Gerência dos projetos de AI segue Scrum

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Discutir metodologia de projetos não é só para gerentes de projetos. O profissional de arquitetura da informação vem ganhando cada vez mais espaço dentro das empresas, portais e agências. No entanto, ainda há necessidade de alfabetizar a equipe de trabalho sobre o papel do arquiteto da informação dentro do processo.

É certo que, metodologias devem ser aplicadas de acordo com as necessidades de cada empresa X projeto, porém percebi, nos discursos do EBAI 2009, uma tendência à implementação de metodologias ágeis dentro de uma rotina de arquitetura da informação em quase todos os trabalhos que falavam sobre metodologias.

Vou usar a como referência a palestra da Globo.com, feita por Leandro Gejfinbein – atual gerente de arquitetura da informação do portal. A meu ver, ele definiu muito bem os caminhos e responsabilidades de um AI. Tudo muito próximo do que já vem sendo adotado pelo Scrum, onde a principal semelhança está na eliminação dos entregáveis (documentos protótipados) e apresentação dos primeiros layouts em tela como produto de User Experience.

Acompanhe comigo:

Metodologia

  • Compartilhamento de responsabilidades.
  • Comunicação e não documento.
  • Orientado à entrega, não ao protótipo.

Papel de AI

  • Pensar o projeto como um todo, porém, fazer a entrega por etapas.
  • Ideal para lidar com o sistema de informação – pensa de forma ampla, na experiência do usuário e não na gestão de projetos, apesar de ser importante ter uma boa noção para priorizar responsabilidades.
  • Fazer uma matriz de funcionalidades de todo o portal e, se preciso for, montar o protótipo apenas para ser usado como suporte interno e documentação, sendo que este pode ter a menor fidelidade possível para agilizar as entregas.
  • Dividir com o designer a responsabilidade sobre a experiência do usuário e sobre a navegação.
  • Aumentar a responsabilidade do profissional de inteligência de dados e analista de sistemas dentro do projeto desde o início.
  • Dominar todo contexto de informações daquele produto, zelando pela experiência, usabilidade e melhor buscabilidade, proporcionando um sistema de integração inteligente.

Quando Leandro levantou esses pontos (lembrando que essa foi a minha interpretação do que ele disse), o pessoal que trabalha com tecnologia ou empresa de software não concordou muito com a ideia. Afinal, é compreensível. Porém, os arquitetos de informação que trabalham com atualização de portais de conteúdo e agências de propaganda se identificaram bastante com isso, já que muitos deles já haviam adotado essa postura junto à sua equipe e clientes.

Isso pode ser exemplificado também com a palestra de Felipe Memória, diretor de design da agência HUGE. Ele comentou sobre essa mesma postura em sua experiência no exterior. Na HUGE, onde eles eliminaram do processo a ?exigência do wireframe? como material de apresentação para os clientes.

E, em uma conversa complementar no final da palestra, ele me explicou que, antes de começar o projeto, a prioridade passou a ser a apresentação de uma amostra real do design do projeto e não a produção da matriz de funcionalidades e do wireframe, que deveriam ser usados caso a caso. Nesse processo, o protótipo continuou a ser usado especialmente para testes ou suporte à equipe, porém, somente nos casos essenciais ou conforme pedido do cliente que era apresentado o protótipo em alta fidelidade.

Mais uma vez, isso prova a capacidade que um profissional de arquitetura da informação deve ter para pensar na experiência do usuário de forma ampla e sua responsabilidade com a consistência do sistema de informações.

Como Andrew Hinton, diretor de práticas profissionais do IA Institute, e Gil Barros apontaram: o bom senso muitas vezes supera qualquer metodologia. Com ele, acrescido de experiência profissional, é possível fazer um site bem sucedido, usando testes de usabilidade somente após a implementação de um projeto. [Webinsider]
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Avatar de Melina Alves

Melina Alves (@melinalves) fundadora da DUX Coworking. Consultora em User Experience, Designer de Experiência e Interação. Mantém o blog Melina Alves.

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Uma resposta

  1. Ainda sou totalmente leigo sobre Scrum. Estou esperando acabar um projeto que está me consumindo para pesquisar e estudar a respeito.

    A metodologia adotada na empresa que trabalho (PMI) atende a demanda, mas a área de AI e UX é bem desconhecida aqui, e necessito adotar as metodologias de AI para que possamos adequar nossos projetos com maior qualidade final.

    Creio que é válido todo o tipo de documentação, que não seja “encheção de linguica” e que otimize processos e integre melhor a equipe.

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