As voltas que o mundo dá: empresas de inteligência artificial estão contratando editores, escritores e poetas para alimentar seus sistemas.
Não é nenhum segredo que a IA generativa não é lá essas coisas para criar textos originais e criativos. Nada de espantar, dada a sua natureza inerente: os sistemas de aprendizado de máquina normalmente remixam o que engoliram da internet, muitas vezes de maneiras sem sentido ou pouco inspiradoras.
Para remediar a situação, algumas das maiores empresas de IA do Vale do Silício estão agora recorrendo à contratação de poetas e escritores. É uma reviravolta irônica, considerando que muitas editoras têm demitido escritores e editores enquanto fazem grandes investimentos em GenAI.
O objetivo é, através do trabalho humano, alimentar as entranhas dos modelos de IA para melhorar a qualidade de seus resultados. É uma nova e deprimente realidade para poetas e escritores: sua obra só será “lida” pelas GenAI. Nunca será lida diretamente pelo público.
Por que esta contratação? Além da melhoria das respostas do sistema, pode também ser uma forma de deter todos os direitos autorais sobre a escrita, em vez de se tornarem vulneráveis à violação de copyrights, que já resultou em uma série de ações judiciais movidas por autores contra a OpenAI criadora do ChatGPT. [Webinsider]
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