Wikinomics, o que isso significa para o meu negócio?

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

Banda larga cada vez mais abrangente, convergência digital, e uma geração global, mudaram para sempre o modelo econômico. Hoje, é possível que pessoas de qualquer lugar do mundo possam colaborar entre si, discutir e desenvolver produtos e serviços cada vez mais inteligentes.

Seu negócio está tirando proveito disso?

No dia 29 de setembro, na feira Inovatec, em Belo Horizonte, ocorreu a palestra: Wikinomics, como a colaboração em massa pode mudar seu negócio, por Anthony Williams. Após a palestra, pude conversar um pouco com o co-autor do livro e palestrante e divido aqui alguns fatos e impressões sobre um novo modelo econômico que emerge.

Hoje, vivemos um momento em que as barreiras locais foram suprimidas. Se você tem menos de 30 anos você é parte da primeira geração realmente global. Você sabe, as coisas mudaram.

O jornalismo já não é feito da mesma maneira, a ciência também não. Diversas empresas começam a entender estas novas regras, e estão criando marcas globais aproveitando esta oportunidade que surge.

Pela primeira vez, fatores como mobilidade, acesso a experiências multimídia online e convergência podem aproximar pessoas de verdade e ferramentas permitem criar conteúdo coletivamente, de maneira funcional. Esta revolução traz dados que podem apavorar grandes marcas:

  • Existem hoje 100 milhões de celulares na África subsaariana (uma das regiões mais pobres do planeta já é interligada ao mundo todo digitalmente e este é só o primeiro exemplo);
  • O portal Blogger possui três vezes mais acessos que o portal da CNN;
  • O MySpace é dez vezes maior que a MTV.

Dados como estes são prelúdio de uma grande mudança no cenário global, que abre oportunidades para empresas criarem comunidades, oferecendo produtos e serviços que supram realmente as necessidades das pessoas e seus desejos.

A fronteira entre o mundo digital e o real se rompe quando vemos produtos sendo gerados por uma pessoa em Londres, outra em Belo Horizonte e outra ainda em Tóquio.

As pessoas navegam o mundo real hoje, e querem mudá-lo. O Google Street View já permite ter uma caminhada virtual pelas ruas de cidades ao redor do mundo. O computador se tornou um instrumento global, já somos capazes de afetar a realidade externa à internet apenas por estarmos online. Surge um cenário em que dados estão cada vez mais disponíveis, apenas esperando algoritmos que os relacionem.

Hoje, 71% dos brasileiros jovens entre 18 e 25 anos prefeririam viver sem TV a viver sem internet. E 67% destas pessoas cria ou modifica conteúdo online.

O grande acesso à informação aumenta o conhecimento do consumidor, que se mobiliza para melhorar e alterar produtos e serviços criados por empresas. O iPhone foi desbloqueado em duas semanas e a cada release novo este intervalo de desbloqueio cai ainda mais. A comunidade em seu site oficial anuncia: “Jornalistas, não temos um líder oficial”

A cultura de colaboração se manifesta nas licenças de conteúdo intelectual, e o Creative Commons incentiva a co-criação e o remix.

Bom, após visualizar este cenário, você se pergunta: – Como isso pode mudar o modo como minha empresa se relaciona com o mercado?

As empresas que querem se aproveitar deste cenário precisam entender que seu papel será mais o de facilitadores para levar o conteúdo a quem o necessita do que criá-lo.

Para isso, é hora de se acostumar com algumas idéias:

  • O departamento de pesquisa e desenvolvimento da sua empresa é o mundo;
  • Acostume-se em viabilizar mais idéias externas que internas;
  • Aprenda a gerenciar comunidades;
  • Open Source Marketing funciona: vide Doritos Superbowl;
  • Surge uma OpenDemocracy, onde pessoas usam a rede para exercer a cidadania. É o exemplo da Democracia 2.0, projeto que visa permitir que as pessoas organizem e escolham as propostas políticas mais interessantes. Ainda está em desenvolvimento, pelo meu amigo Edmar);
  • Conecte quem busca solução com quem desenvolve soluções;
  • Abertura e adoção de padrões criam mercados;
  • Esqueça outsourcing, o futuro é worldsourcing e trabalho remoto;
  • Esqueça a multinacional, a empresa do futuro é global.

Grandes mudanças criam grandes oportunidades.

Você, já começou a transformar sua empresa em uma empresa global? [Webinsider]

.
Leia também:

…………………………

Avatar de Diego Gomes

Diego Gomes é fanático por blogs, marketing de conteúdo, lean startups, growth hacking e outras dezenas de buzzwords. Fale com ele pelo Twitter @dttg ou pelo site rockcontent.com.

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on telegram
Share on pocket

8 respostas

  1. Grande artigo!
    Pobres coitados os que não se atualizarem rapidamente e visualizarem o novo mundo, as novas perspectivas do mundo na Era Digital. Coitados daqueles indivíduos e empresas que ficarem presas ao século XX. Tempos atrás fiz uma palestra e apresentei o vídeo EPIC para a audiência, vale a pena… http://br.youtube.com/watch?v=Hr8e3j2XglA

  2. Grande artigo.

    Me parece que o Marcelo não leu o texto inteiro antes de comentar. Basta ver que grandes empresas estão usando os conceitos de colaboração para lucrar mais o livro mostra vários exemplos disso, não entendo onde o comunismo tem relação com isso.

  3. Este mercado é relativamente novo. Estamos numa etapa de fusão entre a cultura digital e a presencial. Há mudanças na forma como as pessoas se comportam nessa nova realidade e muito pouco da cultura digital está difundida no meio corporativo. Compreender essas mudanças e conseguir projetar ações efetivas nesse meio é um expertise que irá posicionar muito bem as agências interativas que se propuserem a trabalhar com isso. Não podemos ficar indiferentes a essas mudanças, e considerar que podemos avaliar esse novo mercado com as regras antigas, é andar para trás. Concordo com os pontos destacados pelo Diego, e penso que antes de alguém criticar as idéias apresentadas, deve antes consultar a bibliografia do livro que serviu de referência para o artigo.

  4. Acho que o cenário que foi colocado no texto é ainda para poucos, para muito poucos. São tendências que já começam a permear nosso mundo, porém não sei até que ponto ela regirá nossas vidas ou a economia em si.
    Acredito que o processo colaborativo não é para todos e ainda é muito longe de nossa realidade cotidiana.
    O processo colaborativo é extremamente pertinente e surge como uma tendência importante, mas ainda não sei até que ponto ele pode ser considerado um movimento de mainstream, acredito que nunca será.
    Acredito também que a colaboração depende muito ainda da iniciativa das grandes empresas.
    Também não acho que você seja um comunista enrustido.

    Abraço.

  5. Comunista enrustido? Crítica ao modelo econômico atual? Bom, acho que você não entendeu o espírito da coisa.

    Bom, eu realmente acredito nas coisas que escrevi. Mas de qualquer forma, gostando ou não gostando, o importante é levantar o assunto e fazer críticas que melhorem o nível da discussão, certo?

    Abraço!

  6. Mais do que trazer ACESSO à informação, a rede permite que se CRIE e DIVULGUE informação sem discriminação entre pequenos e grandes. Estar ombro a ombro com o usuário ao invés de tê-lo num ambiente controlado, mensurável e manipulável é uma perspectiva aterradora. Sobretudo para as grandes empresas, que têm uma dificuldade muito maior de adaptação do que as pequenas.

    Grande texto, cara. Mandou bem.
    abraço !

  7. Cara, acho que você tem um referencial muito teórico ao escrever seus textos e acaba perdendo o pouco do contato com a realidade.

    Você pinta um mundo que não existe: um mundo onde as barreiras locais foram suprimidas.

    Na boa, isso é técnica de comunista enrustido querendo criticar o modelo econômico atual, que aliás, não foi suprimido coisa nenhuma.

    Seu texto nada mais é do que uma tag cloud de clichê.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *