Palavras são por definição generalizações e simplificações das manifestações que elas simbolizam.
Convenciona-se chamar uma coisa em que se senta a bunda de cadeira, por exemplo. Aquilo em que não se senta a bunda não é cadeira. Uma cama é aquilo em que se deita para dormir. Mas se você não deita para dormir numa determinada cama, então você não pode chamar aquilo de cama. Você pode chamar essa coisa de sofá por exemplo.
Se você usar a cadeira apenas para alcançar um livro na estante, você não deveria chamar a cadeira de cadeira mas de escada que é a coisa que assim se convencionou denominar para esse uso. As palavras são portanto tentativas de organizar confusões e imprecisões.
Chamamos Planejamento uma área de uma agência de comunicação que tem por função ou missão pensar no tempo e no espaço como as iniciativas de uma marca irão concatenar-se, organizar-se, disciplinar-se, evoluir, transformar-se.
Deve ser isso que o Planejamento, cujo nome é preciso, faz. Mas não é. Porque ele faz outras coisas também. E essas outras coisas são mais importantes. O Planejamento cria insights, raciocinia os canais, dá um verniz filosófico ao discurso comercial, e mais um monte de outras coisas. Palavras, palavras, palavras e mais palavras.
Em suma o Planejamento de uma agência de comunicação é uma cadeira que não serve para sentar a bunda, uma cama que não serve para deitar. É uma cadeira que é uma escada, uma cama que é um sofá.
Planejamento é um nada que é muita coisa. Ou muita coisa que não é nada.
Planejamento não é nem cadeira, nem escada, nem cama nem sofá. Planejamento é bengala ou seja, aquilo que usamos para se apoiar e ajudar o membro mais fraco, atrofiado ou doente a andar. [Webinsider]
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