A inteligência cognitiva é um tema que está em alta na psicologia moderna. Porém, o estudo sobre a Cognição humana já vem desde a Grécia Antiga, através da Escola de Atenas, com Platão e Aristóteles.
A cognição se trata da aquisição de conhecimento através da “percepção, atenção, associação, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem”. E o estudo do pensamento cognitivo visa ajustar o ser humano para que possa raciocinar agregando todos estes aspectos.
Desta forma, o aprendizado é contínuo e sempre em sintonia com as mudanças ao redor, permitindo com que cada pessoa possa evoluir, acompanhando seu entorno.
Mas, como a evolução tecnológica entra nesta conversa? Através da junção de inteligência cognitiva e computação cognitiva. E a IBM está sendo a pioneira neste momento da nossa história.
E isto promete tornar a relação das pessoas com o mundo ao seu redor e com a tecnologia, que estará presente em todos os cantos, totalmente diferente.
Neste artigo, você verá como a inteligência cognitiva está transformando a realidade da tecnologia e do aprendizado humano.
Robôs e máquinas que aprendem novas funções, podendo superar e substituir humanos em diversas funções. Será que esta realidade está próxima? Confira neste artigo sobre inteligência cognitiva, Internet da Coisas e o ser humano.
A computação cognitiva e o ser humano
Em 1936, um dos mais famosos e revisitados filmes já produzidos, “Tempos Modernos”, estrelado e dirigido por um dos maiores nomes da história do cinema, Charles Chaplin, foi lançado nos cinemas.
Na obra, Chaplin interpreta um trabalhador tentando sobreviver e se ajustar, em meio às novas tecnologias. Mostrando o esforço do trabalhador em acompanhar as máquinas, muito mais rápidas e ágeis do que um humano.
O filme clássico é uma das primeiras obras da ficção a tratar sobre a relação do homem com a evolução tecnológica. E, talvez por isso, mais de 80 anos depois, ainda seja um marco no tema.
Mas, de 1936 para 2018, muita coisa mudou (como era de se esperar…). Sim, as máquinas evoluíram. Mas, o que Chaplin não previu em seu filme é que o ser humano também evoluiria.
O trabalho braçal e mecanizado foi, ao longo do tempo, sendo substituído por funções mais especializadas. Enquanto o trabalho nas fábricas, feito por humanos, foi substituído por máquinas automatizadas, com maior poder de precisão e agilidade.
E isto, nem de longe, destruiu a humanidade, ou mesmo a deixou sem empregos. Isso porque ao sair das fábricas, o ser humano foi para os escritórios, mesas de programação, entre outras funções. Que surgiram ou evoluíram com o tempo.
A entrada da computação cognitiva na jornada
Porém, com a evolução da robótica e da automação, que está sempre ocorrendo de modo contínuo, as funções especializadas também poderão ser exercidas por máquinas.
E é neste ponto que entra na discussão a computação cognitiva. Nos seres humanos, a inteligência cognitiva vem sendo uma área do conhecimento explorada de forma contundente, a muito tempo.
O aprimoramento das habilidades cognitivas de um ser humano permite a ele agregar diversos conhecimentos, de diferentes áreas, para executar uma função. Algo que as máquinas até então não eram capazes de aprender.
O uso de inteligência cognitiva é o que permite a um humano, por exemplo, associar conhecimentos biológicos, padrões históricos e observações visuais, para determinar o período fértil de uma vaca.
No entanto, como mostra este exemplo de uma fazenda japonesa, que encontramos lá no Meio & Mensagem, o uso de computação cognitiva na análise de dados, foi possível automatizar a detecção do período fértil do gado. O que aumentou a assertividade sobre o momento certo do cruzamento dos animais.
Isso demonstra como funções, antes exercidas apenas por humanos, poderão ser feitas, de modo automatizado, por inteligência artificial.
Mas as coisas não irão parar apenas nas vacas…
A IBM, empresa que praticamente deu vida à computação no mundo, isso lá na década de 1960, está caminhando na frente. Quando se trata de computação cognitiva.
Um dos projetos mais ambiciosos da empresa, o IBM Watson, visa integrar o uso de inteligência cognitiva e análise de dados. O objetivo é aprimorar funções das mais diversas áreas.
O IBM Watson é um projeto desenvolvido pela empresa norte-americana que pretende dar cara, uso e personalidade à computação cognitiva. E as áreas nas quais o projeto poderá ser utilizado são inúmeras. Tanto que a empresa até hoje tem dificuldade para explicar do que se trata, de fato, o IBM Watson.
Segundo a IBM, o que diferencia o Watson é que ele é uma “plataforma cognitiva”. Sendo que ele terá a “capacidade de aprender”, podendo “alimentar o Watson constantemente com novas informações e ele aprende com isso”.
Em suma, aquilo que um humano leva anos e anos para aprimorar, a capacidade analisar e unir informações de diversas áreas, em um único ponto, a chamada inteligência cognitiva, poderá ser feita por um computador.
Desta forma, as funções que a computação poderá fazer, em breve, podem ir para ramos ainda exclusivos ao ser humano, como a Medicina, por exemplo. Com análises automatizadas de doenças e diagnósticos rápidos. Fazendo com que o uso da computação cognitiva possa ir muito além das vacas…
Inteligência cognitiva e Internet da Coisas
Mas, como isso vai afetar a sua vida cotidiana? Se ser atendido por um “médico-robô” ou saber que o leite que chega a sua casa foi tratado por computação cognitiva, não são mudanças suficientes. Saiba que a coisa pode ir além disso.
Imagine a sua geladeira ordenando a compra de um novo pote de manteiga, quando o atual acabar, sem você precisa fazer nada. Isso parece coisa do desenho clássico “Os Jetsons”, não é?
Porém, é com a Internet das Coisas (IoT, em inglês, Internet of Things), que a ficção está se aproximando da realidade.
O conceito de IoT refere-se ao uso de conexão em rede de aparelhos diversos de uma casa ou escritório. E não apenas os dispositivos tradicionais, como celulares e computadores.
O exemplo mais próximo e difundido atualmente são as Smart TVs. Aparelhos televisores com conexão à internet que permitem ao usuário acessar o Youtube, ou a Netflix, por exemplo.
No entanto, ao agregar os conceitos de computação e inteligência cognitiva ao da Internet das Coisas, podemos pensar em, por exemplo, televisores que saibam o que você deseja assistir. Uma comédia, por exemplo, após um dia difícil.
Isso sem “adivinhar”, ou muito menos usar de “magia”. Apenas estudando seus padrões de consumo, de outros usuários com humor semelhante, analisando seus batimentos cardíacos e reações hormonais, durante o dia.
Com isso, o seu televisor saberá que você teve um dia estressante e que precisa relaxar e rir ao chegar em casa. E o recomendará um filme de comédia. Isso após um banho quente já preparado por seu “chuveiro inteligente” e uma boa pipoca, preparada por seu “micro-ondas-robô”.
Isso soa muito “Black Mirror” para você? Pois saiba que coisas assim já estão em testes mercadológicos e que, na atualidade, existem mais máquinas conectadas à internet, do que celulares, em todo o mundo. Então, prepare-se para esta nova era, na qual os robôs cuidarão de você (no bom sentido, é claro).
Mas, o que fazer a para não ser substituído por uma máquina?
Como já discutimos aqui no WebInsider, o trabalhador moderno não pode se limitar a apenas uma habilidade ou função. Ele precisa ser multidisciplinar, ou seja, necessita agregar em si, mais de uma área do conhecimento.
Pois, com a computação cognitiva, a inteligência artificial irá substituir muitas funções humanas. No entanto, aquelas que demandam criatividade e relações interpessoais ainda serão realizados por humanos.
Além disso, a interação do humano com a máquina ainda será necessária. Pois, para executar qualquer atividade, mesmo o Super IBM Watson, precisa ser programado e alimentado por uma pessoa. Para somente aí poder trabalhar por conta própria.
Este será um desafio para o futuro, à medida que empregos desaparecem, mas a população mundial continua a crescer. No entanto, não será a primeira transição tecnológica de nossa era e certamente não será a última. Nós iremos sobreviver e prosperar.
O futuro distópico de “O Exterminador do Futuro” por exemplo, com “Arnold Schwarzenegger robôs” andando por aí caçando pessoas não irá acontecer. A relação de humanos e máquinas tende a ser saudável. Porém, os “homens de lata” ainda dependeram de nós.
E você, o que acha sobre isso? Como a inteligência cognitiva o ajuda a desenvolver seu trabalho? E será que um robô poderá fazer o que você faz? Deixa sua opinião conosco nos comentários. Até a próxima!