Muito se fala da importância crescente que os motores de busca têm em nossa vida e esse papel vai mais além de um site: no celular, no GPS, no Twitter… E mais, além de digitar, hoje há opções de fazer busca por voz.
Para os publicitários o desafio é: qual o comportamento do usuário de um site de busca em cada uma dessas situações? Como otimizar seu site para as diferentes situações?
David Berkowitz, diretor de Emerging Media and Client Strategy da agência 360i e um dos expoentes do mercado norte-americano quando se trata de tendências em busca, escreveu recentemente um artigo muito interessante em sua coluna no Search Insider.
Ele lista diversas situações para demonstrar que o comportamento do usuário é diferente, dependendo do momento e da plataforma utilizada.
Fiz uma adaptação para o português, com a devida a autorização de David. Vamos considerar Mariana, uma jovem executiva que mora em São Paulo e está procurando pelos melhores cookies – os biscoitos e não os de publicidade :-).
Algumas das opções de serviços listadas ainda não estão disponíveis no Brasil.
No PC de casa, no site de busca favorito
Digita “melhores cookies São Paulo”. Mariana quer uma sobremesa gostosa depois do jantar.
No computador do trabalho, no site de busca favorito
Digita “coookies Vila Olímpia”. Ela quer comprar na hora do almoço em algum lugar perto do escritório.
Yahoo Respostas
Digita “Quem faz os melhores cookies de São Paulo?” e aguarda as respostas, até selecionar a melhor.
Twitter
“Alguém sabe onde comprar os melhores cookies de São Paulo??. E espera que alguma das pessoas que a seguem possa dar uma boa dica.
SMS para os sites de busca
“Cookies São Paulo”. Mariana ouviu alguém falar sobre uma loja chamada Sprinkles que faz cookies deliciosos, mas não pegou o endereço. Então manda um SMS para GOOGLE (466453).
Orkut – Comunidade “Eu Adoro Cokies!! E Vocês??”
Cria uma enquete “Na sua opinião quem faz os melhores cookies?” e espera por boas sugestões de quem mora em São Paulo.
WAP (internet móvel)
Digita “sprinkles São Paulo SP” no Internet Explorer do smartphone equipado com Windows Mobile 6.
iPhone
Ao digitar “sprinkles so” ela não se dá bem com o teclado touch-screen e o recurso auto-completar. Na segunda vez ela consegue digitar “SP” corretamente.
iPhone: Google Voice
Ela fala “Sprinkles” seguido de “São Paulo”. Como Sprinkles é também a razão social fica mais fácil ainda encontrar a loja.
GPS no carro
Aí complicou… Será que é uma padaria ou uma doceria que ela deve procurar em “estabelecimentos comerciais”?
Com o avanço da tecnologia, Mariana pode ainda fazer outras buscas: durante um voo em um dos aviões da American Airlines equipados com wi-fi a bordo; se morasse na Europa poderia usar o novo relógio de pulso da LG que será lançado em breve e que oferece reconhecimento de voz e mensagens de texto; nos EUA buscaria direto na televisão se tiver uma Samsung equipada com tecnologia Intel e rodando serviços do Yahoo, que foi lançada na última Consumer Eletronics Show.
Acho que já deu para pegar o espírito da coisa, não?
Eu por exemplo adoraria que o Google criasse um aplicativo para TV por assinatura onde eu pudesse buscar meu programa favorito digitando palavras-chave no controle remoto. Afinal, quem foi o gênio que disse que aquele mosaico com um monte de imagens na tela é eficiente para achar alguma coisa? [Webinsider]
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Marcelo Sant'Iago
Marcelo Sant'Iago (mbreak@gmail.com) é colunista do Webinsider desde 2003. No Twitter é @msant_iago.
3 respostas
Olá, muito interessante seu post sobre busca. E o comentário também.
Aliás, estava fazendo um protótipo para controle remoto e navegação em TVs digitais. O negócio é tão bagunçado que fica até difícil achar até as funcionalidades que eles oferecem. Agora, imagine isso para uma senhora de 50 anos?
Beijos. Parabéns!
Fazer busca, faz parte da rotina de qualquer ser mortal da fase da Terra. Por ser fácil, rápido e colaborativo, tudo é encontrado mais facilmente em qualquer midia (móvel, fixa etc..)
ta ai uma boa dica de midias
para elaboração de um PPO.
ou não?
grande abraço!
PS: ótimo Post