Vamos de uma vez por todas acabar com essa história: alguém algum dia em algum lugar em um passado remoto soltou a afirmação que a taxa de clique médio do mercado brsileiro é 0,12%. Ou qualquer coisa em torno disso. E hoje boa parte do mercado repete isso como verdade absoluta.
Pois bem: alguém pode me mostrar este estudo ou pesquisa?
Não, porque não existe e é uma grande bobagem este tal de CTR médio.
Didaticamente explico:
1. CTR de super banner é igual de full banner? Ou de Sky?
2. CTR de uma peça posicionada no alto da página é igual a de uma no meio do conteúdo ou no rodapé?
3. CTR de uma campanha de varejo, com forte “call to action”, é igual de uma de produto de consumo, voltada a branding?
4. CTR de uma campanha num site vertical é igual a de um portal horizontal?
5. CTR de peça em Flash é igual a de gif ou com vídeo?
6. E se a pessoa não clica na peça, a campanha foi um fracasso?
A resposta é NÃO para todas as perguntas.
Some a isso o fato de que a frequência de exibição da peça também tem influência direta no CTR, assim como o o conteúdo da página em que ela está inserida.
E por último, de que adianta um CTR alto se você não mede o que aconteceu depois do clique, quando o consumidor chega a seu site? Já vi campanhas com CTR alto e zero de conversão. De que adianta?
Então, ou cria-se um estudo sério pra medir o tal CTR médio por formato ou acabamos com esta besteira de “CTR médio de mercado”. [Webinsider]
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Marcelo Sant'Iago
Marcelo Sant'Iago (mbreak@gmail.com) é colunista do Webinsider desde 2003. No Twitter é @msant_iago.
14 respostas
Eu consegui um CTR de 30% pelo AdSense em um caso excepcional. Geralmente, fica entre 1% e 2,5%.
A história do 30% de CTR está aqui bit.ly/NWsXKd
CAra, trabalho em um veiculo com mais de um site vertical e posso afirmar algumas cosias:
– Posicionamento influencia
– Qualidade da peça influencia
– Adequação da comunicação com o conteúdo do site influencia
– tempo de campanha influencia
– % de visibilidade no site influencia
– se é home, ros ou página determinada influencia
São inúmeros fatores.
Já vi campanhas de CTR de 37% e de 0,001% no mesmo site, peças que estavam concorrendo no mesmo posicionamento. E sabe o que foi mais incrível, o cara do CTR bunda me ligou elogiando, falando que o telefone dele não parava de tocar. Logo, o click não servia de nada…..
segundo a clicky isto varia em cada mercado.
Excelente texto.
Simples e direto!
Parabéns e obrigado pela dica.
Oi Marcelo,
Adorei ! O mercado precisava dessa matéria.
Beijão
Rê
Leiam o relatório da ComScore: How to Build Brands Using Online Advertising: Lessons Learned
Grande Marcelo, concordo com seus pontos e com os comentário da Pat, mas achei importante levantar a bola para a iniciatiava que, apesar de longe de ser a ideal, serve como parâmetro mínimo de benchmark, ainda que baseado em uma amostra.
Acredito que essa demanda por índices se deva à imaturidade geral da indústria, onde existe uma expectativa alta para justificar os investimentos nos meios digitais, que muitas vezes, ainda são encarados como apostas.
A muito procurava pelo tal “CTR médio” e me sinto mais tranquila ao ver neste artigo que há muito mais a analisar além do CTR.
apenas uma correção, o nome da empresa é AUNICA.
abraços
Nádia
Excelente artigo.
É muito bom levantarmos essa discussão, polêmica, mas necessária.
Muitas vezes os veículos são responsabilizados pela taxa de CTR abaixo do esperado, quando sabemos que há vários fatores tangíveis e intangíveis que levam a pessoa a clicar na peça. Definitivamente essa não é uma responsabilidade exclusiva do veículo.
Existe toda uma análise do marketing que se antecede a isso, e que tem influência direta no CTR.
Esqueceram de analisar a criação, a distribuição, o preço, a sazonalidade, a relevância do conteúdo, da campanha, dos canais, o publico alvo, etc., etc., etc.
Marcelão,
Boa levantar esse ponto.
Estamos sempre tentando convencer nossos clientes de que CTR não é a métrica principal a ser considerada em um plano de mídia, mas em algum lugar de um passado remoto, alguém falou que era.
E, infelizmente, a maioria deles ainda continua acreditando nisso.
Vamos lá, já que estamos aqui neste mercado há tantos anos ouvindo sempre as mesmas argumentações, fica a dica: pense nas suas métricas de sucesso antes de iniciar o planejamento, pois assim o time de mídia consegue desenhar um plano que venha atender exatamente os objetivos de comunicação.
Basicamente exemplificando:
– Se você quer vendas, pensou em considerar CPA?
– Se você quer branding, já considerou mensurar o tempo de interação do usuário com a sua publicidade?
– Quer fidelizar? Já ouviu falar em Returning Visitors?
Enfim, isso é papo longo, mas acho que vale levantar a bola porque nosso mercado precisa evoluir além dos 0,12% ou 0,qualquer coisa % em CTR.
Obrigada pelo post.
Bjo Grande,
Pat Barcelos
Cesar
Conheço e sem dúvida a iniciativa da Unica é louvável, porém está longe de poder ser considerada uma média de mercado:
1.Limita-se aos clientes que usam os seus serviços, assim como as métricas do Alexa, por exmeplo, retringem-se a quem tem a barra de ferramentas instalada, apesar de muita gente usar como métrica de mercado.
2. Está do lado dos anunciantes e agências e não dos veículos. Mas sabemos que muitos anunciantes e agências ainda não usam ad server ou trabalham com os concorrentes da Unica.
Pra ter um CTR médio teria que ser medido nos veículos e por uma plataforma comum. Por exemplo, a empresa onde trabalho, a Realmedia, faz adserver de alguns dos principais portais do mercado (iG, Globo.com, Abril, Estadao, etc), mesmo assim se ela criar um índice ficariam faltando MSN, Yahoo, UOL e Terra, sem contar Google.
O IAB, por exemplo, teria que nomear um fornecedor para taguear os veículos (isso acontece no Chile, por exemplo) e aí sim haveria uma métrica unificada de mercado. Mas, será que vale a pena este esforço?
O ponto é que o CTR é uma métrica extremamente limitada e boa parte das agências ainda se abraça a ele como sendo o Santo Graal da publicidade, sem se preocupar com o que acontece após o clique ou mesmo quando não há clique. Este foi o motivo do artigo.
Vou dar meu exemplo já clássico: vc quando vê um outdoor para o carro, dá um tapa no cartaz e vai correndo no supermercado comprar o produto anunciado? Não, né? Então porque este amor todo por CTR?
Oi Marcelo, existe um estudo sério sobre a média de CTR nas campanhas, trata-se do IUPD, Indice Unico de Performance Digital, realizado mensalmente pela Unica, uma empresa que mensura uma amostra considerável de campanhas veiculadas no cenário Latam e que é dividido por tecnologia (Rich Media, peças simples etc) e perfil de Ação (Varejo, Branding etc).
Claro que o modelo ainda precisa ser desenvolvido, porém já é um importante passo na criação de um benchmark para o mercado.
Abraços!
CLAP ! CLAP ! CLAP !
Kct..isso sim é texto… sem enrolação…