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Perguntaram outro dia “você é sempre do contra?” e pensei que talvez valesse a pena, excepcionalmente, falar um pouco em primeira pessoa.

Viver não é uma opção, é uma contingência. Ver, sentir, pensar, escrever também. Morrer é a única decisão que tomamos, no reflexo do viver.

E se assim for, muito além dos fluxos e refluxos que nos conduzem, assumir o leme das decisões, ver-se como centro irradiador de causas, criador das marés, influenciador do futuro é o alimento da vida. Melhor morrer do que curtir a deriva.

O homem não teria criado o fogo e a roda, fundido os metais, construído estradas, edificado templos, eliminado inimigos, vencido o espaço sideral e sonhado com a eternidade se nunca tivesse duvidado do determinismo e das leis de causa e efeito. O homem nunca teria sido homem se não tivesse duvidado de Deus.

O drama da existência só tem sentido quando extravasamos ou no mínimo assumimos que somos contra tudo e todos. A crítica, ainda que não seja opção, é a base da vida.

Só vale a pena beneficiar dos minutinhos de atenção dos bem aventurados leitores se for para ser contra. A turba do “a favor” já é grande demais. [Webinsider]

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Fernand Alphen (@Alphen) é publicitário. Mantém o Fernand Alphen's Blog.

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6 respostas

  1. Esse rótulo é tão comum hoje em dia… quer dizer, hoje em dia não, esta opressão de poucos sobre os muitos sempre existiu, desde a época em que os carros tinham quatro patas, defecavam o tempo todo e de quebra relinchavam.

    Os “rebeldes” chamados de bruxo(a)s eram jogados na fogueira. Roubou uma laranja? Cabeça decepada. O mais engraçado de tudo isso? Os “bestas” assistiam o espetáculo como se estivessem vendo o ultimo capítulo da novela das oito – que fique claro, odeio tele-novela. E se deliciavam ao ver o corpo se debatendo no chão, com a cabeça desanexada a alguns metros. Isso ainda existe! E passa na TV – nos tele-jornais policiais.

    Ser do contra, mesmo que hoje em dia, é ir contra o “idealismo socado na cabeça dos pobres de mente”. E fazer isto complica sua vida! A questão é: quando e até que ponto devemos ser do contra? Conselho não se dá (porque ninguém houve mesmo e nem é pra ouvir), por isso me dou como exemplo: falo a verdade de forma direta, seja ela deningrente, acusadora, confortadora, etc. A influência ditadora da chamada “sociedade” não permite que isso ocorra, mas como não posso ser jogado numa fogueira, ou ter a cabeça decepada, vou seguindo a vida. A final, já que estou vivo, tenho mais é que viver mesmo!

  2. Muitas vezes se confudem as coisas. Não se trata de ser contra ou a favor, mas de ter senso crítico acerca de tudo e de todos, mas nada que se aproxime da arrogância. Por que não duvidar, questionar, discordar ou ser corajoso em dizer, como eu, que DETESTO futebol, copa do mundo de futebol, falso patriotismo verdeamarelo. E daí? não gosto, mas não sou contra, desde que os mesmos manés que pintam ruas, postes, paredes, bêbados, cachorros; penduram bandeirinhas, fitinhas, pipas, bêbados, sogras, limpem tudo depois.
    Se não usar algo verdamarelo neste período me conduzir ao inferno, já estou no purgatório.
    Viva a liberdade de achar, pensar, dizer, questionar, ser contra, ser a favor. Caso contrário não é vida.
    Estamos juntos Alphen. E olha que já discordei de vc aqui mesmo, rs.

  3. Muito bem colocado o artigo… Baseado na coisas que aprendemos do dia-a-dia e do que podemos perceber no viver de cada dia, pelo menos para a minha pessoa, é que não devemos criar expectativas de nada, nem de ninguém, que a expectativa só possibilita a frustração. Não estou dizendo para abandonarem sonhos e carreiras profissionais…, apenas não se deixar cair na situação de frustração.

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