Conversas das redes sociais viram notícia de jornal

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O tema está na moda. Basta um assunto ser bastante comentado nas redes sociais para torná-lo notícia.

Recentemente, um pedido de casamento pelo Twitter ganhou espaço nos veículos. O programador web e fotógrafo Alexandre Ferreira (@amf) usou a rede social para pedir a gerente de marketing online Bruna Bittencourt (@brubittencourt) em casamento. Em apenas duas horas, a hashtag #BrunaDigaSim ocupou as primeiras posições dos Trending Topics no Brasil e permaneceu durante boa parte do dia.

O resultado é que pessoas de diversos estados do Brasil acompanharam a história. Para entender a dimensão, o Twitter já conta com mais de 100 milhões de visitantes únicos por mês.

Do ponto de vista de quem trabalha com campanhas online é um fato assustador também porque um boato ou inverdade sobre o produto pelo qual venho trabalhando há meses pode se tornar nacionalmente conhecido em apenas duas horas.

O inverso também acontece, eu sei. As qualidades do produto podem se tornar conhecidas rapidamente, por meio das redes sociais. É um ponto bastante divulgado nos cursos oferecidos para profissionais da área. E traz grande responsabilidade para quem utiliza as redes sociais. Uma responsabilidade dos cidadãos que usam o Twitter ou Facebook, por exemplo.

As redes sociais deram o poder de mídia para cada cidadão. Isso é um ponto muito sério para a comunicação nas empresas. Enquanto os profissionais de comunicação patinam no debate sobre a regulamentação do setor, os usuários das redes sociais constroem e destroem verdades e mentiras.

Na França, os usuários da internet podem receber ações judiciais em casos de infâmia ou difamação. Ou seja, podem ser processados pela publicação de informações prejudiciais à reputação de alguém ou algo sem base em fatos reais.

No rádio, na TV e no jornal

Mesmo quem não possui uma conta no Twitter percebe sua existência nas páginas dos jornais. No período de cinco dias úteis, o jornal O Estado de S.Paulo citou o Twitter 33 vezes em suas noticias. O Jornal do Brasil, que este ano passou a ser exclusivamente online, noticiou 37 informações sobre a rede social e a Folha de São Paulo o fez 21 vezes.

O Twitter, além de ser fonte de informação, passou a ser material de pesquisa sobre o comportamento da sociedade e suas implicações nos veículos de mídia.

“Em todas as mídias sociais, novos grupos de debates e críticas foram sendo fortalecidos. Isso quer dizer que há outra dimensão de informação e de opinião – eu me fortaleço no grupo que eu circulo, que é diferente do cara que lê o jornal e comenta com o cara de outro grupo”, como afirmou a professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Maria Helena Weber, do Rio Grande do Sul (UFRGS), mestra em Sociologia e doutora em Comunicação, em entrevista para o Observatório da Comunicação. [Webinsider]

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Avatar de Michele Vilarinho Patrici

Michele Vilarinho Patrici (@MiVilarinho) é jornalista, gestora de conteúdo e coordenou projetos de Internet nas áreas de seguros e previdência, música, vigilância sanitária, agricultura e pecuária.

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2 respostas

  1. Fiquei analizando a parte que fala da França e, me lembrei das rodas de bate-papo com os amigos, quando diziamos só se for na França!. Enfim a internet hoje é usada de várias formas e, por toto tipo de indivíduo. Se o cidadão pede uma mulher em casamento pela a internet, pode perfeitamente pedir o divórcio. As redes sociais são um fenômeno de audiência on-line e, infelizmente assim como em of-line existem pessoas de mà ìndole. Eu torso para que as autoridades possam ter macanismos no tocante ao combate aos crimes na internet. Já temos alguns meios de Bloquer os inconvenientes, mais é pouco. Dia desses acessei o meu blog da uol e meu ant-vírus detectou uma ameaça, fechei de imediato mais não teve jeito, meu PC foi contaminado. Pense numa coisa me irrita ao extremo!. Já tive três prejuízos com isso.
    Parabens pela a matéria Michelle e sucesso sempre!.

  2. A professora Maria Helena Weber, talvez tenha olvidado que as hashtags permitem sim interação com outros círculos fazendo com que a informação alcance grupos diferenciados.

    Sabemos, hoje, que o número de pessoas a usarem uma mesma hashtag, influencia diretamente na possibilidade de essa mesma etiqueta se tornar um assunto popular ou trending topic.

    É assim que se populariza rapidamente uma informação.

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