Estudiosos em comportamento organizacional vêm afirmando que a possibilidade dos funcionários obterem sucesso exercendo suas atribuições depende – em grande parte – da sua capacidade de tomar decisões.
Para esses especialistas quando os funcionários desfrutam de autoridade igual à sua responsabilidade, eles têm a liberdade de tomar decisões e providenciar recursos necessários para alcançar seus objetivos. Dessa forma, delegando a devida autoridade, o gerente se livra de algumas situações que lhe tomariam o tempo indevidamente.
Por outro lado, se as pessoas tiverem autoridade suficiente para desempenhar sozinhas suas atribuições sem se submeterem constantemente ao seu gerente, essas terão condições de aproveitar melhor seu próprio tempo.
Em verdade, a autoridade é apenas uma pequena peça no quadro do poder corporativo, pois sem a devida autoridade um funcionário pode se tornar impotente na sua capacidade de executar seu trabalho.
Uma das maiores queixas ouvidas dentro das organizações é: “tenho a responsabilidade de alcançar metas desafiadoras, mas não tenho autoridade para executar esse trabalho”.
Isso acabou se tornando uma das principais causas de estresse no ambiente corporativo e, diante disso, pode-se afirmar que nada compensa a falta de autoridade. Nem a qualidade, o desejo e – muito menos – a inteligência de um funcionário.
Limitados na capacidade de utilizar suas qualidades em benefício da organização, muitos funcionários acabam perdendo o desejo de contribuir devido à sua falta de autonomia.
Muitos gestores delegam autoridade com enorme expectativa e apreensão e, consequentemente, isso se constitui numa das razões pelas quais existe tanta burocracia nas grandes organizações.
Para esses gerentes sempre existirá a possibilidade de um funcionário abusar da autoridade que lhe é conferida. Diante disso, pergunta-se: Qual o grau de autoridade que um gestor deve conceder a um colaborador?
O suficiente para que ele cumpra as responsabilidades que lhe foram concedidas, pois se ele é o responsável pelos resultados ele precisará ter o direito de tomar decisões na esfera de suas atribuições.
Sendo assim, quando um gerente deixa de delegar autoridade a seus colaboradores, a responsabilidade e o próprio trabalho permanecerão com ele. O funcionário poderá ser repreendido por não ter concluído seu serviço, embora o gestor seja o culpado por não ter delegado a devida autoridade. Mas, no final das contas, quem acaba “pagando o pato” é o seu colaborador. [Webinsider]
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Julio Cesar Santos
Julio Cesar Santos (@profi59) é professor, consultor e palestrante. Autor do livro: “Qualidade no Atendimento ao Cliente” e coautor de "Trabalho e Vida Pessoal - 50 Contos Selecionados". Blog: Profigestão.
Uma resposta
Bem observado Julio. Talvez eu chamaria de autonomia ao invés de autoridade.
Por curiosidade, isso tem muito a ver com o que os frameworks ágeis defendem.
Inclusive, nestes, a autonomia é tamanha, que não existe o papel do gerente, pois a tomada de decisão é feita pelo time e não por um ou outro.