Imagine poder mudar a vitrine de uma loja – trocar os manequins, a decoração e até as roupas em exposição.
Faça isso todo dia e teste combinações até chegar àquela que mais atrai clientes e gera mais vendas.
E ainda imagine criar uma combinação certeira para cada tipo de consumidor. Chegar lá com certeza seria um processo lento e de alto custo, feito na base de tentativa e erro.
Essa evolução, tão sonhada pelo mercado varejista, já existe. E mais, é muito provável que você já tenha contribuído para a mudança de uma loja inteira. Claro, uma loja virtual. Uma realidade que já faz parte do dia-a-dia dos internautas de alguns países e agora vem fortalecer o e-commerce brasileiro, que só no primeiro trimestre de 2008 faturou R$ 1,84 bilhão.
É uma cifra expressiva que justifica o desenvolvimento de técnicas e softwares que tragam para os sites mais do que usabilidade. Uma estratégia que garanta sim a boa experiência do usuário, mas que em patamares mais elevados traga resultados de vendas: a resultabilidade.
Resultabilidade quer dizer que os sites tenham flexibilidade suficiente para serem adaptados em tempo real, garantindo a distribuição da informação de acordo com o comportamento do usuário. Não apenas apenas em layout, mas em toda a estratégia de comunicação.
Isso é possível através de ferramentas e formas de pesquisa. As ferramentas se encarregam de levantar dados como audiência, distribuição demográfica, conversão e cliques. As pesquisas levantam informações sobre o comportamento e a psicologia do usuário, através de entrevistas em profundidade, monitoramento em domícilio por meses ou testes que apontam o caminho que o olho do usuário percorre ao visitar uma página, captados via “eye tracking”.
A junção dos resultados permite o desenho de novas estratégias, o que nem sempre significa a mudança total de um site. A resultabilidade prevê a intervenção em pequenas ações e ações cirúrgicas em determinados pontos, como a simples troca da cor de um botão, a ser vista apenas por um grupo de usuários de uma determinada região do país.
Não são os designers, os arquitetos, os redatores ou os programadores, ou até mesmo o usuário, a dizer como os sites devem ser construidos. Não se trata mais de “feeling”. Quem manda hoje são os resultados.
O objetivo que a resultabilidade deve atingir acontece quando um usuário entra em um determinado site e percebe valores que o fazem desistir de visitar os concorrentes.
A idéia é gerar um conforto tão grande para o internauta, que ele não saberá ao certo se gostou da arquitetura da informação, das imagens, do preço ou do texto, pois no fim foi a soma de tudo isso.
O caminho natural são as vendas aumentarem no e-commerce do país. [Webinsider]
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5 respostas
interessante o neologismo resultabilidade… mas é necessário? resultado não atende?
Ejidio, obrigado.
Realmente é o resultado que faz adiferença, é ele quem determina tudo…
Oi Vinicius, obrigado!
Realmente, interação com o usuário é a chave desse estudo. O termo resultabilidade surgiu para tangibilizar o mix das disciplinas utilizadas no desenvolvimento de sites. Além de mostrar para o mercado que usabilidade por usabilidade pode ser manca.
abraço,
Douglas Bocalão
Oi Douglas, acho que esses Resultados que você cita dizendo que quem manda são eles para a produção de um site de e-commerce, é um nome diferente para Interação com o Usuário.
As empresas estão cada vez mais dependentes de seus públicos e a força que o consumidor tem esta impulsionando mudanças radicais em companhias, seja através de um layout ou de uma interface.Quando esses consumidores estão unidos, ganham ainda mais força, o que reforça o poder do consumidor em rede.
bom texto,
Abraços
Não são os designers, os arquitetos, os redatores ou os programadores, ou até mesmo o usuário, a dizer como os sites devem ser construidos. Não se trata mais de ?feeling?. Quem manda hoje são os resultados.
Boa citação!