Há alguns anos, um novo termo foi incorporado ao vocabulário dos entusiastas: a nanotecnologia*. Explicar o termo e suas possibilidades é algo que pode ser complexo, mas vamos tentar tornar simples.

Quando a eletrônica foi aperfeiçoada, na década de 1950, saímos da “Era da Válvula” para a “Era do Transistor”. Significou uma diminuição drástica no tamanho dos equipamentos.

Para se ter uma idéia dessa escala, basta dizer que uma válvula tinha o tamanho de uma lata de óleo e um transistor é menor que um grão de feijão. Essa mudança provocou uma revolução tecnológica e a eletrônica firmou-se como a grande tecnologia do século XX.

A segunda onda foi provocada pela informática. Os físicos e engenheiros desenvolvedores de hardware criaram tecnologias de integração de componentes em chips eletrônicos, o que possibilitou o surgimento da microeletrônica. Com ela, a informática desenvolveu-se muito desde a década de 1970 e, principalmente, a partir da segunda metade da década de 1990.

Hoje, temos computadores com processadores que possuem em seus núcleos mais de 100 milhões de transistores integrados. Mas essa escala de integração tem limites onde se podem manipular os materiais semicondutores.

Acima destes limites, chega-se ao nível molecular dos materiais. É aqui que surge a nanotecnologia.

A nanotecnologia é a criação de novos materiais e dispositivos através da manipulação da estrutura desses materiais conhecidos. Ela traz possibilidades fantásticas para diversos setores industriais, sendo especialmente interessante para a área de tecnologia da informação (TI).

Um dos projetos mais interessantes da nanotecnologia, divulgado em 2009, foi o Nokia Morph. É uma animação que mostra um suposto celular desenvolvido com nanotecnologia. O vídeo mostra possibilidades como flexibilidade do material, impermeabilidade, sensores e até mudança de cor do aparelho.

Outra possibilidade da nanotecnologia é a utilização de íons de prata em equipamentos de ar condicionado, refrigeradores e máquinas de lavar.

Os íons de prata funcionam como filtro e purificador de ar, removedor de odores e auxiliar na limpeza profunda de tecidos. Com a nanotecnologia, os materiais que conhecemos hoje irão mudar. Basta dar tempo para que esses produtos saiam dos laboratórios e cheguem efetivamente ao comércio da esquina. [Webinsider]

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Almir Meira Alves

Almir Meira Alves é professor de Redes de Computadores e Telefonia IP da FIAP e da Faculdade Módulo. Engenheiro eletrônico, pós-graduado em Gestão Empresarial. É também técnico em Telecomunicações pelo CEFET/SP.