Semanas atrás acessei o site do jornal O Globo e tive uma boa surpresa. Depois de muitos anos com o mesmo layout, resolveram modificá-lo por completo. No primeiro dia que acessei achei tudo muito bacana. As cores, a leveza… até que, com o passar dos dias, comecei a perceber a leveza não era tão grande assim.
O primeiro obstáculo que encontrei foi “reacostumar” os olhos. Como diz Steve Krug, nós não lemos uma página, apenas passamos os olhos. E com os olhos acostumados com o site anterior, tudo era mais fácil. Sabia exatamente onde estava tudo. Mas com o site novo tudo mudou de lugar – o destaque estava do lado esquerdo ao invés do direito; as chamadas tinham mudado sua ordem de importância. Cadê a crítica de cinema do “bonequinho viu”? Acreditem, faz mais de duas semanas que procuro, procuro e não encontro. Será que mataram o bonequinho ou será que o site escondeu essa informação de mim?
Ao mesmo tempo que faltava uma informação, sobravam dezenas de outras penduradas na primeira página. Muita, mas muita informação.
Um mês depois minha opinião sobre o site do O Globo é completamente diferente. O novo site fez acender em mim uma discussão: o excesso de informações.
Será que realmente precisamos saber a previsão do tempo todos os dias? Que a protagonista da nova novela de Gilberto Braga será Alessandra Negrini? Saber que existe um programa como o “Fama” só para homens que é sucesso na China?
Vamos fazer uma brincadeira? Vejam esta pequena análise visual da primeira página do O Globo.
Em uma resolução de 1240 x 1024, a primeira tela a ser visualizada da primeira página do site do O Globo abrange todo esse espaço que está no print screen. Conte comigo, são 102 chamadas de informação, entre textos, ícones e imagens. Tudo isso para ser lido, só na primeira tela. Ao rolar para baixo e ver a segunda tela, ih… vão ser mais 100. Agora pergunto: é possível ler essas 102 chamadas todos os dias? Afinal, por se tratar de um site de notícias, pelo menos 60% dessas chamadas (ou mais) mudam diariamente. E então? Seria isso um excesso de informações? Uma tentativa de O Globo mostrar que “tem muitas notícias”, mais do que seus concorrentes?
Será mesmo que aquela chamadinha ali, da Alessandra Negrini, merece ter um nível de destaque maior que a notícia que vem abaixo dela (“Congresso faz último esforço concentrado antes das eleições”)?
Acredito que em pouco tempo toda essa estrutura deverá ser repensada. Do que adianta tecnologia e um bonito layout, se a estrutura da informação não considera o que poderia ser excessivo ou irrelevante para o usuário?
É muita informação, de dar dor de cabeça. Ao entrar no site me sinto num lugar barulhento, onde todos gritam, como nas antigas bolsas de valores antes da informatização, onde os operadores berravam como malucos. É dessa forma que me sinto no site do O Globo.
E isso não é “privilégio” do O Globo Online. Essa semana instalei o Google Deskbar. O software promete uma infinidade de informações em seu desktop. Olha que interessante: notícias em tempo real, previsão do tempo, aniversariantes do dia puxados de sua lista do Orkut, fotos que ele caça no seu computador e fica mostrando pra você… que bacana! Mas peraí… Eu preciso de tudo isso? Previsão do tempo? Por que, se não sou agricultor, não vou à praia amanhã nem viajo todos os dias?
Cada pessoa é de um jeito, claro, mas já estamos vendo o excesso de informações que os estudiosos diziam tempo atrás que iríamos ter um dia… Todo dia lançam uma nova preocupação em nossa vida: tenho que acessar o Orkut, responder scraps, atualizar fotolog, ler as notícias da última hora, toda hora (atualizadas de hora em hora), ler fóruns, conversar no MSN, falar no Skype. Agora até vídeo eu tenho que atualizar no You Tube. Tudo isso junto, feito ao mesmo tempo. Para quê?
Cuidado, podemos ficar todos loucos. Vamos tentar escapar disso! Para o alto e avante! [Webinsider]
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Bruno Ávila
<strong>Bruno Ávila</strong> (brunoavila@gmail.com) é webdesigner e mantém um <strong><a href="http://www.brunoavila.com.br" rel="externo">site</a></strong>
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Concordo com você, meu caro colega de profissão. Vivemos num mundo de excesso de informação.
O problema está no cliente. Eles ainda não aceitam a profissão de arquiteto da informação (usabilidade) e com isso proporcionam uma avalanche de informações da página inicial de seus websites. Tudo na esperança que algum desses conteúdos expostos seja interessante para o usuário e que ele clique para continuar a navegar pelo site.
Falta foco, falta direcionamento… Eles ão sabem quem é o usuário do site, como se comportam (comportamento não é onde eles vão e quanto tempo passam no site). São como pescadores, jogam a rede no mar… O que cair na rede é peixe. Mas nem todo peixe é bom!!!
Um recurso interessante é o trabalho com os buscadores, onde o website se adapta as palavras buscadas pelo usuário a partir de um site de busca. Se a pessoa procura por vestido, que tal mostrar uma seção de moda na página inicial do site?! Seria interessante ter um software de navegação que vai adaptando o layout do website conforme você navega e/ou acessa notícias!
Abraços…
gente isso é muito legallllllllll
mas…
como faço meu cadastro no site da globo????????????????????
Muito interessante seu artigo, Bruno… eu fico sempre na dúvida quando estou trabalhando com um portal, pois as informações estão ali, esconde ou não esconde? o que é importante pra quem?
Eu acredito que quem desenvolveu esta estrutura pensou maquiavelicamente que quem procura as coisas mais importantes vai continuar procurando, não importa, mas as coisas que eles querem que você saiba agora, ficam ali, na sua lata pra você não ter como não ler…
Eu, por exempro, quando entrei no site, cliquei em três coisas que não me interessam nada, ronaldinho mais magro, nariz da cameron diaz, e a outra eu nem lembro mais…
Será que tudo isso é incompetencia, erro ou foi de propósito? (lá vou eu de novo com as minhas teorias de conspiração) hehe
Tem um jornal local aqui do amazonas que já está querendo migrar seu site para o estilo do site da globo pois eles alegam ter muita coisa pra mostrar e ninguém conhece nada
…
é isso!
artigo muito interessante!
Olá Rafael,
o site a qual me refiro não é o do Globo.com. É o site do Jornal O GLOBO.
Já o site do portal globo.com, aí sim é bem dividido, cada notícia em seu lugar,
essa mesma divisão não acontece claramente no site do Jornal O Globo.
Abraços,
Bruno Ávila
Você devia se perguntar quem lê tanto banner, propaganda, anúncios, ofertas, banners, figuras voando e tudo mais como acontece no UOL/TERRA?
A globo.com está de parabéns! O site deles é exemplo de qualidade, expressando conceitos máximos de layout, designer, organização (arquitetura de informação) e programação.
Prefiro notícia a banner!
Na minha opinião o que faltava na globo é transmitir jogos do campeonato espanhol campeonatos internacionais,jogos do Barcelona e outros times famosos.
Parar de ler tanta notícia.
Mas a globo e 10 so falta transmitir jogos internacionais.
Er.. bem o Bruno responde os comentarios dele ?
Não né ?
Pô, Bruno, mas o seu site pessoal também é um Carnaval, hein, rapaz!
Bruno, lendo seu texto posso imaginar o que vc pensa sobre o site do New York Times (www.nytimes.com). Ali devem ter 102 mil chamadas na página, kkkkk!!
Em tempo: a Bovespa funcionou daquele jeito antigo até 2005, e a Bolsa de Futuros ainda opera com pregão, hehehe.
Mas você concorda que é melhor pecar pelo nexcesso, do que pecar pela falta?
Habituada que estava na leitura contínua e desenvolta do Globon Online, choquei-me com a dificuldade e resistência à leitura. Peguei-me três dias depois sem ter conseguido ler meu jornal preferido. Mas eu sabia porque. Eu ia perder tempo procurando o que eu já sabia – e muito bem – onde estava. E procuro até hoje o cantinho que me levava direto aos filmes, eventos e shows rolando no Rio de Janeiro.
Li outros comentários e me lembrei do artigo de George Miller The Magic Number Seven, Plus or Minus two: some limits on Our Capacity for Processing Information. Sugiro a leitura.
O artigo explica a capacidade do ser humano de perceber/lidar com 7 mais ou menos 2 entidades/informações ao mesmo tempo. Isso significa que a home de um site deveria ter no mínimo 5 e no máximo 9 áreas distintas, cada uma com este mesmo intervalor de destaques. Mais do que isso, a maioria dos mortais não consegue absorver. E o Blogo Online agora está com pra lá de 20. Cansa, não é?
O Bonequinho parece estar no mesmo lugar aonde sempre o achei. Quem achar o Guia de Cinemas facilmente o encontrará. Na página incial do O GLOBO eu vejo uma sessão que diz RIO HOJE, que traz destaques sobre a cidade do Rio (talvez isso seja personalizável, de acordo com o cadastro no site). Ao lado vejo 3 links: trânsito, tempo e cinema. Clicando em Cinema será aberto o super útil Guia de Cinemas.
Escolha o filme em questão… até mesmo sem se preocupar com cinemas ou horários. No resultado, será exibido, logo no início, a crítica do bonequinho.
Poderia ser mais fácil, sem dúvida. Mas sempre o encontrei assim, nem sinto muita diferença. 🙂
102 chamadas eu discordo… ateh poderia ser verdadeira essa interpretacao na 1a vez q vc entra la e estah durante a curva de aprendizado com a nova interface.
Nas proximas visitas, muitas chamadas (botoes, links, etc) serao visualmente eliminadas pela irrelevancia, e para outras pessoas, outras areas, etc… (cada um vai selecionar, dentre as 102, uma coletanea pessoal, assim a cada visita, melhor, quanto mais experiente com a interface, menor este numero).
Pela massa de infos, vai demorar um tempo maior a curva de aprendizado, mas acredito que quem realmente acompanha as noticias pelo Globo, nao entra um dia e vai entrar de novo num espaco de tempo taum grande a ponto de ter que olhar pra todas as 102 novamente e ir eliminando…
Um detalhe, embasado numa questao pessoal: me desconforto com poluicao visual, sou designer e gosto da ordem… entretanto, ao entrar num site de noticias, viro usuario antigo, quero tudo na home (eu mesmo jah execrei pedidos de clientes pra por tudo na home) mas existem momentos corretos… num site destes eh viavel, pra isso, temos a BARRA DE ROLAGEM… o Globo eh um site bastante comprido.
Eu prefiro rolar a barra q clicar, esperar e abrir outra pagina, e ainda correr o risco de nao ser akilo q eu buscava.. (teria de voltar pra home)…
Tvz o agrupamento das informacoes poderia contribuir um pouco com essa organizacao visual, sem precisar clicar e esperar carregar outra pag., tal como fez o novo Yahoo.
Olá,
Assim que o novo Globo Online foi o ar, eu escrevi um bilhetinho eletrônico pro Vicente, que gentilmente me respondeu, falando da canseira que era ficar rolando HORIZONTALMENTE minha tela pequena, de resolução 800×600. Não gosto e nem acho que isso seja nova tendência… Bah! É um grande saco, isso sim.
Fiquei contente em encontrar hoje esse artigo, pois me surpreendi pelo fato de não haver comentário algum do Webinsider sobre tal mudança.
Concordo integralmente: excesso de informações – muitas perfeitamente dispensáveis de estarem na primeira página, etc… Muito estímulo visual, muita chamada barulhenta, que produz efeito contrário, pelos menos em mim. Eu me atenho àquilo que já estou acostumada, e ignoro solenemente o resto.
COntudo, já deram uma sacada no novissimo G1? Acho que já estão repensando e não me admirarei se logo houver uma outra mudança. Percebam que alguns links do G1 nos levam à paginas já existentes no noticiário.
Vamos aguardar… até lá, também eu continuo procurando o bonequinho e o Ancelmo Goís…rssss
Marcia
Gostei do novo site do OGlobo.com e mais ainda dessa tua importante observação. É impressionante como a quantidade de informação pode espantar o usuário. Como leitora sinto-me cansada com tantas chamadas pulando em minha tela. Como se não bastasse, a Globo investiu num novo projeto o G1. Esse sim, podemos dizer, extrapola em termos de informações. A ideia é legal e funciona, textos interessantes e bem completos, mas cai novamente no mesmo problema de OGlobo. Não adianta fugir: o futuro é do usuário e é ele quem deverá decidir o que gostaria de ver nos sites de noticias online. Acredito que esse será o próximo passa da Globo.
Uma observação: a leitura online do jornal impresso – tanto O Globo quanto o JB – merece destaque pela facilidade de navegação e leitura dos textos.
Bruno, concordo plenamente com vc. Em temos de ansiedade de informação, como já diz Richard Wurman, temos que aprender a discernir o que realmente importa para nós. No caso do Globo.com eles parecem não ter noção de quem são seus usuários pois querem colocar tudo que têm à mostra.
É realmente muito complicado navegar em um mar tão intenso. E como vc mesmo falou ao citar a busca pelo bonequinho, podemos acabar nos afogando nessa jornada.
Como será que eles poderiam resolver este problema, tendo um público tão extenso? Será que a Amazon seria um exemplo legal? É um site que vai aprendendo com a navegação dos usuários. Também gosto da página do UOL, como vc mesmo disse sabemos o que encontrar porque as categorizações da informação são claras. Acho uma personalização para usuários que assinam o globo.com seria bem interessante, além de considerar uma categorização mais clara.
Abs.
Acho que falta uma customização a lá Web 2.0 nesse site… Já que tem tanta coisa, atrai gente de diversos estilos e gostos.
Assim, com um cadastros de usuários, poderia ser uma boa opção o usuário escolher o que deseja que apareça na página inicial.
Uma discussão interessante no Digg, sobre dois dos maiores sites de notícias americanos:
http://digg.com/design/OMG_The_new_FoxNews_com_looks_like_SH_T
O site novo da FoxNews parece que foi feito pelos usuários do MySpace… http://www.foxnews.com/
Comparando o site da CNN e da FoxNews:
http://img143.imageshack.us/my.php?image=compareky7.jpg
Acho que O Globo Online, NYT, El Pais, Chicago tribune, etc, são infinitamente superiores em design e arquitetura da informação.
http://www.chicagotribune.com/
http://www.elpais.es/
http://www.nytimes.com/
http://oglobo.globo.com/
Tenho que concordar com o que a Renata (18/09/2006 às 4:52 pm) e o Danilo Nishimura (18/09/2006 às 7:46 pm) postaram. E, é claro, na Simone Villas Boas (20/09/2006 às 1:01 pm). Acredito que eles entenderam o texto e pensaram além.
Aquele monte de informações exibidas não são de todo inúteis. São pertinentes ou não (leia-se: contextualmente desfocadas) para parte da audiência. Quem lê Krug e Nielsen sabe. E essa discussão vem desde a época da tecnologia Push.
O website em questão lida com um grande fluxo de informação (diária e em arquivo/relacionada). Categorizá-la em seções é, de longe, a melhor opção e o hábito de navegação mais comum entre usuários. É comum que usuários apressados, ao perceberem que as chamadas principais não o interessam, passam batido pela sopa de notícias e vão direto para as seções, onde o conteúdo está organizado, no mínimo, pela similaridade (E viva Gestalt).
Sobre tamanho de leads, é relativo à sua importância no critério editorial e não na preferência da audiência comum. Contanto que siga a regra das 6 perguntas, não há problema algum nisso. Até porque na Web o tamanho das fontes na tela pode ser modificado pelo usuário a partir do browser.
Não acredito que esse assunto seja uma questão de webdesign mas de arquitetura de informação. Dessa forma, acredito que ficou um tanto quanto perdido aqui na Webinsider. Pelo menos, nesta seção. Mas eu gostei da discussão. É bom ver gente discutindo como as coisas devem ser (bem) feitas.
Um grande abraço, pé no chão e adiante.
Bruno,
muito boa e útil sua análise, mas os pontos fundamentais que deveriam ser analisados primeiro são a origem do conteúdo e a finalidade do site. Acredito que o site ligado ao Jornal O Globo não deva ser um agregador de notícias (como o Google News) ou um portal (como a home da Globo.com). É um site de jornal, feito por jornalistas que fazem questão de atribuir pesos a certas notícias, coisa que um agregador não faz, com excessão dos sistemas como o Digg e o Newswine. E estes jornalistas atribuem de acordo com a importância do fato e de acordo com o que os usuários procuram lá.
Não defendo o número absurdo de chamadas, mas encerrá-las em boxes de conteúdo é entediante e comum demais, não? Eu gosto de dar aquela espiada na home e ver o que está acontecendo fora das minhas editorias favoritas. Quem não pára na rua para ver a capa dos jornais a caminho do trabalho? É engraçado que sempre acabamos lendo mais sobre coisas que não nos interessam, como o devedê da namorada do Belo grátis domingo no Extra.
Enfim, gostaria de sites menos amarrados em caixinhas por aí, layouts mais fluidos, e ainda assim inteiramente compreensíveis para os usuários. Este é o nosso desafio e pago um chopp para quem topar.
[]s
Bruno, obrigado por responder minha pergunta.
Parabens pelo artigo.
Gostaria de apresentar uma nova discussão: a home da globo.com.
Ela contradiz tudo que aprendemos sobre gestalt e uso das cores. Cansa nossos olhos. A pagina inicial do meu navegador era a globo.com. Depois da nova interface, agressiva, achei melhor algo mais amigavel.
Cada vez mais o uso de monitores maiores nos faz desenhar usando fontes maiores, bold em todos os titulos e imagens imensas ilustrando noticias, mas grande parte dos usuarios ainda utilizam 800×600.
Faça o teste, experimente visualizar a home da globo.com usando 800×600 e vejam o resultado.
Um abraço.
Pois é… Eu fico me perguntando como fica o internauta médio diante de tanta informação. Será que ele se sente tentado a explorar o site ou foge desesperado, ao se deparar com tanta poluição visual?
Olá Amigos,
Noto que muitos entenderam o que eu quis dizer no artigo, outros fizeram suas críticas e outros talvez não tenham entendido. Mas o bom é isso mesmo, provocar a polêmica e partirmos para as idéias e soluções. 🙂
Talvez no artigo não fui claro em um ponto: não estou dizendo que uma notícia de televisão, por exemplo, deve ser descartada. O que deve existir na primeira capa do O Globo era o que existia antes: notícias agrupadas, em seus espaços determinados.
Vejam o caso do UOL. Tudo bem, as letras são bem pequenininhas. É um site também com muita informação. A diferença é que na UOL as informações são agrupadas. Assim quando vejo a caixinha Carros sei que ali tenho uma notícia de destaque e mais 3 ou 4 opções de notícias relacionadas a carros.
Já no caso da primeira página do O Globo, isso não acontece dessa forma. O que acontece hoje é que às vezes a notícia sobre televisão está no topo, às vezes lá no rodapé, às vezes no meio, sem qualquer indicação de que aquela notícia se refere a televisão, é como se tivesse lá, largado, jogado, sem qualquer critério.
Estou vendo isso com olhos de consumidor. Afinal adoro o Jornal O Globo desde pequenininho quando lia Globinho. Então pense comigo: existe aquele usuário que acessa o site de notícia procurando simplesmente fatos que ocorreram naquele dia ou nos minutos que se passaram. Como obviamente o usuário entra sem saber o que aconteceu minutos atrás ( e por esse motivo está entrando num site noticioso ), ele passa o olho procurando somente assuntos. Deixa eu ver aqui notícias sobre o Brasil, então, se ele estiver no O Globo ele terá, quase que obrigatoriamente, passar o olho em mais de 200 chamadas até achar o que ele quer.
É isso que quero dizer. Tem que existir notícia pra todo segmento, para os mais variados interesses. Mas porque não agrupar melhor isso tudo como faz tão bem o Google News ( onde podemos até escolher o que deve aparecer na capa )? E lá eu posso escolher se vai aparecer 300 notícias na primeira página ou simplesmente 10.
Trata-se de um artigo de minha autoria e claro, existe nele minha opinião pessoal. Mas independente de qual for minha opinião, o artigo teve como objetivo suscitar esse assunto, nos fazer refletir sobre isso, sobre o excesso que tanta informação pode nos trazer, até que ponto precisamos de tanta informação, enfim, acho que o objetivo foi alcançado. 🙂
Abraços,
Bruno Ávila
Concordo com a Renata.
O site saiu do padrão que muitossss utilizam, e o que ela falou semelhança ao jornal impresso faz sentido.
O layout foi projetado para uma resolução que quando vc entra na home não tem este impacto forte descrito no artigo, algumas informações importantes aparecem de primeira outras não.
O que acontece é que nós que trabalhamos com web, vemos à coisa como usuário e desenvolvedor, o usuário final mesmo tem outra visão que a nossa, ainda tem usuários que clica 2 vezes nos links.
Quem quiser fazer um teste vá a uma escola de informática ou uma lan observe os usuários que tem visão de apenas consumidor, eles olham tudo no site.
Acho que é isto que eles querem!
Abs!
Esperava algo menos agressivo contra o portal, visto que este artigo expressa a opinião pessoal e não é reflexo de pesquisa. Na minha opinião, a navegação do site o globo realmente está um pouco mais complexa do que a versão anterior, mas isto não deve ser tema de questão do webinsider. E pior, ainda passou meia hora pintando no paint todos os textos q encontrou falando q não consegue assimilar tudo… Por favor, guarde estes comentários pra vc.
Quem disse que o leitor tem que assimilar todas as matérias todos os dias?
Que é humano não assimilar tudo isso, até a equipe responsável pelo projeto do portal deve saber.
Como você mesmo citou, o Krug diz que somente passamos os olhos na tela.
Acredito que a pergunta mais pertinente seria: É possível localizar a notícia do seu interesse com facilidade? É só ela que Já que é só ela que você vai ler, mesmo que esteja num grupo maior de informações.
Por isso é que, na minha opinião, analisar a quantidade é menos importante do que analisar se conseguiram organizar bem a informação.
Ainda sobre a quantidade de informação, acho que é bem pertinente já que se trata de um site de notícias. É característico deste conteúdo que seja atualizado com uma frequência maior e por ser criado numa velocidade grande, tende a resultar num grande volume.
Também acredito que aquela chamadinha ali, da Alessandra Negrini, pode interessar mais a alguns leitores do jornal do que as notícias sobre política, mesmo que nem para mim nem para você interesse. Se o jornal não se limita a notícias políticas talvez não pretenda focar esse assunto. Se ele pretende atingir milhões de brasileiros, tem que admitir que eles terão milhares de interesses, não necessariamente comuns.
Quanto à sua pergunta Do que adianta tecnologia e um bonito layout, se a estrutura da informação não considera o que poderia ser excessivo ou irrelevante para o usuário?, acredito que a tecnologia que respeita as normas de acessibilidade voltadas à facilitação da ação dos softwares de apoio aos deficientes visuais, por exemplo, sempre adiantará muito à quem necessita dela, independente de todo o resto. São questões que não se amarram… é um argumento que não atinge o objetivo de questionar a quantidade da informação exposta.
Não tenho dor de cabeça por olhar o portal. O que tenho é a mesma sensação que tenho ao abrir o jornal, onde não preciso ler todas as informações expostas, desde que elas estejam organizadas de forma que facilmente eu possa localizar o que procuro.
Na verdade, sei que tudo o que eu falei aqui foi apenas opinião particular, porque percebi que seu artigo também expressa mais a sua opinião pessoal do que a apresentação de um erro propriamente dito.
Vou finalizar com um conselho para variar: relaxe para não ficar louco. Mesmo que existam fóruns, chats, vídeos, scraps… tudo ao mesmo tempo, é você quem decide o que quer e o que precisa utilizar. Se vai ser tudo ao mesmo tempo, a decisão é de cada um. Como é de cada um a decisão de não ler todos os livros quando entra em uma biblioteca ou de desligar a televisão quando não deseja utilizá-la.
Para o alto e avante, com um pouco mais de calma. 😉
hm… Moisés Ribeiro, desse um show, concordo com tudo que voce disse.
Mas, Bruno, sobre a Google Deskbar, eu não uso, mas normalmente esse tipo de programa você configura aquilo que quer ver.
Esse não tem isso ?
Exemplo: desligar a previsão do tempo. desligar as imagens. etc.
Na home deles abre um banner em flash em cima das notícias…
Nesse tipo de site eu fico 5 segundos. Pouco importa o layout ou o conteúdo.
Já me sinto bm louca tentando engolir milhares de novas informações todo dia!!!!
Preciso me cuidar.. rs
Adorei a matéria!
as informações mais importantes ficaram quase no rodapé do site, rs…
ae:
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uehuehuehueh..
Olhei sua matéria e fui a até o site antes de ler completamente.
Para não me sentir influenciado.
Minha visão foi praticamente a mesma.
É praticamente como colocar a capa dos principais jornais do brasil em sua frente ai você tem que ler a matéria.
Abri no Firefox a paginas internas e mais decepções, não funcionou corretamente.
Mas o layout me agradou tambem…
Abraço!
Amigao , realmente concordo com você. Atualmente trabalho numa empresa Multinacional que prioriza esse tipo de assunto , pois é nele que nos baseamos para uma melhoria de nossos sites sem atrapalhar nossos objetivos que é os proprios usuarios.
Parabéns , e espero que o site da Globo tambem se preocupe com isso , pois como eu e mais milhoes de pessoas acessam o site todos os dias sentira muito fidiculdade para navegar nos conteudos
Perfeito.
Visitei o site e achei uma loucura mesmo haha, muita informação na pagina inicial do portal, eles deviam ao menos fazer uma triagem das noticias mais pesquisadas com seus respectivos gêneros e assim fazer uma triagem do perfil de casa usuário para o site exigir uma informação válida de acordo com o perfil de cada visitante, é uma coisa simples de fazer e facilitaria MUITO a vida dos visitantes.
Bom dia.
Atualmente trabalho com Gestão de Qualidade, no entanto anteriormente atuava na área de treinamento e desenvolvimento e, como tal, sempre aprendi que não devemos vomitar muitas informações ao mesmo tempo. Já que temos muitas informações a transmitir e vários públicos a atender, por que não estimular a navegação do leitor com as chamadas mais importantes, porém, de alguma forma levá-lo até a informação que ele quer?
Atenciosamente,
Rodrigo
22 anos.
O assunto abordado é uma bem verdade, ouvi comentários que seria uma nova tendência criada pela globo, pode até ser. Eu deixei de acessar o O Globo em busca de notícias, acredito que alguns fizeram o mesmo, informação de mais exposta na tela do micro agride os olhos, isso é chato!
Aê Bruno, não perco um artigo seu, agora no seu primeiro artigo aqui na Webinsider e olha só: postado dia 15/8, ai vem 16, 17 e 18, em três dias até o momento que postei já haviam 15 comentários, você é um suceso Bruno.
Bem, vou me colocar do lado de quem projetou o site. Acredito que não conheço ninguém da equipe, mas façamos o exercício.
Imagine que tu trabalhas na equipe de um dos maiores JORNAIS do Rio. Tens que passar pra web, a informação diária que um jornal tem. Agora, imagina a descrição de público-alvo que vem no teu briefing… Alguém consegue me descrever?
Você não tem capa e contracapa que o leitor vire rápido e leia. Não tens cadernos (esportes, economia, política, cotidiano). Ou melhor, tens, mas assim à mão do teu usuário, não (ele precisa clicar…). Se tu não fizer chamadas de cada seção na home, não espere que ele vá visitar a tua seção de esportes (a não ser que ele já seja acostumado a isso…).
Eu acredito que, se na home desse site – que, vejam bem, não é o site de notícias da globo.com, mas o site do jornal O Globo – tu não tiveres muita informação, sobre tudo que o jornal do dia tem, não vais conseguir atingir todos os públicos.
Na edição impressa, o leitor/usuário pega o caderno de esportes e lê, direto. É uma questão de espaço físico, mas mesmo assim, a capa/home, normalmente traz as chamadas principais. Ele não vai embora do jornal impresso. Ele não toca o jornal fora, compra outro e lê, numa analogia ao fechar o browser e ir pra outro site. Aqui na web, se ele não ver a notícia do time dele na capa, ele vai pra outro site, que informe isso.
Outra coisa, a tão falada coluna de 1024. Ela atrapalha quem usa 800×600? Ao meu ver, não. Ela inclusive, está delimitada ali. E apresenta conteúdos de 2ª importância, numa boa solução de uso.
Claro, sejamos críticos um pouco. É óbvio que vai chegar o momento que os usuários irão segmentar conteúdo. O NYTimes já faz isso com o MyTimes (my.nytimes.com). Mas acredito que nossos usuários não vêm sendo aculturados pra isso. Poderíamos começar com pequenas ações de segmentação e personalização, por parte dos grandes portais de informação, que ainda têm uma legião de usuários.
Mesmo assim, essa legião corresponde a menos de 15% da população do país. 85% dos brasileiros ainda conhecem o jornal como ele é, de papel. E como convencer os grandes editores de jornais a ousar nos projetos de jornais online?
Agora, voltando à análise: faça a mesma análise visual na home do Webinsider. Quantas chamadas e informações temos lá?
[ah, não esquece de contar os itens de menu…]
Abraços!
Bruno,
Com certeza o site da globo está recheado de noticias , e sem dúvidas ninguem irá ler nem 25% do que eles injetam no site , e isso vai das massas, a maioria da mulherada gosta de ir lá e ler coisa de novela , homens gostam de futebol, política e automóveis a garotada gosta de jogos , brincadeiras , chat e sites de relacionamentos; Fazer um site com noticias atualizados de hora/hora não irá atingir nenhuma das massas … só se eles misturarem tudo.. e se fizerem isso ninguem vai querer esse catupiry, não confio em portais , acredito que não atinge público e o feed-back é extremamente demorado , a Globo com certeza só está fazendo essa corrida de noticias volumosas em seu site para mostrar SOMOS FORTES NA TV E NA WEB! .
Hipocrisía =)
Para o alto e avante!
Qual a dificuldade de separar sites em cadernos, como o próprio Jornal? Exemplo http://www.globotempo.com http://www.globocotidiano.com http://www.globomundo.com, informação é poder, informação demais é excesso de poder e navegante indo para outros mares. Como menino Bruno citou, cadê o bonequinho? Nossos cérebros são prisioneiros da estética do acostumado, já dizia um velho Internauta globalizado ( Voltaire ) a liberdade é apenas o direito de escolher qual prisão .
Se uma criança de 6 anos não entende, tá ruim em usabilidade. ( TioWlad )
quando eu vejo um site muito poluido como o do Globo, não penso duas vezes… copio o link, colo no firefox e uso o CTRL+F até achar o que procuro…
em segundos o CTRL+F encontra o que meus olhos não conseguiram ver 😛
Totalmente sem sentido a colocação. Cada um filtra as informações necessárias para suas atividades. Lembre-se de que estamos num mundo globalizado e as informações são importantes, bata o olho e filtre o que é bom para você.
O conceito de um jornal e uma ferramenta de busca são totalmente contrários, cada um na sua.
realmente é verdade. muita informação para muito site, banda, brand ou seja: consultas e impressões.
sou fã do site da globo.com/redeblobo.com.br. acho sempre muito interessante e os conceitos de inovações, fixação de brand e marketing viral.
Eu concordo em parte que o Globo on line piorou, mas pelo menos ainda mantém os links para as matérias, sem haver necessidade de se entrar na chamada edição eletrônica. Neste ponto, nota zero para o JB Online, que agora, inclusive exige cadastro para o acesso. O JB foi o primeiro jornal on-line neste país. As sucessivas mudanças editoriais tornaram o jornal claudicante e burocrático.
Mas, em qualquer um dos casos, o que se espera, e nisso O Globo ainda é mestre, é que o internauta ceda informações, coloque fotos, preencha cadastros, etc, o que, de certa forma, eu não sou contra, mas nunca neste exagêro. A intenção, claramente, é aumentar a receita. Infelizmente, a Internet sem lucro e com participação desinteressada, acabou virando estorinha do boi tatá! Se existe, existe na mão de meia-dúzia, daquelas pessoas que têm espírito generoso, ou não se importam em compartilhar achados ou informações, sem levar algum.
E como na Internet, clica quem quizer, eu sou que não clico em quase mais nada. E creio que a solução é ainda achar fontes de leitura de melhor qualidade.
Concordo também que a quantidade de informação está com um certo exagero, mas percebesse uma tendência nessa expansão.
Os sites de grande mídia internacionais (NY times http://www.nyt.com, CNN http://www.cnn.com, etc) já utilizavam essa composição a um certo tempo (de expansão total de informações em 1240 x 1024) e agora, pouco antes do lançamento da nova home http://www.oglobo.globo.com, uma das concorrentes nacional, Folha Online http://www.folha.uol.com.br, adotou o modelo de expansão total em 1240 x 1024.
Então, vejo com uma tendência de mercado.
Um abraço!
Muito bala. Também achei exagerado as infos no site do O Globo.
Além do pecado de não funcionar bem no Firefox…
olá bruno,
parabens pela materia, realmente eles queriam transformar o jornal impresso em web, sendo bem realista, nao consigo enchergar todas aquelas noticias, nao sei como eles chegaram a esse resultado, mas eles tem uma equipe muito boa e acho q logo logo eles vao corrigir isso, e vamos ter q aprender o site todo denovo
valeu
Pois, é! Podemos ficar very crazy!
Melhor do que muito informação, é ter uma referência confiável.
Abraços
É, muito bom o artigo. O excesso de informação a qual somos expostos diariamente não só na vida real, como na virtual é gritante. O site do Globo Online, como exemplo, virou uma sopa de letrinha.
Mas eu tenho que chamar a atenção para o quinto parágrafo, Bruno. Percebi um juízo de valor e não acredito que classificar conteúdo baseado nessas perguntas seja o mais adeqüado. No entanto, imagino que, para *esse site em específico* (e não para sites de notícias em geral, como eu entendi na matéria), o público-alvo realmente não deve ter as notícias de entretenimento como prioridade. Logo, não deveriam constar na página em uma posição de destaque. Neste caso, eu concordaria com você.
De resto, parabéns pelo texto. 🙂 Abraços!
Olá Bruno, além de sua excelente matéria, tá de parabéns, você tocou num assunto muito delicado e pouco relevado, a quantidade de tarefas autonomas, os fotologs, youtubes…, e imagino o que isso repercute em um ambiente de trabalho, onde uns 3 anos atrás, a preocupação dos administradores era bloquear webmail e msn, e hoje, como fazemos?
Quanto tempo gasta por dia uma pessoa pra atualizar todas estas coisas?
E em nossa casa, quanto tempo longe de família e de pessoas queridas desperdiçamos para dar atenção as massa, nem tão próximas e queridas assim…
Vale uma matéria!
Olha que surpresa boa! Quando li o Para o alto e avante nem acreditei, tive que ver o nome do autor do artigo! Que show!! Parabéns!!
Bruno Avila é webdesigner e nas horas vagas escrever artigos para a Webinsider! hehe!! Sou teu fã cara!! Abraços!!
A grande questão é:
O que é importante para um usuário pode não ser importante para outro.
Poxa, previsão do tempo é importante para quem sai de casa todos os dias. Quero saber se devo levar o guarda chuva ou não. Para quem não sai de casa isso tem pouca importância.
O que falta no site da Globo é uma segmentação de conteúdo de acordo com as preferências de cada usuário.
Eu tenho que dizer para o site: Não quero saber da Alessandra Negrini; e o site nunca deve me mostrar informação sobre ela.
Antigamente tinha de visitar cotidianamente cerca de 15 sites para me considerar por dentro do que rola sobre web. Hoje personalizo a página inicial do Google, vejo apenas as matérias das manchetes que me interessam e pronto. Claro que ainda tenho de digitar muitas URLs no meu navegador, mas bem menos que no passado.
Essa é a grande sacada da web 2.0: O usuário tem o poder de decidir o que quer consumir e tem mecanismos para dizer que não concorda com o que lê e gerar o debate.
A boa e velha formula: Tese x Antítese = Síntese finalmente esta sendo explorada de forma mais inteligente na internet.
Concordo em numero, gêneros e Grau.
Desde da inauguração do novo layout que estou procurando a coluna do Ancelmo Gois, ja estou pensando em pegar o avião e ir no apartamento dele pra saber das notícias do que ficar tentando acha-las no site………..kkkkkkkkkk
Sou jornalista e já havia percebido o excesso de notícias no site de O Globo. Se por um lado isso é bom, por outro torna-se cansativo ficar lendo títulos minúsculos principalmente na parte inferior da página. Mais design e notícias na dose certa.
BRAVO! BRAVO ! BRAVO!
Como exemplo de que excesso de informação pode mais atrapalhar do que ajudar, simplesmente cito o (possivelmente) site mais importante da web: o google.
Existe alguma informação além da necessária na sua página inicial?