Muitas previsões sobre o progresso da inteligência artificial consideram que 95% do caminho já foi percorrido. Mas não é bem assim.
A mídia adora previsões bombásticas. Por exemplo, Elon Musk disse há duas ou três semanas, que que “se você definir AGI (inteligência artificial geral) como mais inteligente do que o ser humano mais inteligente, acho que provavelmente teremos essa máquina no próximo ano, ou no máximo dentro de dois anos”.
Entretanto, ele previu, em 2019, que haveria um milhão de táxis-robôs até 2020 e em 2016, ele disse sobre Marte: “Se as coisas correrem conforme o planejado, deveremos ser capazes de lançar pessoas provavelmente em 2024, com chegada em 2025”. Mas, até agora nada…
Por outro lado, dá muito menos ênfase às notícias negativas, como o anúncio de que a Amazon abandonaria sua tecnologia cashier-less, chamada “Just Walk Out”, simplesmente porque não estava funcionando corretamente.
A tecnologia faria a loja ser gerenciada de forma autônoma por IA. Infelizmente, não foi. Em vez disso, a magia do pagamento sem caixas no caminho estava acontecendo em parte devido a uma “rede de câmeras supervisionadas por mais de 1.000 pessoas na Índia que verificavam o que as pessoas tiravam das prateleiras.
Suas tarefas incluíam revisar manualmente as transações e rotular imagens de vídeos. Na prática substituiu-se os caixas nas lojas por pessoas na Índia.
Muitos anúncios são feitos no pressuposto que já tendo 95% do caminho percorrido, faltam apenas 5%.
Mas, esses 5% são os mais difíceis e talvez levem muito mais tempo para serem desenvolvidos que os 95%. [Webinsider]
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A inteligência artificial não consegue desejar e nem improvisar