Sabe aquele professor que termina a aula anunciando, saltitante, que ficará no recreio para responder às dúvidas dos alunos? Sabe aqueles que preferem ficar para aprofundar o problema de trigonometria?
Quem já piscou numa planilha de mídia – uma das mais excitantes criações humanas – ou bocejou num relatório de pesquisa – uma das mais profundas reflexões sobre o dramático devir da humanidade, quem já esteve naquelas solenes reuniões de apresentação de campanha com duas dúzias de figurantes, dignitários paraquedistas e intermináveis salamaleques e jargões da moda, sempre se pergunta porque estragaram o recreio.
Propaganda é assunto sério. É caro e sério. Mas por que tem que ser pretencioso e rempli de soi même?
Talvez por nervosismo, talvez por falta de prática, mas na maioria das vezes por não entender o que os clientes buscam de mais precioso: um olhar inocente e divergente.
A propaganda que não sabe meter o dedo no bolo ou na tomada não tem graça. A propaganda sem ingenuidade é medíocre. [Webinsider]
. . . . . . . .
Leia também:
- A mídia determina a mensagem
- On e off são unidos
- Vida fragmentada
- O processo criativo
- As marcas e o exagero
- As marcas provisórias
- Por um marketing menos tóxico
- Brief, primeiro era o verbo
- Redes sociais da opressão
- As especialidades da propaganda
http://br74.teste.website/~webins22/2016/10/11/o-trabalho-de-um-publicitario/