diferencial do Twitter.
Mas nem tudo são flores. O Twitter fez nascer um grupo de perfis fake: pessoas que se fazem passar por outras na tentativa de magnetizar e buscar um minuto de fama que elas nunca teriam se não fosse dessa forma. E tudo isso, na maioria das vezes, à revelia das pessoas que elas personificam. Outro comportamento condenável no Twitter são os chamados trolls, ou seja, perfis de pessoas que gostam de criticar, apedrejar e repudiar outros perfis (geralmente, celebridades) pelo simples prazer de ver a pessoa “sair do sério”.
Hoje, tenho cerca de 2.600 seguidores. Faço parte do edulcorado grupo de 1% de perfis que possuem mais de mil seguidores. São pessoas que me seguem diariamente e leem minhas mensagens, minhas dicas de livros, cursos, etc., mas que podem, do dia para a noite, deixar de me seguir caso não gostem mais dos meus temas. Esse é o grande barato do Twitter. Diferentemente da vida real, onde se desconectar de uma pessoa pode se transformar numa tarefa não tão fácil, e que envolve, por vezes, até desgaste emocional. No Twitter, isso é simples: baste aperta um botão chamado “unfollow” e pronto. Como num passe de mágica, aquela pessoa, que talvez tenha deixado de ser relevante para você, deixa de fazer parte de sua timeline.
Parabéns, Twitter! Que venham mais e mais anos de vida. Quer me seguir? Procure por @MarcosHiller. Mas fique sabendo não sei para onde estou indo. Obrigado. [Webinsider]
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Marcos Hiller
Marcos Hiller (@marcoshiller) é Coordenador do MBA de Marketing, Consumo e Mídia Online da Trevisan Escola de Negócios.
Uma resposta
Fantástico. Em poucas palavras descreveu brilhantemente o potencial da ferramenta e os sentimentos que ela provoca. Compartilho absolutamente de sua opinião. Congratulações.