Muitas empresas, inclusive as governamentais, estão adotando ou adotarão modelos de Governança de TI, a exemplo dos modelos de governança corporativa que vêm sendo adotados nos últimos anos.
Com a adoção desses modelos, as organizações ganham muito em transparência e visibilidade dos seus processos de TI e em sua relação com todos os outros processos da organização.
Porém, para se adotar com êxito um modelo de governança, seja qual for o escolhido, é essencial que a organização tenha bem claros alguns aspectos importantes sobre a TI. O primeiro deles é a posição estratégica que a TI deve ter nas organizações: visualizar a TI como um meio de levar a organização a dar suporte e ferramentas para atingir seus resultados e não somente como o departamento que mantém os sistemas ?no ar?.
Essa mudança de paradigma no papel do departamento de TI das empresas é de essencial relevância quando falamos das empresas brasileiras: em muitas de nossas empresas, a área de TI ainda não assumiu seu verdadeiro papel no contexto da organização, acabando por ser relegada ao ?departamento que apaga os incêndios dos sistemas atuais?, deixando a inovação para um segundo plano, depois de resolvidos os problemas em produção.
Nesse contexto é onde aparece o valor e a importância de, em alguns casos, se adotar o outsourcing de TI para que o departamento de TI da empresa possa realmente exercer seu papel estratégico. Ao terceirizar serviços de TI de continuidade para a organização, como o suporte ao parque de hardware, datacenters e de sistemas de produção, com a correta definição de papéis e responsabilidades e definição de SLAs, a gestão de TI da organização pode se preocupar e visualizar os cenários presente e futuro para a TI da organização.
Para cenários como esse, a adoção de um modelo de governança como o ITIL ou o Cobit se faz extremamente importante. Com os ferramentais que esses modelos trazem, o gestor de TI tem plenas condições de acompanhar e metrificar o andamento das atividades do departamento de TI e vislumbrar eventuais necessidades futuras que o departamento possa ter.
Outro ponto importante antes da adoção de modelos de governança é ter bem claros os papéis e responsabilidades de cada departamento e funções. Processos mapeados e institucionalizados ajudam bastante a dar visibilidade de como cada parte da empresa funciona e onde ela pode ser otimizada ou modificada e em que momento.
Tendo em mãos essas medições fica muito mais fácil, em conjunto com outros departamentos da organização, prever, por exemplo, a necessidade de compra de novos equipamentos, a implantação ou melhoria de sistemas, a mudança de capacidade de datacenters e outras informações que, sem ferramentas ou controles, ficam mais difíceis de medir e acompanhar. [Webinsider]
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Guilherme Schneider
Guilherme Schneider (@guilhermebarcha) é executivo na área de consultoria e tecnologia da informação e mantém um blog pessoal.
Uma resposta
Parabéns Guilherma, precisamos continuar a persistir neste evangelismo.