Anos atrás eu resolvi explorar o formato 3D em Blu-Ray, a pedido de um amigo engenheiro Euzébio Tresse, pessoa que teve grande contribuição no desenvolvimento da TV digital no Brasil.
Depois disso, esqueci o assunto e até agora esta coluna vem se esquivando de entrar no mérito da polêmica sobre a imagem em 3D, reaberta recentemente por conta do literal abandono ao suporte a este tipo de reprodução.
O abandono de um formato, mesmo que de aceitação limitada, como alguns poderão argumentar, não deveria ser concretizado sem a indústria trazer à baila as devidas explicações a respeito.
Os primeiros modelos de TV com 4K (UHD) de resolução reproduzem material 3D de forma competente, mas nenhum fabricante faz menção ao fato de que no momento da reprodução a resolução da tela cai a 2K.
Quando o formato UHD dos discos Blu-Ray foi lançado lá fora, uma das primeiras coisas que se notou foi que não havia nenhum lançamento em 3D, e é, salvo alguma mudança de última hora, assim até hoje!
Isto porque 3D em 4K exigiria o estabelecimento de um padrão 3D novo. Tal padrão, se investido em similaridade com o padrão atual para sinais 1080 i/p exigiria em tese um sinal de quadros 3D aumentado para 3840 x 4410 pixels, ou seja, 2 x 2160 linhas para cada quadro, mais 90 linhas para a separação entre eles.
É assim bastante provável que este padrão 4K 3D tenha sido descartado para evitar comprometer a integridade do sinal original quando este chegasse ao display para a sua reprodução.
Além disso, existe o lado eletrônico desta questão, que significaria alterar as TVs 4K atuais para a introdução de um decodificador adaptado para o sinal 4K 3D, caso contrário a reprodução 3D ficaria inviabilizada nas TVs 4K atuais.
Não me parece ser mera coincidência que todos os leitores de mesa para a reprodução de discos Blu-Ray UHD até agora lançados não tenham capacidade para tocar discos Blu-Ray 3D.
Implicações da perda da reprodução 3D
Retirar a função de reprodução 3D de uma tela HDR significa descartar um bom número de discos Blu-Ray do tipo “3D-only”, que são discos autorados sem a autorização do isolamento de um dos quadros 2D. É possível se usar um programa de computador com capacidade para ler e reproduzir este tipo de disco, ignorando um dos quadros. Isto implicaria em se interligar um computador com um adaptador de vídeo competente com a TV 4K em uso.
A perda poderia em tese provocar o desinteresse de adesão ao fã do sinal 3D em adquirir (com alto custo financeiro) uma tela HDR. Até porque HDR é uma imagem que poderá não provocar impacto na percepção visual da maioria dos usuários.
Um exemplo disso que estou afirmando é a observação da qualidade de sinais UHD de serviços de streaming: alguns são inacreditavelmente medíocres, e o pouco que eu já vi em HDR me trouxe uma expectativa ainda maior de que muitos não irão perceber melhoramento algum, simplesmente porque eles não são facilmente visíveis ou são inexistentes!
Da mesma forma como o 3D convertido, o HDR convertido a partir de uma imagem convencional pode não apresentar convincentemente o efeito desejado.
Os fabricantes podem ter razão, mas têm que assumir parte da culpa!
A adoção doméstica do sinal 3D foi atrapalhada por uma série de iniciativas dos fabricantes de TV e dos estúdios. No que tange a um sinal 3D em uma televisão a maioria dos modelos exige um óculos proprietário, culpa de quem desenhou e construiu a tela. É difícil, senão impossível, usar o mesmo óculos para todas as TVs. Óculos passivos nunca foram, que eu saiba, unanimidade entre usuários ou fabricantes, com acusações de perda de resolução, entre outros problemas.
Segundo alguns, a oferta e principalmente a venda de discos 3D caiu a ponto de se tornar um produto desinteressante, e isto poderia explicar em parte o desinteresse de se desenvolver mais um sistema de reprodução para discos 3D 4K.
Pouco se fala, mas o fato é que o hardware necessário para a reprodução em 4K demanda a passagem de sinal com total integridade, tendo que passar por complicados (e deletérios) esquemas de proteção contra cópia.
Em princípio, o cabeamento HDMI poderia sustentar qualquer sinal com bitrate elevado, mas e quanto aos transmissores e receptores? Vários testes inicialmente publicados por analistas demonstraram inequivocamente a fragilidade do transporte de sinal 4K de um Blu-Ray por conectores HDMI versão 2.0 com proteção HDCP 2.2 em todo o trajeto do sinal.
Agora, imagine-se o mesmo problema com sinais 3D 4K. Seria factível ou viraria “vapourware” (hardware que nunca de fato existiu ou foi comercializado)? Para mim, fica cada vez mais claro que a indústria não apostou para ver!
A indústria e os produtores de mídia 4K precisam ser mais honestos e éticos para com o usuário que gasta dinheiro do seu orçamento na busca de qualidade de um material de cinema nesta resolução:
Muito do que está lançado em discos Blu-Ray 4K nunca foi de fato originado em 4K, ou o intermediário digital obtido do negativo em celuloide está resumido a 2K de resolução. Em outras palavras, o usuário leva para casa um disco Blu-Ray UHD e vê na tela um material de vídeo convertido por upscaling!
Cineastas podem até filmar em mais de 2K, mas acabam convertendo para este formato, de modo a atender um maior número de salas de exibição que não possuem projetores para 4K. A redução para DI em 2K é ubíqua, e parece não haver interesse em fazer um intermediário digital novo.
Em última análise, UHD não deu, e a não ser que os padrões mudem, não dará suporte a 3D. Desta forma, a reprodução 3D ficará restrita às telas 2K (1080 i/p) ou às telas 4K adaptadas.
Agora que a linha 2016 de TVs com HDR mostra fabricantes como Philips, Sony e Samsung oficialmente fora da imagem 3D, a expectativa de mudança se reduz a zero.
Ao usuário que gosta de 3D caberá decidir que caminho tomar: ou permanece com a sua TV 2K/4K com 3D (e poupa uma nota preta) ou deixa para lá as inovações HDR, até que alguma coisa mais consistente lhe seja oferecida.
Justiça seja feita (e aqui me arrisco a insultar os fãs do 3D), a terceira dimensão não tem nenhum impacto ou justificativa na narrativa adotada pelo cinema. Em HDTV a única emissora no Brasil que oferecia 3D o fazia por conversão 2D-3D, e este sinal saiu do ar, provavelmente por falta de interesse da sua audiência.
Tudo faz crer que o 3D televisivo não tem futuro e se acontecer como no cinema do passado, ficará inclinado ao esquecimento. Na verdade, não existe nem no cinema imagem 3D com 4K de resolução. Tudo o que está acontecendo agora tem um fundo de razão.
O usuário que se aventurar agora na compra de uma TV com HDR deverá ficar atento às mudanças nos modelos. Eu vi recentemente uma Sony XBR-75X855D (sem 3D), vendida junto com a versão anterior XBR-75855C (com 3D ativo), o que confundiu o próprio vendedor. Ora, se confunde a ele que dirá de nós que só olhamos o mercado ocasionalmente?
A diferença entre um modelo e outro é observado no design dos pés da tela. Dificilmente o usuário irá associar uma coisa com a outra, e/ou este detalhe poderá passar desapercebido.
No meu entendimento, além do mea culpa, a indústria precisa colocar nas lojas o seu exército de promotores com a função de esclarecer detalhes que nem os sites do fabricante detalham. Retirar o 3D das telas esbarra no interesse de terceiros, que podem e devem ser preservados. [Webinsider]
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Leia também:
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Paulo Roberto Elias
Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.
14 respostas
Logicamente que as masterizações mesmo em 2k estão ótimas upscaladas em 4k, porque os filmes antigos estão sendo restaurados e modificada sua colometria, para aqueles filmes desbotados e tal.
Até mesmo um arquivo digital em MKV aproximadamente 6GB em diante de um filme restaurado ou novo, fica maravilhoso, agora pegue esse mesmo filme datado sem restauração, desbotado e cheio de sujeira e me diga se fica bom ?
Nem vou citar exemplos aqui, mais muito filme com master datado, ainda está sendo gravado em mídia BD atual, já nos discos 4k, estão inserindo os filmes já restaurados e os novos, que não precisam de restauro, já que o DI é atual.
Não duvido nada que esse novo formato (ou nova extensão de um formato já existente) represente o fim do filme em disco!
É o formato mais improvisado que eu já vi. Eles colocam no mercado uma década depois do lançamento do Blu-ray e só adicionam 16GB de espaço adicional? Todos os filmes lançados até agora usam disco de 66GB.
Dez anos depois e o melhor que eles conseguiram fazer com os discos ópticos foi 66GB/100GB. E o gimmick da vez, ao invés de 3D, é tentar cegar o espectador com tanto brilho e contraste. Quero só ver o bitrate médio desses discos… Difícil de acreditar que seja o substituto de Hollywood ao 3D.
O problema do 3D é que pouca gente sabe fazê-lo direito. Dá muito trabalho. Hugo, Gravidade, O Grande Gatsby e o recente remake de Mogli são exemplos de filmes onde o 3D é utilizado de forma orgânica e ajuda a contar a história. Esses filmes simplesmente não funcionam da mesma forma sem a dimensão adicional.
Eu sinceramente não me incomodo de o UHD BD ser só 2D. Mas retirarem o 3D das TVs é absurdo. Deixa lá, usa quem quer. Desde o DVD temos trilhas multicanal e pouca gente tira proveito delas. A maior parte das pessoas que conheço assiste em 2.0, no entanto elas sempre são oferecidas. Usa quem quer.
Vale ressaltar que mesmo filmes finalizados em 2K tem a ganhar com o UHD BD, já que o formato suporta maior gama de cores e HDR. Dessa forma, é possível ver detalhes de um master 2K que o Blu-ray convencional não é capaz de reproduzir.
Além disso, o upscalling feito pelos estúdios na autoração de discos 4K é melhor que o que as TVs ou players fazem. Basta ver a excelentes reviews que alguns discos UHD obtidos a partir de fontes 2K obtiveram.
Pois é Paulo, a coisa é seria mesmo, em termos de filmes upscaling para o disco UHD BD4k,veja nesse site http://realorfake4k.com/
Ou seja, hoje com tanta informação pela rede, o individuo só se engana se quiser, ou compra qualquer novidade por teimosia, veja que os estúdios estão aproveitando os masters já prontos, e fazendo o jeitinho deles como sempre.
Muitos filmes em 2k sendo upscalados para o BD4k, ai o processamento de vídeo pelo player e a tv fazem o jeitinho que eles propõe.
Mas isso não é novidade, muitos masters antigos para DVD, foram “reaproveitados, upscalados” para BD, e ainda o fazem.
Bernardo, sou eu quem pede desculpas a você. Eu sempre faço um esforço de revisar os meus textos várias vezes, mas não estou imune de ver escapar erros.
Às vezes, até uma vírgula pode mudar o sentido da frase e frustra quem escreve com uma preocupação didática.
Além do mais, quando se está longe do público alvo é quase impossível determinar a priori o nível com o qual o texto será escrito, e eu espero sinceramente que os leitores me perdoem por eventuais falhas em alcançar uma melhor compreensão do que está sendo descrito.
Estou me referindo a discos 3D convencionais! 3D em 4K não existe nem no cinema.
É que a frase do texto deu a entender que os aparelhos não seriam capazes de tocar nenhum tipo de disco 3D.
Desculpe-me pelo mal entendido
Oi, Bernardo,
Certeza absoluta? Não, porque eu ainda não tenho o aparelho em mãos, mas as especificações até agora apresentadas apontam nesta direção, e eu até agora não vi nenhum disco UHD 3D lançado por qualquer estúdio.
Imagino que você esteja se referindo a um disco 3D convencional, e se for isso a reprodução estará de acordo com a retro compatibilidade dos novos leitores de mesa com discos Blu-Ray pré-UHD.
Tem certeza que todos os leitores de mesa para a reprodução de discos Blu-ray UHD até agora lançados não tem capacidade para tocar discos Blu-ray 3D?
Sou proprietário de um samsung UBD-K8500 e ele é capaz de reproduzir o formato. Já assisti vários BD3D nele. Provavelmente passará despercebido ao consumidor casual, mas o logo do BD3D está estampado no canto superior direito da tampa superior do aparelho.
Além disso, uma rápida pesquisa no Google diz que os modelos da Panasonic e o da Sony (recém-anunciado) também são compatíveis com o formato.
Lee, eu acho que uma TV 4K compensa pelo upscale de qualquer material 1080p, como é o caso do Blu-Ray.
Mas, eu concordo contigo que a relação custo/benefício é muito injusta. Nós estamos em um mercado atualmente massacrado pela situação econômica em que este país foi deixado por mais de quinze anos de absoluto descaso com a coisa pública. As lojas vivem vazias, porque o consumidor não sabe o dia de amanhã.
Tudo isso é lamentável, porque o acesso à tecnologia não deveria continuar a ser privilégio dos abastados. Nem tem motivo para isso, porque a eletrônica moderna banalizou a fabricação de aparelhos sofisticados.
É só você abrir uma TV de hoje, e irá notar uma quantidade mínima de boards, fora a fonte.
Então, era para estarmos aqui discutindo a tecnologia, e jamais preocupados com o preço que ela custa, concorda?
E para reforçar o teu raciocínio, este negócio de jogar fora recursos previamente usados está, a meu ver, no borderline do criminoso, porque a diferença de custo não justifica isso, tanto assim que as TVs com HDR estão caríssimas, independente do 3D.
E sim, o 3D foi e é um modismo consumidor do segmento cinematográfico, tanto assim que o desinteresse pelo formato foi para o espaço na década de 1950 e parece ir na mesma trajetória outra vez. Para mim, pessoalmente, o 3D como cinema não acrescenta nada na narrativa, seria útil em documentários educativos, quando e se for necessário.
Nolan, o irônico é que o mercado de DVDs continua crescendo, com lançamentos a todo momento, e o de Blu-Ray estacionou e parece que não anda mais.
Mas isso é aqui, lá fora está tudo como antes, o que para nós lamentável, porque importar é um saco!
Olá Paulo,
Uma coisa é certa,a industria cinematográfica 3D foi só para arrecadar mais $$, apesar de que quando comprei minha TV 3D, foi só por curiosidade mesmo, até que alguns filmes diverte, mas quer saber quando eu vi um 3D de novo, já fazem uns 4 meses,e já tinha esquecido que tinha uma TV 3D.
Outra coisa interessante da minha parte, sabe quantos BDs 3Ds eu tenho, nenhum, como sempre achei isso um chamariz, optei por mídias digitais 3D por download, e me parece que fiz bem, não vou ter nenhum pra jogar no lixo, mas também acho um desrespeito a quem comprou e toma essa bomba de noticia.
Porém como eu disse no post anterior há essa matéria, estão vendendo gato por lebre com 4k, o HDR acho eu que vai ser igual ao 3D esquecido, esse HDR já é coisa de mais de 10 anos pra lá, me lembro de jogos de vídeo-game que já existiam muito antes, e dava pra ver nitidamente nas TVs sem o HDR fake que estão inserindo aos poucos.
Paulo, eu só vou aderir há uma TV 4K quando a minha pifar, daqui pra lá, certeza que os preços tendem a diminuir bastante.
Olá Paulo
Aqui no Brasil,dificilmente um bluray 4K vai dar certo.
As pessoas já se contentam com DVD…que dirá 4K! E fora os amantes,o próprio Bluray esta quase parando.Lamentável!
Fabio,
Você está coberto de razão, eu também nunca fiz fé na durabilidade do 3D, mas era preciso esperar para ver.
O que aconteceu contigo foi o que aconteceu comigo e com várias pessoas que usam 3D: compram a TV, usam um pouco e depois esquecem do formato. Existe o lado do cansaço também, com essa coisa de usar óculos, insuportável para muitos (eu me incluo neste grupo).
Por outro lado, achei uma economia porca, porque a implementação de 3D não custa tanto assim, e a meu ver os fabricantes deveriam oferecê-lo e depois sim deixar o usuário decidir se quer usar ou não.
Sem opção, o usuário vai fazer o quê, na hora que quiser trocar de TV? Jogar os discos fora, logo estes que tiveram um custo maior nas lojas?
Também achei um absurdo remasterizar filmes com 3D fabricado, mas a indústria não se corrige. A mesma coisa acontece agora com 4K e HDR, e nenhum dos dois já disse que chegaram para ficar.
Quanto ao discurso, eu espero que este espaço aqui esteja sempre à disposição daqueles que queiram colocar os seus pontos de vista, com a educação e inteligência que os leitores como você têm, e que a coluna, modéstia à parte, merece.
Não entrarei na parte técnica até pra não passar vergonha, pq não é minha praia, e vc domina. Mas quando surgiu essa última onda do 3D houve quem se entusiasmasse e eu afirmei nos fóruns onde discuto cinema e nos grupos de amigos que era, mais uma vez, fogo de palha. Cada vez que essa onde re-surge (anos 50, depois nos 80 e agora de novo), sempre com um verniz mais moderno e a pecha de que “agora veio pra ficar”, a duração é limitada. Afora o avanço tecnológico da coisa, acho quase risível que o 3D seja a reação padrão a qualquer ameaça às salas de cinema ou à indústria do cinema em geral. Nos 50’s ele foi reação à popularização da TV, nos 80 foi reação ao surgimento e popularização do VK7 e agora é a reação aos streamings e downloads; com a diferença de que agora outras empresas embarcaram e estenderam a ideia para os equipamentos caseiros, já que a tecnologia atual permite. Tenho uma opinião meio xiita em relação ao assunto (eu sei, opiniões radicais não são uma coisa a se orgulhar…), mas considero uma estratégia apenas caça níqueis e torço o nariz, rejeito mesmo assistir em 3D. A começar pela picaretagem de reciclar filmes feitos originalmente em 2D relançando-os em 3D. Vai pro saco profundidade de campo, destrói as cenas/imagens que não foram concebidas originalmente para 3D, e não acrescenta nada à narrativa. São bem poucos os exemplos de filmes com 3D orgânico, originalmente concebidos para apresentação em 3D e nos quais a técnica efetivamente está à serviço do roteiro/narrativa, e não o contrário. Lembro de ter gostado de ver “Gravidade” em 3D e achado interessante o uso, mas muito além disso tb não vou. Possuo uma TV Panasonic 3D com 2 óculos, que só foram usados no dia em que comprei para testar e depois a pedido de um amigo que queria ver funcionando e nunca mais. Evidentemente a presença da tecnologia 3D não foi fator decisório para aquisição da TV, o fato dela possuir a tecnologia constituiu mera coincidência.Peço desculpas pelo discurso meio ranzinza, mas se efetivamente o 3D está de saída das TVs, para o meu gosto, já vai tarde…