Para cavar um buraco no jardim, você usa uma enxada e uma pá – e não um garfo e uma colher de sopa, certo? Espero que sim. Na web é a mesma coisa ? existe uma ferramenta de busca para cada tipo de conteúdo. Comece a prestar mais atenção nesse quesito, registre outros nomes de buscadores em seus favoritos ou marque na sua agenda ? e em algum momento eles serão úteis para você.
Uma explicação resumida: as ferramentas de buscas podem ser divididas em três tipos principais – diretório, robô de busca e metabuscador.
Em diretórios, também conhecidos por ?diretório web?, se enquadram os sites de buscas que são organizados criteriosamente por seres humanos e apresentam suas pesquisas divididas por temas ou categorias segmentadas. Quando um site é ali cadastrado, a relação do conteúdo (assunto) de cada uma das páginas conta muito peso na categoria específica em que foi incluído – quanto maior afinidade, maior será a relevância na página de resultados. O Dmoz é um bom exemplo de um diretório web.
Uma ferramenta de busca do tipo ?robô de busca?, também conhecida como crawler ou spider, assim como o GigaBlast, possui um ?robô virtual? (programa de computador) que visitará seu site automaticamente para catalogar cada uma das páginas e inseri-las no banco de dados, sem nenhuma intervenção humana. Para receber uma melhor relevância na classificação reportada nesse tipo de ferramenta de busca, você deverá usar instruções chamadas de meta tags, de preferência em todas as páginas de seu site.
Já um metabuscador, como o DogPile ou o Clusty, por exemplo, reúne numa única ferramenta de busca acessos simultâneos a diversos bancos de dados, quase sempre retornando uma página com o mix dos resultados encontrados, de forma prática e resumida.
Além dos tipos de buscadores, também podemos segmentar a classificação dessas ferramentas, com base no foco principal de atuação. Aquelas que mais conhecemos e usamos são os buscadores generalistas (Google, Yahoo, Live Search, ASK) ? esses vasculham a web de uma forma geral, sem nenhum refinamento apurado e nem restrição aplicada.
Com a chegada da Web 2.0 ? que resultou numa grande interatividade entre os usuários – passamos a exigir muito mais das ferramentas de buscas. Nossas novas preferências requisitam conteúdo interativo ou outros formatos de arquivos além do HTML: vídeo, áudio, apresentações de trabalho, documentos PDF, fotos de alta definição, podcasts, feeds, além de conteúdo para aparelhos móveis (smartphone, ipod, pda etc.).
Isso acontece quando usamos buscadores específicos, verticais ou temáticos ? as respostas são muito mais precisas.
Experimente
Truveo para baixar vídeos
Kartoo metabuscador que inova no visual gráfico
ChaCha se quiser auxílio de guias humanos
Ditto para localizar fotos
Hakia buscador semântico ou por significados
Boing buscador para aparelhos móveis
AnswerBus buscador por linguagem natural (NLP)
Ms. Dewey um viral da Microsoft como um buscador com visual interativo
Seeqpod ou Musicovery para arquivos de áudio.
Nos próximos anos, com o uso permanente de serviços baseados em linguagem natural e semântica, daremos início a um processo sem volta: a estruturação da informação e o começo da Web 3.0 ? tudo será bem diferente, acredite! [Webinsider]
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Eduardo Favaretto
<strong>Eduardo Favaretto</strong> (eduardo[at]ibuscas.com.br) é empreendedor e escreve no <a href="http://www.ibuscas.com/blog" rel="externo">iBUSCAS blog</a> sobre internet, inovação e tendências no mundo digital.
9 respostas
Um buscador alternativo brasileiro é o http://www.radarbit.com tem interface limpa e mais de 210 mil sites cadastrados.
Experimentem o AchaNoticias
Buscas em fontes confiáveis
Meu interesse é por uma ferramenta que pesquise somente em fontes oficiais ou confiáveis, tipo IBGE, Enciclopédias,ONU, órgãos oficiais municipais, estaduais, federais e internacionais, pois a gente encontra nomes de cidades erradas, informações distorcidas, equivocadas, deturpadas, etc. etc. e uma ferramenta que somente se direcionasse a fontes seguras ajudaria muitíssimo nossas pesquisas.
Achei muito legal a dica dos buscadores de músicas, especialmente o SeeqPod, pois busca músicas que estão na internet e você pode montar uma playlist tem um bom uso de Ajax.
A partir de agora usarei em conjunto Last.fm e SeeqPod pois um completa o outro (bom seria se alguém juntasse tudo…) pois um é bom para conhecer novas bandas pois você digita por ex: Dream Theater e escuta uma rádio de Prog Metal o que é muito bom para conhecer novas bandas, mas depois de descobrir uma boa banda no Last.fm você somente tem acesso a umas cinco faixas com tempo reduzido, mas se você acha uma boa banda no last.fm vai no SeeqPod e escuta todo o repertório da banda, muito bom mesmo…
Parabéns!!!
Estou usando o Kartoo e gostando muito!
Valeu pela dica!
Aqui no Brasil temos, ainda em fase beta, um buscador vertical especializado em notícias de sites, jornais e revistas, o http://www.achanoticias.com.br
Oops!
A MSN usou mais de 2000 engenheiros e 2 anos e meio para fazer o robô e o algoritmo do Live Search.
Viajou na maionese!!!
Acho que você ainda não usou os recursos avançados de busca das ferramentes citadas…
Os robôs são generalistas, quem filtra os resultados são os algoritmos, Google, Yahoo e MSN estão anos luz na frente dos outro, todos usam sinônimos, linguagem natural e semântica e em mais de 50 idiomas.
É impossível estruturar o volume de informação atual, no futuro será pior.
O Google usa o DMOZ para diretório. Site de diretório encontra o problema da burrocrácia humana, não conseguem acompanhar o crecimento da web. O DMOZ é um exemplo.
O Yahoo abandonou o diretório e comprou os spider do Altavista, Inkitomi e outros para concorrer com o Google, e tá longe, a MSN usou mais de 2000 engenheiros e 2 anos e meio para fazer o robô do Live Search.
O futuro será de quem conseguir o melhor algoritmo para filtrar o maior volume possível de dados. Isso é ser Vertical!!!
Vc acha que o Google vai fazer ferramentas especificas pras buscas dele ou refinar as que já tem? (blog, books, video, artigos academicos, etc)
Acho que a única desvantagem do Google é não contar com um diretório… ou ele tem?
Muito legal o artigo.
Até mais!