Quem trabalha na área de marketing está acostumado com a rotina de lidar com agência e a constante e exaustiva rotina de reuniões e negociações. Aí faço uma pergunta: como anda a relação cliente e agência no seu caso?
Tendo em vista a minha experiência nos dois lados da moeda, posso falar que existem algumas diferenças. Mas sem sombra de dúvidas a maior delas é a visão que o cliente e a agência têm sobre determinadas situações.
Explicando um pouco como é trabalhar em uma agência, especificamente na área de criação, normalmente as informações sobre o job chegam todas mastigadas pelo atendimento. Quando necessitamos de informações adicionais para produzir o job, precisamos nos reportar para o atendimento, que pergunta para o cliente, que por muitas vezes não tem certeza da informação e procura o seu superior.
Resumindo: a informação passa por várias pessoas e com isso acaba gerando um ruído natural, que muitas vezes não acrescenta nada e nossas dúvidas não são sanadas. E para finalizar você ainda ouve “o briefing está aí, se vira!”.
Por outro lado, quando você é o cliente, as dificuldades são outras. Ser cliente é analisar emaranhados de dados, ouvir a opinião dos clientes internos, observar e estudar a concorrência, pesquisar sobre tendências, tratar os dados coletados, olhar para tudo aquilo e decidir o que deve ser feito.
Tendo em vista esses dois cenários, o que esse job vai gerar? Na melhor das hipóteses, um monte de ajustes solicitados pelo cliente. E, na pior das hipóteses, não foi isso que pedimos. Qual o resultado disso? Cliente reclamando da agência porque não faz o que foi pedido e agência criticando o cliente porque não sabe o que quer.
Isso tem salvação?
Na minha humilde opinião, tem sim. Porém vai depender das duas partes – a agência precisa parar de pensar que sabe tudo e principalmente que sabe o que é melhor para o cliente. E praticar uma imersão na rotina do cliente, entender como a empresa funciona, entender o produto como um todo e não só pensar em jobs e campanhas sazonais.
Já o cliente precisa se organizar melhor e passar informações de maneira clara e detalhada, para que a agência compreenda o que precisa fazer para assim os jobs darem resultados satisfatórios. Lembrando que a agência não tem bola de cristal e não existe uma receita de bolo do sucesso.
Para finalizar: ou o cliente muda sua postura ou muda de agência (o futuro vai dizer se alguma agência vai servir ou se o problema é interno).
Já para as agências só resta mudar ou morrer! [Webinsider]
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Felipe Foitinho
Felipe Foitinho (@felipefoitinho) é diretor de arte, designer de interfaces e responsável pela área de internet, marketing digital e redes sociais no Centro Universitário São Camilo-SP.
2 respostas
Olá Felipe.
Gostei do artigo, mas achei um tanto simplista demais, porém concordo em genero numero e grau, quando diz que as agências precisam para de achar que sabem tudo.
Outra questão que gera muito desgaste entre agência e cliente são as intervenções no trabalho. Pois quando a intervenção é baseado em termos técnicos não se discute. Mas muitas vezes já vimos intervenções baseadas em achismos ou gostos pessoais.
Boas dicas/informações! Sinergia é muito importante. Parabéns!