Deu na ilustrada que saiu dia 21/07: a banda mais popular do Brasil não tem gravadora, não está na lista das mais vendidas oficiais, não é hit das rádios FM e só recentemente apareceu na TV. Ela se chama Banda Calypso.
?Ah sim, claro, eu conheço! É aquele grupo que faz a tal da música Brega, sei sei!?.
Novela das oito, audiência alta, em todas as camadas sociais, regiões e idades. Qual é a música de abertura? Maria Bethânia cantando Copacabana.
?Claro, a grande estrela da música popular brasileira cantando o grande sucesso imortal!?
Não me interessa analisar a música da Calypso ou dos outros que compõem a maior fatia do PIB musical brasileiro (Bruno e Marrone, Zezé di Camargo e Luciano, Calcinha Preta, Aviões do Forró, Roberto Carlos, etc).
Também não me interessa avaliar a cantoria da Bethânia ou de qualquer outro monstro sagrado brasileiro.
Mas algumas palavras da segunda interjeição chamam a atenção: ?popular? e ?sucesso?.
Maria Bethânia é popular? Copacabana é sucesso?
Não é o que essa pesquisa diz. Não é o que se vê na real, na rua, nos shows, no gigantesco intercâmbio (já que não se pode propriamente falar de comércio) de música popular brasileira. Maria Bethânia não é popular e tampouco Copacabana é sucesso.
Onde é que a mídia se inspira portanto? Quem é que a mídia atinge? Contradição: a mídia se inspira de sua vetusta discoteca e atinge a população que não compra mais discos da Bethânia há décadas. Nem dela nem de ninguém.
Enquanto isso, nas redações londrinas dos jornais brasileiros, a crítica despreza os fenômenos populares ou os julga com velados preconceitos.
Enquanto isso, nos departamentos de marketing americanos das empresas brasileiras, os executivos copiam eventos internacionais e trazem astros para suas ?experiências de marca? no Brasil.
Enquanto isso, nas criações holandesas ou argentinas das agências brasileiras, os profissionais escolhem os topos das listas como garotos propaganda ou compõem jingles medievais para martelar o consumidor ?tapado, burro e primitivo?.
Enquanto isso, a população segue ouvindo ? e adorando – a banda Calypso.
Tem algo de errado. Deve haver alguma coisa muita errada. E agora opinando: errados somos nós, não o povo.
Há sim, no país, uma revolução silenciosa em curso. Enorme, nunca vista e nunca imaginada. Uma revolução que desestabiliza as estruturas, sociais, jurídicas, culturais, econômicas. Uma revolução que é ?A? saída para a injustiça social perversa do país.
Uma revolução que traz exemplos brilhantes, ícones sagrados, como o Chimbinha da Banda Calypso, ontem vendedor de peixe na feira no Pará, e que conseguiu romper todas as barreiras, sem mecenas, sem crítica, sem padrinho político, sem propaganda tradicional, sem mídia. Com seu talento, suas intuições, sua inteligência e sua fé.
E como eles, muitos outros, milhares, quem sabe milhões, que trabalham, sobrevivem, têm sucesso, nessa ?margem? hoje muito maior e mais produtiva do que o centro alienígena ocupado pela mídia, pelas marcas e agências de propaganda. [Webinsider]
.
51 respostas
A questão é que essa revolução está deixando de ser silenciosa.
Algumas coisas nunca antes questionadas estão começando a ser questionadas.
Crise Econômica – O mercado não se aguenta mais
LHC – As lacunas estão acabando.
Internet – Estamos começando a perceber que não é apenas um meio de comunicação.
Ainda bem que eu não sou o único pensando assim.
Poucas pessoas hoje param para pensar
sobre o que realmente melhora suas vidas.
É o dinheiro? Certamente, não.
Não podemos comer dinheiro,
nem abastecer nosso carro
com ele para fazê-lo ligar.
É a política?
Tudo que os políticos podem
fazer é criar leis,
definir orçamentos e declarar guerras.
É a religião? Claro que não.
A religião não cria nada
além de apoio emocional
intangível para quem o busca.
o verdadeiro dom que temos como seres humanos,
que foi unicamente responsável por tudo
que melhorou nossa vidas, foi a tecnologia.
O que é tecnologia?
Tecnologia é o lápis
que permite que alguém coloque suas
idéias no papel para se comunicar.
Tecnologia é o carro que nos
permite viajar mais rápido
do que se fôssemos a pé.
Tecnologia são os óculos,
que permitem a visão a quem precisa deles.
Em si, a tecnologia aplicada
é simplesmente uma extensão
de nossas capacidades,
que reduz o esforço humano
para lidar com uma tarefa
ou problema específicos.
Imagine como seria sua vida hoje
sem um telefone,
sem um fogão,
ou um computador,
ou um avião?
Qualquer coisa na sua casa
que você mal repara, da campainha
a uma mesa, a uma lava-louças,
tudo é tecnologia,
gerada pela engenhosidade científica
de técnicos humanos.
Não é dinheiro, política ou religião.
Zeitgeist Addendum
Veja só, um ponto de vista…..
Talvez oo fenomeno Calypso seja um reflexo de todo o
o sistema brasileiro e sua cultura, se analisarmos a banda tem um sucesso muito maior na população de baixa renda, o que acabada implicando, não necessariamente e não generalizando, a falta de acesso ao estudo, outro fator que analizo é que semelhante atrai semelhante, as pessoas procuram pessoas e ambientes que se identifiquem, mas também o apelo sexual que as danças tem, veja tbm o Funk, muitos são contra e tem suas opiniões sobre essas musicas, eu tenho minha preferencia musical, mas isso é um fruto da minha formação e influencias, o que acontece com eles, a politica de comercialização da musica pelas gravadoras tem suas falhas, ele produzem o que querer e direcionam o gosto musical de outras classes conforme suas vontandes, mas o que difere se é melhor a banda Calypso e as bandas que os adolescentes veneram? no fim acaba sendo um reflexo do contexto socio-cultural, musicas que tem conteudo nas letras e na melodia sobrevivem mas não são tão rentaveis e essas pessoas são mais dificeis de manipular, por terem um nivel cultural diferenciado, não sei se essa teoria pode explicar a revolução do calypso, mas o fenomeno é um reflexo da vontade da população……
Pop will eat itself.
Tempo e espaço: Calypso surgiu no momento em que o mp3 e as gravações de cd e dvd e o uso dos teclados se massificaram. Se essa tecnologia estivesse disponível há uns 10 anos, estaríamos falando isso do Carrapicho.
Esta revolução não ocorre só no Norte, com o surgimento do tecnobrega. Os downloads de mp3 e filmes estão repercutindo no mundo inteiro. Ficou mais fácil fazer música e divulgá-la. Basta um PC.
O problema é como tudo isso se tornou descartável. MP3 a gente apaga. Mídia ruim dura pouco tempo (os vinis do Demetrius ainda são encontrados nos sebos).
Hoje, tudo vira onda. Pra resistir tem que ter algo mais. Mas aí, é outra história. Que cd vale a pena comprar hoje em dia?
Dias vem e vão e a discussão continua a mesma, pois é.
O que é bom ou ruim? o que é de classe A, B, C?
O que é do povão?
Convenhamos:
Eu não gosto de calipso. Não compraria o CD, mas o caras sabem fazer a batida no ritmo que o povo gosta sim. É fato, ou não estariam milionários.
A quem agrada é o de menos. E há sim essa revolução silenciosa.
Fazendo música, ainda que ruim, na batida perfeita do povo.
Só não percebe quem não quer.
Abs
Num caminho inverso, eu estava pensando sobre o assunto do porque de tanto sucesso de músicas do estilo Calipso, então fui pesquisar sobre o assunto …quando me deparei com esse artigo.
Creio que toda essa tal revolução, vem num preocesso que começou com a Globalização e está acontecendo não só na música. A decadência da indústria fonográfica está fazendo com que o mercado literalmente apele, os empresários têm que manter os números, mas como com essa enxurrada de informação que as pessoas passaram a ter acesso, principalemnte com a popularização da internet, fica difícil manter a mesma postura de influênciar as pessoas com músicas ditadas pela minoria da sociedade.
Antigamente, o que os intelectuais diziam ser bom, o povo acreditava e esses bons de antes, são os mesmos bons de hoje. Há muito tempo não se criam mitos na música, a Maria Bethânia é diva desde que eu nasci. A indústria da música não conseguiu acompanhar essas mudanças porque inevitavelmente elas não gerarão os mesmo lucros de antes, sempre existiram músicas bregas e que exploram a sexualidade, mas hoje passou a existir uma exagerada exaltação, percebo que existe uma corrente de exaltação da pobreza e da falta de cultura, um pouco reforçada pelas eleições que elegeram o Lula, homem do povo no poder, fez com que as pessoas se sentissem orgulhosas da sua falta de cultura, isso deveria gerar um efeito contrário, mas infelizmente não gerou.
Muitos cultos passaram a exaltar essa idéia também para parecerem populares.
Enfim enquanto os ditadores de opinião e indústria não se resolvem, essa, que era, uma pequena parcela do estilo musical vem ganhado força e ignorando completamente todos os clichês e opiniões, eles assim como muitas pessoas de classe social menos privilegiadas que sonham em serem artistas ou simplesmente se darem bem na vida, perceberam que podem realizar isso mais facilmente e sem a ajuda de gravadoras… até porque contar com a ajuda de muitos e muitos brasileiros que compram cds e vão ao show é bem mais inteligente.
Cíntia
Fernando, concordo que calypso um brado do povo. Pessoas de origem pobre, de corpos não atleticos. De um português questionavel. Uma criatividade nâo construiva – refiro-me as letras. Mas, a banda é reflexo de um parcela imensa do povo. Todos que (incluo a mim)podem se dar ao luxo de comentar seu post. Vem da outra parcela do povo desejam mais que ondas de sucesso popular. Desejam, conteudo e menos correografia.
Sendo assim, a calypso mostra um criatividade não contabilizada inicalmente pelas gravadoras.
Como a onda do mar quebra na praia. Inevitavelmente essa onda sucesseso será esquecida nos próximos dois anos.
Revela um o povo responde aos instintos de uma manada. A cada novo barrulho poe-se a correr sem saber porque.
Termino dizendo que aqueles que primam por algo mais que momentos demoram a estourar pelos moldes tradicionais, mas deixam marcas por decadas.
É isso aí, Marlene. Acho q vc encerrou com frases de ouro essa discussão. Muito obrigado!
Fernand
Fernand
Sou faxineira há 11 anos aqui nos EUA mas continuo fascinada pelo Brasil. Achei muito interessante o seu artigo a revolução silenciosa. Apesar do tema em debate ser as novas formas de mídia/logística, um dos debatedores lembrou que a Maria Bethania é um cantora muito popular, apesar de sofisticada…
Isto me fez lembrar uma faxineira semi-analfabeta que tive no Brasil e que cantava músicas do Chico Buarque e Bethania o dia todo… Como dizia o nosso grande gênio Noel Rosa, a música não vem nem da cidade nem do morro, vem do coração.
Obrigado, Fernando e continue o seu trabalho na linha do Chacrinha : eu não vim para explicar, eu vim para confundir…
Alfredo,
Muito legal seu depoimento.
Eu só tendo a não concordar muito com sua afirmação o povo só ouve o que lhe é oferecido para ouvir. Ou melhor, me parece q isso é parcialmente verdadeiro e aqui está o centro da discussão. É possível pensar q hoje o povo tem a possibilidade de escolher o que quer ouvir em função também de seu gosto particular. Se colocarmos essa questão no meio do fenômeno da popularização da Internet e da consequente distribuição facilitada (e gratuita muitas vezes) de música, a sua colocação fica menos verdadeira ainda.
Valeu!
Fernand
Nos muitos pequenos espaços livres de uma vida corrida de grande cidade, sou compositor. Não faço isso pra viver. Tive quatro canções gravadas em produções alternativas, sem fins lucrativos. Toco numa pequena capela da periferia onde o povo canta muitas de minhas canções, sem saber de quem é a autoria. Mas volta e meia penso sobre a canção e o que ela representa na vida das pessoas. Desde que comecei a compor, ainda adolescente, aprendi uma lição: a melhor canção é aquela que cria uma relação entre as pessoas. Canções que eu achava muito boas foram esquecidas (inclusive por mim); outras, de menor qualidade musical ou poética (na minha opinião), vingaram e se firmaram.
Calipso e outros fenômenos se firmaram porque conseguiram falar para seu público, expressar o que essas pessoas gostariam de ouvir (escreveu Exupèry que a arte é dispor o jardim como o outro gosta de ver). Foi assim com Renato Russo, um cantor que iniciou a carreira extremamente desafinado, que se tornou o porta-voz de sua geração. Contudo, é bom lembrar que Calipso já está na grande mídia hoje, embora continue (ou não) com seu esquema de distribuição (informação que não disponho). A indústria cultural se apropria desses fenômenos para ganhar com eles (se não pode vencê-los, junte-se a eles).
Calipso e outros escrevem essas canções que o povo gosta de ouvir. Mas o povo gosta de ouvir, na maioria das vezes, o que está acostumado a ouvir (o que lhe é oferecido para ouvir). E O QUE LHE É OFERECIDO NOS MCS, NA FAMÍLIA, NA ESCOLA?
Ministro uma oficina de composição musical nas férias. Apesar de não curtir rap, trabalhei muito com um rapper ajudando-o a construir a canção dele, mas fazendo-o ver outros valores, oferecendo-lhe outras perspectivas melódicas e poéticas.
P.S.: só uma observação em relação a um post falando do Noel. Desafio o autor a escrever um texto tão fantástico quanto Conversa de Botequim, de Noel, onde a conversa (do dia-a-dia) de um freguês com o garçon é transcrita tão fielmente e flue tão naturalmente com a melodia (seu garçon, faça o favor de me trazer depressa uma boa média. Que não seja requentada! Um pão bem quente etc. etc. etc.)
Fernand
Acredite no Gabriel , é a Bethânia.
O Gabriel é o engenheiro de som da Biscoito fino e é o responsavel
pela gravação da musica em questão .
Vc estava certo .
Não se deprima .
Oi Gabriel,
Legal seu comentário. Acho q as coisas devem ou vão conviver. Mas convenhamos, as regras estavam muito erradas também. O q me emociona mesmo é ver q existe saída, finalmente, e q não são exemplos isolados.
Mas agora to confuso: é a Bethânia ou não é? Eu amo a Bethânia e fiquei deprimido de ter errado dessa forma (se é q errei).
Fernand
Caros,
Só um parêntese:
Maria Bethânia, sim. A Miúcha é uma simpatia, mas tá longe de ter aquele vozerão.
Eu gravei e mixei a faixa pra abertura da novela, que foi pedido do autor. O que não invalida a boa discussão daqui.
A mudança é gigantesca, pequenas e grandes gravadoras (inclusive a Biscoito Fino) vão ter que mudar muito ainda pra sobreviver. A matamática simplesmente não fecha.
O caso do Calypso é interessante como nova forma de chegar ao público, mas ainda deixa algumas questões sem resposta: como vão sobreviver os compositores, aqueles que vivem de compor e não fazem shows?
A demoratização passa (ao menos por enquanto) longe da grande midia, mas uma coisa não necessariamente invalida a outra.
Maria Bethânia foi a artista que por mais semanas lotou o Canecão ano passado. Isso é ser popular, sim. Também.
A programação normalmente passa tão somente pelo gosto do programador, do sonorizador ao autor da novela. Ou do lobby das gravadoras. Ainda que o jabá acabasse milagrosamente, o autor ainda ia querer o seu gosto pessoal na sua novela.
Abraços,
Gabriel
P.S. mandei esse comentário ontem, mas hoje ele tinha desaparecido…
É isso aí Silvio.
Se vc trabalha com o CC, sabe tudo do riscado. Q bom!
Debate de idéias tem q ser educado, mesmo q as opiniões sejam diversas. Há os que não entendem isso, mas tudo bem, com o tempo eles aprendem.
Fernand
Caros,
Só um adendo…
Maria Bethânia, sim. Não dá pra confundir, especialmente com a Miúcha, que é uma simpatia, mas tá longe de ter aquela voz.
Gravei e mixei a faixa pra abertura da novela, que foi um pedido do autor. O que não invalida em nada a boa discussão.
O modelo das gravadoras, grandes ou pequenas, está afundando a passos largos, inevitavelmente. Só que ainda tem perguntas no ar sem resposta:
Como vai sobreviver o compositor, aquele que vive de criar, e não de fazer show?
Que é que vai pagar gente como eu pra gravar música? Sim, porque disco, em pouco tempo…
Abraços,
Gabriel
Fernand
Eu sou musico e trabalho com o Creative Commons . Acredito que a Arte não esta no produto final , mas sim no processo criativo e no perceptivo . Por exemplo , quer mais arte do que alguém que se emociona com uma obra .É tão Artista quanto o poeta aquele que lê com emoção . O produto final de um artista tem de ser de domínio publico . Ele tem que ser sustentado pelo fazer não pelo feito.
Creio que com a banda calypso aconteça algo parecido . Com certeza ganha muito mais com shows do que com sua produção discográfica .Isso é muito bom
Sobre meu rigor , peço que encare como seriedade . Não mais que isso .
Relativização consciente e legal me parece desconstrucionismo, coisa complexa demais para incluir neste comentário .
Gostei deste inicio de intercâmbio de idéias . Vc é educado , uma qualidade que valorizo .
Sobre os jacobinos guilhotinadores …..em outro contexto, continuaremos.
Silvio
Silvio,
Interessante seu comentário. Agradeço pelos esclarecimentos.
É evidente, no entanto, q o objetijo do meu artigo não pode ser encarado com esse rigor todo e sim levantar uma questão, abrir os olhos, gerar debates e discussões. Senão, para q escrever numa tribuna como essa, não é mesmo?
A revolução à qual eu estava me referindo, com o perdão do exagero, se referia sim ao aspecto econômico e social da mudança em curso. E eu não estou falando de informalidade não. Estou falando da subversão de modelos tradicionais subsituídos por outros mais eficientes. Por exemplo, a relativização consciente e legal dos direitos de autor (a Calypso não é ainda Creative Commons mas trabalha como).
Espere q vc perdoe meu entusiasmo, mas se vc se interessar pelo assunto, sugiro vc acompanhar os foruns de discussão do iCommons q tenta debater as experiências de social commons no mundo, em particular nos países periféricos.
Os jacobinos guilhotinaram muita gente mas também aboliram os privilégios.
Valeu!
Fernand
Podemos focar o problema no termo Revolução?
Veja bem; Os termos reacionário ou conservador e revolucionário ou progressistamuito antes de serem diferenças ideológicas , são duas maneiras de vivenciar o tempo histórico .De um lado, a mera antigüidade temporal do poder existente (que na realidade podia nem ser tão antigo assim, apenas mais velho que seus inimigos) tenta investi-los de uma aura celeste. O famoso ?direito divino dos reis?.De outro lado, a perspectiva do Juízo Final, com o prêmio dos justos e o castigo dos maus quando da reabsorção do tempo na eternidade, era espremida para dentro da imagem futura de um reino terrestre de justiça e paz, paradoxalmente, seria ao mesmo tempo o fim da história e a continuação da história.
Colocando os ícones da musica brasileira dos anos 70 e 80 como conservadores e a banda calypso como revolucionários , teremos uma encrenca danada . A FAMOSA DIREITA E ESQUERDA . direita é o que se legitima em nome da antigüidade, da experiência consolidada, do conhecimento adquirido, da segurança e da prudência, ainda quando, na prática, esqueça a experiência, despreze o conhecimento e, cometendo toda sorte de imprudências, ponha em risco a segurança geral; esquerda é o que se arroga no presente a autoridade e o prestígio de um belo mundo futuro de justiça, paz e liberdade, mesmo quando, na prática, espalhe a maldade e a injustiça em doses maiores do que tudo o que se acumulou no passado.
A revolução Francesa matou muito mais que um século de besteiras da inquisição Espanhola .
Seria assim? . Ícones de uma arte , que guardam para si o adjetivo de qualidade ?
Banda popular que se arroga o prestigio do novo ? Mesmo que pensemos somente no âmbito capitalista (no sentido revolução industrial) , não existe nada de novo nos métodos de venda e distribuição citados no texto e comentários .O informal sempre foi assim . Coisa de Pirata . Se a distinção for artística , fico com a frase de Miles Davis
Não existe musica ruim , o que existe são músicos ruins .
Silvio
É M, acho q vc pegou o espírito da questão q eu estava levantando: A questão atual,não é só sobre qualidade músical,mas o que a Banda Calypson representa sobre as novas culturas de distribuição. É isso, e outras coisas mais q temos q discutir. E não uma questão de gosto.
Como dizia minha avó: o que é do gosto regala a vida.
Chantinon,
Acho q vc está exagerando. Porq as pessoas seriam obrigadas a consumir o q esses seus misteriosos coronéis obrigam a consumir? Porq será q as pessoas se acotovelam nos shows de Brega ou de Forró? Vc me diz q são obrigados a isso? Acho estranho.
A pesquisa à qual me referi é sim um estudo de mercado, se vc me permite. Foi uma pesquisa quantitativa, com mais de 2000 entrevistas em todo o país, com pessoas de 16 anos mais, seguindo exatamente os estratos da sociedade brasileiras. A pergunta foi aberta e não houve qualquer manipulação por parte do instituto Datafolha. Acho q entendo um pouco de pesquisa para discutir a metodologia, se vc quiser. Mas duvido q vc consiga me convencer q ela foi manipulada.
Eu vou bastante ao NE, conheço as programações das TVs. Mas acho um pouco complicado colocar a Calypso no mesmo saco do conteúdo sensacionalista q vc menciona. Até injusto. Se vc não gosta da Calypso, pelo menos aceite q muita gente goste e se alegre de vê-los na TV.
Qto à Maria Bethânia (parece q é Miucha a cantora da abertura da novela mas tanto faz), eu adoro a Bethânia, claro. Mas eu não estava falando de gosto, eu estava falando de desconexão com a a realidade do povo. Eu estava falando de quão estranho é perceber q uma novela q atinge todos os públicos Brasil afora não esteja um pouco mais afinada com os gostos genuínos da população. Ou será q estamos falando de um esforço civilizatório da Rede Globo? Ainda bem q não é isso…só desconexão, dissonância de percepção e uma certa dose de preconceito.
Valeu!
Fernand
Oi Vinicius,
Obrigado pela correção! Vamos de Miúcha então!
Puts!Tinha que ser você,né,Fernad para provocar essa discussão…
Não vou expor a minha opinião sobre o texto agora,pois o público pode me achar tendencioso.
Li o artigo do Viana,antes de me posicionar.
Um fato interessante é que também estava lendo a Ilustrada nesse domingo e fiquei impressionado quando descobri,em outra leitura,que as grandes vendagens estavam na casa das 220 mil cópias,resumindo quase nada se comparamos a vendagens de artistas populares de outras culturas como : França (Camillie,Les Nubian) ou mesmo dos E.U.A.Isso deve estar acontecendo com o mercado fonográfico,pois a incorporação artística está tão forte,que até a minha mãe achou que era a Bethania no começo da novela das 8:00h (Parabéns Miucha.Está aprendendo com a Maria Rita?) e a partir daí,podemos somar o fato como as pessoas que atacam os novos ícones de popularidade sempre usam fenomenos de vendagem do começo do século 20 ( Cartola?! Noel Rosa?!)É bem divertido por termos coragem percebermos/analisarmos/e termos coragem de quebrar os códigos culturais,tenhamos que discutir com argumentos que estão só 30 anos atrasados(isso,considerando a última citação de música de qualidade,no caso,Milton Nascimento)(Afinal Cartola está só uns 60 anos atrasados)Um ponto divertido é que se formos observar,no final das contas,a humanidade lembrará de: Frank Sinatra,Miss Holyday ou Roberto Carlos que eram bem simplinhos poética ou harmonicamente;talvez precisem de uns 60 anos para idolatrarem a Banda Calypson.A questão atual,não é só sobre qualidade músical,mas o que a Banda Calypson representa sobre as novas culturas de distribuição,afinal todo mundo sabe que disco a mais de R$15,00 é proibitivo na categoria popular.Quanto ao gosto popular da nação?Quem disse que NoelRosa é legal?Ele é um saco de chato,poesias mais repetitivas do que pagodeiro em começo de carreira.Mas,oh,sem precoceito,tá amigos? !
abs,M.
Fernand,
Seu artigo também me arrepia e me apavora.
Pensei que estava lendo mais um texto sarcástico do Diogo Mainardi,
mas não, você estava falando sério, que pena.
Não existe nada de revolução. As regras sempre foram as mesmas.
No NE e NO ainda existem coronéis, só que agora coronéis da
cultura. Ou você consome o que eles querem ou muda de país.
Se estivéssemos falando de um estudo de mercado, sua revolução
seria algo como um golpe de estado.
Em uma pesquisa você não pode manipular ou dar ao público
só uma opção, sem opções não existe pesquisa, é só definir o
vencedor, e só resta aos tolos acreditar no julgamento errado.
Venha ao Nordeste e na hora do almoço fique feliz
vendo a TV aberta. Em 95% da programação você verá
aberrações como Calypso, sangue e violência.
É isso que o povo tem acesso: Calypso, sangue e violência.
Não me surpreende que seja exatamente o que todos tem que
suportar hoje em dia: Calypso, sangue e violência.
Eu não gosto de Maria Betânia, mas lhe garanto que ela será lembrada
por séculos, mesmo não vendendo milhões de cópias.
O Calypso não será lembrado nem pelo nome do barco do Jacques Cousteau,
que mudou de nome e se chama Alcione (Hummm, Alcione…)
Não confunda, brega é Valdik Soriano, Reginaldo Rossi, Calby Peixoto.
Calypso e seus asseclas são só produtos descartáveis e que poluem
ainda mais a cultura do já pobre mental do brasileiro.
Desculpe amigo, você e o pessoal do Calypso podem ser pessoas
maravilhosas, mas seu artigo foi muito infeliz.
Mas como o Mainardi, você conseguiu chamar atenção.
Se vc nao sabe, a cantora nao é maria bethania.
é miucha
É isso aí Gabriel. A paixão – para o bem e para o mal – abafa a lucidez. O preconceito também. Valeu!
Oi Flávio,
Eu conheço o Teatro Mágico sim. É legal. Obrigado pela dica!
Fala Amigo!
Gostei muito do seu texto. E como sempre ele causa um certo furor aqui em baixo.
É estranho vc usar como exemplo uma determinada coisa (calipso-tati-musica povão), para explicar o como as agencias estão perdidas no sentido de popularizar seja o que for, e o pessoal ao invés de comentar a idéia principal do artigo, comentar o exemplo.
Acho q esse eh outro exemplo de como essa revolução silenciosa atinge desde o povão como os cults e ainda os que se acham cults.
Parabens Fernand.
PS: tb naum gosto de calipso, mais isso não importa ;o)
Olá Fernand!
Eu não sei se você já ouviu Teatro Mágico, eles estão fazendo muito sucesso e tem um esquema legal também, você pode fazer download gratuito de toda a música deles no site, eles ainda dizem que você pode copiar para os amigos, duplicar o cd deles, etc. Achei uma iniciativa bacana por parte deles, fora que as letras das músicas são interessantes.
Para aqueles que reclamaram nos outros posts sobre a falta de cultura das musicas brasileiras, esta banda prova que nem tudo está indo para este caminho!
Abs!
F#Levi
Thome,
É, você queira ou não, ele é brilhante e ícone sagrado para muita gente. Mas claro, teria sido muito mais cool eu falar q ícone é o Jimmy Page, Johnny Marr, John Frusciante. A Maria Bethânia também adora. Mas a maioria não. Sem preconceito.
Stéfano,
Vc tem razão. Mas a banda Calypso não saiu do nada não. Não teve apoio dos esquemas tradicionais e isso é diferente. Qdo a banda Calypso foi criada, o Chimbinha já tinha participado de mais de 200 CDs de diversos artistas como guitarrista. Mas parece haver especialistas em guitarra na discussão (o Márcio Steffen) para julgar o talento do cara. Por isso, fico só no número para não contrariar o autoridade dele.
Eu acrescentaria algo a seu comentário. A Banda Calypso tem um esquema de distribuição totalmente alternativo e de grande sucesso. Esses caras estão a anos luz dos esquemas comerciais tradicionais. Fazem isso com grande profissionalismo. Eles gravam suas aparelhagens em DVD, distribuem nos camelôs q por sua vez fazem o restante. Não há nenhuma questão de direito autoral em pauta. Os caras são mais modernos. E quando eles resolvem vender, prensam 500 mil DVDs e vendem para um grande varejista.
Qto a sua afirmação ideológica, se sua hipótese era de q a classe AB não vota no Lula e portanto não gosta da Calypso, sinto muito informar-lhe que a Calypso também é preferida nessas classes na maioria das regiões.
Valeu!
Fernand
Uma revolução que traz exemplos brilhantes, ícones sagrados, como o Chimbinha da Banda Calypso…
Afff!!!… sem(ou com)preconceito!
Concordo que Calypso não seja de um gênero musical que eu aprecie, mas que serve de exemplo de como se pode fazer sucesso realmente a partir do nada, isso serve.
Resumindo: Calypso tem um público-alvo que é o mesmo que re-elegeu o Lula, ou seja, maioria nacional.
Cobrando 9,90 por cd (original mesmo, eu vi nas lojas) eles conseguem vender mais justamente para seu público e também evitam a pirataria do melhor jeito possivel, concorrendo com os preços dela.
Tô meio londe de ser fã da Banda Calipso (numa boa…), mas notei que tem gente, como o Sr. X do 12º comentário, que parece que perdeu o fio da meada e fez o seguinte raciocínio bizarro:
Eu não gosto de Calipso
– logo-
a preferência que a banda goza no gosto do brasileiro e as n coisas relacionadas a isso não podem caracterizar uma revolução.
Sugestões:
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/produto.dll/detalhe?pro_id=309944&PAC_ID=6297
Umas opções mais em conta:
http://www.inf.ufsc.br/ine5365/introlog.html
http://www.dca.fee.unicamp.br/~rafael/ia850/logica_intro.pdf
tá bom, então não é preconceito. só falta de educação mesmo.
Já que vc nos acha preconceituoso, então ponha uma roupinha estilo É o Tchan, ponha o último cd da banda revolucionária calixo e senta, rebola e pedala…
Temos aqui três posts complicados (11, 12 e 13). Acho q não merecem resposta não. Deus nos proteja de tanto preconceito!
Ufa, David, você me deu um susto danado.
Eu continuo nao concordando com você em algumas coisas mas pelo menos passei a concordar com parte de sua visão.
Como eu tinha dito, meu interesse não é analisar artisticamente a música da Calypso nem da Bethânia. Eu só daria uma opinião, uma expressão de meu gosto pessoal, e isso para mim não teria nenhum valor aqui.
O q eu não concordo é qdo vc qualifica a música da Calypso dizendo que ela não presta. O mesmo para a Tati. E eu não concordo porq acho q não podemos fazer isso, nós não. E muito menos publicamente. Porq qualquer análise desse tipo, por mais q a gente se esforça, vai soar preconceituosa. Podemos dizer não gosto, mas q importância tem isso? Nenhuma.
Ainda, se me permite chocá-lo um pouco, eu gosto da música da banda calypso. Acho q tem qualidade sim. E gosto da Tati, e gosto de funk e gosto de Bach e gosto de Debussy. Mas isso não tem nenhuma importância.
O q importa é analisarmos os subterrâneos, como as iniciativas q vc cita com propriedade.
E o q importa mais ainda, muito mais, é o que o povo gosta e como o povo se informa, se diverte. Como o povo cria, como o povo interage, como o povo evolui, como o povo consegue quebrar as barreiras.
O q importa é a gente sair do vigésimo andar. Vamos aterrissar um pouco.
Valeu David!
Pára o mundo que eu quero descer…
Xôelma, Bimbinha e tantas outras tranqueiras; revoluções misicais…?!?
Sai dessa, seu lóki da montanha…
Daqui a pouco vai falar que o É o Tchan é um marco na história da curtura brasilera.
Concordo com o David, se vc vê o Calixo como uma revolução (por mais que ele tenha uma história vencedora, com seus méritos, não discuto isso), o que será de nós, pobres mortais que temos como base alguns dos artistas que o David citou em seu comentário…?!?
Teremos que engolir histórias vencedoras apenas porque o povo gosta…?!?
A educação pública no país está em franca decadência e o gosto popular segue essa tendência, já que cultura e educação são parâmetros de uma pessoa bem instruída e de bom nível educacional.
O que vemos hoje é um modismo total na música, seja no refrão pornográfico ou violento do funk, na dor de corno do pagode, na violência explícita do rap e exposição do corpo e de coreografias sensuais e chulas como arma para vender discos e bandas enlatadas.
Mas se tem gente que engole isso e ainda o expõe como fenômeno, o que há de se dizer…?!?q
É muito bom saber que alguns músicos que saem do nada continuam sendo nada!
Ou seja:
– O Calipso é uma merda;
– A vocalista tem uma puta pança gigante que não para de balançar enquanto canta (um verdadeiro hipopótamo de mini-saia);
– O Chimbinha (ás da guitarra) é um bosta em termos de músico que gasta milhares de reais com exelentes guitarras sem mesmo saber dar um bend igual um macho de verdade (ainda porcima pinta o cabelo que por sinal tocaram fogo e apagaram a paulada);
– Em termos de cultura não adiciona nada ao povo Brasileiro (preciso falar mais o que?)
Resumindo, essa bosta de ritmo musical eu não baixo nem de graça nos mecanismo de download de mp3.
O último comentário:
Se você confundiu Calipso com KY por favor desconsidere os meus comentários.
Fernand, também respeito sua opinião, evidente, porque leio seus textos e gosto deles. Tem textos seus ótimos, como um que vc fez sobre o consumidor nas favelas e periferias, basicamente sobre preconceito. Portanto, não me interprete mal, por favor! 🙂
O fato é: já tivemos melhores representantes na música, na popular e na erudita. As letras e/ou melodias de Cartola, Noel Rosa, Nelson Gonçalves, Pixinguinha, Nelson Cavaquinho, Villa lobos, Luis Gonzaga, Tom Jobim, Vinicius, Dorival Caymmi, Milton Nascimento, Chico Buarque, Moreira da Silva e Baden Powell, para citar alguns exemplos, eram ouvidas pelo povo, seja no rádio, nos bares ou na TV. Algumas dessas obras magníficas eram feitas com escasso investimento. Alguns músicos morreram sem ter dinheiro.
À época, ainda tínhamos gravadoras sérias como a Philips, que investia nos artistas e nas boas letras e melodias. Hoje em dia, alguns dos nossos bons músicos são obrigados a tocar com sertanejos bregas, bandas de forró, fazendo coro para letras medíocres com conteúdo pobre, pornográfico, desprezível. Haja vista os sucessos da funkeira Tati Quebra-Barraco e seu refrão Me chamaram pra orgia, se quiser eu vou te dar. Semana retrasada eu fui numa festa no Jardim Ângela, e era isso que as crianças estavam cantando e dançando.
Outros bons músicos estão em gravadoras menores e selos independentes. Essa é A revolução que a mídia não vê: ações independentes e gravadoras ou selos pequenos como a Biscoito Fino e a Tratore estão salvando os bons músicos do Brasil.
Mas sim, tenho certeza que todos concordamos que Copacabana já teve melhores representantes, com muita poesia e sentimento.
Murilo, baseado em q argumentos vc acha lúcido chamar a Calypso de tragédia? Acho q poderíamos debater um pouco isso.
Em tempo: a Calypso tb é muito popular em Sta Catarina.
Embora cada vez mais raro, é um alento saber que ainda existem pessoas com lucidez como o David Galasse.
Meu gosto musical não inclui o Calypso entre seus prediletos, mas desde que eles faziam 1 show por semana na Zepellin daqui de Goiânia, eu fico feliz por eles tocarem. São inovadores, ótimos músicos (de verdade), humildes, etc.
Muito diferente das Vanessas Camargos, KLBs e SandyJúniors que a mídia vomita.
Marco,
Sugiro q vc leia o texto do Hermano Vianna no Overmundo no link: http://www.overmundo.com.br/overblog/isso-e-calypso-ou-a-lua-nao-me-traiu
Valeu, concordo com vc!
Fernand
Mário,
Muito obrigado pelo seu comentário. Eu não consegui acessar o programa. Vc tem como resumi-lo melhor aqui por favor? Acho importante abrir o debate ainda mais.
Fernand
Caro David,
Seu post me arrepia e me apavora.
Mas em respeito à liberdade de opinião, dispenso emitir qualquer outra opinião a respeito.
Fernand
Sempre tivemos música à margem do brilho dos holofotes, mas Calypso é uma tragédia, e essa tal revolução pode servir para chamar a atenção de toda a sociedade: vamos parar de querer levar vantagem em tudo, que os brasileiros só escutam lixo.
Um lixo que está em total concordância com a destruição da cultura, a falta de educação do povo, a ganância das gravadoras e o oportunismo dos publicitários. Acabou a vida da música, só resta sobrevivência.
Se essa revolução servir pra isso, será ótimo.
A Universidade de Brasília (UnB) incluiu a Banda Calypso na relação de músicas e autores que serão cobrados no seu programa de avaliação seriada para ingresso em cursos superiores. Tal fato gerou muitas polêmicas. Mas, o objetivo da proposta foi justamente exigir do candidato a capacidade de fazer relações como aquelas feitas pelo autor desse texto.
Quem quiser mais informações basta acessar a página da UnB e ler o programa:
http://www.gie.cespe.unb.br/mod/resource/view.php?id=392
Realmente o feômeno Calypso (todo o movimento em volta da banda e não a banda em si) tem muitas inovações que devem ser observadas.
O modelo de distribuição é diferente do paquidérmico mantido pelos jabás do sudeste fedorento. Os camelôs podem ensinar pra gravadora Universal como deve ser distribuída a música em tempos de cópias baratas e studios caseiros.