Audiência de comunidades virtuais atrai investimentos

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Veja por este ângulo: para o público mais jovem, ter um perfil em uma comunidade virtual é existir. Não ter uma conta no MSN e um perfil no Orkut é estar condenado a uma espécie de neo-ostracismo, incomunicável e fora dos acontecimentos dentro da sua rede de amigos. Criar um perfil é uma necessidade, mais do que uma escolha. Supera o medo de expor-se online. É assim que funciona com o público jovem, que adotou imediatamente as comunidades que vieram trazer uma nova dimensão aos relacionamentos modernos.

O segredo dessas comunidades é a cultura de acesso: a necessidade e o costume do usuário voltar ao site regularmente, seja por necessidade ou interesse. Ninguém acessa uma comunidade onde estão todos seus amigos uma única vez. Você sabe onde seus amigos estão e eles sabem onde o encontrar. Você precisa da comunidade virtual, seja para relacionar-se, informar-se ou divertir-se e a comunidade precisa de você. É uma “parceria” que tem tudo para dar certo, e vem dando, no mundo todo.

O público adolescente, que já cresceu em contato com a rede, tem adotado essas comunidades prontamente. O público mais velho tem mais retrições e foco um pouco diverso do simples entretenimento que castiga essas comunidades, embora também tenha necessidade de se relacionar, com interesses mais profissionais.

Por isso o crescimento também de comunidades voltadas ao público profissional, como o já tradicional LinkedIn ou o brasileiro Syxt, que ajudam na busca de contatos, troca de informações ou indicações. Networking virtual é a palavra da vez.

Todo esse crescimento e potencial das comunidades virtuais vem sendo percebido pela indústria, disposta a explorar essa nova onda, que atrai um público enorme aos sites de relacionamento.

A aquisição do MySpace pela News Corp. foi um grande marco. A News Corp., até então considerada conservadora e fora do contexto de internet, hoje disputa com os grandes Google e Yahoo o primeiro lugar de andiência nos Estados Unidos. Ações de marketing estouram nas comunidades e são apoiadas por usuários que participam ativamente e assim espalham as campanhas de forma viral.

Essa onda de otimismo atrai também uma nova onda de investimento, principalmente nos Estados Unidos. Diariamente diversas novas empresas americanas (as startups, lembram?) divulgam um novo aporte de capital, a maioria envolvendo comunidades virtuais.

Em certos terrenos, Google, Yahoo e Microsoft brigam de igual para igual (e muitas vezes perdem) com empresas mantidas por dois universitários na garagem de casa.

Um bom exemplo de como essas comunidades vêm conquistando usuários de outros serviços aconteceu recentemente, quando uma pequena paralisação nos servidores do MySpace resultou em um grande salto de acesso ao Google, segundo a Hitwise.

Potenciais usuários do Google estariam acessando o MySpace no tempo que dispunham para navegar na rede. A web está se transformando completamente. Fala-se muito de web 2.0, em discussão que pode ser sintetizada em dois conceitos básicos: internet como plataforma e colaboração. Essa é a cara das novas aplicações. [Webinsider]

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Alguns links interessantes para ilustrar: Mashable e Techcrunch.

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Avatar de Renato Shirakashi

<strong>Renato Shirakashi</strong> é um dos criadores do <strong><a href="http://www.via6.com" rel="externo">Via6</a></strong>.

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7 respostas

  1. Fiz uma análise estatística da mudança do perfil dos participantes do Orkut nos últimos 5 meses, e uma coisa ficou bem clara: O Orkut está se consagrando como uma comunidade de relacionamentos não-profissionais para um público com idade inferior a 25 anos.

    Os mais velhos estão migrando para comunidades sérias como a Syxt. E cada vez mais pessoas estão aderindo às comunidades em geral. E, obviamente, cada vez mais comunidades aparecem.

    Isso é uma tendência natural. É bom que isso aconteça. É a segmentação de mercado: o Orkut atende jovens até 25 anos, enquanto o Syxt posiciona-se para profissionais em geral com mais de 25 anos. Não importa se houve cópia de modelo gringo ou não, o que importa é que é um modelo muito bem bolado e que atende (e até supera) as nossas necessidades. Parabéns aos criadores do Syxt.

  2. Primeiro quer parabenizar o Renato pela clareza na idéia de ?cultura do acesso?. Para um cara da programação você esta dando um show de filosofia hein Renato! Rs

    O ritmo da cultura do acesso é alucinante. Os usuários se empolgam e se entediam com comunidades e sites em uma velocidade impressionante. Poucas pessoas conseguem, de forma isolada, fornecer conteúdo a ponto de fidelizar um número significativo de internautas.

    Daí a crescente idéia de cultura colaborativa. São modelos como o Wikipédia, Linux e Orkut que nos levam a aceitar a idéia de que a internet tem uma velocidade própria e que esta é muito superior a qualquer instituição isolada. Sem colaboração de internautas no ritmo dos internautas e na especialização de cada internauta não há sucesso na internet.

    Esses três modelos de negócio (Wikipédia, Linux, e Orkut) mostram isso claramente. E outros modelos como o Blogger também seguem o mesmo caminho. Já vejo muitos bloggeiros deixarem de lado o amadorismo e investirem nos seus portais porque ganham dinheiro com eles. Foi uma brilhante idéia do Google deixar a grana dos anúncios para os bloggeiros porque isso criou um ambiente colaborativo fantástico.

    Os bloggeiros é que sabem realmente o que é a ?cultura do acesso?. Uns são de rock, outros de rap, outros de patricinha, outros de carros, mas todos são de ?acesso? e ?colaborativos?. Incrível isso! É como o Renato disse:

    Você precisa da comunidade virtual, seja para relacionar-se, informar-se ou divertir-se e a comunidade precisa de você. É uma ?parceria? que tem tudo para dar certo, e vem dando, no mundo todo.

    Dando certo e gerando lucros. E isso esta mais do que evidente quando alguns começam a cunhar o conceito de CC (Creative Commons ? algo como coletivo criativo) onde a propriedade privada dos meios de produção chega ao fim e o verdadeiro socialismo se instala (estou zuando heim…rs). A Era Copyright parece chegar ao fim não porque seja ineficaz, mas porque esta acabando por ser inviável e não lucrativa na dimensão exponencial da internet…

    Eis uma parte do texto sobre o assunto:

    Eles não são tão conhecidos do grande público. Mas no mundo da internet já viraram ídolos pop. Eles são os maiores expoentes da revolução colaborativa que a livre troca de informações tem trazido para os negócios.

    O primeiro é o professor de Direito da Universidade Stanford Larry Lessig. Lessig criou uma forma mais flexível de licenciar produtos como livros, filmes, músicas e até ambientes virtuais construídos para jogos on-line. Na maneira tradicional, não é possível copiar nem usar as obras sem autorização do autor. Na forma idealizada por Lessig – chamada CC, ou Creative Commons (algo como coletivo criativo) -, o autor pode autorizar vários tipos de liberdade, como reprodução sem fim lucrativo, livre cópia digital, cópia xerox ou até remixagem com fim lucrativo.

    O segundo expoente da revolução colaborativa é Jimmy Wales, criador da maior enciclopédia do mundo, a Wikipédia. Com base em uma licença do CC, a Wikipédia é mantida por legiões de internautas. O terceiro é Joi Ito, investidor por trás de ferramentas como o navegador Firefox ou o site de blogs Technorati, ambos licenciados por meio do CC. O quarto é Philip Rosedale, criador do Second Life, um dos games mais populares da internet, cujo universo virtual também usa licenças do CC.

    Texto na integra:

    http://www.cultura.gov.br/noticias/na_midia/index.php?p=16771&more=1&c=1&tb=1&pb=1

    Ainda estamos no começo desta nova era da ?cultura do acesso?, mas já temos, nas palavras de Lênin, a ?vanguarda revolucionária?….rs

    Ubiratan

  3. logo logo teremos no webinsider uma comunidade funcionando.

    é uma demanda que aparece, assim q comentários podem ser exibidos.

    talves eu goste dos comentários do renato, mascos e da thais e queira ver outras opiniões interessantes deles, gerando assim, uma rede de contatos profissionais e troca de interesses e idéias comuns.

    fineza!

  4. É realmente interessante o que as comunidades virtuais vêm atingindo. O artigo é fantásico e retrata bem o que está acontecendo nos EUA.

    É uma pena que muitos sites ainda não tenham percebido que o seu real valor está na cultura de acesso (ótima expressão criada, Renato, para passar o conceito)

  5. Olá Thais

    Muito bem colocado seu comentário. No Brasil predomina, com suas exceções, a cultura da cópia. Mesmo grandes empresas de Internet nasceram sob essa filosofia. Algumas vezes isso acontece porque o mercado brasileiro não acompanha o americano. O que acontece lá demora quase 2 anos para chegar aqui. Quando chega, criam-se cópias.

    Falta também no Brasil um contato mais direto entre empreendedor e investidor. Todo empreendedor brasileiro diz que não consegue encontrar um investidor. E os investidores dizem que não encontram bons projetos. Mas o fato é que os investimentos no Brasil não acontecem com a mesma rapidez que ocorrem no exterior.

  6. A minha visão sobre oportunidades (conhecendo a importância dessas redes, na sociedade), aqui no Brasil, não vejo como uma grande idéia. Aqui, nada mais seria do que uma cópia de modelo exterior bem-sucedido, como acontecer com o Gazzag. O grande diferencial é o banco de dados. Quando a base é pobre o serviço não vinga. E para ter um banco vasto de informação e cadastros, tem que ter tempo de vida. Entenda: orkut.

    A grande idéia seria estudar as tendências dessa sociedade de redes de relacionamento, para servir, de alguma forma, para novas projetos. Um exemplo: BlogBlogs. Aqui no Brasil em muito pouco tempo, se tornou uma referência de tal nível, que seus servidores não estavam aguentando até esses dias atrás. Mas seus criadores devem saber que o modelo é baseado na mesma cultura das redes famosas, mas adaptada à blogsfera nacional, como fez o technorati (com visão mundial). Não seria um modelo novo, mas adaptado as necessidades as pessoas que se julgam fora da sociedade virtual ou, como você disse, pertencentes ao neo-ostracismo.

    Mas até quando? Os criadores deverão pensar adiante, porque este modelo será superado.

    É o que o Yahoo vem fazendo com o Yahoo! Respostas, por exemplo.

    Abraços

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