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O excesso de serviços de streaming e de filmes ou seriados obsoletos explicam porque alguns deles perderam assinantes. E aparentemente, não há nada que esteja sendo feito para modificar isso.

 

Está visível, para quem quiser ver: os serviços de streaming chegaram a um ponto em que nenhuma novidade técnica modifica a sua percepção ou acrescenta algo de novo ou inédito nas respectivas programações.

Bem recentemente, apareceu a notícia de uma debandada de usuários do Netflix, serviço este pioneiro no segmento de serviços de transmissão de vídeo on-line. A empresa começou alugando vídeos e depois inovou com a transmissão dos mesmos via Internet. Mas, infelizmente, passou de um custo moderado para um exagerado, com restrições nos planos de qualidade técnica e número de telas. Depois, o Netflix proibiu o compartilhamento de senhas por usuários que não estivessem no mesmo endereço I.P., que dizer, estrangulou o aumento de usuários com uma tecnicalidade idiota e gananciosa.

O custo de provimento do Netflix é um dos mais elevados, fora da realidade local. Os fabricantes de TV e aparelhos de vídeo, entretanto, não se furtaram em incluir acesso ao aplicativo diretamente no controle remoto. Era de se esperar que o custo de acesso baixasse, mas ele continua aumentando, caso o usuário queira uma maior qualidade de reprodução. Para se ter a melhor qualidade de vídeo e áudio (4K + HDR) é preciso assinar o plano Premium, atualmente em torno de 59,90 por mês.

Curiosamente, o Netflix parou de transmitir vídeos com Dolby Vision, substituindo-o por HDR10 exclusivamente. Ao passo que os outros serviços trabalham no sentido oposto: o Apple TV+, por exemplo, desde o seu início transmite praticamente todos os filmes e seriados com Dolby Atmos e Dolby Vision, e a um custo muito menor.

Não tão em conta assim, o serviço Disney+ transmite vídeo no formato IMAX Enhanced em alguns títulos da Marvel, muito embora a reprodução do som do formato (DTS:X) só seja possível em dispositivos compatíveis, por causa da flag contida no sinal de vídeo. No meu setup, eu só consegui LPCM 5.1, com resultados razoáveis.

Em se tratando de produções do próprio serviço de streaming, é de se estranhar que produtores como o Netflix recorram muito mais a filmes e seriados surrados. No caso de filmes, eu tenho visto um monte deles exaustivamente exibidos na TV por assinatura. Semanas atrás, eu fui surpreendido com a exibição de filmes no streaming cansados de serem repetidos na Net-Claro, e o catálogo não para de ser repetitivo. O que me leva constantemente a questionar se vale a pena continuar assinando streaming!

A propósito da Claro, ela é uma dessas empresas que, tenho certeza, percebeu que a sua programação não poderia ficar presa a um serviço de TV a cabo, daí a oferta da assinatura do serviço por Internet, permitindo ao usuário levar os canais para onde quiser!

Mas, é preciso cuidado ao assinar, porque os novos planos da Claro prometem novos equipamentos, só que com a inclusão de recursos, a um custo bem mais elevado. Por esses dias, eu conversei com o suporte, achando que o meu receptor 4K, que já ficou para trás, devia ou não ser substituído por um novo, e no final de muita conversa decidi cancelar a troca. O motivo que me guiou foi um único: não adianta trocar o receptor se a grade não muda e nem os recursos! O receptor 4K antigo é perfeitamente capaz de reproduzir os novos codecs, como, por exemplo, no canal 444 da minha rede, o aparelho transmite a imagem com HLG HDR. Se aquilo ali é 4K nativo, eu tenho sérias dúvidas, mas enfim…

Se alguém resolver somar todos os serviços de streaming, alguns deles gratuitos, no final vai perceber que não dá tempo de ver tudo todo dia. Além disso, o cansaço com as mesmas programações e recursos acaba derrubando mesmo o mais paciente ou obcecado dos usuários.

Chato é também ver o reflexo das produções novas em andamento: os enredos envolvem super heroísmo, porradaria, super mulheres lutadoras e dominantes, homens indestrutíveis, sempre com o mesmo objetivo, que é o de salvar um perigo iminente, capaz de destruir o planeta. Até produções não americanas entraram neste compasso, principalmente as europeias. Só muda é a linguagem, embora em alguns filmes e séries a língua inglesa aparece abruptamente nos diálogos!

A propósito: julgando pelo número de mulheres heroínas sentando a porrada nos seus opositores, a impressão que me passa é que os produtores devem achar isso sexy. E não é de hoje que as Angelina Jolie da vida se exibem marcialmente na tela, pouco importa se são figuras franzinas e sem estrutura muscular alguma, que lhes permita derrubar todo mundo.

A falta de novidades provavelmente assusta o consumidor em geral. Isso só não me atinge, porque, desde épocas remotas, eu me propus a colecionar os filmes que eu gosto, e os vejo quando quero revisitá-los. Assim, eu me poupo das decepções dos streamings, voltando a assistir filmes que fizeram parte da minha história como cinéfilo.

Tecnologia é um recurso importante e eu acho ótimo tê-la à disposição quando se monta um home theater de bom nível. Infelizmente, tecnologia só não basta. Filmes ou seriados medíocres, mesmo com a melhor tecnologia do mundo, acabam cansando. Eu já perdi a conta de quantos desses seriados eu parei de ver em curto espaço de tempo, e eu entendo que muitos usuários fazem o mesmo.

É possível dar um recado nesta direção aos provedores de streaming, na forma de perguntas on-line, quando o programa acaba ou é interrompido. Só não sei se alguém contabiliza os resultados, porque pouca coisa muda na programação. Às vezes, é preferível assinar menos e/ou aproveitar pacotes dos provedores de telefonia móvel ou Internet, caso as despesas compensem.

Muita gente usa o conhecido “TV Box”, que pirateia a programação paga, e quem irá culpa-los? O ideal seria que os principais serviços de streaming e TV por assinatura se propusessem a praticar preços mais acessíveis e evitar o aumento sistemático de preços aos usuários antigos, porque não há nada nesses serviços que justifique isso!

Quanto ao YouTube, que é uma alternativa ao streaming e à televisão por assinatura, eu estou no grupo que se irrita ouvindo, a cada vídeo, as frases “aí, galera, dá um like aí, se inscreve no canal, é de graça, compartilha com amigos”, etc. É um gesto compulsivo que denuncia a obsessão pela notoriedade, monetização, e outros possíveis benefícios.

Apesar de tudo, o YouTube não respeita a liberdade de expressão: dependendo do conteúdo, ele nem pode ser publicado, ou permitido com restrições regionais. Eu gosto do YouTube, mas os seus anúncios são de encher o saco. Quem quiser se livrar deles, vai ter que pagar uma taxa para o Google! [Webinsider]

 

Barra de som é alternativa para melhorar o som da TV

 

O mercado fonográfico morreu e nasceu de novo

Avatar de Paulo Roberto Elias

Paulo Roberto Elias é professor e pesquisador em ciências da saúde, Mestre em Ciência (M.Sc.) pelo Departamento de Bioquímica, do Instituto de Química da UFRJ, e Ph.D. em Bioquímica, pela Cardiff University, no Reino Unido.

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