2001: Uma Odisseia No Espaço, a obra importante de Stanley Kubrick e Arthur C. Clarke, exibida em Cinerama em 1968, aparece agora em versão de vídeo UHD a partir do negativo de câmera, com trilha restaurada. Lançamento importante para os colecionadores e fãs de cinema.
Está lá: 8 de julho de 1968. Estreava no Cinema Roxy do Rio de Janeiro, a obra de Stanley Kubrick e Arthur C. Clarke “2001: Uma Odisseia No Espaço”, projetado no processo chamado naquela época de Super Cinerama ou Cinerama 70.
O Roxy, que funciona hoje todo dividido, tinha um auditório largo o suficiente para abrigar uma tela curva de Cinerama 70 mm. Segundo o Orion Jardim de Faria, que instalou todo o sistema, duas lentes chegaram de fora, que iriam permitir o uso de película com uma retificação ótica que possibilitaria a projeção em tela ultra curva.
Naquele momento estreavam também no Roxy os projetores Incol 70-35, modelo capaz inclusive de exibir filmes Todd-AO com velocidade de 30 quadros por segundo, com curvatura similar.
A tela Cinerama do Roxy ia do chão ao teto. Infelizmente, até hoje não consegui uma foto da mesma. Na realidade, passei um tempo enorme no passado indo a bibliotecas públicas, incluindo a do Museu Nacional, sem nenhuma chance de entrar no recinto com uma câmera na mão, ou de tirar fotocópias, caso achasse informação ou foto de interesse.
Uma imagem do auditório do Roxy está exibida em uma das paredes do Kinoplex local, e na Internet se pode ver o auditório vazio, de outro ângulo:
Foi graças ao leitor João Carlos Reis Pinto, que viu o meu texto no site in70mm sobre a presença do 70 mm no Rio de Janeiro, publicado em 2009, que eu consegui achar anúncios em imagens do acervo do jornal Última Hora, que aparecem em um texto sobre o mesmo assunto.
A edição de 2001 em disco Blu-Ray 4K
Anunciada há pouco tempo atrás, a edição do filme de Kubrick em versão Blu-Ray 4K foi motivo de comemoração por parte de fãs do filme.
O anúncio foi seguido de um press-release da Warner Brothers, detentora do catálogo MGM, onde se informava que a equipe de restauração do estúdio tinha recorrido ao negativo de câmera e feito um novo scanning dos fotogramas, desta vez com 8K da resolução, a partir do qual foi criado um intermediário digital (DI) com 4K de resolução, que seria usado no novo disco UHD e no Blu-Ray convencional que vem dentro da caixa.
A trilha sonora original do filme foi retirada dos elementos de 6 canais usados na versão em Cinerama e restaurada, além de uma outra trilha, remixada, que seria também incluída no disco. As duas trilhas foram transcritas em DTS HD MA de 5.1 canais.
A chiadeira na Internet e o recall do disco
Mal as primeiras vendas começaram a ser despachadas e os seus donos começaram uma chiadeira que durou semanas a fio.
Na cena em que Heywood Floyd se despede dos cientistas russos, um deles (Smyslov) faz comentários sobre o encontro e coloca um copo na mesa, quando então é feito uma dissolução de cena do tipo “fade out”, isto é, a imagem é escurecida e depois cortada.
Na cópia 4K o escurecimento é omitido e a imagem é cortada para imagem preta.
Em uma segunda grande queixa, alguém observou que a trilha remixada estava fora de sincronismo no início do filme, enquanto que a trilha original restaurada não mostrava este problema.
Houve também queixas do registro de cores em algumas cenas, mas isso acabou sendo contestado por falta de evidências de que o original era diferente do que foi agora autorado.
Logo no início de novembro o disco foi recolhido. O meu nem chegou a ser enviado, para sorte minha. Mais ou menos uma semana atrás, a nova prensagem começou lentamente a ser distribuída e exportada. Não houve anúncio oficial por parte da Warner do motivo do recolhimento.
A apreciação pessoal do novo disco
A edição em Blu-Ray de anos atrás foi feita a partir de uma redução do negativo para 35 mm, e por um motivo simples: o negativo de câmera, com bitola de 65 mm, teria exigido um equipamento de telecinagem com varredura muito alta, indisponível naquela época. Ao reduzir a película para 35 mm se tornou factível manter uma resolução razoável do fotograma original, e o resultado todo mundo viu que ficou bom, mas…
A nova edição trabalha com equipamentos mais modernos, capazes de escanear cada fotograma até 8K. Mas, não para por aí. Qualquer artefato de imagem encontrado no negativo pode agora ser corrigido com programas sofisticados, que tornam a imagem imaculadamente limpa, sem distorção do material fotográfico original. A propósito, a fonte de vídeo em 8K foi reservada para uso em transmissão experimental em 8K, prestes a acontecer no Japão.
O resultado do novo processo de captura em 8K impressiona, e não tem porque ser diferente porque a fonte de câmera é de primeira geração, ou seja, ela tem mais informações e detalhes do que qualquer cópia, não importando se estas diferenças não sejam prontamente perceptíveis por parte de quem vê.
Em relação ao suposto erro de registro de cor em algumas cenas, o assunto é de fato discutível, porque ninguém de nós está lá dentro do laboratório do estúdio, para saber se o negativo de câmera apresenta a mesma cor da nova transcrição. E para tornar isto mais evidente o disco que eu tenho em mãos não mostra alteração alguma na imagem reclamada!
Quanto ao erro de sincronismo na trilha remixada, eu gostaria de fazer as seguintes observações:
O início da abertura “Assim Falou Zaratustra”, de Richard Strauss, é tocada por um órgão de tubo em registro muito baixo, que começa durante a apresentação do logo MGM em cor azul.
Em vista do alegado erro de sincronismo, eu reproduzi cerca de cinco vezes o capítulo 2 do disco, que contém o logo e os créditos, alternando a trilha sonora entre a remixada e a restaurada. As duas estão em perfeito sincronismo entre si, não apresentando erro algum de sincronismo como foi dito.
Todo o sincronismo labial nos diálogos, que às vezes aparece com um erro ou outro, está de acordo com o que se costuma ouvir neste tipo de filme, sem nenhum erro perceptível.
Nos relatos que eu li sobre este suposto erro, ninguém aventou a possibilidade do erro de sincronismo ser resultante do equipamento de reprodução!
A qualidade da trilha remixada me deixou impressionado, tal a definição do áudio, aliada à dinâmica da trilha. A resolução de instrumentos na trilha remixada é notável, ao ponto de, comparativamente, fazer o som da trilha restaurada reproduzir sem brilho algum. Na trilha remixada, o diálogo direcional é criteriosamente preservado, portanto os técnicos sabiam o que estavam fazendo.
Mesmo na reedição provocada pelas reclamações, nada da trilha remixada foi aparentemente alterado. Pessoalmente, eu preferiria “aturar” o erro da abertura, se fosse o caso, do que ouvir a trilha original. Em virtude das diferenças de qualidade de áudio, eu até entendo porque o disco 4K dá preferência à trilha remixada. Para ouvir o som original é preciso trocar a trilha.
A imagem recebeu um tratamento com Dolby Vision, e este foi muito bem aplicado. Para aqueles usuários que têm tela HDR sem Dolby Vision, a reprodução será feita com HDR 10.
Acho que este disco, junto com a estatura do filme, compensou amplamente o meu sacrifício de orçamento para conseguir instalar um reprodutor de mesa 4K.
Idealmente, seria bem melhor poder assistir de novo este filme em uma tela para Cinerama, mas como infelizmente este projeto seria inviável, pelo menos se consegue através da nova edição um resgate dos mais importantes, de um filme que marcou sua época quando foi lançado nos cinemas do mundo todo.
Quando 2001 estreou nos cinemas americanos a imprensa daqui relatou que pessoas haviam saído deprimidas dos cinemas. Ao ver o filme pela primeira vez, o que eu percebi foi o clima de solidão dos astronautas rumo à Júpiter, com a trilha sonora tocando o Adagio da Suite Gayne, de Khachaturian. Esta mesma peça foi reaproveitada no início da “Aliens”, de James Cameron, rodado na década de 1980.
Kubrick teve a ousadia de fabricar um filme mudo em várias daquelas sequências, com a omissão de som que é pertinente à ausência de ar no espaço.
As naves tem um desenho muito detalhado, incomum até então para os filmes do gênero, design este extensamente copiado por muitos outros diretores e roteiristas.
2001 mostra que o homem é selvagem por natureza. O monólito, que Arthur C. Clarke chamou de “máquina de ensinamento”, passa conhecimento ao homem primitivo de como dominar pela violência, lembrança inclusive dos episódios da segunda guerra mundial na Europa e no Pacífico.
2001: Uma Odisséia No Espaço mostra a intenção do homem do futuro em guardar para si a conquista do monólito, portanto nada de fato teria mudado, mas no final os cineastas anunciam o renascimento de um novo homem, viajando no espaço em direção à terra. Fica no ar, entretanto, a indagação se este novo ser humano implicará em mudanças ou se o primitivo continuará a ter prevalência.
Outrolado é conteúdo e comunicação_
. . .
Leia também:
Paulo Roberto Elias
Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.
0 resposta
Olá, amigo! A primeira vez que eu tive contato com uma sala de cinema foi aos 3 anos, em 1965, com a última exibição em tela tríplice de “Isto é CineramA”. Consegui entrar sem que me barrassem pois a censura era rigorosa naquela época porque tinha estatura alta de um menino de quase 6 anos, hoje aos 60, tenho quase 2 metros. Um tio meu também trabalhou como projecionista numa das 3 cabines. Me lembro bem das melhores cenas deste documentário de viagens. Minha mãe correu pra me apresentar a ele no formato original, pois ele seria a seguir fechado por meses para ser formatado para o sistema unificado de segunda geração para um projetor só Ultra-Panavision 70. Apartir desta data vários Cineramas de 70 mm foram adaptados pelo Brasil. O cine ROXY Copacabana ganhou sua tela super-cinerama como eles passaram a chamar o formato sem emendas em 1965/66, a tela era um pouco maior (2.200 linhas) que a do Comodoro (1.100 tiras verticais para corrigir reflexos de brilho de uma borda da tela para o outro lado, mas estas linhas eram muito desagradáveis, pois quebravam o encantamento da projeção. Mesmo dobrando o número delas, vc as vezes percebia estas faixas, como percebi nas cenas muito claras de “2001:Uma Odisséia no Espaço”, quando vi a última exibição em Super-Panavision 70 no Roxy Copacabana, já com meus 11 anos em 1973. Devido a uma revisão dos prós & contras, a Cinerama Corporation baixou a curvatura do sistema de 70 m/m dos quase 150 graus originais para então 120 graus devido a reclamação do público que sentava nas filas laterais, e mesmo com 30 graus a menos, dependendo de onde vc sentava, as vezes tinham aberrações ópticas, e o Cinerama teve permissão de usar a marca em telas reduzidas para a curvatura limite de 90 graus e felizmente extinguiu a necessidade da tela listrada que passou a ser de vinil liso. O Roxy removeu sua tela Cinerama entre 1974/75 substituindo por uma enorme Panavision 70 lisa de curvatura suave, eu tenho essa foto colorida. Só o Cine Metro Boavista no Centro do RiO adotou uma tela de curva de 120 graus de vinil liso, sem nunca ter trocado ela ao longo de seus quase 30 anos de atividade encerrados em 1996 também. Para os saudosistas do Cinerama ao redor do mundo, pois só tem que eu saiba 4 salas que ainda usam este formato espalhados pelo globo, tem o consolo tb do simulado “smile-box” para dvd blu-ray…Até que convence um pouco em algumas cenas. Tem uns 10 títulos neste formato a venda! É isso aí!
Antonio, parabéns pelo seu comentário e compartilhamento de vivência.
Eu conheci o Orion Jardim de Faria, e foi com ele que eu conheci os detalhes da instalação do Cinerama 70 do Roxy. O Orion foi inclusive homenageado no Festival Cinemúsica (https://outrolado.com.br/2020/03/11/homenagem-a-orion-jardim-de-faria-pioneiro-de-cinema/), cujo acervo de depoimentos se perdeu, mas eu tinha cópia do depoimento dele, que postei no YouTube, com o objetivo das pessoas conhecerem a sua estória.
Todo fã de cinema com idade suficiente para ter vivido toda aquela época acaba hoje sentindo muita falta dos bons cinemas. A ideia de montar um museu de cinema aqui no Rio de Janeiro morreu há muito tempo. O Hernani Heffner, curador do MAM e pesquisador do assunto, esteve no que sobrou do Metro-Boavista, com tudo lá removido, um cenário desolador. Quem também esteve por lá foi o Charles, do Projecine, na época em que os projetores de 70 mm foram retirados.
Até agora, a única pessoa que eu conheço que faz o que pode em termos de preservação é o Ivo Raposo, que construiu uma réplica do Metro-Tijuca na casa dele em Conservatória. Lá ele fez uma exposição de vários modelos de projetores, inclusive dois Prevost 70/35.
Obrigado pelo comentário e compartilhamento de vivência no assunto.
Talvez você tenha interesse em ler sobre o Orion Jardim de Faria, que foi quem montou o Cinerama 70 do Roxy: https://outrolado.com.br/2020/03/11/homenagem-a-orion-jardim-de-faria-pioneiro-de-cinema/
O Hernani Heffner, curador do MAM e pesquisador da área, esteve no auditório do Metro-Boavista com tudo já retirado. Era um cenário desolador, muito triste. Quem também passou por lá foi o Charles, da Projecine, quando os projetores de 70 mm foram retirados.
A única pessoa que eu conheço que tem espírito preservacionista o Ivo Rapose, que fez um enorme esforço para construir uma réplica do Metro-Tijuca, em sua casa em Conservatória. Além disso, ele montou uma série de projetores para que todos possam ver como são.
A ideia de montar um museu de cinema no Rio de Jasneiro se tornou uma utopia.
Olá, amigo! A primeira vez que eu tive contato com uma sala de cinema foi aos 3 anos, em 1965, com a última exibição em tela tríplice de “Isto é CineramA”. Consegui entrar sem que me barrassem pois a censura era rigorosa naquela época porque tinha estatura alta de um menino de quase 6 anos, hoje aos 60, tenho quase 2 metros. Um tio meu também trabalhou como projecionista numa das 3 cabines. Me lembro bem das melhores cenas deste documentário de viagens. Minha mãe correu pra me apresentar a ele no formato original, pois ele seria a seguir fechado por meses para ser formatado para o sistema unificado de segunda geração para um projetor só Ultra-Panavision 70. Apartir desta data vários Cineramas de 70 mm foram adaptados pelo Brasil. O cine ROXY Copacabana ganhou sua tela super-cinerama como eles passaram a chamar o formato sem emendas em 1965/66, a tela era um pouco maior (2.200 linhas) que a do Comodoro (1.100 tiras verticais para corrigir reflexos de brilho de uma borda da tela para o outro lado, mas estas linhas eram muito desagradáveis, pois quebravam o encantamento da projeção. Mesmo dobrando o número delas, vc as vezes percebia estas faixas, como percebi nas cenas muito claras de “2001:Uma Odisséia no Espaço”, quando vi a última exibição em Super-Panavision 70 no Roxy Copacabana, já com meus 11 anos em 1973. Devido a uma revisão dos prós & contras, a Cinerama Corporation baixou a curvatura do sistema de 70 m/m dos quase 150 graus originais para então 120 graus devido a reclamação do público que sentava nas filas laterais, e mesmo com 30 graus a menos, dependendo de onde vc sentava, as vezes tinham aberrações ópticas, e o Cinerama teve permissão de usar a marca em telas reduzidas para a curvatura limite de 90 graus e felizmente extinguiu a necessidade da tela listrada que passou a ser de vinil liso. O Roxy removeu sua tela Cinerama entre 1974/75 substituindo por uma enorme Panavision 70 lisa de curvatura suave, eu tenho essa foto colorida. Só o Cine Metro Boavista no Centro do RiO adotou uma tela de curva de 120 graus de vinil liso, sem nunca ter trocado ela ao longo de seus quase 30 anos de atividade encerrados em 1996 também. Para os saudosistas do Cinerama ao redor do mundo, pois só tem que eu saiba 4 salas que ainda usam este formato espalhados pelo globo, tem o consolo tb do simulado “smile-box” para dvd blu-ray…Até que convence um pouco em algumas cenas. Tem uns 10 títulos neste formato a venda! É isso aí!
Antonio, parabéns pelo seu comentário e compartilhamento de vivência.
Eu conheci o Orion Jardim de Faria, e foi com ele que eu conheci os detalhes da instalação do Cinerama 70 do Roxy. O Orion foi inclusive homenageado no Festival Cinemúsica (https://outrolado.com.br/2020/03/11/homenagem-a-orion-jardim-de-faria-pioneiro-de-cinema/), cujo acervo de depoimentos se perdeu, mas eu tinha cópia do depoimento dele, que postei no YouTube, com o objetivo das pessoas conhecerem a sua estória.
Todo fã de cinema com idade suficiente para ter vivido toda aquela época acaba hoje sentindo muita falta dos bons cinemas. A ideia de montar um museu de cinema aqui no Rio de Janeiro morreu há muito tempo. O Hernani Heffner, curador do MAM e pesquisador do assunto, esteve no que sobrou do Metro-Boavista, com tudo lá removido, um cenário desolador. Quem também esteve por lá foi o Charles, do Projecine, na época em que os projetores de 70 mm foram retirados.
Até agora, a única pessoa que eu conheço que faz o que pode em termos de preservação é o Ivo Raposo, que construiu uma réplica do Metro-Tijuca na casa dele em Conservatória. Lá ele fez uma exposição de vários modelos de projetores, inclusive dois Prevost 70/35.
Obrigado pelo comentário e compartilhamento de vivência no assunto.
Talvez você tenha interesse em ler sobre o Orion Jardim de Faria, que foi quem montou o Cinerama 70 do Roxy: https://outrolado.com.br/2020/03/11/homenagem-a-orion-jardim-de-faria-pioneiro-de-cinema/
O Hernani Heffner, curador do MAM e pesquisador da área, esteve no auditório do Metro-Boavista com tudo já retirado. Era um cenário desolador, muito triste. Quem também passou por lá foi o Charles, da Projecine, quando os projetores de 70 mm foram retirados.
A única pessoa que eu conheço que tem espírito preservacionista o Ivo Rapose, que fez um enorme esforço para construir uma réplica do Metro-Tijuca, em sua casa em Conservatória. Além disso, ele montou uma série de projetores para que todos possam ver como são.
A ideia de montar um museu de cinema no Rio de Jasneiro se tornou uma utopia.
Ola Paulo…Parabéns pela ótima matéria sobre o filme, tive a oportunidade de assistir quando criança em 1988 uma Reapresentação deste icônico filme em 1988 na Sala Comodoro Cinerama 70mm da Avenida São João em São Paulo ao lado da loja Hermes e em frente ao Cinema 360 Cine Espacial. A Tela deste Cinema era Gigante e de Alta Resolução de Imagem na época e o som Stereo Multicanais Surround fazia o chão tremer…Nestes Cinemas assisti ET Willow Batman Aliens e tantos outros filmes da época que ficaram marcados na minha memória. Hoje tenho a recordação de assistir em casa com Home Theater 5.1 canais com um Projetor 4k de 120 Polegadas que também é incrível más não traz a mesma sensação nostálgica e mágica das grandes telas dos Cinemas de outrora….Forte Abraço!
Olá, Ricardo,
Eu também acho que nenhum home theater, mesmo aqueles com projetores high-end, irá substituir os antigos palácios de cinema, especialmente as salas dedicadas ao 70 mm.
Infelizmente, os exibidores daqui não conseguiram manter as suas salas antigas, bem como descartaram todos os projetores, sendo impossível fazer o que se faz nos cinemas lá de fora que andaram exibindo filmes em 70 mm recentemente.
Ola Paulo…Parabéns pela ótima matéria sobre o filme, tive a oportunidade de assistir quando criança em 1988 uma Reapresentação deste icônico filme em 1988 na Sala Comodoro Cinerama 70mm da Avenida São João em São Paulo ao lado da loja Hermes e em frente ao Cinema 360 Cine Espacial. A Tela deste Cinema era Gigante e de Alta Resolução de Imagem na época e o som Stereo Multicanais Surround fazia o chão tremer…Nestes Cinemas assisti ET Willow Batman Aliens e tantos outros filmes da época que ficaram marcados na minha memória. Hoje tenho a recordação de assistir em casa com Home Theater 5.1 canais com um Projetor 4k de 120 Polegadas que também é incrível más não traz a mesma sensação nostálgica e mágica das grandes telas dos Cinemas de outrora….Forte Abraço!
Olá, Ricardo,
Eu também acho que nenhum home theater, mesmo aqueles com projetores high-end, irá substituir os antigos palácios de cinema, especialmente as salas dedicadas ao 70 mm.
Infelizmente, os exibidores daqui não conseguiram manter as suas salas antigas, bem como descartaram todos os projetores, sendo impossível fazer o que se faz nos cinemas lá de fora que andaram exibindo filmes em 70 mm recentemente.
Oi, Paulo, ainda falando de Cinerama 70, vi por duas vezes também no Majestic em SP, no lançamento em 1966, com os meus 20 anos, o colossal “Grand Prix” de John Frankenheimer. Tenho aqui uma cópia original em DVD de boa qualidade que meu filho não cansa de rever tendo em vista que é um admirador das corridas em Fórmula 1. Quando comento com ele do espetáculo no cinema, suspira e exclama: Puxa, porque não temos um relançamento na telona?
Em tempo: o que achou dos “Oito odiados” do Tarantino? Creio que exibição em 70mm só ocorreu nos EUA.
Oi, Celso,
Eu não gostei dos Oito Odiados, com uma violência sem justificativa, monótono, me pareceu mais exibicionismo do diretor do que outra coisa. Mas, eu sou suspeito para falar, não se fie em mim ou na minha opinião. A cimematografia era o que esperava do formato, excelente qualidade. Nos cinemas lá de fora, os distribuidores enviaram cópias para calibração das lentes e das telas, enquanto que nós aqui ficamos a ver navios. Um amigo meu viu por lá e gostou da projeção. Veja no YouTube detalhes sobre isso.
A propósito, aqui algumas cadeias exibidoras começaram a passar filmes clássicos, mas parece que pararam. Na América, foram feitas cópias digitais para projeção em cinemas, em alguns casos com a presença de orquestra ao vivo, o que eu aliás já comentei por aqui. São uns felizardos. Meu filho uma vez me convidou para assistir a OSB tocar temas de filmes, foi um espetáculo inesquecível. O Theatro Municipal ficou lotado. Se dependesse da plateia ficava todo mundo lá a noite toda!
Oi, Paulo, ainda falando de Cinerama 70, vi por duas vezes também no Majestic em SP, no lançamento em 1966, com os meus 20 anos, o colossal “Grand Prix” de John Frankenheimer. Tenho aqui uma cópia original em DVD de boa qualidade que meu filho não cansa de rever tendo em vista que é um admirador das corridas em Fórmula 1. Quando comento com ele do espetáculo no cinema, suspira e exclama: Puxa, porque não temos um relançamento na telona?
Em tempo: o que achou dos “Oito odiados” do Tarantino? Creio que exibição em 70mm só ocorreu nos EUA.
Oi, Celso,
Eu não gostei dos Oito Odiados, com uma violência sem justificativa, monótono, me pareceu mais exibicionismo do diretor do que outra coisa. Mas, eu sou suspeito para falar, não se fie em mim ou na minha opinião. A cimematografia era o que esperava do formato, excelente qualidade. Nos cinemas lá de fora, os distribuidores enviaram cópias para calibração das lentes e das telas, enquanto que nós aqui ficamos a ver navios. Um amigo meu viu por lá e gostou da projeção. Veja no YouTube detalhes sobre isso.
A propósito, aqui algumas cadeias exibidoras começaram a passar filmes clássicos, mas parece que pararam. Na América, foram feitas cópias digitais para projeção em cinemas, em alguns casos com a presença de orquestra ao vivo, o que eu aliás já comentei por aqui. São uns felizardos. Meu filho uma vez me convidou para assistir a OSB tocar temas de filmes, foi um espetáculo inesquecível. O Theatro Municipal ficou lotado. Se dependesse da plateia ficava todo mundo lá a noite toda!
Caro Paulo, há anos você abordou” 2001″ na coluna. Na época fiz um comentário sobre essa obra prima do cinema. Vi no lançamento em 1968 em S.Paulo, no extinto cine Majestic, esquina da rua Augusta com a Av.Paulista. Também em Cinerama. Um espetáculo realmente monumental. Para os apreciadores do verdadeiro cinema, aqueles que não viram na tela grande, não tem ideia do que perderam! Grande abraço.
Oi, Celso,
É verdade, só mesmo que teve a chance de assistir um filme em Cinerama 70 é que pode dar o real valor da cinematografia apresentada na tela. E, na minha opinião, o IMAX, mesmo sendo interessante, não chega perto da grandeza do 70 mm. Abraço para você também, apareça sempre.
Bom dia, Paulo. Há tempos acompanhava seu trabalho na Webinsider e não sei porque motivo acabei perdendo sua coluna. Lá eu lembrava de meus tempos de projecionista aqui na praça. Comecei com dois pathe com arco e depois com um Bauer que montávamos os filmes numa torre e a projeção passou a ser com lâmpada. O cinema foi fechado nos anos 1990 e o equipamento ainda está lá. Não tive mais ânimo de voltar à sala que hoje está sem utilidade. Pertence à Prefeitura. Posso acompanhar sua coluna aqui?
Abraço.
Oi, Celso,
Só para esclarecer a minha saída do Webinsider: aquele trabalho, e o atual também, nunca me renderam um centavo. Eu o fiz à convite do jornalista Paulo Rebêlo só pela chance de ocupar a minha vida de aposentado com assuntos que são do meu interesse, e escrever sobre eles. Através dos anos eu conheci o Vicente, editor-chefe do Webinsider e descobri ter sido ele um ex-colega de colégio, quando ele ainda morava aqui no Rio. Fizemos amizade, e o Vicente me deu a liberdade editorial de montar os meus textos, aprovar comentários, etc. Quando ele vendeu o Webinsider eu saí junto com ele, voltando a escrever depois que ele abriu o Outro Lado, e com a mesma liberdade de antes.
Infelizmente, não pude me despedir de ninguém, seria quase que impossível, porque os endereços de e-mail não podem ser divulgados, a não ser por um interesse do editor.
Eu peço desculpas a você, e espero que você encontre aqui o mesmo que achou no Webinsider.
Bom dia, Paulo. Não tem do que se desculpar. O importante é que estamos a postos novamente. Já salvei a nova página.
Abraço.
Celso, mais uma vez muito obrigado. Espero ser sempre merecedor da sua leitura e comentários.
Caro Paulo, há anos você abordou” 2001″ na coluna. Na época fiz um comentário sobre essa obra prima do cinema. Vi no lançamento em 1968 em S.Paulo, no extinto cine Majestic, esquina da rua Augusta com a Av.Paulista. Também em Cinerama. Um espetáculo realmente monumental. Para os apreciadores do verdadeiro cinema, aqueles que não viram na tela grande, não tem ideia do que perderam! Grande abraço.
Oi, Celso,
É verdade, só mesmo que teve a chance de assistir um filme em Cinerama 70 é que pode dar o real valor da cinematografia apresentada na tela. E, na minha opinião, o IMAX, mesmo sendo interessante, não chega perto da grandeza do 70 mm. Abraço para você também, apareça sempre.
Bom dia, Paulo. Há tempos acompanhava seu trabalho na Webinsider e não sei porque motivo acabei perdendo sua coluna. Lá eu lembrava de meus tempos de projecionista aqui na praça. Comecei com dois pathe com arco e depois com um Bauer que montávamos os filmes numa torre e a projeção passou a ser com lâmpada. O cinema foi fechado nos anos 1990 e o equipamento ainda está lá. Não tive mais ânimo de voltar à sala que hoje está sem utilidade. Pertence à Prefeitura. Posso acompanhar sua coluna aqui?
Abraço.
Oi, Celso,
Só para esclarecer a minha saída do Webinsider: aquele trabalho, e o atual também, nunca me renderam um centavo. Eu o fiz à convite do jornalista Paulo Rebêlo só pela chance de ocupar a minha vida de aposentado com assuntos que são do meu interesse, e escrever sobre eles. Através dos anos eu conheci o Vicente, editor-chefe do Webinsider e descobri ter sido ele um ex-colega de colégio, quando ele ainda morava aqui no Rio. Fizemos amizade, e o Vicente me deu a liberdade editorial de montar os meus textos, aprovar comentários, etc. Quando ele vendeu o Webinsider eu saí junto com ele, voltando a escrever depois que ele abriu o Outro Lado, e com a mesma liberdade de antes.
Infelizmente, não pude me despedir de ninguém, seria quase que impossível, porque os endereços de e-mail não podem ser divulgados, a não ser por um interesse do editor.
Eu peço desculpas a você, e espero que você encontre aqui o mesmo que achou no Webinsider.
Bom dia, Paulo. Não tem do que se desculpar. O importante é que estamos a postos novamente. Já salvei a nova página.
Abraço.
Celso, mais uma vez muito obrigado. Espero ser sempre merecedor da sua leitura e comentários.