Outro dia recebi por e-mail um “mailing” de uma “pseudo coach” de carreira. Chamou-me atenção e resolvi seguir lendo o e-mail para entender do que se tratava. No texto do e-mail, com vários erros de português e concordância verbal, a coach oferecia seus serviços de “aconselhamento de carreira” para profissionais e executivos.
No e-mail que recebi, não havia nenhuma referência ao curriculum ou trajetória profissional da coach, assim que resolvi investigar um pouco com o nome da mesma e só consegui encontrar duas coisas: sua conta de Facebook, onde na foto de entrada e perfil a mesma não passava seriedade alguma, e o segundo um perfil incompleto no Linkedin. Porém, o perfil do Linkedin deu uma dica: a profissional havia trabalhado como auxiliar administrativa em uma empresa brasileira, feito o curso de coach na “Associação Brasileira de Coaching” e aparentemente após isso estava atuando como coach.
Ora, com todo o respeito que qualquer pessoa merece, mas que qualificação alguém assim possui para orientar a carreira de outras pessoas, ou como ela mesma vendeu em seu mailing: de executivos?
No Brasil, alguns modismos acabam criando perigosas indústrias ao redor, sendo que em alguns desses pseudo-cursos e pseudo-certificações as empresas e entidades que as acreditam se esquecem completamente do fator mais importante nesse tipo de enfoque: o fator humano, o histórico que cada um tem para aplicar e colocar em prática os conceitos que são aprendidos na teoria.
Assim como no caso dos “coaches”, existem outros modismos e indústrias satélites perigosas, como a dos “palestrantes”: da mesma maneira que existem pessoas com bagagem sensacional dando palestras de temas que realmente conhecem, existem outras que até curriculum falso publicam para dar credibilidade ao seu conteúdo.
Por isso, recomendo muita cautela e cuidado quando receber esse tipo de propaganda e se você estiver buscando um aconselhamento de carreira, um “coach”. Cursos e certificações servirão para dar uma base teórica e metodológica para alguém que possui “bagagem” e experiência para ensinar e passar algo para quem está sendo orientado, porém o mais importante a avaliar é o histórico profissional e pessoal desta pessoa, conversar com outras pessoas que já foram orientadas (referências) e com isso tomar a decisão de contratar este tipo de profissional. [Webinsider]
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Guilherme Schneider
Guilherme Schneider (@guilhermebarcha) é executivo na área de consultoria e tecnologia da informação e mantém um blog pessoal.