Hummingbird: pergunte e o Google responde

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O mecanismo de busca do Google lançou recentemente uma das mais revolucionárias atualizações em seu algoritmo, que mudará a posição de muitas páginas nas consultas ao seu buscador. Em casos mais radicais, sites poderão deixar de aparecer nos resultados. O objetivo do Google é mostrar apenas os endereços na web mais relevantes para a busca, omitindo sites que não criam uma boa experiência de navegação para seus visitantes.

Segundo Amit Singhal, VP Sênior da empresa, o novo algoritmo, de codinome Hummingbird (“beija-flor”, em inglês), pode impactar até 90% das pesquisas no mais famoso buscador do mundo, e é a mudança mais profunda desde a atualização apelidada de Caffeine, lançada em 2010.

Uma nova forma de pesquisar: pergunte

O Google quer dar respostas mais individuais ao que os usuários querem saber. Para isso, baseou seu mais recente algoritmo em uma nova maneira de pesquisar: fazendo perguntas em vez de consultas por palavras-chave. Um exemplo que poderia ser usado na nova busca: “Quais bandas de rock venderam mais discos nos anos 1970?”. O Hummingbird muito em breve deve se integrar ao Android, sistema operacional do Google para celulares.

SEO e impacto na classificação

À medida que determinadas técnicas de SEO (Search Engine Optimization), como a palavra-chave, tornaram-se populares, muitos proprietários de sites acabaram criando páginas baseadas nesses termos mais buscados para ganhar destaque nos resultados Google. O time de combate ao spam do buscador, liderado por Matt Cuts, ao perceber essas manipulações, lança constantemente correções no algoritmo para “calibrar” a relevância dos resultados e cortar pela raiz os sites ruins.

Com o Hummingbird, o alvo do Google são os endereços na web que se focam nas palavras-chave, ao invés de trazerem conteúdos relevantes e com informações úteis para os usuários. Tais sites devem sofrer, portanto, algum tipo de punição por parte do buscador, perdendo tráfego.

Se por um lado webmasters ficam preocupados, por outro essa é uma boa mudança, porque quem fizer um bom trabalho de otimização continuará com as primeiras posições do Google, ou poderá subir no ranking e conquistar mais tráfego. Para nós, que usamos sua ferramenta de pesquisa o tempo todo, é uma notícia melhor ainda.

Como fazer agora: trabalhe um “campo semântico”

O algoritmo do Google tem partes de seu sistema que são novas e outras que são velhas. A que é antiga diz respeito, resumidamente, a ter uma página com determinada palavra-chave no título e que receba links de páginas de autoridade. A parte nova é mais semântica: procura entender o sentido de um conteúdo e entregá-lo para os usuários de forma personalizada, que é a tendência dos mecanismos de busca.

Chamo essa parte nova do algoritmo de “campo semântico”. Trocando em miúdos, ele é a maneira como o Google correlaciona palavras e seus respectivos sentidos dentro de um texto, categorizando-o como parte de um determinado assunto. Seria interessante para um site de rock, por exemplo, trazer uma seção sobre o rock n´roll nos anos 1970, com informações das bandas mais relevantes da época, curiosidades sobre o momento histórico, discos mais vendidos etc.

Oferecer no site conteúdo variado e rico para segmentos específicos é a maneira de construir um “campo semântico” relevante. Por sua vez, a escrita do conteúdo deve se focar em sua qualidade, e não na repetição de palavras-chave ao longo do texto, em oposição ao que aprenderam muitos profissionais de SEO  formados “à moda antiga”. Recomendo usar e abusar de sinônimos, o que desde as aulas de redação do primário aprendemos que torna o texto mais rico e fácil de ler.

Um segundo passo: a “Arquitetura da Informação”

Quando um site tem um vasto e variado conteúdo de qualidade sobre um determinado assunto, é preciso organizar todas essas informações de forma lógica. Tão grande é o foco que os mecanismos de busca têm dado a esse aspecto que, no Curso de SEO #OpenSEO (online e gratuito), dedico uma aula inteira à chamada “Arquitetura da Informação”.

A “Arquitetura da Informação” é fundamental porque organiza as centenas de páginas de uma seção ou as milhares de páginas de um site, indicando a temática e a hierarquia de importância de cada conteúdo aos algoritmos de busca. Para simplificar, ela equivale à organização de uma biblioteca: todos os livros estão dispostos por seções (história, economia, literatura etc.), que se agrupam por temas, e estes são ordenados alfabeticamente pelo sobrenome do autor. Isso ajuda muito quem procura um livro, assim como auxilia o internauta a encontrar as páginas de interesse quando fizer uma busca no Google.

Esperamos que, com as mudanças no Google, conteúdos de baixa qualidade não fiquem bem posicionados nos resultados de busca, o que é bom tanto para internautas em geral como para proprietários de sites que prezam pela qualidade das informações publicadas: para estes sempre haverá espaço nos buscadores. [Webinsider]

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Avatar de Diego Ivo

Diego Ivo é diretor da Conversion. empresa especialista em otimização de sites para mecanismos de busca. Mais no Google.

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