A inteligência artificial não consegue criar, pois carece de motivação e capacidade de tomar decisões dinâmicas por si só.
Vale a pena ler o artigo “How Organisms Come to Know the World: Fundamental Limits on Artificial General Intelligence”. Os autores, com os quais concordo, apontam que uma AGI não é possível com a atual tecnologia da IA.
Um ponto que chamam atenção é que os organismos inteligentes podem desejar coisas e improvisar, capacidades que nenhum modelo atualmente existente possui. Eles argumentam que a IA algorítmica não pode dar esse salto evolutivo.
O que chamamos de IA carece de motivação, da capacidade de tomar decisões dinâmicas por si só, de escolhas que não sejam puramente reativas, que não sejam inteiramente determinadas pelas condições ambientais.
Por exemplo, Midjourney pode ler um prompt e gerar uma resposta com uma arte que, probabilisticamente, atenderá aos critérios inseridos no prompt. Mas, somente um artista vivo pode optar por buscar inspiração e conhecimento técnico e depois produzir a arte que Midjourney digere e produz.
No fundo a crença em uma hipotética AGI é basicamente isso: uma crença. Não tem fatos que a sustentem. Na verdade, me parece que estamos testemunhando atos de fé, onde crentes acreditam no Santo Graal e, que por algum acaso, que não sabemos como, fórmulas matemáticas, que são o cerne dos algoritmos de IA, se transformarão em um ser inteligente, e quem sabe até senciente.
Parece uma religião, que podemos chamar de AGIsmo, que acredita que as máquinas serão superiores a nós.
A AGI passou a ser um dogma. Não se pode provar que será possível, mas também não é possível provarmos que não existirá. Portanto, passou a ser o Santo Graal, que, claro, com bilhões de dólares de VCs ajudando, se fixou como um dogma religioso, inquestionável.
Seus pesquisadores passaram a ser os novos cavaleiros templários. “A AGI está próxima. Não duvide ou será condenado ao inferno do obsoletismo…”. [Webinsider]
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Avanço da IA pode mudar o panorama dos anúncios por palavra chave
