?Tem que estar no lugar certo e na hora certa?, costumam dizer por aí, especialmente para justificar o sucesso alheio. Porém, quantas pessoas que você conhece que estavam lá e… nada?
É onde o ?ser? complementa o ?estar?. Estar no lugar certo e na hora certa, porém ser atento para perceber as oportunidades que surgem a todo instante, muitas delas disfarçadas de obviedades.
Daniel Goleman, autor de Inteligência Emocional, classificou bem isso: ?o óbvio só é óbvio para a mente preparada?. Se espírito e mente não estiverem abertos, pode cair uma chuva de obviedades sobre nossa cabeça que, o máximo que vai acontecer será nos molharmos.
Ray Kroc era um vendedor, desses que cruzavam os Estados Unidos pelas estradas que vão ligando cidade a cidade. Numa dessas viagens topou com uma lanchonete, uma hamburgueria beira de estrada que pertencia a dois irmãos, Dick e Maurice.
Kroc, percebendo o potencial do negócio, propôs transformar a pequena lanchonete em uma rede. Em 1954, lançou a primeira franquia da lanchonete. Um ano depois, já eram 20 lojas espalhadas pelos Estados Unidos.
A curva continuou crescente até a marca atual de aproximadamente 30.000 lojas, espalhadas em mais de 100 países, estampando no letreiro o sobrenome dos irmãos Dick e Maurice: Mc Donald.
Kroc, tempos depois, cravou uma das frases de cabeceira de quem não perde oportunidades. ?Existem três chaves para o sucesso: estar no lugar certo e na hora certa. Reconhecer que está lá. Entrar em ação?.
Meu amigo Álvaro conta uma história que ilustra bem isso. Reza a lenda que um caçador estava na floresta, armado com uma espingarda, buscando o que comer. De repente ele percebeu o barulho de um tatu se aproximando, em meio à mata fechada. Empunhou a arma e ficou estático, quase sem respirar, atento ao barulho.
O som do tatu foi aumentando. Aumentando. Aumentando. Cada vez mais alto. E o caçador lá, em posição de tiro, só esperando. O barulho foi aumentando, aumentando, aumentando cada vez mais. E o caçador lá, parado. O barulho aumentou, aumentou, aumentou e começou a diminuir, diminuir, diminuir. E foi diminuindo, até sumir.
A intenção não é nada sem ação. [Webinsider]
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Eduardo Zugaib
Eduardo Zugaib (falecom at eduardozugaib.com.br) é profissional de comunicação, escritor e palestrante motivacional. Sócio-diretor da Z/Training - Treinamento e Desenvolvimento.
Uma resposta
Gostei do artigo. Essa questão de aproveitar oportunidades é muito interessantes. Vejamos algumas considerações. Não conheço a obra de Kroc, mas acrescentaria que é necessário também identificar se realmente é a oportunidade adequada ao nosso limite de competência. Está implícito? É óbvio? Não sei, mas há muita gente montando o cavalo errado.