Falar em crescimento do e-commerce já virou redundância. A economia está migrando para a rede em uma velocidade incrivelmente rápida. A estimativa é de que, até 2014, sejam mais de 45 mil lojas virtuais somente no Brasil, nos mais diversos setores. Quem ficar de fora, mais cedo ou mais tarde, sentirá os efeitos nos resultados. Ou melhor, na ausência deles. Porém, ao mesmo tempo em que o comércio eletrônico alcança taxa média de crescimento de 30% ao ano, a questão é quem são as pessoas que estão no backstage de tudo isso? O que preocupa é que esses profissionais, hoje, são raridade neste mercado tão aquecido.
Um diagnóstico particular aponta que os estados que mais anunciam vagas voltadas para mercado de comércio eletrônico são Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul, exatamente nesta ordem. Em quarto e quinto lugar, com uma expressividade ainda acanhada em anúncios, vem Paraná e Santa Catarina. Até 2014, a previsão é que sejam gerados 34 mil empregos diretos e mais 50 mil indiretos no comércio eletrônico nacional. O grande problema é a falta de mão de obra especializada para suprir essa demanda, principalmente, referente aos gerentes de e-commerce.
O gerente de e-commerce é um profissional altamente capacitado, com características de administrador de empresas, tecnólogo da informação, designer, analista de marketing e líder de equipe. Ele deve saber fazer tudo sozinho, contratar e gerenciar especialistas melhores que ele próprio em cada área, planejar, delegar e verificar a qualidade. É um profissional raríssimo, bem empregado, entusiasmado, ambicioso e muito disputado, por esta razão ele está valendo mais do que ouro. Segundo revistas especializadas, o gerente de e-commerce (na cidade de São Paulo) está ganhando entre R$ 13.300 e R$ 20.600.
O problema é que há um ciclo vicioso quando falamos em recursos humanos para e-commerce: as lojas virtuais não estão anunciando suas vagas e não anunciam porque não conseguem profissionais que preencham seus requisitos, os profissionais, por sua vez, não encontram as vagas disponíveis porque elas não estão anunciadas, os anúncios não são mantidos porque custam muito para ficarem tanto tempo “no ar” sem serem preenchidos.
Faça um exercício de se colocar no lugar do lojista e tente encontrar nos portais de empregos um só currículo de profissional especializado em e-commerce, e você entenderá como eles pensam. Em pesquisa realizada pelo E-bit, a maioria dos pesquisados (79%) afirmou que os profissionais não atendiam a todas as habilidades necessárias, enquanto 22% não sabiam onde encontrar currículos específicos. Para 20%, os salários pedidos eram mais altos do que poderiam oferecer e 9% dos candidatos já estavam empregados em outra empresa.
Então, onde encontrar este profissional? Fica a dica: ele está intensamente nas redes sociais e os mais disponíveis estão estudando em escolas de marketing digital. Em curto prazo, estes serão os mais preparados para serem futuros gerentes. Outra dica: anuncie sua vaga nas redes sociais, preferencialmente no LinkedIn e nos cursos de marketing digital. Professores dessas áreas são excelentes canais de captação de talentos. Para finalizar: mostre a estes profissionais uma carreira, e os conquistará. [Webinsider]
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Cristiano Chaussard
Cristiano Chaussard, especialista em e-commerce, diretor da Flexy Negócios Digitais, de Florianópolis, e diretor-fundador do Grupo Digital de Santa Catarina (GDSC).