Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket
Ninguém vai ler mas vou escrever assim mesmo

Mas eu vou escrever mesmo assim.

 

Ninguém vai ler.

Ninguém vai ver.

Ninguém vai assistir.

Ninguém vai ouvir.

 

Ninguém vai prestar atenção, porque:

Estamos todos escrevendo.

Estamos todos fotografando.

Estamos todos gravando vídeos.

Estamos todos falando.

 

Tem todas as fotos, reels, stories, lives e directs do Instagram. Os videos viciantes, as lives do meio da rua direto de Nova York, os stories e as fotos do TikTok. A relevância abalada do X, mas os pronunciamentos oficiais que ainda são feitos lá. Os #opentowork, “comecei um novo emprego”, posts motivacionais, lives de áudio, videos, directs de texto, de áudios do Linkedin. Os amigos esquecidos do Facebook. Todos os grupos que você entrou e não tem coragem de sair do Whatsapp, os áudios que você escuta em 2x, as mensagens importantes que você esqueceu de responder, os status que você silencia. Tem os revoltadinhos que não querem usar o Whatsapp por questões de privacidade e se entregam para os russos do Telegram pra passar pelas mesmas questões. Tem o Threads tentando roubar espaço do X sem conseguir, em mais uma tentativa frustrada de criar uma nova rede do Zucka, que só conseguiu fazer isso uma vez com o Facebook e depois comprou as que estavam por ai. Tem o Youtube que não é rede social, mas tenta ser com os shorts, os videos longos e os youtubers que gritam. Tem todos os portais com notícias, com linkbaits, com fakenews, tudo misturado. As plataformas de streaming brigando pela sua carteira, com tanta coisa maravilhosa e premiada pra ver, que a gente acaba resolvendo ligar a TV aberta e assistir o que está passando, por angústia de não conseguir escolher. Angústia igual com todos os podcasts do Spotify, da Amazon Music, dos aplicativos das rádios. Todos os games viciantes de celular, de console, de computador. E os livros, cada vez mais aumentando em quantidade e opções, publicados por grandes e pequenas editoras, ou mesmo por qualquer pessoa que quiser subir um PDF para ser lido num Kindle da vida. E tem tanto, mas TANTO mais…

Nunca foi tão fácil se produzir conteúdo. Nunca tivemos tanto acesso às plataformas de publicação. Nunca tanta gente existiu consumindo tanto conteúdo. Nunca tanta gente PRODUZIU conteúdo.

Coisa demais, opção demais, gerando “ruído” demais. Uma disputa pela atenção das pessoas que simplesmente não vai ter como se ganhar, nem mesmo gritando, repostando, multiplicando em todas as redes, mantendo frequência, pedindo like e joinha, impulsionando post, o que deixa as plataformas mais ricas, mas faz muito pouco pela sua visibilidade… tudo vira simplesmente um enorme ruído, como aquele chuvisco e chiado das TVs antigas.

E daí, quando você realmente tem alguma coisa importante que você precisa dizer…

 

Ninguém vai ver.

Ninguém vai assistir.

Ninguém vai ouvir.

Ninguém vai ler.

 

Como esse texto.

 

[Webinsider]

 

https://www.lent.digital/

. . .

 

A CLT, o empreendedorismo e o (re)nascimento

50, 60, 70 anos… o segundo ato do mercado de trabalho

Avatar de Michel Lent Schwartzman

Michel Lent Schwartzman (michel@lent.com.br) é um empreendedor serial e especialista em marcas e negócios digitais, com sólida experiência em acompanhar carreiras e aconselhar empresas. Pioneiro na indústria digital, é formado em Desenho Industrial pela PUC-Rio e mestre pela New York University. Ao longo de quase 30 anos, fundou e dirigiu agências e atuou como CMO em grandes fintechs, além de prestar consultoria para diversas empresas globais

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

2 respostas

  1. A verdade seja dita o mundo digital está deixando as pessoas “alienadas” Infelizmente não há volta para o mundo analógico, das máquinas de escrever, dos livros de papel, dos filmes nos cinemas de rua, das máquinas fotográficas com filme. O ser humano a cada dia que passa se transforma mais em um “ser” e menos humano…

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *