Quando desejamos alcançar nossos sonhos, mudamos o nosso comportamento em relação às finanças e reduzimos os nossos gastos, para poder poupar.
Feito o esforço, investimos o dinheiro, para que, além de estar seguro, ele nos traga rendimentos. Porém, quando não conhecemos bem as modalidades, corremos o risco de fazer uma escolha infeliz.
Portanto, antes de qualquer ação de investimento, recomendo a análise sobre os riscos existentes nas principais modalidades:
Caderneta de poupança
Por ser uma aplicação bastante conservadora, seu rendimento é muito baixo. Ela não tem prazos para rendimentos, mas os valores mantidos por menos de um mês não recebem remuneração.
CDBs e RDBs
Esses investimentos não permitem a negociação de papéis. Sobre eles incide Imposto de Renda de acordo com o prazo da aplicação. Lembrando que quanto mais tempo investido, menor a alíquota. É importante saber que, para prazos inferiores a 30 dias, o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) também será cobrado.
Títulos públicos
A garantia da rentabilidade acordada na hora do investimento diz respeito apenas ao dia de seu vencimento. Além da tributação do Imposto de Renda e do IOF (para aplicações com prazo inferior a 30 dias), o investidor acaba tendo outros custos.
Ao comprar o título, é cobrada uma taxa de negociação de 0,10% sobre o valor da operação – dentre outras taxas. É preciso realizar uma aplicação inicial mínima de 20% do preço do título a ser comprado, aproximadamente R$ 100.
Ações
Por deixar o investidor sujeito a maiores riscos e perdas, inclusive do patrimônio investido em caso de ter de vender as ações em baixa, ele permite um rendimento maior.
O risco está atrelado ao fato de que o mercado financeiro é instável e pode mudar a qualquer momento. Entre os custos, há a taxa de corretagem para cada operação realizada, que varia de corretora para corretora, taxa de custódia e taxa de emolumentos. Além disso, há incidência de Imposto de Renda.
Fundo de Investimentos
É um investimento de alto risco, entre eles a variação do preço dos títulos – a oscilação pode tanto beneficiar como prejudicar o investidor. Falta autonomia na hora de decisão sobre o que e como investir. Paga-se no mínimo 15% de Imposto de Renda sobre o lucro obtido e não há limite de isenção.
É preciso pagar taxa de administração e, eventualmente, taxa de performance, taxa de ingresso e taxa de saída. Há também despesas com corretagem, custódia, liquidação financeira de operações e de auditoria.
Previdência privada
Para saber se vale a pena o investimento frente aos rendimentos desta aplicação, é importante considerar todas as taxas e descontos. Na hora do resgate de planos PGBL, o imposto pago é sobre o total investido. É cobrada taxa de administração, além de carregamento (aporte de recurso) ou saída (resgate), dependendo da instituição em que o seguro foi contratado.
Câmbio
Este é um investimento de alto risco, sujeito à variação do câmbio. Existe incidência de Imposto de Renda e IOF e é preciso estar atualizado frente às políticas cambiais dos países e entender sobre economia e mercados.
LCI e LCA
A maior desvantagem desse investimento é o valor mínimo que as instituições exigem para o investimento inicial, o que acaba deixando o pequeno investidor de fora até que consiga reunir recursos suficientes para o seu primeiro investimento. Eles possuem data de vencimento, antes de investir você já fica sabendo quando poderá resgatar o dinheiro. O prazo costuma ser entre 1 e 2 anos.
Fundos Referenciados DI
Ao investir nessa modalidade, é importante levar e consideração a taxa de administração, pois quanto maior for a taxa, menor o rendimento líquido.
Debênture
Os custos de emissão de debêntures são altos. As parcelas são prefixadas e os aluguéis podem variar (ainda que se mitigue esse risco com cláusula de recusa de ações revisionais), porque há a possibilidade de retração nos índices de reajuste. Logo, pode haver descasamento entre os valores pagos como parcelas do financiamento e os aluguéis recebidos.
[Webinsider]
. . . . . .
Leia também:
Reinaldo Domingos
Reinaldo Domingos está a frente do canal Dinheiro à Vista no YouTube. É Doutor em Educação Financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira. Autor de diversos livros sobre o tema, como o best-seller "Terapia Financeira".