A primeira onda: mobilidade
Computadores têm se tornado cada vez menores e mais poderosos, ao ponto de caberem em um bolso de camisa. De um grande PC em cima da mesa chegamos a PDAs (Palm, Pocket PC), Tablet PCs, laptops compactos e outros aparatos que nos permitiram descentralizar a experiência de uso do computador.
Ou seja, ao invés de ir até o computador, os computadores vão até onde nós estivermos: na rua, no aeroporto, no carro, na geladeira ou no meio do deserto do Sahara. O fenômeno da mobilidade nos computadores permite cada vez mais que tenhamos sempre à mão nossos dados, como uma agenda pessoal, contatos ou uma planilha financeira – por exemplo. Há não muitos anos atrás isto somente seria possível se carregássemos nas costas um PC suficientemente grande e pesado para gerar uma contusão lombar, mesmo percorrendo distância curta. Hoje, carregamos computadores quase que como parte integrante de nosso vestuário.
Apesar de definitivamente o fenômeno da mobilidade caraterizar uma evolução, este também gera uma demanda óbvia e notória para qualquer usuário que depende um de Palm, Pocket PC, laptop ou similar: conectividade. O ponto é que quando falamos de “dados”, estamos nos referindo a um conceito dinâmico. Ou seja, minhas necessidades de pesquisa, atualização e comunicação com outros usuários variam constantemente, e são parte inerente da experiência de uso em um computador. Hoje em dia a maioria dos velhos e bons PCs desktop possuem uma conexão com uma rede, apesar de ainda dependerem de fios na maioria dos casos. Já os novos e pequenos aparatos, apesar de portáteis, ainda passam a maior parte do tempo claustrofobicamente em nossos bolsos, sem nenhuma conexão.
Conectividade
Naturalmente estão surgindo modelos de PDAs e laptops que permitem uma conexão sem fio. A questão é que, precisamos de sinais de uma rede wireless (e com uma banda decente) em todos os cantos do planeta para que possamos conectar nossos aparatos “anywhere, anytime”. Além da mobilidade, precisamos da conectividade. A soma destes dois fatores resultará em ferramentas que podem catapultar a produtividade de profissionais, que agora podem se comunicar com sua equipe ou com o servidor da empresa de qualquer lugar.
A premissa para que esta visão da mobilidade atrelada à conectividade se materialize é a existência de acesso a redes em qualquer lugar. Surgem assim uma série de formas de conexão sem fio que permitem (ou permitirão) conexões em banda larga nas mais variadas situações. A maioria destas conexões wireless usam freqüências do espectro de rádio – muitas vezes não licenciadas, evitando taxas de uso e facilitando a experimentação. Estas conexões estão sendo desenvolvidas e apoiadas tanto por empresas novas (startups) como também por gigantes tradicionais da indústria de tecnologia e telecomunicação.
As novas tecnologias
Talvez o exemplo mais conhecido seja o Wi–Fi, uma tecnologia que permite que PCs, laptops, impressoras e outros aparatos se conectem entre si em alta velocidade sobre distâncias curtas – e se liguem à internet. A Intel está usando sua força de desenvolvimento e marketing para que a tecnologia Wi–Fi se popularize. Introduzindo chips desenhados para Wi–Fi em laptops e outros aparatos móveis, a Intel facilita a propagação do uso da tecnologia, ao mesmo tempo naturalmente se posicionando na demanda por conectividade – que só tende a aumentar.
Com o sucesso do Wi–Fi, a Intel começou a apoiar uma outra nova tecnologia denominada Wi–Max. Esta conexão wireless de alta velocidade permite uma alcance de até cerca de 48 quilômetros.
Uma outra solução é a Mobile–Fi, uma tecnologia que permite banda larga sem fio em veículos em movimento. A NTT DoCoMo e alguns startups trabalham atualmente na definição de um protocolo, o que deve acontecer em 2005 ou 2006. A Nextel também está conduzindo testes com o Mobile–Fi.
Uma outra tecnologia nova que desponta é a UltraWideband, que permite a transmissão de arquivos enormes sobre distâncias curtas – mesmo através de paredes. Existe no momento uma disputa pela definição deste protocolo entre Texas Instruments e Intel de um lado, e Motorola do outro.
A próxima onda será a conectividade aliada à mobilidade, permitindo com que a produtividade pessoal de profissionais de todas as áreas aumente significativamente. Tal possibilidade vai atrair o interesse gerencial de virtualmente qualquer tipo de empresa, e certamente também do mercado consumidor. É esta aposta que muitos gigantes da indústria de tecnologia e telecomunicação estão fazendo. A existência de novas e poderosas redes cria cada vez mais canais eficientes de distribuição e coleção de informação, o que abrange naturalmente questões importantes também na indústria de conteúdo. A aldeia global do professor McLuhan vem, finalmente, por aí… [Webinsider]
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Marcello Póvoa
Marcello Póvoa (mpovoa@mppinterativa.com) é fundador e diretor executivo da MPP Interativa.
2 respostas
Boa tarde !!
Por favor, sabe me dizer se este serviço já está disponível para o DDD 12 ?
Ou conhece algum outro serviço (fora Speedy, fora mesmo !!) para este DDD 12 – Pindamonhangaba – SP ?
Muito Obrigado.
Eduardo
ja conhecemos esta tecnologia e temos a disponibilidade outra que ja superá a de wi-max que é a modem sobre rede elétrica fazendo com que alcancemosa realmente a ultima milha ou seja onde se encontre nosso ultimo usuarios querendo saber mais a respeito contatenos um abraço
osmar campagnaro