Um modelo de linguagem grande (LLM) é um tipo de programa de inteligência artificial (IA) que pode reconhecer e gerar texto, entre outras tarefas. Os LLMs são treinados em enormes conjuntos de dados — daí o nome “grande”.
A utilização de ferramentas LLM podem tornar mais simples e rápida a produção de quase tudo, desde pedaços de texto e imagens até videoclipes e faixas de áudio. Textos e mídias que poderiam levar semanas para serem criados pelos humanos agora podem ser gerados em segundos.
Mas embora os resultados da IA possam parecer criativos, será que estes modelos realmente estimulam a criatividade humana? Esse foi o tema da pesquisa Generative AI enhances individual creativity but reduces the collective diversity of novel content.
Nas suas conclusões, os autores sugerem que o modelo foi útil, mas apenas até certo ponto. Eles descobriram que, embora a IA melhorasse a produção de escritores menos criativos, fazia pouca diferença na qualidade das histórias produzidas por escritores que já eram criativos.
As histórias nas quais a IA desempenhou papel preponderante também eram mais semelhantes entre si do que aquelas inventadas inteiramente pelos humanos.
O estudo sugere que, embora o acesso à IA possa oferecer um impulso criativo a alguns indivíduos, reduz a criatividade no seu conjunto.
Como as histórias geradas por modelos de IA só podem ser extraídas dos dados nos quais esses modelos foram treinados, as produzidas no estudo foram menos distintas daquelas em que os participantes humanos criaram inteiramente por conta própria.
Assim, se a indústria editorial adotasse plenamente a IA generativa, os livros que lemos poderiam tornar-se mais homogêneos, porque seriam todos produzidos por modelos treinados no mesmo corpus. Estaríamos homogeneizando a sociedade e aos poucos eliminando a criatividade e inovação que vem das diferentes ideias. [Webinsider]
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A inteligência artificial não consegue desejar e nem improvisar
