Daqui a pouco os celulares vão ser todos touch

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“Papai, Barney!!”, é assim que a minha filha fala todos os dias à noite, após ligar, sozinha, a TV e sentar na poltrona dela.

Qual é um dos principais motivos para a televisão ser um sucesso? Em minha opinião, uma das razões é a grande facilidade de uso: basta ligar e pronto. Depois disso, basta trocar de canal, aumentar ou diminuir o volume. Qualquer novo detalhe que surge já gera dificuldades e problemas.

A TV a cabo, por exemplo, já complicou a vida de algumas pessoas por fazer com que o usuário use dois controles ou tenha de sintonizar a TV no ?canal? de vídeo. Tudo isso causa impacto. Na casa da minha avó, por exemplo, a TV começou a “quebrar” depois que ela instalou a um serviço de TV a cabo. Bastava apertar um botão errado e pronto, problemas à vista! A imagem não aparecia e era necessário chamar, mais uma vez, o técnico para “consertar” o aparelho.

Se a utilização da TV a cabo já é uma dificuldade para alguns, imagine navegar na internet em determinados celulares. Existe todo um processo que envolve encontrar o ícone de acesso, digitar a URL em um teclado que não favorece, dificuldade para encontrar sites otimizados, entre outros problemas.

Já no iPhone a situação é bem diferente. Ao ligar o aparelho, você já tem um “menu de conexões” a seu dispor (Safari, iTunes, App Store, E-mail, Ações, Youtube, Mapas etc.), além dos diversos aplicativos que podem ser baixados.

O fato de estar tudo muito mais acessível facilita a exploração do aparelho, não há informações ocultas em pastas e/ou subpastas. É tudo mais claro e o menu é altamente visível. Uma hora ou outra o usuário vai querer saber o que significa um novo ícone ainda desconhecido. E, quando souber, se considerar interessante, será muito mais fácil utilizá-lo novamente.

Em poucas palavras, o celular sempre foi considerado um “canivete suíço” tecnológico mas, na maioria das vezes, as pessoas só o utilizavam para falar. Agora, com um celular touch, todas as funções estão visíveis como em um passe de mágica.

Um bom exemplo disso é o caso da minha filha, de 1 ano e 10 meses, que não sabe ler, escrever, mal sabe falar, mas já navega no iPhone. Antes dele, ela já quebrou uns três aparelhos celulares meus por não saber o que fazer com eles. Começava a apertar tudo que via pela frente.

Com o iPhone na mão, ela liga o aparelho, aperta o botão “Frô” (ícone com uma flor desenhada que a leva até os arquivos de fotos armazenados no aparelho) e começa a navegar pelas imagens, procurando as que lhe interessam. Quando ela quer brincar em algum game presente no aparelho, ela clica no “Peixe” (ícone que a leva para um game) e pronto. É só brincar! Sensacional!

Se uma imagem vale mais do que mil palavras, um vídeo deve valer umas mil imagens. Para entender melhor a facilidade que a minha filha encontra ao mexer no iPhone, observe o vídeo:

Ao longo deste texto, sempre citei o iPhone porque é o aparelho da geração touch que possui mais destaque atualmente. Mas podemos destacar outros como LG, Samsung, Blackberry e Nokia. E a tendência é que esses aparelhos ganhem cada vez mais mercado em um prazo curto/médio de tempo. [Webinsider]

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Avatar de Marcelo Castelo

Marcelo Castelo (twitter.com/mcastelo) é sócio da F.biz e editor-chefe do blog Mobilepedia.

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8 respostas

  1. Touchscreen estão claramente numa época de euforia agora. E as pessoas não compram necessariamente porque é mais fácil de usar. A estética dos telefones touchscreen são bastante apelativas ao consumidor. As pessoas compram um certo status ao ter celulares touchscreen. Elas gostam de mostrar aos seus colegas e familiares.
    Os telefones touchscreen tem problemas e posso citar alguns:
    – a precisão de um dedo é baixa. Isso implica na necessidade de controles maiores numa interface de dispositivo móvel (que tem um tamanho restrito)
    – como a precisão de um dedo é baixa, clicar em um link específico (com outros 5 próximos dele) é bastante suscetível a erros
    – mão e dedos obstruem a tela durante a interação
    – controles em uma interface touchscreen muitas vezes não são claros. Affordances são um quesito muito mais crítico aqui do que em telefones comuns onde os controles são claros (botões e direcionais). Usuários se confundem com questões do tipo isso é clicável?, isso é um botão?
    – como ficam os usuários cegos nesta história?
    Não estou afirmando que o futuro não é dos telefones touchscreen mas só acho que ainda tem um caminho de adaptação a ser percorrido entre software e hardwares touchscreen.

    O primeiro telefone touchscreen foi lançado em 1994, se chamava Simon e não alavancou.

  2. Legal. Tudo certo. Percebo que falamos aqui de usabilidade em primeiro lugar. Tenho Smartphones desde 2004 por motivos fortes de usabilidade e as pessoas desde então não têm podido me entender tecnicamente falando.

    De um ano pra cá tem havido uma onda de celulares touch ou smartphones, mas infelizmente o motivo que as pessoas vão para eles é puramente modismo ou exibicionismo e não técnico.

    Infelizmente no Brasil temos destas coisas, é por isso que esses produtos são tão caros no Brasil devido à forte segmentação de mercado (cujo principal principio é: cobrar mais de quem pode ou quer pagar mais). São caros por causa do elitismo e pelas motivação modistas das pessoas, não por motivos técnicos, salvo talvez 35 a 40% dos usuarios de smartphones.

  3. Touch está na moda hoje, o celular que foi feito para comunicação não fixa hoje é um verdadeiro micro (no sentido pequeno) computador.
    O interessante que além de touch os celulares serão como um android de estimação, o nome alias não é mera coincidência.
    Usuários possuem rotinas e isso fará desses aparelhinhos um amigo para todas as horas, eles irão conversar e discutir conosco, serão um novo Tamagotchi misturado com Kitt da Super Máquina. Se estou sendo exagerado? Acredito que não. Lembre-se que ha pouco mais de 10 anos usávamos um PT550 com display monocolorido, que por sinal, era um telefone móvel, mas ja possuia agenda de contatos.

  4. Oi Fernando, concordo com o seu ponto. Olhando só para esta frase e não para todo o contexto, ficou muito simplista. Vou fazer uma revisão desta frase. Abraço e obrigado pelo feedback.

  5. Fantástico o vídeo. Não tem teste de usabilidade melhor do que uma menina de um ano encontrando o papai noel. Show de bola.

    Marcelo, em 2001 eu escrevi um artigo falando disso em relação à Internet em geral, em relação à dificuldade trazida pelo fato de dependermos de computadores para usar a rede. Usei também a referência do apertar um botão.

    Incrível como esses brinquedinhos novos estão quebrando essas barreiras.

    O título do artigo é Morte aos computadores, vida à Internet. Deu o maior rolo, eu trabalhava na Fenasoft e eles tinham acabado de fechar uma parceria com a Compaq e eu estava gritando morte aos computadores em uma newsletter lida por 80 mil assinantes, hehe, bons tempos sem noção.

    Segue o link, vale uma olhada: http://www.kerber.com.br/portugues/?p=100

  6. Por que a televisão é um sucesso? Porque é muito fácil mexer

    Artigo legal, e eu até concordo com você sobre a breve visão do futuro que temos agora, mas definir o sucesso da TV apenas pela facilidade de uso foi forçar um pouco a barra, né não?

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