Era exatamente 10 de junho, 22h22min, quando chegou o e-mail da Apple avisando aos Registered Developers que eles já poderiam iniciar o desenvolvimento para o mais novo sistema operacional iOS7.
A partir das 22h23 até à 01h30 do dia seguinte, os developers já estavam congestionando os servidores com tanto acesso e download do xCode5 beta e iOS7 beta. Fui conseguir iniciar o meu download somente às 02h20 da madrugada e finalmente pude ir dormir. Logo pela manhã, eu já estava testando a versão beta do iOS7 em um iPhone 5 modelo A1148, preparado para o padrão LTE Americano.
As percepções que posso descrever percorrem dois pontos de vista:
Como usuário
Foi grande o impacto do minimalismo da nova interface. Muito mais leve, o novo design surpreende pela simplicidade dos elementos gráficos. Mas a mudança não ficou restrita ao formato e cores. A navegação nos grupos de apps agora utiliza o conceito de profundidade ou navegação em níveis de contexto.
Neste aspecto ficou mais fácil identificar sua locomoção entre as aplicações, pois até o conceito parecido a um Alt-Tab com a lista das janelas abertas foi implementado.
Não tem mais o duplo clique no botão home e depois ficar pressionando algum ícone para iniciar o processo de derrubar aplicações. Agora, na lista de janelas apresentada, basta “jogar” a janela para fora da lista e a aplicação deixa de estar em execução.
A mudança na tipografia de fontes, configuração de tamanhos de fonte e as cores mais leves, dão a impressão de maior tranquilidade e leveza ao usuário.
O novo dashboard de funções, acessado a partir da tela bloqueada, traz mais facilidades ao usuário no conceito clique menos e faça mais. Por exemplo, agora a partir da tela bloqueada é possível, nesta versão beta, ligar e desligar: lanterna, Wi-Fi, Bluetooth, Não incomode, entre outros.
Como desenvolvedor:
É pouco comum analisar o impacto do projeto de interfaces de usuário na economia de consumo de bateria e CPU. Com este novo conceito de interface, Jonathan Ive, talvez sem querer (duvido), tenha conseguido otimizar o consumo do processador e memória disponível simplesmente trabalhando conceitos gráficos.
Mas como assim? Exibir imagens de alta definição (HD) com grande quantidade de pixels e cores, mesmo que em pequenos espaços de tela, o que acontecia com quase todos os ícones e demais elementos gráficos, demandam consumo de memória e performance de processamento gráfico.
Com este novo conceito de design flat, que não é uma novidade no mundo dos designers, utiliza-se menor quantidade de memória por ter muito menos informações gráficas a serem armazenadas e acessadas e, consequentemente processadas.
Essa simples e corajosa mudança trouxe muitos benefícios no tangente a tempo de resposta do sistema operacional. Os demais pontos de melhorias do sistema operacional serão descobertos com mais tempo de pesquisa nesta primeira versão beta. [Webinsider]
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Júlio Fábio Chagas
Júlio Fábio Chagas é Diretor de Estratégia e Marketing da MC1 - Mobile Done Right. Nas horas vagas é iOS developer com aplicações publicadas na Apple Store com o intuito de dominar o ecossistema e a dinâmica desse relacionamento consumidor-application store-developer-content publishers.
Uma resposta
No iOS 7, a barra para destravar o celular foi substituída por uma mensagem pedindo para deslizar o dedo para a direita. Além de ter ampliado a capacidade de armazenamento de aplicativos, o iOS conta com a central de notificações mesmo com a tela do smartphone bloqueada. O sistema, que estará disponível em versão beta para desenvolvedores da Apple nesta segunda feira, poderá ser utilizado por aparelhos a partir do iPhone 4 e do iPad 2.