Com o “boom”das Apps Stores e consequentemente das apps para dispositivos móveis (me refiro a smartphones e tablets), é muito importante que essas aplicações consigam suprir as necessidades do usuário e as expectativas que o levaram à aquisição dos aparelhos.
É quando os princípios heurísticos se tornam importantes. Eles visam estabelecer alguns pontos que norteiam o desenvolvimento da interface no intuito de garantir uma boa usabilidade e experiência do usuário.
As 10 heurísticas sugeridas por Jakob Nielsen podem ser consideradas as mais conhecidas, sendo constituídas por:
- 1) Feedback,
- 2) Falar a linguagem do usuário,
- 3) Saídas claramente demarcadas,
- 4) Consistência,
- 5) Previnir Erros,
- 6) Minimizar a sobrecarga de memória do usuário,
- 7) Atalhos,
- 8 ) Diálogos simples e naturais,
- 9) Boas mensagens de erro e
- 10) Ajuda e documentação.
As heurísticas, não são regras, elas variam de acordo com a necessidade e dinâmica de cada projeto. Conversando com Edu Agni e Frederick Van Amstel, entendi que novos pontos heurísticos podem ser estabelecidos toda vez que surgem novas necessidades.
Claro, desde que esses pontos venham a contribuir de forma positiva para o projeto. As necessidades aparecem conforme as interações se tornam mais complexas, levando ao surgimento de novas tecnologias, plataformas e formas de interação.
Imersão
Smartphones e tablets possuem telas menores e possibilitam o uso de apps em qualquer lugar e a qualquer hora; são plataformas mais ágeis, mas também mais suscetíveis a perda de foco. Portanto, penso na imersão como uma heurística tão importante para smartphones e tablets quanto a consistência.
A imersão visa dois aspectos:
1. Explorar as potencialidades da tecnologia touchscreen com a finalidade de diminuir a influência do ruído externo no usuário (perda de foco), permitindo que este usufrua melhor dos recursos oferecidos pelo aplicativo.
2. Explorar as potencialidades da tecnologia touchscreen no intuito de oferecer uma ótima experiência do usuário, na qual ele goste de interagir com a aplicação, e esta reaja visivelmente as suas interações.
Na minha opinião, essa heurística é inteiramente subordinada à de consistência, uma vez que os “gestures” aplicados em uma seção do app devem ser replicado nas demais. Por exemplo, se em uma determinada seção do aplicativo damos um clique duplo na tela, e a aplicação reage dando Zoom no conteúdo, as seções seguintes devem preservar o mecanismo de clique duplo resultando na mesma reação.
Fontes:
[1] Gestures: são os gestos utilizados na tecnologia touchscreen. Para mais informações recomendo a leitura do material desenvolvido por Luke Wroblewski.
[Webinsider]
…………………………
Conheça os serviços de conteúdo da Rock Content..
Acompanhe o Webinsider no Twitter.
Gabriel Pinheiro
Gabriel Pinheiro é designer de interfaces. Atualmente trabalha na Highlan Soluções Inteligentes com o planejamento e desenvolvimento de interfaces desktop, web e mobile. Mantém o blog Café Interativo e o Twitter @gabrielboco.
