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Fatos manipulados por um departamento do governo e população distraída por entretenimento multimídia

Os dois livros escritos no passado retrataram sociedades assustadoras no futuro, cada um a seu modo. Hoje parece que se encontraram.

 

As duas distopias mais famosas da literatura no século 20 nos assombram até hoje. “Admirável Mundo Novo” foi escrito pelo inglês Aldous Huxley em 1931 e “1984” (Nineteen Eighty-Four”) foi criado pelo também britânico George Orwell em 1949.

Ambos retratavam sociedades assustadoras no futuro. Em “1984”, o mundo havia se tornado uma ditadura fascista, inspirada pelo stalinismo na União Soviética. Nações em guerra permanente, população oprimida e passando por privações, fatos manipulados por um departamento do governo, fanatismo, tortura e a figura tétrica do Grande Irmão.

Em “Admirável Mundo Novo”, Huxley vai pelo caminho oposto: sua sociedade no ano 600 “Depois de Ford” (o criador do automóvel popular) é um formigueiro de pessoas que nascem em castas manipuladas geneticamente, assim cada um sabe o seu lugar na sociedade desde sempre. As pessoas tomam drogas psicodélicas prescritas pelo Estado e se mantém hipnotizadas com consumo e entretenimento multimídia (em 1931!). Tudo muito sinistro e trágico, tudo muito atual.

Houve um tempo em que havia uma rivalidade entre os fãs de cada livro. Havia o #team 1984 e o #team Admirável Mundo Novo, com os admiradores de cada romance defendendo sua superioridade em relação ao outro. Como os fã-clubes das lendárias rainhas do rádio, Marlene e Emilinha Borba.

Mas adivinhem? Chegamos a 2023, onde “1984” e “Admirável Mundo Novo” se uniram em uma coisa só. As rivais Marlene e Emilinha decidiram formar um dueto, para surpresa dos fãs de cada uma. Uma parceria de sucesso, que promete muitos álbuns recheados de hits estrondosos, verdadeiros mísseis.

Faixa bônus: um texto escrito em 2017 fala mais sobre o tema, desta vez sobre o Universo de Blade Runner. [Webinsider]

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Sergio Kulpas (sergiokulpas@gmail.com) é jornalista e escritor.

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