“A vida é curta demais para ser pequena” – Benjamin Disraeli.

Desde 2003 atuo como prestador de serviços. E desde 2005 tenho a Online Planets, a minha empresa de marketing de conteúdo (comecei a minha carreira como desenvolvedor web e migrei para o planejamento estratégico da informação em meados de 2010).

Nos primeiros anos, para construir a minha reputação profissional e criar uma carteira de clientes e parceiros, era muito comum eu trabalhar 14, 15 horas todos os dias, inclusive aos finais de semana.

Levei essa vida totalmente desregrada até que tomei dois “ultimatos”: o primeiro da minha namorada Estela, minha companheira desde 2000 e hoje minha esposa. Ela percebeu que eu vivia esgotado, nervoso e que, apesar de passar tanto tempo na frente do computador, a minha produtividade não estava lá essas coisas. Chegou ao extremo de dizer: ou você muda ou eu te largo. E foi a melhor coisa que ela podia ter feito por mim!

O segundo tranco veio na saúde. Um princípio de síndrome do pânico, ansiedade extrema, aumento absurdo de peso (que ainda tento reverter), tremores nas mãos… Ou seja, só merdas!

Do jeito que eu estava, eu era um forte candidato a depressão, infarto, derrame e afins.

Descanso e lazer são luxos para um profissional que deseja se destacar, disse o Mercado, o grande cafetão

Essa “lavagem cerebral” aconteceu já nos primeiros passos da minha carreira. Eu havia acabado de sair da faculdade e fui jogado aos lobos, literalmente. Com 22 anos eu atuava junto de profissionais de altíssimo status. Alguns de índole não tão correta.

E, pela minha inexperiência, fui “moldado” segundo os padrões que aprendi com eles, coisas como:

• Só o trabalho vale a pena.
• A sua família precisa se adaptar à sua carreira, nunca o contrário.
• Não pense na sua vida pessoal, o que importa é galgar posições profissionais.
• Descanso, férias e lazer são luxos. Quando você se aposentar terá tempo para tudo isso.

Eu vesti esses cabrestos e acreditava ser “feliz” e realizado porque estava fazendo bons negócios.

Como fui ingênuo!

Sua carreira só alcança a plenitude, quando tudo na sua vida está em sintonia

Depois da reviravolta impulsionada pela Estela e pela minha saúde rateando, entendi que, só é um profissional pleno aquele que consegue equilibrar a sua atuação e a sua vida pessoal.

E o universo conspirou para isso dar certo: conheci outros profissionais com essa mentalidade, clientes com essa visão.

Aos poucos, fui dispensando todos os clientes nocivos (e uns até pagavam muito bem) para poder investir naqueles em que as minhas habilidades e conhecimentos realmente podiam gerar soluções legais. E muitos nem pagam bem! Garanto que foi a decisão mais sã que já tomei. 😉

Sofri um grande baque financeiro, a tal época das vacas magras, mas passei a viver e foi ótimo!

Recuperei-me devagarinho e a minha carreira vem ascendendo de uma maneira gostosa (sim, o nosso trabalho pode ser gostoso). E, agora, posso fazer o que amo: escrever.

Hoje consigo ter momentos de lazer e descanso.

O meu case pessoal

Aqui vai uma dica para outros prestadores de serviços: não tenho como ficar muitos dias offline, pois a empresa (a empresa sou eu, rsrsrs) não pode parar. Assim, adaptei-me e tiro várias “folgas” curtas ao longo do ano.

Para mim é bem complicado ficar 20 dias fora, mas consigo fracionar meu descanso e faço questão de ter meus fins de semana livres. Então realizo passeios curtos sempre – adoro ir para o meio do mato com os cães – e viagens menores, como 6 dias no Uruguai, por exemplo.

Foi essa a maneira que encontrei para equilibrar a minha carreira sem ter perdas.

Saiba que o mercado sempre vai querer que você tome o caminho mais nocivo, sempre vai querer te sugar até a exaustão. Então enfrente-o e faça você a sua própria jornada rumo à prosperidade.

Vamos juntos nessa?

Até mais! [Webinsider]

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Eduardo Kasse

Eduardo Massami Kasse (@edkasse) é escritor, palestrante e analista de conteúdo. Subeditor do Webinsider. Mais em onlineplanets.com.br e eduardokasse.com.br.